VIDA QUE SEGUE…

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Sem dúvida, a vida tem de seguir, retilínea, correta, justa e acima de tudo, ética, comprometida com seus ideais voltados ao estudo, ensino, educação e cultura junto aos que se iniciam, e por que não, ao lado dos contemporâneos, companheiros de lutas e da labuta sacrificada do dia a dia, sem esmorecimento e reconhecimento pontual e político, porém solidamente ancorado no mérito e no profundo conhecimento de sua função social e humana, com a simplicidade e humildade dos que trabalham dissociados dos compadrios e corporativismos…

Então, creio que devemos dar continuidade às propostas desse humilde blog, entre as quais aquelas análises antecipativas de situações óbvias em suas concepções moldadas pelo oportunismo e pelo desrespeito a inteligência alheia, tais como:

– A escalada mais do que prevista e anunciada, desde o momento em que os blogs mais influentes da mídia tupiniquim começaram a cobrir maciçamente a NBA, com a abertura de escritórios daquela tentacular liga em nosso país, incluindo-o em sua pré temporada e agora, solenemente co patrocinando o NBB da LNB, como que se apoderando de um vantajoso mercado, não só esportivo e comercial, mas basicamente político e estratégico para a grande nação do norte, que sabia e inteligentemente, se lança a conquista dos jovens e futuros dirigentes e lideres do país, para comungarem com seu poderio e influência, tocando-os com o condão do esporte, como já vêm fazendo a tempos através sua cultura musical e filmográfica, pacientemente, visando um futuro que os garanta em seu way of life, tendo como aliado dócil e alinhado um país que detém ¼ da água doce mundial e uma reserva pré-sal contundente, entre outras imensas riquezas, e que não à toa fez renascer uma quinta frota naval (baseada em Norfolk) que se encontrava inativa desde os anos cinquenta…

E para quem se tocar de um delírio de minha parte, sugiro relerem os seguintes artigos aqui publicados, para entenderem em toda sua dimensão o como fazem  e agem as cabeças pensantes dos irmãos do norte, e ai sim, tirarem suas conclusões, mas sem antes não esquecerem que o nosso soerguimento no grande jogo depende exclusivamente de nós mesmos, desde a formação de base nas escolas e nos clubes, até a elite, que refletirá esse trabalho, compondo e fazendo parte de uma política nacional de educação, plena e diversificada, assunto longamente debatido aqui mesmo nesse humilde blog, onde o esporte ocuparia um lugar importante na formação do caráter de nossos jovens, fatores que passam ao largo dos planos de uma NBA em nosso país, já que totalmente voltado ao lucro e a influência sócio política do mais alto interesse de seu hegemônico país. Eis os artigos:

ECOS DE UMA VAIA – 2/6/2007

-NBA RIDES AGAIN – 3/3/2006

CONTAS DA CHINA – 21/7/2005

Mc NBA DONALD – 27/42005

PARA OS DESLUMBRADOS – 26/2/2006

CUCARACHA’S FANS – 4/1/2007

A NBA E SUA CLAQUE – 24/3/2007

UM LEMBRETE ÀS VIUVAS – 17/4/2008

 

Sei que de forma alguma influenciarei a quem quer que somente aprenderam a amar desde sempre a NBA, tampouco aqueles que já coçam as mãos com os prometidos lucros (os daqui e os de lá…), mas tão somente não poderia omitir esses pontos de vista, longamente testemunhados aqui e lá fora também, frutos de uma conscientização lenta e progressiva de nossos valores, teimosamente varridos para baixo do tapete da história, que não nos perdoará se nos calarmos e nos omitirmos ante a continuidade de um colonialismo exasperante e terminal.

– Também neste sábado a seleção feminina inicia sua trajetória no Mundial da Turquia, com uma equipe “renovada”, mas ainda dependente de jogadoras veteranas, no que poderia ter sido uma boa política de constituição de equipe, não fosse o fator mais insólito na sua direção, a ambivalência de seu técnico, dividido entre uma equipe masculina de tradição vencedora, e o treinamento e preparação de uma seleção na encruzilhada de seu futuro, principalmente visando 2016…

Objetivamente, é uma situação não somente insólita, como irresponsável, pois não acredito solenemente, não existir sequer um técnico qualificado no país, que pudesse assumir uma seleção tão dependente de formação básica intensa e vigorosa, sofrendo pela partição de seu técnico uma preparação onde até  Pirates, digo, Pilates, foi utilizado em conjunto com dispensáveis testes e estudos “científicos”, voltados à velocidade e explosão, quando na realidade necessitavam somente de fundamentos, fundamentos e mais fundamentos, a fim de não irem para uma competição master dissociadas de “pressões”, que é um fator inerente a mesma, mas que segundo seu genial líder, irá jogar com velocidade, audácia e sentido de conjunto, o que duvido muito e muito…

 luiz_zanon

– Finalmente, a competição para a qual me foi negado o credenciamento, o Mundial de Clubes, ou Copa Intercontinental, para a qual tenho somente um comentário, o de que, a exemplo de muitos torneios pan e sul americanos, quando muitos dos participantes, principalmente de países com pouca tradição no grande jogo, promovem as equipes de aeroporto, onde alguns de seus mais “qualificados” jogadores” vem a conhecer seus companheiros de equipe, e tendo como resultado a formação de um bando, e não de uma equipe, propiciando fracassos retumbantes, pois o fator coletivismo morre em seu nascedouro, a partir do momento em que alcançar um alto grau de entendimento denota tempo e muito treinamento. No entanto, o terrível equivoco, ou incompetente engano, pela busca quimérica dos “nomes” que pretensamente ganham títulos, e que na maioria das vezes quebram o cerne de uma equipe acostumada a jogar junta, seja com qual sistema se utilizar, mas de conhecimento de todos, e que pode, não, será quebrada em seu pretenso conjunto, com a presença de alguém que não os conhece e sequer fala seu idioma. Às vezes, a volúpia impensada e volúvel põe a perder todo um planejamento, no entanto, torço para estar enganado, apesar de muito pouco me enganar sobre formação, preparação e treinamento de uma equipe de competição, mesmo não sendo permitido constatar in vivo tal preparo técnico. Mas levo uma vantagem estando em casa assistindo pela TV, o fato de ter em mãos um controle remoto, que num zás me dá o poder de trocar de canal, ou simplesmente desligá-la. Também aqui, espero estar enganado, mas…

Amém.

Fotos – Divulgação LNB e reprodução da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

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