E lá vem esse cara de novo mostrando o que está errado. Será que não elogia nunca? É rabugice demais!
Até que concordo, mas, elogiar o que?
Querem ver um cândido, porém simplório exemplo?
Ontem em um jogo do NBB 2 (contando assim parece que tem prazo determinado de validade…), um novíssimo assistente técnico estreou interinamente na direção de uma equipe que teve seu técnico principal despedido. E que estréia meus deuses, pois “nunca na história deste país” a síndrome da luzinha vermelha ( aquela lâmpada piloto que define uma câmera de TV como operante, no ar…), foi tão evidente e tão explorada. Nosso debutante a perseguiu durante toda a partida, sendo que no terceiro quarto, distraído olhando passivamente a equipe francana deslanchar na quadra, não notou que estava sendo insistentemente focalizado ( desconfio que o diretor de video acionou a câmera de propósito), mas no momento em que percebeu a luzinha acesa fez desencadear um frenético gestual de fazer corar as grandes vedetes do nosso passado teatro de rebolado da Tiradentes. E a luzinha continuava acesa, a tal ponto que ele encarou de soslaio aquela lente consagradora por duas vezes, até que foi desligada, pois o jogo teria de ser transmitido pelo seu real interesse, os jogadores, e não pelo balé hilário de corpo e mãos constrangedor à beira da quadra.
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Foram tempos heróicos e meio malucos, onde o basquete reinava no meio da juventude como opção ao absoluto futebol, e já prevendo uma forte concorrência pelo nascedouro de uma modalidade de fortíssimo apelo, o futebol de salão. O vôlei se mantinha em nichos reservados de alguns clubes, mas já se fazia notar o de praia com suas redes espalhadas nos quilômetros das praias cariocas. E o handebol, reinando nas escolas como extensão natural do queimado tradicional.
Foi neste cenário, que em 1962 fundei a Escola Carioca de Basquete, presidida pelo Luis Peixoto, pai do Peixotinho, e que treinava no ginásio do Colégio Batista e o da Policia do Exercito, ambos na Tijuca.
Depois de meses de preparação nos fundamentos, estreamos em competições nos Jogos Infantis do Jornal dos Sports, alcançando o terceiro lugar da categoria de clubes, participando daí em diante de torneios e jogos com os clubes do Rio e de São Paulo, numa inesquecível excursão quando enfrentamos a equipe Infanto do Palmeiras dirigida pelo Edson Bispo, e onde jogava o hoje renomado técnico Claudio Mortari.
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Jogos pela Liga das Américas, NBB e final do paulista masculino, onde a presença da dupla, e às vezes tripla armação já se tornou lugar comum, assim como o domínio dos grandes e pesados pivôs decresce em importância na mesma proporção, dando lugar a uma forma de jogar mais dinâmica e veloz, e com um substancial reforço das defesas, graças ao incremento técnico dos fundamentos.
Pena que o sistema de jogo continue praticamente o mesmo, onde a estrutura sedimentada nos últimos 20 anos se mantêm inalterada, tanto por parte dos jogadores, como, e principalmente, por parte dos técnicos, tanto os veteranos, como surpreendentemente os mais novos. E o pior, com a plena aceitação de ambos os seguimentos, já que princípios arraigados desde a formação, que continuam a serem disseminados pelas clinicas técnicas (?) da CBB, a serem continuadas pela nova administração que veio para “mudar” conceitos superados.
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E o homem falou, contido, sério e profundamente cauteloso, a ponto de não ferir suscetibilidades linguísticas ao mencionar sua intenção prioritária em estudar o idioma, e de não precisar de tradutor ao entender com precisão todas as perguntas que lhe foram feitas, ao vivo e à cores, ao contrario da ridícula tradução às suas respostas aos interlocutores do SPORTV, numa demonstração de preciosismo ante uma divindade aqui baixada para classificar nosso basquete às Olimpíadas de 2012, fator este que elegante e tecnicamente tratou de ponderar, traindo-se um pouco ao mencionar que medalha no Mundial poderá ou não ser conquistada, e que jamais aceitaria um contrato que exigisse tal conquista, mesmo que fosse em seu país, pois tais cobranças não se coadunam com sua forma de trabalhar.
Perguntas válidas e algumas tolas foram feitas, conveniente e politicamente respondidas, principalmente quando questionado sobre os segredos da vitoria olímpica, depois de um longo tempo de apagão internacional de seu país. Para uma platéia embevecida pelas perspectivas que sua presença poderá representar em vitorias nacionais, respondeu com a simplicidade argumentativa de quem teve por trás de si toda uma estrutura técnica de alta qualidade, que se empenhou por mais de vinte anos de trabalho e estudos intensos em todas os segmentos, da base à Liga Nacional, referendadas por fortes e bem estruturadas associação de técnicos e escola de treinadores, fazendo questão de mencionar seu agradecimento a todos os técnicos de formação, cujo trabalho silencioso e longe das mídias propiciaram os magníficos resultados que alcançou.
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Na imensa aridez do deserto de idéias realmente válidas para o basquetebol nacional, eis que uma, duas, três vozes se levantam para um protesto atrasado em vinte anos, durante os quais tudo de retrógado, ineficaz política e tecnicamente nos lançou num fosso do tamanho da omissão cometida.
Juntou-se à minha solitária peregrinação junto as consciências adormecidas de meus pares, exceto uns e efêmeros apoios, tímidos e fugidios, os gritos indignados do Ferreto e do Ângelo, técnicos experientes e competentes, que se revoltam contra a vinda de um técnico estrangeiro para o feminino, após serem todos os profissionais que militam nesta categoria taxados de incompetentes, atrasados e desatualizados pela direção técnica da CBB, incluso o Bassul, para o qual está reservado, quando muito, o cargo em uma seleção de novos, e tudo isso sob a garantia da convocação de uma jogadora que se negou publicamente e de livre vontade a defender a seleção durante um jogo de uma competição olímpica.
Seus depoimentos vem levantando muitas discussões no seio da mídia virtual, e também na tradicional, pois reacende situações a muito marginalizadas e dolorosamente esquecidas, como os movimentos associativos dos técnicos e da organização de uma escola de treinadores como continuidade ao trabalho e união dos mesmos.
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(…) “Os tempos mudam e as pessoas mudam. Estamos em um momento em que temos de torcer para que os resultados voltem. No Brasil, infelizmente, ao contrário das potências, a nossa seleção nacional é o que mais conta. A Itália, que não se classificou para o Mundial, foi convidada, mas negou para não atrapalhar o campeonato local. O mesmo acontece na Espanha e nos EUA. E o nosso forte é o resultado, é o que puxa organização, patrocínio para competições locais. E o nosso basquete está fraco nestes últimos 12 anos. Então, temos que torcer para que ele faça um grande trabalho. (…) O principal desafio é ter resultado. O Brasil tem uma tradição de resultados que estava perdendo nestes últimos anos. Desde 1996 que não temos resultados expressivos. Queimamos algumas gerações de jogadores que poderiam render mais do que renderam. Estou falando de grandes competições, Mundial, Pré-Olímpico. Neste aspecto, perdemos tradição. Há três ciclos que não acontece nada. E maior o desafio.” ( Marcel de Souza para o Globo.com).
O grande Marcel tocou na ferida, elegante e educadamente, mas não pode fugir nas entrelinhas da mais refinada ironia, aquela que que se captada inteligentemente, muda conceitos, aponta caminhos, faz cabeças pensarem.
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Por obra e graça de um marqueteiro o Moncho se foi, pois não possui um cacife que possa, ao menos emular, com uma medalha olímpica do hermano do sul, fator que por si só explica e define a presença do ex-voleibolista, agora mestre do marketing, no processo de queima do espanhol, e da ascensão do argentino.
Mas como nem tudo que reluz é ouro, e nem tudo que balança cai, a “genialidade” mercadológica, também resguarda óbices nem sempre levados em consideração, quando a frenética busca por patrocínios ( leia-se dinheiro, muito dinheiro, que se público, tanto melhor…), poderá, não, deverá se confrontar com os mesmos, a começar pela validade, confiabilidade e exequibilidade do projeto que o Magnano tão pronta, e oportunisticamente aceitou, a partir do momento que altas cifras (e põe altas nisso…) se esparramaram na mesa, fazendo inclusive aparecer um competente empresário no cerne da questão. Num momento em que a economia do país irmão se debate em sérios problemas, um contratão a 2hs de vôo de casa cai de um céu de brigadeiro, impossível de não aceitar.
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Já eram 18:30hs quando encerrei o treino dos juvenis, e fugindo da rotina de estabelecer contato com os jogadores para dirimir dúvidas e algumas cobranças, mudei rapidamente de roupa, pois a viagem da Gávea até o Grajaú era longa, e às 20 hs um compromisso inadiável me aguardava.
O Anísio, diretor de basquete vem correndo em minha direção com o seguinte recado- Paulo, embarque no ônibus do clube para o jogo nas Laranjeiras. O Kanela acabou de ligar da Federação, onde foi julgado e pegou dois jogos de suspensão. Certo? Como certo Anísio, é um Fla x Flu decisivo, e nunca dirigi essa equipe num jogo deste calibre, somente assisto e às vezes participo dos treinos, mais para acompanhar o Peixoto, o Pedrinho, o Ernani e o Gabriel, juvenis da minha equipe que o Togo os quer treinando com a primeira, mas só isso.
Só sei que numa fração de segundo lá estava eu no velho mercedão rubro negro em direção às Laranjeiras, ao lado do Waldir Bocardo, do Valter, do Pirai, do Pará, do Chocolate, do Dudu, do Raimundo, do Fernando, do Montenegro, do Henry, que são os que me vêm à memória no momento, pois lá se vão mais de 40 anos!
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E se não bastasse a maratona de ontem assistindo basquete a não mais poder, hoje, na Band Sports ainda resisti a mais dois jogos, um na ACB espanhola e outro na NCAA. Ficou faltando somente um do campeonato checheno, mais ai seria pedir demais.
Mas a experiência de hoje foi traumática, pois em ambas as transmissões tive o enorme desprazer, e até certo ponto incomodo, de ser bombardeado por comentários toscos e, pelo cartel do comentarista, comprometedor, pois em se tratando do importante e genial assistente técnico da seleção principal brasileira e coordenador das divisões de base da CBB, comentou de tudo, absolutamente tudo, menos basquetebol, basicamente técnica de basquetebol.
Minto, pois lá pelos meados da segunda etapa do jogo da ACB definiu duas jogadas seqüenciais como muito bem executadas, e só.
Mas como bem executadas, sob que aspectos, de que formas e maneiras desenvolvidas, e em que situações e momentos de jogo, se ofensivamente individuais ou produtos coletivistas? Enfim, definiu-as como muito bem executadas, além dos repetidos rompantes de “que passe”, “que enterrada”, “que jogada”, “que finta”!
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Nestes últimos três dias me dispus a assistir o maior numero de jogos de basquete que me fosse possível assistir, já que a grade das emissoras a cabo ( privilégio negado à maioria da população jovem…) estava prodiga em eventos, desde o Eurobasket, passando pela NBA, e transmitindo as semi finais do masculino paulista e as semi finais do nacional feminino, e ainda de quebra, um confronto entre Brasil e Estados Unidos no street basket.
Testemunhei bons momentos e uma enxurrada de mediocridades, onde nem os jogos internacionais escaparam, a começar pelo street, com transmissão de luxo em flagrante detrimento ao basquetebol de verdade, sempre descartado pela pouca penetração e conseqüente desinteresse comercial, assim dizem as emissoras.
Concentrei então minha atenção aos jogos nacionais, das semi finais masculinas e femininas, não importando qual a denominação dos campeonatos, já que todas as equipes envolvidas eram paulistas.
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