COMO PERDER UM JOGO PRATICAMENTE GANHO?…

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Fácil, mantendo um maluco em quadra, simples assim…

O cara chuta 3/12 de três e 3/9 de dois, não importando o placar, arremete em velocidade até perder o domínio da bola e das…bandejas, defende, melhor, não defende no perímetro externo, não obedece táticas, mas, ora mas, pega rebotes, que foram 15 do total de 50 da equipe, porém algo que o Paulão e o Gerson poderiam igualar, fora o Wagner em alguns momentos. Sem dúvida alguma, o Tyrone atirou (ou arremessou, seria mais uma…) o jogo pela janela, sob o beneplácito de um técnico oscilando do enérgico ao raivoso, ou do  contemplativo ao ausente, e sempre de braços cruzados (mas aguardemos a quem vai responsabilizar pela incrível derrota…)…

Perdeu Mogi a enorme oportunidade de fechar a série e ir para a final, e agora, invertendo os papéis, Bauru, acredito, não deverá perder a grande chance, claro, se repetir durante todo o jogo os três minutos finais da segunda prorrogação, quando, por falta de chances e opções nas bolinhas, redescobriram que possuiam bons pivôs, principalmente o Murilo, que no frigir dos ovos, ganhou o jogo, enquanto seu companheiro de taboa (?) se consagrava com sua artilharia mambembe de três (4/11), para gáudio do técnico argentino, ou não, na futura convocação pré olímpica…

Por mais uma vez, ou milésima vez, perdeu o basquete nacional a barca do jogo coletivo, afogado pela hemorragia dos três, que alcançou neste jogo a absurda e indescritível marca de 27/71 tentativas, para 29/74 de dois pontos, numa convergência praticamente igual, mas que ironicamente apresentou um desfecho em duas bolas interiores na última prorrogação, e pela enxurrada de lances livres advindos da mesma situação, numa prova cabal do lamentável estágio que atravessa o grande jogo, insistentemente coisificado entre nós, teimosa e estupidamente…

Mas como a esperança é a última que morre, quem sabe em Bauru vejamos o renascimento do DPJ, do jogo inteligente dos pivôs, e dos longos  arremessos realmente executados pelos especialistas de verdade, e não os de ocasião, assim como defesas individuais e coletivas efetivas e técnicas, numa otimista previsão de jogos finais emocionantes, mas acima de tudo, técnicos e taticamente evoluídos. Torço por isso, enfaticamente…

Amém.

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Em Tempo – Foram cometidos 29 erros de fundamentos nesta partida de “alto índice técnico”, segundo os especializados, e logo após a partida culpados pela derrota foram identificados, segundo o espanhol, os árbitros. Legal, não?…

 

O FATÍDICO 2/13…

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Daqui a um pouquinho Mogi e Bauru se enfrentarão num quarto jogo decisivo, e que pode guindar a equipe do espanhol que xinga a própria madre ao vivo e a cores pela TV, aderindo de vez ao palavrório de muitos técnicos tupiniquins, sob o aplauso e condescendência da mídia, que vê no fato o “ardor” da disputa (êpa…), e não uma tremenda falta de compostura e educação ao público tele ouvinte, provando não ser uma falha somente nossa, terceiro mundistas…

Mas, indo além do baixo calão, sua equipe obteve uma bela vitória, contestando na periferia a insânia chutadora de seu adversário (16/25 nas bolas de dois pontos e 9/31 nas de três), e também exercendo um jogo fortíssimo no interior do perímetro (25/49 nos dois e 7/22 nos três), convertendo 44 pontos contra 30 do lado de lá, onde seu mais emblemático contratado, o pivosão Hettsheimeir errou mais de fora do que lá dentro (1/5  de três e 2/5  de dois), num desperdício lapidar, e que pode, se continuado, decretar a saída da equipe mais festejada pelos especializados para tomar do Flamengo a hegemonia dos últimos anos, afinal, foi formada para ganhar todos os títulos, o que até não duvido, mas que terá de modificar estruturalmente sua forma autofágica de atuar, egocêntrica e dispersa, e repito, tornando refém de sua egolatria, seu experiente e escolado técnico…

Aqui no Rio, o Flamengo encontrou uma dureza neste terceiro jogo da série, só vencido graças a dois e decisivos fatores, o absurdo dos 2/13 em bolas de três do homem que deveria liderar a distribuição e coordenação de jogo, o Nezinho, que numa tripla armação (ele e mais o Jackson e o Ramon), deu a ele a pretensa liberdade de queimar, através seu incrível e altamente desequilibrado estilo, quantas bolas fossem possíveis, encontrando porém, forte contestação externa, retirando a precisão pretendida, e o fato mais emblemático, a presença do Marcelo num quarto final devastador, ainda mais quando foi marcado por um Jackson palmo e meio mais baixo (Mogi atuava com os três citados armadores), fator facilitador ante seus dois metros de altura, e mais de 25 anos de prática nos longos arremessos. Errou Mogi ao manter os três armadores juntos, pois um deles deveria ter cedido lugar a um jogador alto, a fim de estabelecer dualidade junto a o Marcelo, o que dificultaria bastante suas conclusões…

Mas o fato é de que o ainda iniciante técnico, totalmente imerso em suas táticas pranchetadas, ainda terá um bom tempo pela frente para diagnosticar na prática, e com a presteza necessária, onde realmente se encontram os sutís detalhes de uma dura partida do grande jogo, a fim de corrigí-los de imediato, e de preferência sem a tutela de uma prancheta, artefato letal quando utilizado para substituir as dimensões reais de uma quadra, minimizando distâncias, reações e comportamentos, e o mais importante, coisificando o grande jogo, caracterizando um erro colossal, e perdedor…

Amém.

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AS BURRAS AMARRAS…

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Ironicamente, foi numa falha contestatória do Alexandre (que defendia com valentia e agilidade) sobre o Fisher, que mais uma bolinha aconteceu, na ação vencedora da partida, mas não antes do fechamento, quando num lateral cobrado por aquele que deveria ser o concluinte à cesta, o Shamell, viu a tentativa do Filipin se esvair, inclusive, se bem concluida, valeria 2 pontos por ter pisado na linha de três…

Enfim, foram dois jogos em Bauru que deixa bem claro o difícil papel reservado a equipe que teima em provar que “bolinha é progresso”, e até pode vir a ser campeã, numa demonstração cabal do atual nível do basquetebol nacional, onde, inclusive e lamentável, um técnico de seleção brasileira vem a público anunciar que pódio em 2016 nem pensar, deixando no ar uma instigante pergunta – o que está fazendo lá, de verdade? – (detalhes aqui), fatos concretos que a equipe mogiana pode reverter, se mantiver seu inteligente e competente plano tático de jogo, estrategicamente bem concebido e, melhor ainda, que vem sendo bem concretizado até aqui…

No outro jogo, o segundo entre Limeira e Flamengo, assistimos uma aula de como não defender por parte de Limeira, e de como fazê-lo por parte do Flamengo, simples assim…

Limeira, que junto a Bauru, e próxima ao Flamengo, se constitui com as mesmas, as equipes mais chutadoras de fora na Liga, até o momento que uma delas, a carioca, resolveu defender o perímetro, principalmente ao contar com o Benite e o Alexandre fixos na titularidade, onde ambos estabeleceram o seu equilíbrio defensivo, além de comporem com o Laprovitolla, o Marcos e o Meyinse uma equipe forte e coesa no ataque, principalmente o interior, pode sofrer um 0 x 3 amanhã no Tijuca, a não ser que mude radicalmente sua forma de jogar, principalmente na defesa exterior, nosso notório tendão de Aquiles, inclusive nas seleções…

Mas de seleções muito em breve teremos de falar, pois 2016 está logo ali na esquina da história, sem protelações e apriorísticas declarações derrotistas, por quem ao fazê-las deveria ceder o cargo, para ser preenchido por alguém que acredite no trabalho competente, técnico, e comprometido com a evolução revisionista do nosso tão mal tratado basquetebol, claro, se isso fosse possível dentro de uma estrutura que privilegia o compadrio, jamais o mérito, jamais…

Portanto, torçamos para que prevaleça o bom jogo, com defesas bem postadas e combativas, ataques interiores e eventualmente e bem equilibrados exteriores também, que jamais deveriam se constituir como a base de uma equipe, sua marca, frente a sua reconhecida imprecisão, tão omitida nos dias de hoje, em nome de exigências midiáticas oportunistas e arrivistas. Quem sabe evoluamos, emancipando o grande jogo de amarras tão excludentes e absolutamente burras, quem sabe?…

Amém.

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O NORTE…

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Terminado o jogo, fico me perguntando como ser possível  vencer uma partida de playoff, jogando em casa, com um plantel tido pela mídia como o melhor da competição, com investimento alto, jogando da forma que jogou Bauru, convergindo acintosamente (9/35 de três e 11/19 de dois), como que impondo ao adversário uma contundente verdade, a de que sob tão “potente” artilharia resistência nenhuma seria possível, sequer tentada…

Mas, eis que a equipe de Mogi, simplesmente “pôs a bola embaixo do braço”, cadenciou o jogo, renunciando apostar corrida com os notórios velocistas adversários, ao ponto de seus dois especialistas de três, Filipin e Shamell tentassem um ínfimo 0/3 lá de fora, deixando para o Tyrone (4/5) e Gustavo (2/3) as honras nas bolinhas, e resolvessem “se meter” lá dentro, para de 2 em 2 consolidar uma vitória inquestionável, em paralelo a uma defesa contestadora nos dois perímetros, ocasionando alguns desastres, como o lamentável 1/8 do Hettsheimeir, que a cada dia reprisa um exemplo de antanho, quando um promissor pivô de 2,11m, o Olivia, irmão do Olivinha, se dividiu entre o jogo interno e as bolinhas de fora, não se firmando em nenhuma das duas opções, numa perda muito sentida, e que ameaça ser repetida, num momento da evolução tática do jogo, onde o domínio dos rebotes, principalmente o ofensivo, se apresenta tão estratégico…

Como uma equipe que ousa perder em tempo e esforço 26 bolas de três ante um rival que somente perdeu 8 bolinhas, num jogo onde 30 erros de fundamentos foram cometidos (17/13), numa demonstração de mútuo nervosismo, mantêm seu comportamento por toda a partida, sem refrear tanta certeza de que “a qualquer momento” as bolinhas iriam cair (com certeza no próximo…), e que por conta dessa convicção o tiroteio deveria ser mantido, como?…

Salta a vista uma incoerente dúvida, ou seu técnico comunga com essa certeza, ou vai se tornando refém dos especialistas que povoam seu plantel, ou mesmo, no impasse, se veja perante a realidade de que equipes bem treinadas podem contestar seu premiado elenco dentro e fora do perímetro ( o que ocorreu…), ocasionando uma pane nos gatilhos, sem uma contra proposta de idêntico teor, ou simplesmente pondo a bola embaixo do braço, também…

Foi um jogo escola, para ser bem revisto e analisado, quando a utilização prática dos homens grandes tiveram duas bem definidas versões, uma, vencedora, situando-os bem próximos as taboas, reboteando e concluindo, outra, dispersa e tentando bolas de três, o que definitivamente não se coaduna com as suas reais e críticas funções…

Duas equipes atuando no sistema único, com os punhos e chifres de sempre, porém com uma determinante vantagem para uma delas, saber rigorosamente o que estava fazendo, com calma e surpreendente objetividade, principalmente por parte de seu norte, o Shamell…

Amém.

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IMBATÍVEL…

 

Começam as semi finais, e o Flamengo sai na frente na casa do adversário, vencendo um jogo na quadra e não perdendo na prancheta, como seu oponente, que a cada tempo pedido, anula em parte as excelentes condições de uma equipe bem planejada, sem exceder verbas, porém equilibrada, e que apresenta um basquete diferenciado e corajoso, a começar pela enorme mobilidade de seus integrantes, armadores e pivôs, todos muito velozes e hábeis nos arremessos, apesar de em muitas ocasiões exagerarem no jogo externo, deixando de aproveitar os bons pivôs que possuem…

E porque perdem na prancheta? Porque seu jovem técnico esquece um principio, que também é esquecido pelo técnico rubro negro, o de que a visão é o mais lento de nossos sentidos, cuja acuidade sofre sérias restrições na captação de informações cumulativas, velozes, exercendo uma seletividade oposta, lenta e detalhista. Expor uma prancheta invertida (oposta ao sentido da quadra), apondo à mesma situações  nervosamente grafadas, perante jogadores cansados, nervosos e instáveis, necessitando muito mais de ajustes personalizados, incentivos e correções pontuais, do que repetições táticas que pecam pela objetividade, se perdendo em obviedades e caprichos de um comando equivocado em sua real função durante um jogo, bem diferente de seu verdadeiro papel na preparação da equipe, onde realmente se faz visceralmente necessário e importante, tanto na fundamentação técnica, como na formulação tática e estratégica…

Chega a ser constrangedora essa fixação midiática em torno de uma negação obtusa do que venha a ser orientar um grupo de jogadores ansiosos por soluções, e não ilações repetidas de forma hermética a um sentido que anseia o olho no olho, e não uma fuga emaranhada em rabiscos ininteligíveis…

Nos dois exemplos abaixo, tentem entender as “mensagens”, mas antes se coloquem no lugar de jogadores em final de jogo, atrás no placar, pressionados e nervosos, buscando algo realmente objetivo, compreensível, simples, porque não, porém nada comparado ao que ai está, gráfica e literalmente, nessa imbatível prancheta.

 

Amém.

Videos – Reproduzidos da TV.

 

OS CONCEITOS…

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Bem melhor da crise ciática, tomei coragem e fui ao Tijuca para a quinta partida entre o Flamengo e São José, onde pude reencontrar os técnicos Antonio Carlos,o Marcio, récem empossado presidente da Associação de Técnicos do Rio de Janeiro, e o Miguel Palmier, amigo de longa data, que me viram saindo a seis minutos do final de uma partida decisiva, onde o placar àquela altura separava as equipes em 40 pontos, isso mesmo, 40 pontos!…

Inadmissível numa decisão, mesmo na casa do adversário, uma equipe se apresentar com uma única proposta de jogo em duas opções, o Caio ou as famigeradas bolinhas (2/14), ao se deparar com uma barreira interior, onde o bom tecnicamente, porém paquidérmico cincão jogava mais na meia quadra do que nas taboas, pois quando voltava ou avançava se situava metros atrás dos rápidos e ágeis jogadores cariocas, inclusive os pivôs, proporcionando contra ataques em profusão, até a diferença alcançar os inimagináveis e constrangedores 40 pontos numa decisão às semifinais, numa lastimável demonstração de incapacidade e planejamento técnico e tático, numa partida para “colocar a bola embaixo do braço”, reduzindo o rítmo ao máximo, otimizando a posse de bola, dando tempo para que o Caio se posicionasse, e não ficasse apostando corrida sem poder sequer elevar os pés do solo nos deslocamentos (se não perder pelo menos uns 15kg de gordura, sofrerá cada vez mais restrições táticas, apesar de ser tecnicamente um bom jogador), e o mais escancarado, a impossibilidade que a equipe encontrou ao se deparar com uma astuta dupla armação, formada pelo Laprovittola e o Benite, sem sequer esboçar uma contrapartida, por exemplo, escalando o Betinho ao lado de um mais bem cansado e curtido Valter, auxiliando-o nas levadas de bola e nas armações visando cadenciar o jogo interior com o Caio e o Renan, que bem poderiam ter atuado juntos nos momentos cruciais da partida…

Enfim, foram apostar corrida com a bem disposta turma rubro negra e se deram mal, e tão mal que nem a desculpa tradicional de ter sido um “jogo atípico” cola mais…

Em Bauru, o time da casa enfim dobrou a bem mesclada equipe de Franca, que defendendo com competência quase derrubou o “favorito” da mídia especializada tupiniquim, graças ao vício alimentado pela mesma, o endeusamento das bolinhas (7/28) por parte dos francanos, e ai poderíamos voltar às continhas, pois bastaria que a metade das bolas de três perdidas (no caso, 14 tentativas), fossem trocadas por penetrações visando os dois pontos, para vencerem um jogo perdido por seis (78 x 72), numa partida em que ambas perpetraram 15/54 bolinhas, num desperdício monumental de esforço físico e possível ganho de inteligente ação estratégica. Mas nada disso importa para o sucesso midiático propugnado por aqueles que nem de longe, muito longe, conhecem e entendem o grande jogo, que é extremamente exigente e seletivo…

Chegam às finais as mesmas quatro equipes que se classificaram na primeira fase, as mesmas compostas de pivôs rápidos, ágeis e flexíveis, que atuam de fora para dentro do perímetro interno, que defendem na linha do passe, e alguns deles pela frente de pivôs com as mesmas características, e que, sem exceção, atuam em dupla, e as vezes em tripla armação, e que já ensaiam fortes defesas fora do perímetro, todos fatores muito bem vindos ao nosso basquetebol, e importante, abrindo mão das convergências, demonstrando maturidade na seleção dos arremessos, faltando somente, e como passo definitivo à nossa evolução, a fuga definitiva do sistema único com seus chifres, punhos, polegares e correlatos, estrelas fulgurantes permanentemente desenhadas em  folclóricas pranchetas, lastimáveis e castradoras pranchetas, mas importantíssimas como passaporte midiático da atuação dos estrategistas que as empunham, sôfregos e extasiados com suas habilidades gráficas, ininteligíveis na maioria, ou, em todas as participações perante perplexos jogadores, quando poderiam, num passo fundamental e definitivo, optarem por novos rumos, caminhos, percorrendo-os com a coragem de inovar, de retirar do âmago de cada jogador o que melhor possa produzir, criar e dividir as responsabilidades de jogar o grande jogo como deve ser jogado, recriando-o a cada intervenção, e não copiando ad perpetuam jogadas que todos conhecem desde sempre…

Coragem, preparo, estudo, determinação e comprometimento é o que nos falta para o passo à frente em nossa forma de atuar, de jogar o grande jogo…

Amém.

Fotos – Reprodução da Web e fotos próprias. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

“O ESTILO BRASILEIRO”…

P1100698-001P1100723-001DSCN3453-001DSCN3473-001DSCN3479-001DSCN3480-001Outra semana de muito basquete, aqui e lá fora, em playoffs muito disputados aqui, e não muito lá fora, vide as estilosas varridas na metrópole, onde um veteraníssimo plantel texano ainda dá as cartas, provando que juventude não é tudo na primazia do grande jogo, e que o equilíbrio entre as gerações deva ser o caminho a ser seguido, principalmente para o nosso ainda insipiente basquetebol…

Técnica e taticamente somos insipientes, vide uma formação de base altamente precária, uma compulsão doentia pelo sistema único, que não funciona e jamais funcionará sem o domínio dos fundamentos do jogo, mas que é copiado e exigido à exaustão por estrategistas que se projetam monocordicamente através suas midiáticas pranchetas, uma imprensa especializada que comete lamentáveis deslizes em suas preferências de conteúdo equivocado, e incentivador de graves erros técnicos, principalmente em jovens ouvintes, facilmente influenciáveis pelo apelo imediatista de “jogadas e ações consagradoras”, e o pior, incitando a burla a regras do jogo, como em dois recentes comentários, quando um jogador foi punido por conduzir a bola, ao imobilizá-la situando a mão impulsionadora por baixo da mesma no ato do drible, recebendo o seguinte comentário dos dois ex-jogadores que analisavam o jogo – “Poxa, se os juizes marcarem todas essas conduções não tem jogo, e era o que eu fazia todo tempo quando jogava (risos), não é fulano?” “Sem dúvida, beltrano, eu também (mais risos)”… Simplesmente lamentável…

Também ex juiz que comenta tática e tecnicamente os jogos insistindo na liberação da vantagem quando um jogador sofre falta em seu caminho para a cesta, indo de encontro às regras do jogo que coíbe esta ação, argumentando ser uma recomendação da FIBA, no intuito de não beneficiar o infrator, mas que ainda não se caracteriza como regra deliberada oficialmente (recomendação não é regra), e portanto deve ser obedecida…

Como também, no jogo entre Bauru e Franca, enaltecendo a enxurrada de arremessos de três – “Me desculpem os puristas, mas esse é o “verdadeiro estilo do basquete brasileiro” onde até um jogador argentino, o Mata, vindo de um basquete contido e cadenciado “se soltou” adotando essa forma de jogar”- Esqueceu, ou omitiu, entretanto, o fato de que a maioria dos estrangeiros que aqui aportam, de saida “compreendem” que se não o adotarem, frente a inexistentes contestações, poucas chances midiáticas terão…

Mas foi exatamente nesse jogo, que a tal equipe chutadora (com inacreditáveis 13/34 de três e 10/20 de dois) e repleta de “nomes”, convergente de longa data, perdeu um jogo em seus domínios para uma outra muito jovem e que se enfiou “lá dentro”, arremessando 19/41 de dois e 9/22 de três, vencendo exatamente pelos 2 em 2 (não esquecer que contabilizaram 27 pontos nos três contra 39 dos donos da casa…), e ainda perderam 7 lances livres…

Logo, trata-se de um “estilo” enganoso e perigoso, pois é perfeitamente anulado frente a defesas bem postadas fora do perímetro (um dia as teremos por aqui…), alem de frontalmente exposto a perdas importantes de rebotes ofensivos, pelo péssimo hábito que vem se estabelecendo por pivôs abrindo para as tentativas de fora, numa opção que equipes estrangeiras que enfrentaremos mais adiante nas grandes competições, não permitirão,contestando-os sem tréguas…

No jogo aqui no Rio, a recalcitrante equipe carioca nas bolinhas (21/33 de dois e 5/29 de três) perde para a paulista que equilibrou suas opções de cesta (25/42 de dois e 7/21 de três), jogando um pouco mais internamente (foram 16 pontos no garrafão contra 8), contestando mais efetivamente as bolas de fora, travando com mais eficiência as penetrações, provando que a preferência por bolas de três nem sempre ganham jogos, mas quase sempre propiciam bons e eficientes contra ataques se contestadas com competência e decisão. A equipe do Flamengo ainda se debate com indefinições do quem é quem dentro de quadra, que é um preocupante quadro num plantel cheio de nomes, nem sempre aptos a aceitar a reserva, pois não compreendem, ou passaram a não compreender, e consequentemente aceitar, um papel estratégico a qualquer equipe de alto nível, onde o poder de rotação define seu destino em uma longa e exigente competição de elite, mesmo que atuem por poucos minutos…

Finalmente, uma equipe, Mogi, que se apresenta bem equilibrada taticamente, arremessando 27/51 bolas de dois pontos, 6/20 de três e 12/16 de lances livres, perdendo para Macaé, também razoavelmente equilibrada com seus 21/34 de dois, 10/23 de três e 17/21 de lances livres, porém pegando mais rebotes (36/28) e convertendo 46 pontos no garrafão contra 40 de seu adversário, e que vê seu técnico conotar a derrota às atitudes “estupidas“ de seus armadores (que na realidade se viram batidos pelo americano Jamal em noite inspirada, ao contrario de seus habituais e centralizadores recitais),numa retórica de sempre culpar a equipe e os jogadores pelas derrotas, quando, ele próprio  comete erros táticos como o deste jogo, ao não preparar a equipe para o enfrentamento de um americano imprevisível tecnicamente , mas controlável taticamente. Em Macaé, veremos a quem vai culpar, ou não…

Porém, algo alvissareiro, a volta, ou melhor, a redescoberta de que temos bons pivôs, e que se não estão melhores deva-se ao “estilo brasileiro de jogar”, que os remeteu por duas décadas ao papel de recolhedores de bolas das artilharias de fora, sem o direito sequer de adquirir algumas técnicas individuais, como o drible, as fintas, os deslocamentos com posse de bola, enfim, a participação no jogo coletivo de suas equipes, travando-os servilmente dentro de um sistema obtuso e retrogrado, mantido pelo corporativismo vigente, mas que aos poucos vem se abrindo na marra, na marra do inadiável, na substituicão da estupidez pelo mérito. Acredito que evoluiremos, apesar de tudo…

Amém.

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EQUÍVOCOS PONTUAIS…

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Difícil convivência com gelo e calor, mais antinflamatórios, indefinido tempo de repouso, dor, numa ciranda prostrante por conta de um ciático teimoso e persistente. Nos intervalos de trégua, um tempinho para o blog e o preparo para a palestra de quarta feira próxima no Seminário de Didática e Prática de Ensino de Educação Física na Universo em Niterói. à partir das 9:30 da manhã.

Voltando ao blog, mais uma já tradicional coletânea de equívocos por onde transita o nosso mal tratado basquetebol, que apesar de tudo ainda se estabelece como a terceira escolha nos ingressos para a Rio 20016, perdendo somente para o volei e o futebol, provando que se fosse um pouco mais organizado e dirigido colocaria as escolhas em seus devidos lugares, fato que a turma do COB, oriunda da primeira colocada, tudo fará (como tem feito) para que nada seja revertido no comando da CBB, garantindo sua “supremacia”, por conta da enxurrada de mal feitos técnicos e administrativos lá cometidos…

Seguindo, é duro de acompanhar o que está sendo feito com alguns jovens valores como o Caboclo, Bebê, George e Lucas, entre outros mais, anunciados como prospectos para a NBA, e que honestamente falando e analisando, ainda estão muitos anos luz daquela realidade, a não ser no ideário de alguns vivaldinos de olho no “ervanário” que aquela mega liga poderá representar de lucros, não importando muito se  resultados negativos advirão, afinal de contas, num país dessa dimensão, muitos outros prospectos não faltarão, e quem sabe, compensando com sobras os “investimentos” realizados, bastando que vingue ao menos um…

Em seu último discurso, o Bebê já investe no ganho de peso e massa muscular, para enfim abandonar seu sonho de ala pivô, para se transformar em mais um massudo pivô, como desejam seus conselheiros/investidores, na contra mão de grandes e já estabelecidos pivôs da grande liga, que “afinam” suas silhuetas a fim de se situarem tecnicamente aos novos parâmetros de velocidade e agilidade junto as tabelas…

Fico pensando em qual das quatro equipes finalistas da NCAA poderiam ser encaixados o Caboclo, o George e o Lucas, ou mesmo uma das 64 participantes do March Madness, com a técnica que ostentam nos fundamentos do jogo, e o como pode ser possível que se aventurassem na liga maior, para onde são canalizados os melhores universitários, treinando uma semana na maior academia de basquete da Florida, como? Creio que, a não ser por um por um muito bem planejado projeto de estabelecimento da NBA em nosso país, promovendo midiaticamente, promissores talentos tupiniquins na mesma, não consigo vislumbrar real capacitação técnica provendo-os para a elite do basquete mundial, pelo menos até agora…

E o que dizer de mais um périplo de nosso comandante da seleção, indo de encontro dos craques da NBA, e das ligas européias, como um mascate em busca de compradores de um projeto de jogo, quando o correto seria o caminho inverso, numa relação de comando absolutamente equivocada?…

Finalmente o NBB, sim, tenho visto todas as transmissões, que aliás ontem, no jogo entre Paulistano e São José pela web, com o atraso do narrador pelo trânsito paulista, tive a grata surpresa de ouvir uma verdadeira narração de um jogo de basquetebol, sem arroubos, “monstros” e que tais, mas uma exposição pausada, pensada e esclarecedora do comentarista Cadun que o substituiu, mostrando a parte tática com precisão e concisão, o desenrolar e desenvolvimento das jogadas, das defesas e das ações individuais, de forma brilhante, e não expondo os telespectadores a narrativas de futebol, como se os mesmos fossem cegos e absolutamente ignorantes do grande jogo, e mais, sem os dispensáveis louvores, titulações e o rasga seda caipira de sempre. Pena que foi somente um quarto de bem narrado e explicado basquetebol…

Quanto aos jogos, elogiar as bem sucedidas tentativas do jogo interior, mesmo no sistema único (que é o único que conhecem…), oportunizando melhores e bem vindas intervenções de nossos razoáveis  pivôs (que se mais acionados, sem dúvida melhorariam…), assim como a flagrante atenuação da hemorragia dos três pontos em praticamente todos os jogos desse playoff, mostrando a exequibilidade de vencer jogos de 2 em 2 e de 1 em 1, faltando somente a melhoria defensiva e leitura de jogo, a fim de diminuirem os muitos erros de fundamentos ainda cometidos, fator altamente negativo em uma divisão de elite…

O que faltou, e que vem faltando desde muito tempo? Sistemas diferenciados de jogo, para sairmos dessa mesmice endêmica que nos limita ao plano da mediocridade tática em que nos encontramos…

Amém.

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A LIBERDADE CRIATIVA…

P1100502-001P1100507-001Ficou engraçado ouvir os diversos comentáristas televisivos discorrerem sobre as equipes no March Madness da NCAA, pois de uma forma geral contrariavam seus notórios posicionamentos técnicos e táticos, rigorosamente sedimentados no sistema único (o tal das posições de 1 a 5 e suas jogadas padronizadas…), frente a uma realidade que contrastava seriamente os mesmos dentro do campo de jogo, onde suas arraigadas convicções ruiam uma a uma, a tal ponto que, num determinado momento do jogo Kentucky e Winsconsin, um deles afirmou constrangido que esta equipe fazia um jogo com cinco abertos, quem sabe para a chutação de três (fixação do mesmo…), quando o entra e sai de jogadores e bola no perímetro interno era o que se via com uma clareza ímpar, numa forma de jogar jamais aceita, não só por ele, mas pelos demais especializados, adeptos desde sempre dos cincões, das bolinhas do 1 x 1, e das esterradas “monstro”…

Por mais que neguem, uma revolução está em andamento como jamais imaginaram, centrada em jogadores acima dos 2,12m capazes de conduzir, fintar e progredir com a bola em perfeito domínio, assim como se deslocarem em todos os sentidos, dentro e fora dos perímetros, ágeis, lépidos e combativos, mais pelo posicionamento do que pelo físico, e tudo e por tudo semelhantes aos armadores, cada vez mais criativos e autônomos (poderiam ser mais, não fosse a resistência controladora de ainda muitos técnicos presos a dogmas, e como aqui, a pranchetas midiáticas), que inexoravelmente irão de encontro a liberdade criativa, queiram ou não os “estrategistas”, daqui e de lá tembém, afinal, a proposta evolutiva do Coach K também encontra resistências, pois vultosos investimentos estão em jogo…

Por aqui teimamos na cópia canhestra de uma mesmice endêmica e cada vez mais hermética, fruto do corporativismo de um grupo que se apoderou do controle do grande jogo, blindado que se encontra a qualquer manifestação contraditória a seus princípios. marginalizando a qualquer um que tente estabelecer algo do novo, de “diferente”…

No entanto, podem tentar enterrar a verdade, matá-la nunca, e as provas ai estão escancaradas, ironicamente vindas da matriz  que incensam e idolatram colonizadamente, e tanto, que não se apercebem das profundas e radicais mudanças que lá eclodem com firmeza e sem volta…

Desde muito tempo preconizo esses novos tempos, pelo estudo, pesquisa, aplicação e desenvolvimento dessa “nova” forma de ver, sentir e jogar o grande jogo, e esse blog é a prova definitiva desse posicionamento, queiram, ou não reconhecer, todos aqueles que sempre negaram aceitá-lo, mas que já se preparam para recepcionar e patrociná-lo como de suas verves, afinal, está vindo do oráculo, única origem que aceitam e copiam desde sempre…

Bem, logo mais teremos a grande final entre Duke e Winsconsin, divisora, agora no âmbito colegial, entre a antiga e nova visão da modalidade que mais evolui dentre os desportos coletivos, e que por essa razão exige a máxima dedicação à formação de base, e permanente desenvolvimento de sistemas diferenciados de jogo na elite, onde a liberdade criativa seja desenvolvida e preservada desde sempre.

Amém.

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O SISTEMA…

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Convenhamos, já temos nossa forma de jogar, e vencer, campeonatos internacionais, e de uma maneira inédita, inovadora, única no contexto mundial, realmente impactante, o sistema convergente e seus pivôs de três…

Nas duas rodadas finais da Liga das Américas, Bauru simplesmente arremessou 37/61 bolas de dois pontos, e 20/70 de três, e seus pivôs de três, Murilo e Hettsheimer anotaram 3/12 lá de fora, mesmo…

Venceu o campeonato, e será nosso representante na Copa Intercontinental contra o campeão da Euroliga no segundo semestre, tentando repetir o feito do Flamengo no ano passado…

Porém, antes terá pela frente a dura competição do NBB, onde lidera junto a Limeira, equipe bem próxima de sua opção tática, a preferência pelas bolinhas de fora, de que distância e ocasião forem, inclusive nos contra ataques, apesar de possuírem, ambas, um naipe de excelentes pivôs, dos melhores da liga, e muito bons armadores também, fatores que os capacitam a sistemas internos de jogo eficientes, mais seguros e confiáveis…

Mas não, a demanda de fora, das hetérias bolinhas, mágicas, midiáticas vem se tornando uma verdadeira epidemia em nossas quadras, e o pior, desde a formação de base, numa aventura que avalio o desfecho, quando as defesas se conscientizarem do poder da marcação realmente individual, sem as ajudas nas penetrações, que valem dois pontos, e que se tecnicamente bem contestadas os atenuam, e até os evitam, e sem faltas pessoais, como muitos técnicos induzem a cometê-las, originando o nulo combate exterior, incentivo maior e absoluto para a grande orgia dos três…

E tal permissividade defensiva ajudou, e vem ajudando o estabelecimento desse novo sistema de jogar, sem envolvimentos com dribles sofisticados demais, fintas complicadas, passes geométricos, todos fundamentos simplificados pelas bolinhas, longinquas peças de um puzzle incensado por quem não sabe jogar, compreender e amar o grande jogo, enciumados pela sua doce complexidade, minimizando-o ao nível de sua concepção rasteira de um grande jogo, desconhecendo ironicamente que as tais bolinhas se situam no mais alto patamar da técnica, ao se constituir no mais preciso e refinado dos fundamentos, terreno para muito poucos, mas que coisificado parece pertencer a todos, indistintamente, numa trágica encenação de como não jogar, individual e coletivamente…

Mesmo assim foram campeões, com inteira justiça, exceto pelo fato de apresentar no proscênio mundial uma forma de atuar autofágica e irreal, e que foram salvos pelos momentos, importantes momentos em que atuaram “lá dentro”, com a força de seus bons pivôs, e pela maestria de seus melhores ainda armadores. Pena que seu melhor arremessador de três, realmente um especialista, o Robert Day, tivesse sido despejado de sua condição e posição por um…isso mesmo, um pivô, o Hettsheimer…

Me preocupa, de verdade, se essa nova “filosofia de jogo” vingaria na seleção, quando enfrentaria defesas de verdade, e não esse pastiche defensivo apresentado na LDB, e continuado no NBB…

De qualquer forma, parabenizo o Bauru, e seu guerreiro técnico pela conquista.

Amém.

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