ARTIGO 500-FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS II

Muitos tem me perguntado, e até cobrado, de que forma pratica e objetiva pode uma equipe atuar com 2 armadores e 3 pivôs móveis, tanto contra defesa individual, como defesa por zona.

Desde muitos anos sempre treinei e preparei minhas equipes para atuarem desta forma, e na maioria dos casos me situava na contra-mão da maioria absoluta dos demais técnicos, utentes enraizados do sistema NBA, globalizado nos últimos 20 anos de influência e coerção maciça.

Em 1995, organizei com o Prof.Paulo Cezar Motta o Barra da Tijuca BC, que mesmo tendo suas atividades restritas a quadras descobertas e acanhados ginásios de escolas e clubes de condomínios da comunidade, exerceu, até o encerramento de suas atividades em 1998, grande influência técnico- tática no basquete do Rio de Janeiro,mas que não encontrou respaldo e continuidade nos demais técnicos do estado.

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ENFIM,SALVO…

Na sexta-feira que passou experimentei um misto de alegria e alivio, por ter, depois de longos 5 anos, conseguido salvar o único filme didático, baseado num campeonato mundial aqui realizado, do desaparecimento total e irremediável. Quando coordenador do Laboratório de Tecnologia Educacional da EEFD/UFRJ em 1971, propus à CBB a realização conjunta de um documentário em 16mm, sobre o Campeonato Mundial Feminino que seria realizado naquele ano em São Paulo, com sub-sedes em Brasília e Niterói. A EEFD cederia o equipamento de filmagem e participaria de um rateio na compra de negativos e aluguel de estúdio de som, e a CBB com as despesas de revelação, copiagem, transporte e acomodações para as sedes dos jogos. Trato feito, fomos à luta, que não foi fácil, dada à precariedade dos equipamentos, uma simples câmera Paillard-Bolex, sem tripé, uma editora manual amadora, e um entusiasmo enorme.

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ANATOMIA DE UM ARREMESSO V

Como já mencionei em artigos anteriores desta série, muito do desconhecimento sobre a técnica dos arremessos, principalmente os de longa distancia, se deve ao fator tradição no ensino do movimento, onde a estética supera a técnica de execução, pautando-se no equilíbrio harmonioso que aufere ao “estilo” a busca a ser alcançada, e não a eficiência direcional e mecânica que deve ser o objetivo final.

E esse objetivo, tem como elemento indissociável ao sucesso do arremesso o controle absoluto sobre a direção da bola à cesta, sem o qual estilos, equilíbrio, força, saltos e pegas não obterão os resultados desejados. Recordando o principio básico da direcionalidade em qualquer arremesso efetuado com uma das mãos, no qual o eixo diametral estabelecido pela flexão dos dedos centrais da mão impulsionadora no momento da soltura, origina um movimento reverso da bola em torno do mesmo (back spin), e que estando paralelo ao nível do aro, e eqüidistante dos bordos externos do mesmo, estabelecerá um sentido direcional cujos desvios, quanto menores forem, mais precisos e centrados serão os arremessos, colimando as variáveis de força e trajetória necessárias na busca da precisão almejada.

Logo, o principio de direcionalidade se antepõe decisivamente aos estilos e à estética, dando ao jogador a enorme possibilidade de sucesso mesmo em situações de total desequilíbrio corporal no espaço, no momento em que mantenha sob total controle a direção imprimida à bola.

No primeiro exemplo (acima a direita) observemos o jogador profissional MacGrady executando um longo arremesso em total equilíbrio corporal, atendendo às expectativas estéticas, num estilo clássico. Mas um detalhe primordial salta aos olhos dos mais treinados na arte de ensinar arremessos, o perfeito alinhamento da mão impulsionadora, numa pega em que a aplicação de força é feita pelos 3 dedos centrais simultaneamente (observar o retraimento do dedo central, a fim de se alinhar ao anular e indicador), e o polegar e mínimo dominando o eixo diametral da bola completamente paralelo ao nível do aro. O controle espacial dos eixos a – b mantenedor do centro de gravidade projetado à área ocupada no momento do salto, e o c- d, responsável pelo direcionamento correto à cesta, demonstram a alta técnica desse jogador, real especialista nos longos arremessos.

No segundo(acima a esquerda), uma contraposição total ao primeiro exemplo, principalmente no aspecto referente ao equilíbrio corporal, comparando equilíbrio e desequilíbrio, mas tendo algo absolutamente em comum com o primeiro exemplo, o controle direcional exercido sobre a bola. O jogador Ginobili é um especialista nesse tipo de arremesso, onde alcança grandes resultados.

Reparemos que, mesmo em total desequilíbrio corporal, com o eixo a – b determinando o quanto o seu centro de gravidade se encontra fora da área que estaria ocupando ao inicio do salto, sua empunhadura mantém o eixo diametral da bola paralelo ao nível do aro (c – d), sob total controle direcional, garantindo o sucesso na tentativa, o que realmente ocorreu.

São exemplos determinantes do quanto o controle do eixo diametral em rotação inversa , paralelo ao nível do aro e eqüidistante dos bordos do mesmo, conotam alto grau de precisão direcional, não dependendo da postura e posicionamento do corpo no momento crucial do arremesso.

Claro, que a absorção desses princípios técnicos ocorrerão no transcorrer do processo educativo dos jovens, iniciando-os pela postura tradicional (fundamentação passada), ensinando e treinando-os nos princípios que regem o controle do centro de gravidade (fundamentação presente), evoluindo, já como infanto e juvenis, para ações espaciais desequilibradas (fundamentação futura), principalmente aquelas mais usuais nos tempos atuais de fortes defesas e embates corpo a corpo.

Como podemos mais uma vez atestar, toda evolução e conhecimentos acerca dos fundamentos do jogo, passam obrigatoriamente por processos didático-pedagógicos firmemente embasados em sérios e detalhados estudos, onde o empirismo tem de ceder sua tão presente realidade entre nós pela premente necessidade de evolução técnica, campo de ação de professores e técnicos, comprometidos com a excelência no ensino e na prática dos fundamentos do grande jogo.

Estudar, pesquisar, trabalhar, é o caminho a ser percorrido, sempre.

Amém.

PS- Um bom artigo para referencia pode ser acessado clicando:

http://paulomurilo.blogspot.com/2007/12/anatomia-de-um-arremesso-iv.html

ANATOMIA DE UM ARREMESSO IV

Sempre que discussões sobre arremessos são estabelecidas, um pormenor técnico vem à baila, as pegas. Entendamos como pegas as formas e encaixes das mãos por sobre a superfície da bola no ato e exercício do arremesso, seja com uma ou duas mãos impulsionadoras. Com o auxílio de imagens procuraremos discernir os diversos tipos de pegas que tornam possíveis os arremessos, mais propriamente, os efetuados com uma das mãos. As fotos aqui mostradas foram as mesmas que compuseram um artigo publicado pela Revista Brasileira de Educação Física e Desportiva, Nº9 em 1970, sobre “Alguns aspectos dos fundamentos”, e algumas que compuseram a tese de doutoramento “Estudo sobre umefetivo controle da direção do lançamento com uma das mãos no basquetebol”,defendida em Lisboa na FMH/UTL em 1992.

 

Ao final do artigo,e para maior compreensão do que venha a ser um perfeito controle do eixo dametral da bola em sua trajetória à cesta, acesse o link à seguir, e entenda de uma vez por todas o porque do arremesso longo de três pontos ser especialidade de uns poucos jogadores, aqueles que se aproximam da precisão repetitiva e constante somente possivel, no caso da infalibilidade, a um bem programado robô.

http://onecityatatime.wordpress.com/2007/08/26/basketball-shooting-robot-at-the-carnegie-science-center-in-pittsburgh/

 

 

SISTEMA V – CORRENDO EM CÍRCULOS.

Publico hoje mais um artigo da serie Sistemas, abordando jogadas do sistema ofensivo empregadas pela seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos. Apesar de vencer o torneio, muito me preocupa o sistema utilizado pela seleção quando enfrentar equipes mais fortes defensivamente no próximo Pré-Olímpico de Las Vegas, ainda mais pela indefinição de como se comportará a armação da equipe, atuando com um ou dois armadores, que será um fator preponderante na performance da mesma como um todo. Este é um tema controverso e gerador de discussões que alcançam dois pólos. Um dos que defendem a equipe atuando dentro dos padrões táticos oriundos da NBA, como vem sendo feito nos últimos vinte anos, outro, o de uma minoria de técnicos que advogam uma mudança radical nessa maneira monopolizada de jogar, tentando resgatar um pouco dos princípios técnico-táticos que empregávamos num recente passado, e que nos guindaram aos postos mais elevados no concerto internacional. Por tudo isso proponha tal discussão, e inicio-a no âmago deste artigo.

PS- A utilização do mouse movimenta e aumenta as imagens apresentadas.

SISTEMAS VI – ERROS DEFENSIVOS

Dando prosseguimento à série Sistemas, abordaremos hoje o tema Erros Defensivos, que complementa o primeiro artigo da mesma, quando discutimos a Defesa Linha da Bola. Espero que aproveitem bem o tema, façam uma boa reflexão sobre o mesmo, e participem das discussões que possampropiciar um maior entendimento em favor de melhores sistemas defensivos, a serem empregues e desenvolvidos por todas as nossas equipes, de todas as categorias.

SISTEMAS IV – COMO NÃO FAZER.

Publico hoje mais um artigo da serie Sistemas, abordando uma temática bastante controversa, os sistemas ofensivos utilizados em nossas seleções nacionais, e o faço par que possa suscitar discussões e reflexões sobre o que de melhor poderemos fazer e criar para o sucesso de nosso basquetebol. Espero que todos participem e acrescentem sugestões positivas a fim de encontrarmos nossos verdadeiros caminhos no grande jogo.

PS-A utilização do mouse aciona o zoom nas imagens.

SISTEMAS III- Treinando fundamentos II

Nesse terceiro artigo da série Sistemas, abordaremos a parte dois do Treinando Fundamentos. São princípios básicos e fundamentais no ensino do basquetebol, e que devem sempre ser praticados por todos os jogadores, independentemente de categorias e faixas etárias, como num ritual no qual as repetições embasarão a todos no domínio dos princípios do grande jogo. Treinar sistematicamente os fundamentos é a chave dos grandes jogadores.

SISTEMAS II – TREINANDO OS FUNDAMENTOS.

Dando prosseguimento à série Sistemas, apresento o segundo capítulo da mesma. Espero que o estudem, comentem e que o desenvolvam na medida do possível, pois é uma preciosa ferramenta de trabalho, e que conta com a simpatia e aceitação da maioria dos jogadores, dos infantís aos mais graduados, já que a imensa possibilidade de evoluirem na prática dos fundamentos não têm limite. Para os técnicos e professores, a oportunidade de exercerem uma constante correção dos fundamentos, torna esse sistema de enorme valia no dia a dia de suas profissões. Espero que gostem.
PS- Existe a possibilidade de aumentar as imagens com a utilização do mouse sobre as mesmas.

SISTEMAS I – DEFESA LINHA DA BOLA.

Inicio uma serie de artigos sobre sistemas de jogo, defensivos e ofensivos, que empreguei nas equipes que dirigi nos últimos 45 anos, esperando que sirvam de estudos e indagações, por todos aqueles que se interessam pela compreensão do jogo. A cada mês publicarei um artigo que poderão vir na forma de fótos, como esse primeiro, diagramas e vídeos. Espero que gostem.