“Fizemos um excelente primeiro tempo, mas não conseguimos repetir o mesmo desempenho na etapa final. A derrota foi ruim só que não temos tempo para ficar lamentando. Além disso, o time mostrou que tem qualidade e condições de jogar de igual para igual contra Venezuela e Uruguai e brigar por uma vaga na Copa América. Exceto o Peru, as outras quatro seleções estão no mesmo nível.A Venezuela tem um grupo alto e habilidoso e conta com o apoio da torcida. Vamos com tudo para buscar a vitória”, disse o técnico César Guidetti.
Resultado final- Argentina 64 x Brasil 44. Só 20 pontos!
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Hoje,depois de lutar contra uma infestação proposital de 61 virus obcenos e coisitas mais, retomo a lide deste humilde blog, ainda um pouco chamuscado, e tendo de adiar por mais alguns dias a publicação de artigos com vídeo, já que perdi quase todo o material digitalizado e montado. Mas não faz mal, sempre tive como professor e técnico a chama do recomeço ardendo dentro de mim, numa recriação constante e teimosa na busca de novos e excitantes desafios.
E para não perder o embalo, lendo uma reportagem no O Globo de domingo sobre a seleção sub-15 masculina que treina para o Sul-Americano da categoria, me deparo com uma jóia do nosso cancioneiro basquetebolistico, nas afirmações de um dos jovens pivôs selecionados, que assim se manifestou – “Depois de ter tido a chance de treinar com a seleção, resolvi me esforçar mais e comecei a fazer musculação para perder peso. Cheguei aqui com 126kg, e hoje estou com 124,3kg, grande parte em massa muscular”. Mais adiante, sobre a possibilidade de jogar na Europa – “Queria jogar lá, onde o basquete é mais forte e tem mais investimento. Aqui não somos muito valorizados “- e concluindo –“ Nesse Sul-Americano, acho que a Argentina e Venezuela são as favoritas”.
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Terminada a nossa participação olímpica, com 4 derrotas e uma única vitória, e mesmo assim num jogo em que participou previamente desclassificada, retirando grande parte das pressões e responsabilidades inerentes a uma equipe em busca da continuidade na competição, conseguiu a seleção o feito de não ter saído invicta de vitórias, numa participação melancólica e frustrante.
“O desempenho da seleção só deve melhorar na próxima Olimpíada, quando a equipe recém-montada estiver mais madura e entrosada”, disse o técnico Paulo Bassul ( Coluna Direto da China, O Globo de 16/08/08). Ou seja, já está o responsável técnico da equipe se projetando no comando da mesma para mais um ciclo olímpico, antecedendo análises e críticas, numa posição que se tornou habitual em nosso basquete, o de técnico dono e patrão de um cargo que deveria, por principio e bom senso ser destinado àqueles profissionais que se destacassem cumulativamente pelos seus estudos, trabalhos e larga experiência na direção de equipes, assim como pela liderança inter pares, fazendo-os dignos de escolha, unicamente pelo critério do mérito, e não pelos conchavos e interesses político-federativos.
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Dois meses atrás uma reportagem sobre a preparação das seleções brasileiras, apontava para um protocolo entre a CBB e uma universidade paulista, no intuito de promover testes e aferições físico-cardio-pulmonares que, segundo o mesmo, dariam aos técnicos e preparadores físicos condições de adequarem seus treinamentos na busca do melhor condicionamento atlético possível, fator determinante a altas performances das equipes.
Muito bem, testes e aferições feitas através espirometrias, controles e aferições cardíacas , débitos de oxigênio, dobras cutâneas, saltometros , pliometros, fadigas induzidas, e não sei mais quantas “pesquisas”, e o que temos visto de relevante perante tanto cientificismo de última hora? Em termos de basquetebol, de ciência do treinamento, planejamento, estratégia e fundamentação técnico-tática, rigorosamente nada. Como nada transparece do excesso de adiposidades nada atléticas de muitas jogadoras desta seleção, fazendo da lentidão ofensiva, e principalmente defensiva, um cartão de visitas às avessas de todos os “doutores” responsáveis pelos avanços tecnológicos trombeteados mercadologicamente pela mídia, também nada especializada. Quando muito, a lastimar o tempo precioso de treinamento perdido nas elucubrações megalomaníacas e oportunistas de uma turma de cientistas que nada, nadinha, sequer desconfia o que seja desporto de alta competição, e suas exigências especificas, basicamente no aspecto técnico e de execução do mesmo, um degrau acima de seus relativos conhecimentos de fisiologia laboratorial.
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O novo sistema durou menos de 48 horas. Contra a Austrália voltamos ao velho e confiável (?) sistema com uma única armadora, e exatamente contra a equipe que mais desenvolveu a dupla armação, sendo que a melhor delas tem 1,62m de estatura! Que, aliás, deu um baile de técnica e velocidade em toda jogadora nossa que se atreveu a marcá-la.
Também regressamos ao posicionamento constrangedor da bola acima da cabeça, executado por alas e pivôs que vinham para fora do perímetro executar a coreografia padrão do nosso basquetebol.
É sumamente doloroso vermos repetidamente, ano após ano, seleção após seleção, masculina ou feminina, de divisão de base ou adulta, rezarem pela mesma cartilha, onde o posicionamento obrigatório de todo jogador que se preza ao receber um passe, que é o de se postar na posição de tripla ameaça, ser substituído pela empunhadura da bola acima da cabeça, a fim de servir de ponto de passagem de uma serie interminável de passes, como que obedecendo um script odioso e castrador de toda condição de autonomia que vizasse um ato criativo. E previamente sabedora desse engessamento técnico-tático, bastou a equipe australiana, numa engenharia reversa de quem conhece e domina profundamente todos os caminhos possíveis daquele sistema, cortar as linhas de passes, numa atitude antecipativa, para aniquilar nossas parcas esperanças de vitoria, já que dominadas e anuladas no nascedouro.
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Entrevistado logo após a derrota para a Coréia, o técnico da seleção brasileira foi sutil ao declarar que ofensivamente a equipe foi inoperante e cometeu um elevado número de erros, mas que defensivamente atingiu o índice de pontos concedidos à adversária, abaixo de 60 , no tempo normal de jogo, e que mesmo neste quesito falhara na prorrogação. Trocando em miúdos, sua estratégia defensiva foi exitosa ( para ele a prorrogação não conta), mas a equipe falhou ofensivamente, pela lentidão e imprecisão, faltando somente afirmar, mas deixando implícito, que a derrota deveu-se àqueles fatores dentro da quadra, e não no planejamento estratégico fora dela.
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Foi preciso um técnico universitário de prestígio assumir a seleção americana, para desmistificar o endeusado sistema NBA de jogo, aquele que rotula jogadores em 1, 2, 3, 4 e 5, com suas posições estabelecidas sob rígidos padrões técnicos, comportamentais e ética específica.
O coach K, retornou solenemente ao principio histórico de seu basquetebol, inicialmente com a escalaçõa clássica de two guards, two fowards, one center, a saber, Jason Kidd, Kobe Bryant, LeBron James, Carmelo Anthony e Dwight Howard, para o jogo com a Turquia. E foi mais longe, evoluindo para um jogo com três armadores, e finalizando com uma armação onde sequer um pivô estava em quadra. Em pinceladas bem reais, optou o coach K em jogar com dois armadores e três alas-pivôs ( o que chamo de pivôs móveis), ágeis, atléticos, pontuadores, reboteiros, e principalmente, extremamente rápidos na defesa, ponto fulcral para a tentativa de anulação dos arremessos de três pontos, arma letal de todas as equipes européias mais a grande equipe argentina.
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“Porto Rico? É um time de peladeiros, que quando estão “no dia” metem tudo de três!”
“Não marcam ninguém, e não podem mesmo, com dois caras baixos na armação”.
“O gigantão é lento, desengonçado e fraco nos arremessos”.
“O outro grandão, comete faltas demais, e já está em final de carreira. Saudades do Piculin Ortiz…”
E por ai vão os comentários sobre aquela que está sendo a única equipe a jogar fora do padrão globalizado das demais equipes. E por conta desta “rebelião”, triturou a poderosa e bem estruturada Eslovênia, com direito a vê-la jogar a toalha nos dois minutos finais da partida.
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Bola ao alto, lançada torta pelo juiz, mas bem aproveitada pelo Spliter iniciando nosso primeiro ataque, quando chega às mãos do Marcelo na lateral e Pimba! Chute de três falho. Mas o recado estava dado, com menos de 10seg. de posse! Sou mais eu, e o”passe a mais” que se lixe. Fosse eu o técnico e ato contínuo ao recado o banco não seria suficientemente longo para que ele baixasse de sua arrogância. O que se viu daí para diante foi um desafio entre uma equipe com absoluto domínio dos fundamentos, ante uma outra que tentava um equilíbrio baseado no espírito de luta de alguns bons jogadores, como o Spliter, o Alex e o Huertas. Foi o bastante para manter o placar de um ponto a favor dos gregos ao final do quarto.
Daí para diante, o abismo que separa a qualidade técnica dos jogadores gregos dos nossos, onde a elevada estatura de armadores, alas e pivôs, não limitam os mesmos na execução dos fundamentos de drible, passes , fintas e rebotes, além dos arremessos certeiros, e mais além ainda no posicionamento defensivo irretocável, contrasta com nossas deficiências nos mesmos, de uma maneira absolutamente inquestionável, deixando no ar a pergunta que não quer calar: Onde estavam os técnicos que não os prepararam na formação? Que ambas as equipes praticavam o mesmo sistema de ataque, era uma constatação clara e transparente, porém com um senão, uma diferença primordial que os diferenciavam, a superioridade grega nos fundamentos, exeqüibilizando-o, e superando nossos ingentes esforços em tentativas estéreis em antepô-los.
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Acredito que até o presente momento, o grande adversário da seleção venha sendo a alimentação fornecida pelo hotel da delegação, pois já são três os casos de intoxicação estomacal que, segundo a reportagem do UOL-Basquete, tirararam o Moncho do sério, nas críticas dirigidas à CBB pela ausência de um nutricionista no controle dos alimentos fornecidos. É uma situação bastante séria, pois bastam algumas colheres de leite estragado (talvez o responsável pela intoxicação do Baby, segundo os médicos gregos que o atenderam), para derrubar meia equipe.
No mais, o treino contra os libaneses (que me desculpem a constatação…) somente teve importância para um ou outro jogador ainda inseguro em sua produção, que para alguns comentaristas é provocada pela pouca experiência internacional, mas para mim trata-se mesmo de deficiências nos fundamentos do jogo, haja visto que, mesmo ante uma fraquíssima seleção, a defesa fora do perímetro fracassou inúmeras vezes, principalmente no bloqueio de arremessos de três, e em muitos passes errados para os pivôs.
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