DIFÍCIL, MUITO DIFÍCIL…

Dificil, muito difícil analisar uma seleção tão fragmentada e heterogênea como essa. Apesar dos esforços honestos e competentes do técnico espanhol, que em nada modificou o sistema de jogo largamente conhecido por todos os integrantes da equipe, tanto os que atuam fora do país, como os da terra, pois se trata de um sistema padronizado mundo afora, introduzindo somente um novo fator, a cadenciação européia, com definições após os 20 seg. de posse de bola, e a importância que dá ao “um passe a mais”, como que tentando frear ao máximo a proverbial volúpia ofensiva de determinados e conhecidos pel….digo, jogadores que dirige mais patriarcalmente, que tecnicamente. E assim age na esperança de que nos futuros e decisivos momentos ,na grande e decisiva competição que se avizinha, venham os mesmos obedecerem seus conceitos e diretivas, cuja amalgama técnico –tática se baseia num único preceito, a paciência perante as dificuldades que se farão permanentemente presentes a cada minuto dos jogos em Atenas.

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A ESTRÉIA…

Deu-se a estréia, com um maracanãnzinho às moscas, muita badalação televisiva, onde um Moncho bem intencionado se viu privado de ser entendido em português pelos telespectadores, porque um trepidante repórter não poderia perder a fantástica oportunidade de expor seu tatibitate portunhol, e a imposição de uma tradução para nossa língua de declarações do paciente técnico, compreendida até pelas moscas que ocupavam os espaços circundantes. Querer aparecer em nosso país tornou-se uma praga infernal e profundamente caipira, assim como o assistente técnico deslanchando sua infernal caneta em uma prancheta que nem o titular do posto usa, demonstrando uma excelente capacidade de comunicação olho no olho, mais do que suficiente para ser bem entendido pelos jogadores, em vez de se verem perdidos perante rabiscos ininteligíveis perpetrados por um assistente técnico, repito, assistente técnico, que se o espanhol de plantão não se cuidar se verá engolido pelo afã avassalador de quem já está prontinho para o bote definitivo, estranhamente com seu próprio aval.

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COACH K…

Pronto, o Mike Krzyzewski soltou a lista de seus jogadores para as Olimpíadas de Pequim, com uma gradação de especialidades que é um verdadeiro chute em alguns e enraizados conceitos dos muitos, diria até, grande maioria de nossos técnicos e entendidos do grande jogo. Entendidos claro, em suas próprias convicções. Como explicar a “incompreensível” existência de três armadores puros e três alas-armadores tão técnicos e eficientes quanto aqueles, num país com a quantidade brutal de talentos que possuem, convocando tão somente UM pivô puro, um cincão como dizem exultantes, rútilos na visão mastodôntica que anteviam para aquela seleção, onde 2,12 m seria estatura desprezível? E completando a equipe com três alas puros e dois alas-pivôs ? O que pensa esse tal de coach K?

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APOSTAS…E BLEFES

E no Clube Pinheiros em São Paulo, 12 clubes do Nacional e 8 da ACBB se reuniram para criar uma nova liga, que segundo eles, será reconhecida pela CBB, e terá sua data de fundação em 19 de julho próximo na sede do Flamengo. O nome proposto é o de Associação Nacional de Basquete (ANB), com ação já programada para a temporada 2008-2009, com a participação inicial de 16 clubes, e que caberá à mesma a gerencia dos contratos de mídia e patrocínios. A CBB aguarda a proposta dos clubes para se manifestar, o que coloca em dúvida se reconhecerá ou não a mais nova liga na praça.

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O LEGADO DE UMA CAMISA…

“Não se pode matar uma jogadora para sempre. Mas as Olimpíadas, ela não joga. Não posso correr o risco de convocá-la”.

Em contra-ponto : “(…)Mas eu faria tudo de novo se ele me tirasse novamente”.

“Ele me vê como uma jogadora individualista. E eu acho que, em situações importantes, ele me pune e me deixa fora da quadra. Por isso, nunca vai dar certo”.

“Jogar coletivamente está sendo uma violência muito grande para ela. A Iziane simplesmente não consegue dividir espaço. O retorno dela depende de mudanças a médio e longo prazos. Hoje, não é possível. É necessária uma mudança radical de postura. Há uma diferença de pensamento muito grande entre nós”.

“Desde o juvenil, nós temos problemas na quadra(…)Quando joguei no Ourinhos, foi a mesma coisa”.( O Globo de 17/06/08)

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CLASSIFICAÇÃO EM MADRID…

Que tristeza, quanta insensibilidade de um diretor de programação, que interrompe a transmissão de um jogo decisivo para a classificação olímpica do país que libera a concessão para que seu canal aqui funcione, ainda mais sendo nacional, trocando-o por um jogo de futebol que nada significava na classificação da Eurocopa. Simplesmente vergonhoso e abominável. O canal? SPORTV.

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DIAGNOSE/CORREÇÃO…

Na formação dos futuros professores de Educação Física na UFRJ, quando dos estágios supervisionados e prática de ensino que os mesmos se submetiam para sua licenciatura, um dos itens de análise mais discutidos após as aulas dadas era aquele que quantificava sua capacitação de Diagnose/Correção, ou seja, a habilidade pedagógica de perceber erros e suas devidas correções no menor tempo possível. Sem dúvida alguma, treinávamos essa capacitação, que quanto mais estreita fosse, maior a qualificação do professor, ou mesmo o técnico, se seu encaminhamento fosse para o desporto.

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O ALTO PRÊÇO DA…

Ao final do desastre de hoje, o técnico da equipe brasileira se sai com essa: “O nosso banco reagiu muito bem, e marcou como devia, mas naquele ritmo não agüentaria até o final…”. Leu a bola de cristal errada, além de esquecer que aquela seria a única oportunidade de vencer dentro de um panorama técnico eivado de equívocos e intervenções erradas. Naqueles momentos, onde as reservas Natalia, Mamá, Karla, Chuca e Francilene, com seus físicos enxutos, velozes, elásticos, pressionavam as adversárias de forma avassaladora, reequilibrando uma partida que até aquele momento, por força da nossa lentidão defensiva, inadequação física, se comparada às longilíneas e velozes bielorussas, apontava nítida vantagem das mesmas ao levarem de vencida nossas jogadoras nos rebotes e na conquista de espaços vitais aos arremessos, tanto fora, como, e principalmente, dentro do perímetro. Era notória a incapacidade de nossas robustas pivôs nas disputas corpo a corpo pela ausência de velocidade, e pela teimosa insistência de fazerem um jogo interior de passes no ataque partindo de posições fixas, facilitando as rápidas interceptações das defensoras. Leia mais »

O QUE MAIS FALTA?…

O técnico Moncho Monsalve apresentou sua lista para o Pré-Olímpico, incluindo na mesma e de forma condicional o jogador Leandro, que terá até o próximo dia 16 para confirmar sua participação, após os exames clínicos que fará nos Estados Unidos à partir de amanhã. Caso não possa atender a convocação, um outro jogador que treina na seleção do Sul-Americano será chamado, provavelmente, segundo declarações suas, um ala.

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“DEU NO QUE DEU”…

Acabo de ler no blog do Fabio Balassiano ,“Da linha de 3”, que o Ricardo Probst foi convocado para os treinamentos da seleção brasileira, já que os homens altos Varejão, Nenê e Paulão ficaram impossibilitados por motivos de saúde, e que treinará na seleção B, sendo aproveitado na A se repetir suas recentes atuações na Super Copa.

Fez-se justiça, que tarda, mas não falha, ainda mais quando alicerçada em conceitos exclusivamente técnicos. De correto teria sido sua convocação direta para o grupo do Pré-Olímpico, e não para ter de passar por um estágio probatório condicional e nada impossível , excludente. Mas acredito firmemente, que se o ótimo jogador fizer sobressair sua enorme habilidade reboteira, eximir-se de aventurar nos três pontos, que é território e domínio dos cardeais ainda em ação, manter acesa sua inegável valentia na busca incansável da bola, servindo-a quantas vezes forem necessárias a seus companheiros finalizadores, marcar com eficiência o pivô adversário pela frente, como sabe fazer muito bem, e manter-se eficiente nos arremessos curtos e lances-livres, sem dúvida alguma ganhará a seleção um jogador com poder de rebote considerável. Torço para que tenha o merecido sucesso, que se faz merecedor por sua luta e persistência.

Mas, sempre um mas, tivemos nessa semana alguns capítulos da novela: “Leandro vai? Leandro não vai? Qual é a do Leandro? E que culminou com sua visita ao Moncho no treinamento da seleção B, aqui no Rio, onde afirma ter aparado as arestas no relacionamento dos dois.

Muitas historias e ilações têm vindo à público sobre a participação do Leandro no Pré-Olímpico, mas nenhuma foi mais esclarecedora do que a sua participação no programa da ESPN “Juca Kfouri entrevista”. Para quem gosta de ler nas entrelinhas, ainda mais quando as colocações do entrevistador são extremamente inteligentes, foi um prato cheio, principalmente quando perguntado, de forma até tímida, pelos fatos ocorridos em Las Vegas, e seu relacionamento com alguns jogadores daquela problemática equipe. Muito bem assessorado e orientado profissionalmente, o Leandro afirmou que a princípio teve alguns desencontros de pontos de vista com elementos da equipe, mais que superados, mas que nem tudo correu como desejava, e por isso “deu no que deu”.

E por que “deu no que deu? Pergunta que nem o Juca ousou fazer, já que foram fatos ocorridos entre quatro paredes de um vestiário muito diferente dos da NBA, que ele conota como uma das experiências inesquecíveis em sua carreira, com toda aquela mordomia de gatorades e barras energéticas à disposição, além, é claro, de seu nome gravado no armário dos uniformes de jogo.

E nesse ponto vem a pergunta que não foi feita, aquela que poria em pratos limpos o futuro disciplinador e ético das futuras seleções nacionais, aquela que determinaria o principio de comando, de prestígio, de liderança e respeito dos jogadores para com seus técnicos, somente vivenciada por quem participou intrinsecamente da mesma, mesmo sendo voto contrário, se é que o foi, mas que lá esteve, e cujo conteúdo foi divulgado pelo Marcos, penalizado e expurgado pelos companheiros e pela CBB por fazê-lo. O que ocorreu e foi determinado naquela reunião fechada? Foi a pergunta omitida, mas cuja possível resposta foi sutilmente mencionada num “deu no que deu”.

E após tantas versões, de achismos e interpretações válidas ou não, vemos nosso craque da NBA embarcar numa ponte aérea e vir encontrar o espanhol num treino da seleção B, e posar de pacificador, ante o perigo de ver ruir sua imagem de bom moço e bom caráter, que acredito possuir.

Mas, um penúltimo mas (nunca um último…), como agirá o técnico espanhol na direção de uma equipe que é capaz de se reunir para discutir habilitações de uma comissão técnica, em pleno Pré-Olímpico, determinando comportamentos e funções técnico-táticas, liderada por cardeais mais do que conhecidos, e que estarão no próximo e decisivo Pré?

Creio que a foto da Luciana Paschoal do O Globo, com a frieza de sua objetiva, demonstra na clareza dos semblantes expostos que desta vez ( assim contritamente espero…) o “deu no que deu” não torne a acontecer, pois se reuniões houverem, lá estará liderando-as o moncho carrancudo da foto.

Amém.