RESCALDOS DE UMA CONQUISTA…

Terminada a Copa, dou uma relida nos blogs, nos comentários e principalmente nos articulistas e comentaristas da mídia em geral. E uma unanimidade é pacífica, o Moncho fez a seleção jogar como nunca jogou, e mais, classificou-a para o Mundial, e de quebra abiscoitou o titulo.

Consagração e reconhecimento unânime, irretocável, indiscutível. Mas o inesquecível Nelson Rodrigues ainda nos lembra do alto de sua sabedoria –“Toda unanimidade é burra”, no que ouso acrescentar – Sem dúvida alguma.

A unanimidade absoluta restringe o raciocínio do contraditório, aquele que busca as verdades contidas no âmago de duas, várias, muitas verdades conflitantes, cujas vertentes, se discutidas, confrontadas e analisadas à luz da razão e do bom senso levará ao conhecimento da verdade verdadeira, ou bem próxima da mesma.

Ao precisarmos de forma urgente de resultados internacionais, colocamo-nos sob o domínio de tal sentimento de urgência, que tudo mais de falho que possa vir a ocorrer durante o processo de conquista é dirimido e até esquecido na presença do titulo e da classificação ansiada. Esse fator humano, e por isso naturalmente falível, é que deve ser conveniente e coerentemente considerado à luz da razão, à luz da humilde, porém cristalina verdade.

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CORREÇÕES DE ROTA…

Durante três quartos somente dois arremessos de três foram executados livremente, pois mesmo sendo tentados sofriam forte marcação, restando aos portorriquenhos a opção de penetrações até certo ponto facilitadas, e bloqueadas na maioria das vezes. Essa ausência de eficiência nas conclusões de longa distância permitiu um bom distanciamento no placar, pois a troca dos três pontos largamente tentados se transformou em conquista suada e dificultada em arremessos de dois, principalmente quando foram tentados bem próximos a cesta, onde nossos pivôs se fartaram em bloqueios e retomadas de bola.

E fomos levando o jogo bem administrado e eficiente nos ataques e contra ataques, até que…

Bem, parece roteiro de novela com os chavões de praxe, já que previsto e monocórdio, pois a nossa maior e mais grave deficiência assinou o livro de ponto, quando da saída do Huertas um pouco antes da metade do quarto final, indo o Marcelo para a armação com sua proverbial inabilidade nessa função.

E em dois minutos os portorriquenhos ficaram a quatro pontos de diferença, pois três tentativas de três falhadas do armador interino propiciaram o mesmo número de contra ataques bem finalizados pelos donos da casa. Dura realidade é que naquela altura do quarto final, faltando 1:44 min. o placar era de 21 x 9 para a equipe do Ayuso.

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TRÊS POR DOIS…

Que bom que aprenderam. Dois dos melhores jogadores canadenses arremessam muito bem de três pontos, e nossos marcadores os pressionaram em velocidade, mesmo nas mudanças ultra rápidas de direção dos mesmos, convidando-os ao corte, às penetrações, onde encontraram fortíssima anteposição blocante por parte de nossos ágeis pivôs, e quando muito, forçando-os aos dois pontos, que na somatória final nos brindou com uma relativa folga no placar, que seria inviabilizada se os arremessos de três fossem disparados. E mais, a anteposição de nossos pivôs os obrigaram a arremessos de dois sob pressão em suas trajetórias, tornando-os curtos e imprecisos, no que originou uma série de contra ataques bem finalizados, principalmente no terceiro quarto.

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O TEMPO…

Final de jogo, abraços, euforia, dança de roda, e exultantes nossos jogadores saem da quadra com a felicidade estampada em seus rostos, e… impressionante, acabavam de perder o jogo, numa modalidade na qual sequer o empate é permitido. Perderam o jogo, que nem o mais que obrigatório dever de reduzir a grande diferença no placar nos minutos finais, evitando uma realidade constrangedora, justificaria tal comportamento.

Há, se perdessem de mais de seis pontos não estariam classificados em primeiro lugar, e teriam de enfrentar a temível Argentina na fase semi final, como se tal fato selasse nossas pretensões de conquistar o título (Imaginem se estivéssemos em plena disputa do Mundial…). Mas que temor seria esse quando discursam olhando a câmera de frente afirmando que quem pretende vencer não pode escolher adversários, e sim vencê-los na quadra? O que justificar agora após perderem o jogo? Que o Canadá é mais palatável, mais fácil de ser vencido? Então, por onde andará o discurso de véspera do Moncho de que o mais importante foi alcançado, a classificação para o Mundial, e que por tal razão o Spliter e o Leandro só jogariam se estivessem 100% fisicamente, pois seus futuros na NBA e na ACB não poderiam ser prejudicados?

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MONCHOMANIA…

>>> “Se Leandro e Tiago não estiverem 100%, não vão jogar contra Porto Rico. Seria maravilhoso usá-los na luta pelo título, mas não vou ameaçar a trajetória de Tiago na Espanha e de Leandro no Phoenix Suns. Se estiverem em boas condições, jogam. Se não, ficam fora”

MONCHO MONSALVE, sobre o jogo desta sexta-feira em San Juan.

ENFIM VENCEMOS…

Bola que sobe, domínio brasileiro iniciando seu primeiro ataque, interrompido aos 10 seg. com um arremesso de três do Alex que nem no aro tocou. Gelei na cadeira, pois naquela atitude nosso jogador tentava estender, num intervalo de 24hs , a serie vencedora de três arremessos conseguidos no quarto final do jogo contra a Venezuela, como se as condições de véspera valessem para hoje, como se o rompimento com o sistema de ontem, evoluísse para hoje. Enfim, arriscou um blefe que poderia ter prejudicado, de saída, a equipe em que joga.

Mas recuou em suas intenções, para daí em diante colaborar efetivamente para a vitória longamente acalentada, fazendo uso de sua boa postura defensiva no controle do armador Prigioni, não permitindo que o mesmo se assenhoreasse do controle da partida nos vários momentos em que fraquejamos dentro e fora do perímetro. Leia mais »

RELAXAMENTOS E ACOMODAÇÕES…PORQUE?

Em seu excelente blog Bala na Cesta, o jornalista Fabio Balassiano escreve em um ponto de seu comentário sobre a vitória de hoje da seleção contra a Venezuela –

“Pode ser que por saber de sua vantagem técnica assustadora a seleção de Moncho tenha relaxado e praticado um basquete menos solidário e mais antiquado que o que vínhamos vendo até pouco tempo atrás (o que é normal, diga-se de passagem). Os tiros de três voltaram a vir com força (22, contra 40 de dois), o jogo de garrafão não foi tão forte (26 pontos e poucos touches para Tiago Splitter) e 19 erros. Como disse antes, contra a Venezuela, dá. Contra times de alto nível, não.”

E se menciono esse trecho de um ótimo comentário, o faço para democraticamente discordar de uma única frase- Pode ser que por saber de sua vantagem assustadora a seleção de Moncho tenha relaxado e praticado um basquete menos solidário e mais antiquado que o que vínhamos vendo até pouco tempo atrás(o que é normal, diga-se de passagem).(…)

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VALE O QUE ESTÁ ESCRITO…

E de repente, lá nos idos do quarto quarto, o Alex resolve “retornar” ao antigo hábito de chutar de três com ou sem anteposição próxima, com ou sem rebote bem posicionado, dentro ou fora do sistema monchiano de “um passe a mais”, e pimba, mete três de quatro tentativas de…três, e coloca a equipe com uma margem um pouco mais administrável, respirando mais livremente ante o sufoco que vinha enfrentando. Claro, que o esperto ibérico incensou o Alex nas entrevistas, mas sequer mencionou a transgressão técnica, tão criticada e combatida por ele nos treinos e nos jogos preparatórios, onde, o nosso herói de hoje se comportou dentro dos parâmetros propostos, tendo inclusive deixado de lado as encenações televisivas quando da cobrança de lances livres, hoje executados dentro dos 5 segundos regulamentados pelas regras do jogo, e não os dez segundos, ou mais a que se acostumou a praticar com a conivência de nossos árbitros.

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PAPEANDO COM O WALTER 2…(ARTIGO 600)

  1. Walter Carvalho 20.08.2009 (2 dias atrás)

Professor Paulo Murilo,

Agradeço a força e as suas palavras carinhosas. Estou enviando abaixo a matemática para o Basquetebol com 2 armadores:

1) Equipe + 2 armadores = maior tempo de posse de bola
2) Equipe + 2 armadores = melhor aproveitamento de arremesso por posse de bola
3) Equipe + 2 armadores = melhor equilíbrio ofensivo
4) Equipe + 2 armadores = Melhor e mais eficiente movimentação e distribuição de bola
5) Equipe + 2 armadores – menor numero de erros de fundamentos
6) Equipe + 2 armadores = melhor pegada e agressividade defensiva
7) Equipe + 2 armadores = melhor e mais eficiente transição para defesa e conversão para o ataque
8) Equipe + 2 armadores = Ataque menos previsível
9) Equipe + 2 armadores = melhor equilíbrio defensivo facilitando o posicionamento para o rebote defensivo
10) Equipe + 2 armadores = melhor controle do ritmo de jogo

Alguns percebem e outros se negam ou não tem a capacidade de entender e visualizar.

Saudações – Seja o que Deus quiser!

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MONCHO PILATOS…

E o Moncho fechou a seleção, e o fez determinando a forma com que irá jogar a Copa América, forma esta em torno de um único armador, que deverá enfrentar duplas armações por parte dos adversários mais ferrenhos, e que sofrerá combate desigual, já que dobrado (é o que eu faria se enfrentasse o Brasil com somente um único armador de qualidade, desgastando-o para ver em quadra um Duda, ou um Marcelo driblando numa nota só, prontinhos para perderem a bola num momento decisivo, como num replay já visto e testemunhado por todos nós…), e que será dobrado sistematicamente na forma ensaiada pelos uruguaios no inicio do jogo no Rio, com resultados não esquecidos, apesar da ilusória surra que demos nos cisplatinos.

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