VALE O QUE ESTÁ ESCRITO…

E de repente, lá nos idos do quarto quarto, o Alex resolve “retornar” ao antigo hábito de chutar de três com ou sem anteposição próxima, com ou sem rebote bem posicionado, dentro ou fora do sistema monchiano de “um passe a mais”, e pimba, mete três de quatro tentativas de…três, e coloca a equipe com uma margem um pouco mais administrável, respirando mais livremente ante o sufoco que vinha enfrentando. Claro, que o esperto ibérico incensou o Alex nas entrevistas, mas sequer mencionou a transgressão técnica, tão criticada e combatida por ele nos treinos e nos jogos preparatórios, onde, o nosso herói de hoje se comportou dentro dos parâmetros propostos, tendo inclusive deixado de lado as encenações televisivas quando da cobrança de lances livres, hoje executados dentro dos 5 segundos regulamentados pelas regras do jogo, e não os dez segundos, ou mais a que se acostumou a praticar com a conivência de nossos árbitros.

Leia mais »

INDECISÃO IBÉRICA…

O Moncho tem um instigante problema a resolver, a real forma de como sua seleção irá jogar na Copa América. Com a ausência de todos os pesados pivôs, exceto o J P Batista, uma possibilidade que levantou em sua entrevista no SPORTV logo que foi contratado pela CBB, de fazer a equipe atuar com três pivôs móveis e dois armadores, nunca chegou tão perto de sua realização, haja vista o recente torneio Super Four, onde dois pivôs ágeis e rápidos, como o Spliter e o Varejão se juntaram, ora com o Alex, ora com o Leandro, numa movimentação interior que levou seus adversários a loucura, e com somente um armador em quadra. Imaginemos tais ações com  dois armadores experientes e de qualidade interagindo em dupla fora do perímetro e com os outros três dentro do mesmo, onde os tão ansiados passes de dentro para fora transformariam os sonhos do Moncho em realidade?

Leia mais »

TREINANDO…

Uma equipe que alcançou os 90 pontos contra a maquiada seleção brasileira dias atrás, não poderia ter feito sessentae poucos pontos na noite de hoje, a não ser que…

Bem, eles não saberiam como enfrentar nossos estrangeiros numa Copa America se não os testassem ao máximo que pudessem, principalmente seu poder de marcação e rebote embaixo das cestas. Não por acaso o que mais vimos nessa equipe uruguaia, que se destaca pela utilização de dois armadores muito rápidos e bons nos arremessos de média e longa distâncias, além de dois pivôs muito fortes, foi a proposital diminuição nas distâncias dos arremessos e finalizações, pois praticamente toda a equipe levou suas tentativas à cesta para baixo dos aros, como que testando o poder defensivo, e possíveis brechas dentro das áreas restritivas, os garrafões. E por causa desse estratagema levaram uma infinidade de contra ataques, que tenho a certeza não serão tão freqüentes na Copa América, aja vista a tranqüilidade do técnico e dos jogadores nos pedidos de tempo, onde a realidade contra do elástico placar, em nada alterava o comportamento e o humor dos mesmos.

Leia mais »

O ROSA SE FOI…

Vi-o jogar muitas e muitas vezes, mas nenhuma de suas participações me emocionou tanto como na disputa do Campeonato Mundial do Rio de Janeiro em 1963, onde conquistamos o bi-campeonato mundial. Era um jogador de grande técnica e um arremesso longo devastador, Junto com Jatir e Vitor formavam nossa artilharia de longo alcance, numa época em que não existia a linha do três pontos. Muito antes da era Oscar, já com os três pontos implantados pela FIBA, tínhamos outros oscares, como Angelim, Alfredo da Motta, Algodão, Ruy de Freitas, Waldir Boccardo, e tantos outros que utilizando estilos não muito ortodoxos de arremessos o faziam com elevada eficiência numa zona que ultrapassava a atual linha dos três pontos.

E naquele mundial, com a mais absoluta certeza, as contagens de todas as partidas em que a seleção brasileira participou ultrapassariam os 100 pontos se a emblemática linha já existisse. E mais ainda, muitos dos recordes de acertos individuais em campeonatos mundiais teriam sido estabelecidos por aquela formidável seleção.

E como jogavam, e como arremessavam, principalmente o nosso hoje muito lembrado Rosa Branca, que ontem se foi, indo se juntar aos verdadeiros ícones de nossa grandiosidade basquetebolistica, inigualada pelas muitas gerações que a sucederam, principalmente pelo amor, pelo fervor com que honraram e dignificaram a eterna camiseta listrada de verde e amarelo.

Se foi cedo demais, pois ainda muito tinha a contribuir para o basquete brasileiro, sendo um dos poucos verdadeiros campeões que ainda militava no meio, junto à FPB como um de seus diretores.

Rosa Branca foi um extraordinário jogador, e um ser humano da maior qualidade e dignidade, e vai deixar cada vez mais órfão esse tão judiado, injusto e vilipendiado basquete brasileiro.

Que os deuses façam justiça ao seu fantástico talento.

Amém.

TRÁGICA TEIMOSIA…

“Fizemos um excelente primeiro tempo, mas não conseguimos repetir o mesmo desempenho na etapa final. A derrota foi ruim só que não temos tempo para ficar lamentando. Além disso, o time mostrou que tem qualidade e condições de jogar de igual para igual contra Venezuela e Uruguai e brigar por uma vaga na Copa América. Exceto o Peru, as outras quatro seleções estão no mesmo nível.A Venezuela tem um grupo alto e habilidoso e conta com o apoio da torcida. Vamos com tudo para buscar a vitória”, disse o técnico César Guidetti.

Resultado final- Argentina 64 x Brasil 44. Só 20 pontos!

Leia mais »

A AULA CARIBENHA…

“Porto Rico? É um time de peladeiros, que quando estão “no dia” metem tudo de três!”

“Não marcam ninguém, e não podem mesmo, com dois caras baixos na armação”.

“O gigantão é lento, desengonçado e fraco nos arremessos”.

“O outro grandão, comete faltas demais, e já está em final de carreira. Saudades do Piculin Ortiz…”

E por ai vão os comentários sobre aquela que está sendo a única equipe a jogar fora do padrão globalizado das demais equipes. E por conta desta “rebelião”, triturou a poderosa e bem estruturada Eslovênia, com direito a vê-la jogar a toalha nos dois minutos finais da partida.

Leia mais »

A QUEM INTERESSAR POSSA…

“Ufa! Conseguimos, conseguimos mesmo! Agora, com os quatro anos que temos de tranqüilidade pela frente, é tratarmos de reforçar outras modalidades, ajudando-as a subir um pouco mais na preferência popular, ficando como mais algumas na frente dos caras, já que pouco perigo poderão oferecer à nossa situação de segundo esporte no país. Não ousem sequer pensar em retirar os meios que mantém nosso grego de ouro lá na CBB. Ficou bem claro isso?

Leia mais »

A ODISSÉIA…

Bola ao alto, lançada torta pelo juiz, mas bem aproveitada pelo Spliter iniciando nosso primeiro ataque, quando chega às mãos do Marcelo na lateral e Pimba! Chute de três falho. Mas o recado estava dado, com menos de 10seg. de posse! Sou mais eu, e o”passe a mais” que se lixe. Fosse eu o técnico e ato contínuo ao recado o banco não seria suficientemente longo para que ele baixasse de sua arrogância. O que se viu daí para diante foi um desafio entre uma equipe com absoluto domínio dos fundamentos, ante uma outra que tentava um equilíbrio baseado no espírito de luta de alguns bons jogadores, como o Spliter, o Alex e o Huertas. Foi o bastante para manter o placar de um ponto a favor dos gregos ao final do quarto.

Daí para diante, o abismo que separa a qualidade técnica dos jogadores gregos dos nossos, onde a elevada estatura de armadores, alas e pivôs, não limitam os mesmos na execução dos fundamentos de drible, passes , fintas e rebotes, além dos arremessos certeiros, e mais além ainda no posicionamento defensivo irretocável, contrasta com nossas deficiências nos mesmos, de uma maneira absolutamente inquestionável, deixando no ar a pergunta que não quer calar: Onde estavam os técnicos que não os prepararam na formação? Que ambas as equipes praticavam o mesmo sistema de ataque, era uma constatação clara e transparente, porém com um senão, uma diferença primordial que os diferenciavam, a superioridade grega nos fundamentos, exeqüibilizando-o, e superando nossos ingentes esforços em tentativas estéreis em antepô-los.

Leia mais »

AGORA É QUE COMEÇA…

Acredito que até o presente momento, o grande adversário da seleção venha sendo a alimentação fornecida pelo hotel da delegação, pois já são três os casos de intoxicação estomacal que, segundo a reportagem do UOL-Basquete, tirararam o Moncho do sério, nas críticas dirigidas à CBB pela ausência de um nutricionista no controle dos alimentos fornecidos. É uma situação bastante séria, pois bastam algumas colheres de leite estragado (talvez o responsável pela intoxicação do Baby, segundo os médicos gregos que o atenderam), para derrubar meia equipe.

No mais, o treino contra os libaneses (que me desculpem a constatação…) somente teve importância para um ou outro jogador ainda inseguro em sua produção, que para alguns comentaristas é provocada pela pouca experiência internacional, mas para mim trata-se mesmo de deficiências nos fundamentos do jogo, haja visto que, mesmo ante uma fraquíssima seleção, a defesa fora do perímetro fracassou inúmeras vezes, principalmente no bloqueio de arremessos de três, e em muitos passes errados para os pivôs.

Leia mais »

CORAGEM E DECISÃO…

“Desejo a todos os jovens do Brasil que desejem seguir a carreira de jogador de basquete que sejam diferentes, acima de tudo e de todos, só assim vocês conseguirão entrar em uma quadra e serem alguém. Se forem iguais, a quadra os rejeitará, ali não é lugar para igualdades, abs, WM”.

Dessa forma, o grande Wlamir Marques encerrou sua entrevista ao Jones Mayrink do blog Dunkover, onde expôs brilhantemente seus comentários à respeito do momento preocupante por que passa o basquete brasileiro.

E respeitosamente faria um adendo: E quando essa negativa igualdade ocorre entre todas as equipes internacionais, nacionais, regionais e municipais, onde é praticado um basquetebol clonificado num principio técnico-tático idêntico a todos, numa aceitação indiscutível e anacrônica?

Quando conheceremos algo de novo, aquele algo que impulsionará o grande jogo para fora deste imposto sistema globalizado?

Leia mais »