242 PADRONIZADOS E FORMATADOS…
(…)“A ENTB tem atingido seus objetivos em capacitar os profissionais dentro de uma padronização nacional de trabalho com conhecimentos científicos e quantificáveis da modalidade. Queria agradecer aos técnicos que contribuem para o crescimento do basquete brasileiro e que estão envolvidos diretos ou indiretamente na formatação da ENTB”, disse Vanderlei Mazzuchini, Diretor Técnico da CBB. (…)
( Databasket de 22/10/2013).
Estão lá, com todas as letras os dois termos que fazem da ENTB/CBB a meca da mesmice técnico tática que se instalou rigidamente no país, padronização e formatação, confirmando com folgas o que venho comentando e confrontando desde sempre sobre esse estratégico assunto.
Fico pasmo com a afirmação – “padronização nacional de trabalho com conhecimentos científicos e quantificáveis da modalidade”- quando o termo, cientÍfico, é prostituído da forma mais primária possível, e o pior, comunicado em palestras de arquibancada em quatro dias, nos quais ciência e quantificações sequer podem ser aferidas e conferidas pela exiguidade de tempo, de leitura, de estudo e pelo conhecimento em si do que elas representam e definem.
Claro que absolutamente não, um sonoro e indignado não, pois com ciência, a de verdade, não se brinca de mercadologia e política supérflua destituída de conteúdos (mensuráveis?), mas repleta de princípios marqueteiros, comerciais e políticos.
Mas deixa estar, pois pouco a pouco uma nova realidade se fará impor, exatamente aquela que se anteporá ao nivelamento formatado e padronizado que insistem em estabelecer, acima da liberdade de pensar e agir, ensinar e divulgar maciçamente o grande jogo, como deve ser exercido e pensado, e não algemado à mesmice endêmica que nos fez regredir décadas no ensino e aprendizagem do mesmo, apequenado que se encontra por todos aqueles que se apegam às formulações (padronizadas e formatadas) facilitadoras de seus empregos e posições de mando e comando, agora avalizados em três níveis e apadrinhados por conselhos destituídos dos conhecimentos mais básicos da modalidade, mas pródigos em amealharem contribuições, e que nos tem levado ladeira abaixo, inclusive, no contexto sul americano, e uma verdadeira escola não pode e nem deve trilhar tais caminhos, sob a pena irrecorrível de não justificar a que veio, como tem feito.
Quem sabe uma das 27 federações se insurja contra essa hecatombe, e inspire por força de sua coragem em mudar e ousar algo de realmente novo, nos campos administrativos e técnicos, fazendo com que outras congêneres a sigam por novos caminhos e conquistas, o suficiente para quando atingirem as 14 unidades necessárias para assumirem a CBB, o façam com determinação e amor ao grande jogo, que merece outra chance, apesar das políticas que teimam em retardar sua verdadeira vocação de segundo esporte no gosto e no coração do povo brasileiro, por merecimento, e acima de tudo pelo mérito, o que se atinge e conquista através uma verdadeira escola.
Amém.
Fotos- Fotos legendadas reproduzidas da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
PS – As fotos aqui veiculadas advêm de um estudo técnico baseado em pesquisa para a formulação de tese de doutoramento, conforme a matéria aqui publicada, e que sequer é mencionada nos encontros da ENTB/CBB, pois afinal de contas é assunto a ser ensinado em uma escola de treinadores, ou não?