UM INCERTO 2013…
E olha 2013 logo ali na esquina pessoal, bem na esquina onde nosso indigitado basquete decidirá que caminho escolherá até 2016, que menos 2013 = 3 anos, isso mesmo, três anos para se firmar de uma vez por todas, ou se afundar com pouquíssimas possibilidades de volta, a continuar sob o mando dessa turma que ai está, que no fundo odeia o grande jogo, e teme que o mesmo volte a ocupar seu devido lugar na preferência popular.
Hoje mesmo, um dos mais prestigiados jornais do país, publicou um caderno retrospectivo sobre as Olimpíadas, e nas páginas centrais também publicou o calendário desportivo para 2013 (foto), e adivinhem qual a única modalidade omitida? Acertaram, o basquetebol!
Porque nem num mísero calendário o grande jogo merece ser mencionado, por quê? Ainda mais num encarte que festeja nossos feitos olímpicos, para o qual nosso basquete se classificou após 16 anos de afastamento, por quê?
Boa pergunta, para respostas nada convincentes, ou por acaso um de vocês tem algo a dizer, não os da segunda foto, mas vocês que amam e respeitam o grande jogo?
Então voltemos à turma estampada na tal segunda foto em volta do atual presidente da CBB, e candidato à reeleição, todos felizes e sorridentes pela esmagadora maioria num colégio eleitoral de 27 integrantes. Conte quantos são e imagine quem está praticamente com o poder nas mãos? O grego melhor que um presente, ou o seu pajem por mais de 12 anos, quem?
Pois é, cada um deles comanda uma federação, cujo poder se resume, em sua esmagadora maioria, única e exclusivamente pelo voto, pois realizações técnicas e competitivas praticamente inexistem na maioria delas, e que o usam e barganham magistralmente no grande bazar em que se transformou o desporto nacional, onde as exceções de tão poucas, não contam, nem interferem no resultado final…
Quanto ao progresso, planejamento, desenvolvimento, estudos, pesquisas, projetos para alavancar o grande jogo no país, ora, o que importam, para que servem se como está cumpre com galhardia e sobras aos primários intentos da maioria sorridente? Mudar para que? Seis ou meia dúzia dará no mesmo, ou não? Uma terceira via? Nem pensar, desconjuro, sai pra lá…
Meus deuses, se nem numa retrospectiva jornalística o basquete é mencionado, e se um grupo sorridente e festeiro envolve o mandatário do nada, absolutamente nada, na esperança, não, na certeza de benesses e mordomias em troca do poderoso e decisivo voto, por quê perder tempo com mudanças e incertos amanhãs, por quê? Fiquemos com o certo, o palpável, o negociável, no escambo dessa triste e dolorosa realidade.
Amém.
Fotos – Reproduções do jornal O Globo e Divulgação CBB. Clique nas mesmas para ampliá-las.