BASQUETE SOCIETY…

Sou de uma época, mais propriamente no Grajaú, onde existiam somente casas e alguns sobrados de dois andares, e muito terreno e descampado para jogar, brincar e sentir a terra sob os pés descalços. Mas o progresso e o gentio floresceu, e os terrenos e descampados foram sumindo vertiginosamente, dando lugar a enormes prédios com sua população enclausurada e voltada à passividade televisiva, e mais recentemente, escravizada às telas dos computadores.

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TREINANDO…

Uma equipe que alcançou os 90 pontos contra a maquiada seleção brasileira dias atrás, não poderia ter feito sessentae poucos pontos na noite de hoje, a não ser que…

Bem, eles não saberiam como enfrentar nossos estrangeiros numa Copa America se não os testassem ao máximo que pudessem, principalmente seu poder de marcação e rebote embaixo das cestas. Não por acaso o que mais vimos nessa equipe uruguaia, que se destaca pela utilização de dois armadores muito rápidos e bons nos arremessos de média e longa distâncias, além de dois pivôs muito fortes, foi a proposital diminuição nas distâncias dos arremessos e finalizações, pois praticamente toda a equipe levou suas tentativas à cesta para baixo dos aros, como que testando o poder defensivo, e possíveis brechas dentro das áreas restritivas, os garrafões. E por causa desse estratagema levaram uma infinidade de contra ataques, que tenho a certeza não serão tão freqüentes na Copa América, aja vista a tranqüilidade do técnico e dos jogadores nos pedidos de tempo, onde a realidade contra do elástico placar, em nada alterava o comportamento e o humor dos mesmos.

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E O MONCHO VIU…

E o Moncho deu o ar da graça assistindo jogos do NBB em quatro estados, e tendo ao lado seu escudeiro e assistente pode anotar (se não o fez, deveria…) a quantidade incrível de erros de fundamentos que foram perpetrados pela maioria dos jogadores que atuaram, sem contar, é claro, com a enxurrada de arremessos de três, que já é um fato hors concurs em todos os nossos campeonatos, de todas as categorias, sem distinção.

Para quem tem em mente uma disciplina técnico tática ibérica, a ser implantada na seleção, que já foi ensaiada no Pré Olímpico de triste memória, a qual depende intrinsecamente do mais correto domínio dos fundamentos de ataque e de defesa, deve o ter colocado com as barbas de molho, e profundamente dependente dos três jogadores que atuam na NBA, a fim de manter sua fé numa classificação na Copa America, pré requisito para o próximo Mundial, e quando muito, estabelecer um belo álibi para um possível insucesso se os mesmos fizerem forfait mais uma vez.

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A ODISSÉIA…

Bola ao alto, lançada torta pelo juiz, mas bem aproveitada pelo Spliter iniciando nosso primeiro ataque, quando chega às mãos do Marcelo na lateral e Pimba! Chute de três falho. Mas o recado estava dado, com menos de 10seg. de posse! Sou mais eu, e o”passe a mais” que se lixe. Fosse eu o técnico e ato contínuo ao recado o banco não seria suficientemente longo para que ele baixasse de sua arrogância. O que se viu daí para diante foi um desafio entre uma equipe com absoluto domínio dos fundamentos, ante uma outra que tentava um equilíbrio baseado no espírito de luta de alguns bons jogadores, como o Spliter, o Alex e o Huertas. Foi o bastante para manter o placar de um ponto a favor dos gregos ao final do quarto.

Daí para diante, o abismo que separa a qualidade técnica dos jogadores gregos dos nossos, onde a elevada estatura de armadores, alas e pivôs, não limitam os mesmos na execução dos fundamentos de drible, passes , fintas e rebotes, além dos arremessos certeiros, e mais além ainda no posicionamento defensivo irretocável, contrasta com nossas deficiências nos mesmos, de uma maneira absolutamente inquestionável, deixando no ar a pergunta que não quer calar: Onde estavam os técnicos que não os prepararam na formação? Que ambas as equipes praticavam o mesmo sistema de ataque, era uma constatação clara e transparente, porém com um senão, uma diferença primordial que os diferenciavam, a superioridade grega nos fundamentos, exeqüibilizando-o, e superando nossos ingentes esforços em tentativas estéreis em antepô-los.

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AGORA É QUE COMEÇA…

Acredito que até o presente momento, o grande adversário da seleção venha sendo a alimentação fornecida pelo hotel da delegação, pois já são três os casos de intoxicação estomacal que, segundo a reportagem do UOL-Basquete, tirararam o Moncho do sério, nas críticas dirigidas à CBB pela ausência de um nutricionista no controle dos alimentos fornecidos. É uma situação bastante séria, pois bastam algumas colheres de leite estragado (talvez o responsável pela intoxicação do Baby, segundo os médicos gregos que o atenderam), para derrubar meia equipe.

No mais, o treino contra os libaneses (que me desculpem a constatação…) somente teve importância para um ou outro jogador ainda inseguro em sua produção, que para alguns comentaristas é provocada pela pouca experiência internacional, mas para mim trata-se mesmo de deficiências nos fundamentos do jogo, haja visto que, mesmo ante uma fraquíssima seleção, a defesa fora do perímetro fracassou inúmeras vezes, principalmente no bloqueio de arremessos de três, e em muitos passes errados para os pivôs.

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E NÃO DEU OUTRA…

E não deu outra, infelizmente. Bastou uma equipe pressionar de verdade nossos jogadores, em especial o Huertas e o Spliter, e pronto, o coletivismo quase desmoronou de todo.Passamos ao individualismo recalcitrante, para desespero do Moncho, que pela primeira vez esbravejou do banco, emitindo um eco que reverberou no ginásio praticamente vazio. Não fosse a qualidade incontestável do nosso armador, e da pujança reboteira na defesa, e a vaca teria ido pro brejo de vez. E de repente,um estafado Huertas praticamente tropeça na bola, sendo por uns pouquíssimos minutos( salvo engano, 3 ou 4 ) substituido pelo Fulvio que de cara, cercado por dois australianos perde a bola e a tranqüilidade por não agüentar o tranco, forçando a volta rápida do Huertas numa hora de decisão. E tudo isso lá pelos idos do segundo tempo.

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OS DESAFIOS DO MONCHO…

Quando o armador Huertas foi substituído pela primeira vez a 34seg. da metade do terceiro quarto, o técnico espanhol sinalizou sua predisposição de mantê-lo por muito ou todo o tempo de jogo quando a disputa for para valer, já que se convenceu de que o excelente armador não tem um substituto de seu quilate na equipe, e que praticamente todo o seu embasamento técnico-tático depende diretamente da produção daquele jogador, calejado nos embates físicos contra os duros e insistentes marcadores europeus, ao contrário do Fulvio, que se perde bastante quando assediado daquela forma, mas que é capaz de armar com eficiência quando a equipe adversária cai em uma marcação zonal, que foi o que ocorreu no jogo de hoje. Que a turma que preconiza a impossibilidade de um jogador “no basquete moderno” atuar por um longo tempo, se situe perante a crua realidade de que no caso de nossa seleção, não só ele, o Huertas, como o Spliter terão de se manter em quadra pelo maior espaço de tempo possível, se quisermos levar de vencida gregos, alemães e o outro adversário nas semi-finais. E que não esqueçam, que essa possibilidade é possível e viável no basquetebol FIBA, com quatro quartos de 10min.,e não quatro de 12, como na NBA.

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DIFÍCIL, MUITO DIFÍCIL…

Dificil, muito difícil analisar uma seleção tão fragmentada e heterogênea como essa. Apesar dos esforços honestos e competentes do técnico espanhol, que em nada modificou o sistema de jogo largamente conhecido por todos os integrantes da equipe, tanto os que atuam fora do país, como os da terra, pois se trata de um sistema padronizado mundo afora, introduzindo somente um novo fator, a cadenciação européia, com definições após os 20 seg. de posse de bola, e a importância que dá ao “um passe a mais”, como que tentando frear ao máximo a proverbial volúpia ofensiva de determinados e conhecidos pel….digo, jogadores que dirige mais patriarcalmente, que tecnicamente. E assim age na esperança de que nos futuros e decisivos momentos ,na grande e decisiva competição que se avizinha, venham os mesmos obedecerem seus conceitos e diretivas, cuja amalgama técnico –tática se baseia num único preceito, a paciência perante as dificuldades que se farão permanentemente presentes a cada minuto dos jogos em Atenas.

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A ESTRÉIA…

Deu-se a estréia, com um maracanãnzinho às moscas, muita badalação televisiva, onde um Moncho bem intencionado se viu privado de ser entendido em português pelos telespectadores, porque um trepidante repórter não poderia perder a fantástica oportunidade de expor seu tatibitate portunhol, e a imposição de uma tradução para nossa língua de declarações do paciente técnico, compreendida até pelas moscas que ocupavam os espaços circundantes. Querer aparecer em nosso país tornou-se uma praga infernal e profundamente caipira, assim como o assistente técnico deslanchando sua infernal caneta em uma prancheta que nem o titular do posto usa, demonstrando uma excelente capacidade de comunicação olho no olho, mais do que suficiente para ser bem entendido pelos jogadores, em vez de se verem perdidos perante rabiscos ininteligíveis perpetrados por um assistente técnico, repito, assistente técnico, que se o espanhol de plantão não se cuidar se verá engolido pelo afã avassalador de quem já está prontinho para o bote definitivo, estranhamente com seu próprio aval.

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O QUE MAIS FALTA?…

O técnico Moncho Monsalve apresentou sua lista para o Pré-Olímpico, incluindo na mesma e de forma condicional o jogador Leandro, que terá até o próximo dia 16 para confirmar sua participação, após os exames clínicos que fará nos Estados Unidos à partir de amanhã. Caso não possa atender a convocação, um outro jogador que treina na seleção do Sul-Americano será chamado, provavelmente, segundo declarações suas, um ala.

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