Houve um dia no ano de 1963, que em pleno maracanãzinho repleto de entusiasmados torcedores, conquistávamos o bi-campeonato mundial de basquetebol, numa final empolgante contra a equipe norte-americana. E na época, 25 mil eram os lugares nas arquibancadas e cadeiras daquele mítico ginásio, em vez dos atuais 15 mil lugares limitados pelo conforto dos assentos numerados.
Foi uma conquista memorável, mas que com o passar dos anos e das péssimas administrações encasteladas na CBB caíram no esquecimento. Mas nada poderá apagar a grande conquista, aquela que marcou o destino do grande ginásio que foi construído para o segundo campeonato mundial dez anos antes, em 1953.
Recentemente, o ginásio foi remodelado para os Jogos Pan-Americanos, para servir de palco ao voleibol e ao futsal no recém findo Mundial da modalidade, com a equipe brasileira se tornando campeã. Dois títulos mundiais afastados por 45 anos de existência, mas diferenciados na forma como serão lembrados.
O grande jogador Falcão inaugurará a calçada da fama perpetuando com seus pés o título conquistado de melhor jogador da competição, merecidamente aliás, mas que deveria ser antecedido pelas mãos de alguns dos grandes campeões mundiais de 1963, que tanto honraram as cores nacionais.
Trata-se de um ato de justiça e reconhecimento , que se não viabilizado, minimizará a conquista do futsal e de seu grande jogador, já que estabelecido à margem de uma amarga e indesculpável lacuna.
Que se faça justiça.
Amém.