O QUE NINGUEM QUER (OU PODE) ENXERGAR…

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São apenas números, a única informação acerca de um torneio quase secreto no interior de Minas Gerais, sem imagens e de difícil acesso, incensado pela turma que lá está e responsável por sua realização, todos envolvidos e compromissados com o modelo que aí está solidamente implantado na CBB e sua executora e expansora, a ENTB, e o mais inquisidor, com a chancela da LNB, responsável pelo aporte financeiro advindo do Ministério do Esporte, numa parceria que incomoda e põe em risco o seu bom trabalho realizado nos NBB’s até o momento, pois invade uma seara de responsabilidade da CBB, o desenvolvimento da formação de base, quando deveria investir na divisão de acesso ao NBB, onde um percentual de jovens talentos reforçados por um pequeno numero de jogadores mais experientes, sanaria o grande hiato que separa aqueles que saem das divisões formativas, do caminho profissional da divisão maior.

Os números? São assustadores, pois expõem a maior de todas as nossas deficiências, a desastrosa preparação e qualificação de nossos técnicos direcionados a formação de base, e mesmo para dirigir nossas jovens seleções nacionais, numa inversão de valores muito bem representada pelos números a seguir, e pelos lamentáveis resultados nas competições internacionais, que no final das contas, são pontos concomitantes em sua tragédia comum.

Vamos a eles, os números:

Após 5 rodadas da LDB  com 10 equipes participantes:

– Arremessos de 2 pontos – 965/2096 (46%)

– Arremessos de 3 pontos – 257/943   (27,2%)

– Lances livres                  – 683/1001  (68,2%)

– Erros de fundamentos    -748 (media de 29,9 por jogo)

Conclusão não muito longe da verdade?

Nossos jovens, na beira de acessarem as equipes da LNB e de nossas seleções de 18 anos em diante, simplesmente não sabem arremessar razoavelmente, e pecam lamentavelmente nos fundamentos, e que não me venham argumentar que tantas falhas ocorrem pelo emprego de fortes defesas, o que é um engodo para encobrir tanta ineficiência e tapeação, vide a seleção no mundial Sub19 permitindo, após dois meses de treinamentos e torneios internacionais, 16/38 de 2 pontos e 11/24 de 3  por parte da seleção australiana, que de longa data sempre se distinguiu pela precisão nos arremessos, contra 15/58 de 2 e 3/17 de 3 dos nossos, ou seja, 20 tentativas a mais dentro do perímetro de nossos algozes sem a eficiência dos mesmos, e uma repetida falha, ou ausência de postura defensiva no perímetro externo desde o primeiro jogo contra a Servia, que nos impuseram 19/32 de 2 e 5/17 de 3, enquanto amassávamos o aro deles com absurdos 6/30 nas bolinhas. Falar em defesa, um dos fundamentos básicos do grande jogo a essa altura, e em seleções, chega a ser ridículo e comprometedor, pois é resultado direto do que vem ocorrendo na LDB.

Fico imaginando a quanto chegarão os números nas demais rodadas desse primeiro grupo, e do segundo da LDB, onde residem equipes de menor tradição, assim como o que ocorrerá com a Sub19 ao enfrentar os Estados Unidos e a Rússia para a semana, na tentativa classificatória as quartas de final, simplesmente me assusta, de verdade.

Aliás, outro dia, na Copa America Sub15 feminina, a equipe americana somente permitiu que a nossa seleção conquistasse o absurdo numero de 20 pontos no jogo inteiro, o que realmente dá no que pensar…

Promover jovens técnicos, muitos ex jogadores, em cursos de aquibancada, para a direção de equipes acima dos 18 anos, sem que os mesmos dediquem, pelo menos, umas duas décadas na formação de base, é erro estratégico e irresponsável, e mais ainda quando os qualificam para as seleções maiores, numa ação entre amigos ou de QI político, no que vem se tornando no maior óbice ao desenvolvimento do grande jogo entre nós, muito além do que certa mídia e dirigentes próximos as verbas oficiais, proclamam como renovação e evolução técnico tática, necessárias ao nosso desenvolvimento, numa perda de precioso tempo e verbas que escoam pelos ralos da incompetência.

E o pior de tudo é sabermos o que nos espera em 2016, a continuarmos agindo dessa forma corporativista e decididamente anacrônica.

Que todos os deuses disponíveis nos ajudem, pelo menos a enxergarmos melhor.

Amém.

Fotos – Divulgação LNB e FIBA. Clique nas mesmas para ampliá-las.

II OFICINA DE APRIMORAMENTO DE ENSINO DO BASQUETEBOL

Entre oDSCN1120-001s dias 9 e 11 (sexta a domingo) de agosto, realizarei a segunda Oficina de Aprimoramento do Ensino de Basquetebol, aberto a até três técnicos que se proponham a mergulhar comigo no universo do grande jogo, por três dias completos e dedicados plenamente aos princípios pedagógicos e técnicos do ensino dos fundamentos, do treinamento, dos sistemas de jogo, da estratégia, do comando e liderança, do preparo mental, da ética, do associativismo profissional, da herança cidadã.

Para tanto, poderei receber em minha residência até três técnicos de outros estados, dotando-os de estadia e alimentação, dois ambientes de trabalho completamente equipados com computadores e wi-fi, biblioteca técnica, projetores, televisores, e um pequeno ginásio para os exercícios práticos. Também serão facilitados materiais gráficos e de mídia sobre a modalidade.

Módulos da Oficina:

 

– MÓDULO 1 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

   – O Equilíbrio, a base estrutural dos fundamentos nas:

           – Paradas e partidas;

           – Deslocamentos longitudinais e sagitais;

           – Nos Dribles em suas mais variadas concepções e direções;

           – Nas Fintas em progressão, regressão, reversão e pivoteadas;

           – Nos diversos Saltos e conseqüentes transferências de força;

           – Na Marcação individual em estabilidade e instabilidade posicional.

 

 

– MÓDULO 2 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

 

    – Os Passes, da pega à execução e sua correlação tempo/espaço.

    – Os Rebotes defensivos e ofensivos:

            – O posicionamento frente ao defensor;

            – O posicionamento frente ao atacante;

            – O formidável giro em 180º;

            – Exercitando os rebotes, individual e coletivamente.

 

– MÓDULO 3 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

 

     – Os Drills ou exercícios especiais coletivos de fundamentos:

             – Gerais: Elaboração, montagem e reversibilidade dos circuitos;

             – Específicos: Para armadores, alas e pivôs.

             – Ofensivos/Defensivos – O duelo e suas variáveis rítmicas;

      – Fracionando um sistema ofensivo em drills:

             – Evolução e Aprimoramento.

 

– MÓDULO 4 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

 

      – Ensinando um Sistema de Ataque através os drills e o exercício                        

         constante  de leitura de jogo;

      – A Defesa Linha da Bola de flutuação lateralizada-princípios.

 

– MÓDULO 5 (3HORAS DE DURAÇÃO)

 

      – A Defesa Linha da Bola – Conceituação e Prática;

      – A Defesa por zona fundamentada na Defesa Linha da Bola.

      – Princípios do Arremesso – Conceituação teórica.

 

– MÓDULO 6 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

 

      – A Arte do Arremesso:

            – A Empunhadura e as Pegas;

            – O Principio da Direcionalidade;

            – O Eixo Diametral e seu eficiente controle;

            – A Prática e exercícios correlatos;

            – O Aprimoramento.

 

– MÓDULO 7 (3 HORAS DE DURAÇÃO)

 

     – A força ímpar do treino;

     – O apoio no jogo;

     – A liderança natural e democrática;

     – A relação com a arbitragem;

     – Os aspectos formativos e educativos do grande jogo;

     – Uma Associação de Técnicos? O que é preciso?

     – Ética e futuro do esporte no país.

 

Os módulos serão distribuídos nos três dias da Oficina, entre os quais transcorrerão atividades de projeções e discussões técnico táticas, sobre aprendizagem e controle de equipes, aspectos administrativos e de controle de atividades.

 

A Oficina importará num gasto de R$ 700,00 (setecentos reais) ai incluídos a Oficina, a estadia, a alimentação e o transporte no Rio de Janeiro.

Os interessados deverão se informar pelo email oficinabasquetebrasil@gmail.com e pelos telefones 21 2440-1082 e 21 9913-9969.

O pagamento poderá ser feito em duas vezes de R$ 350,00 (primeira até o dia 10/7 e segunda até o dia 2/8) em deposito bancário no Banco do Brasil  Agencia 1579-2   Conta 36016-3   Favorecido- Arteducação Empreendimentos Artísticos e Educacionais Ltda.   CNPJ- 13.299.910/0001-69

Após o deposito bancário, favor enviar o comprovante de pagamento escaneado, mais os dados pessoais para o email da Oficina.

Conforme o interesse pela Oficina se amplie, a manterei a cada mês nos últimos fim de semana, sempre com três vagas disponíveis.

 

No caso de interessados locais (RJ), sem a estadia relacionada, somente será cobrado o preço de R$500,00 (Quinhentos reais), com o mesmo processo de deposito bancário.

Será fornecido um Certificado de Participação com a carga horária.

Foto- Participantes da I Oficina- Professores Fabio Aguglia e Pedro Funk, ambos de São Paulo.

 

FUNDAMENTOS?…

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Parece brincadeira, pode parecer brincadeira, mas é sério, muito sério o que está acontecendo com os nossos jovens, cada vez mais “especializados” em armadores puros, armadores definidores, alas-armadores, armadores escoltas, alas-pivôs, pivôs de choque, e não sei quantas denominações caberiam a mais dentro do sistema único, aquele que é seqüenciado de 1 a 5 dentro dos padrões formatados e padronizados pelo tal sistema, e cada vez mais entronizado no triste dia a dia da garotada que ainda teima em gostar de um jogo, cujo domínio se encontra, não dentro da quadra, mas fora dela, tendo como veiculo de ligação prosaicas e ridículas pranchetas, voltadas às coreografias de passos pretensamente marcados coercitivamente impostos pelos “estrategistas” em permanente plantão no nosso combalido grande jogo.

 

Trata-se de uma trágica brincadeira, cujas consequências ai estão escancaradas nas estatísticas de um velado e escondido torneio da LNB, denominado de Liga de Desenvolvimento do Basquetebol, patrocinado por verbas do Ministério dos Esportes, e indevidamente organizado pela Liga, quando deveria sê-lo pela CBB, pois cabe a ela a formação de base no território nacional, tendo a ENTB para respaldá-la.

 

Mas a Liga partiu para uma LDB Sub-22, com equipes que congregam jovens a partir dos 17 anos, tendo como mote a possibilidade de revelar valores para a Liga principal, e inclusive permitindo que muitos deles que já militam na elite participem do mesmo, num erro estratégico considerável a tal ponto que, em vista dos catastróficos números estatísticos apresentados nas três primeiras rodadas, resolve dar clínicas aos participantes, jogadores e técnicos, clínicas de fundamentos…

 

Mas espera aí, os vinte técnicos dessas equipes não foram recentemente graduados pela ENTB em seu nível II, assim como participaram de uma clínica patrocinada pela Liga com a presença do técnico Magnano? E que tal grau os qualificavam (com registro e carteira) para orientar, ensinar e dirigir jovens nos fundamentos e sistemas de jogo? Então o que justifica agora tão urgente ingerência numa função especifica da ENTB? Creio que respostas deveriam ser bem analisadas, principalmente à luz de algumas estatísticas da LDB (único vínculo do secreto torneio com os interessados nas jovens promessas tupiniquins), tais como:

 

Após as três rodadas iniciais, nossos futurosos jogadores aprontaram-

 

– 553/1214 (45.5%) em arremessos de 2 pontos.

 

– 155/585   (26.4%) em arremessos de 3 pontos.

 

– 463/650   (71.2%) em lances livres.

 

– 440 erros fundamentos (media de 29.3 por jogo)

 

E lá na Republica Checa, nossos jovens Sub-19 conseguiram perpetrar  um 6/30 nos arremessos de 3, 11/25 nos de 2 e 10/15 nos lances livres, cometendo ainda 15 erros de fundamentos, quando os sérvios nos derrotaram arremessando 5/17 nos 3, 19/37 nos 2 e 12/18 nos lances livres, errando muito também nos fundamentos, 16 vezes., deixando transparecer que a hemorragia dos três ainda flui em nosso basquetebol, com a crescente condescendência dos técnicos, incapazes de num longo treinamento (dois meses no caso da seleção) fazerem suas equipes jogarem no perímetro interno, preferindo apostar nas bolinhas, que no caso da seleção, não caíram…

 

Mas cairão nas próximas rodadas, afinal de contas é bem mais fácil (?) chutar lá de fora, sem maiores preocupações com fintas, dribles e passes, já que somos os tais nesse “fundamento”, além do outro incensado pela mídia, as enterradas…Só fico na expectativa de saber se os adversários vão deixar, mas isso é o de somenos importância, afinal de contas não existem problemas que uma boa prancheta não resolva.

 

Então, a seleção de nossos melhores Sub-19, ao lado de nossos melhores e mais representativos jovens na faixa dos 17 aos 22 anos presentes a essa LDB, representam o que temos de melhor, exceto naqueles detalhezinhos sem importância, já que aprendê-los e dominá-los toma muito do tempo reservado às jogadas, às estratégias, ao sistema único, pelos que pretensamente os ensinam, e para os que deveriam aprender a essência do jogo, os fundamentos, “sabiamente” substituídos pelas bolinhas de três, que se caírem, não tem para ninguém…

 

Amém.

 

Fotos – Divulgação LNB e FIBA.Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

Fotos –  Com um pouco de atenção observem alguns detalhes (sei que insignificantes…)sobre falhas nos fundamentos, como condução da bola, pegas espalmadas nos arremessos, pronação  inversa…

 

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OS PORQUÊS…

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Durante esse pequeno recesso contado no artigo anterior, recebi um email de um assíduo leitor me perguntando na bucha – Professor, por que motivo o senhor não dirige mais uma equipe do NBB, e mesmo da LDB, afinal são 41 equipes e não tem lugar para o senhor em nenhuma? Sinceramente não entendo os motivos, sejam eles quais forem. Por favor, me esclareça.

Bem, tenho nesses últimos anos, desde o NBB2, quando dirigi o Saldanha da Gama, também tentado encontrar os reais motivos para esse degredo, desde a conversa que mantive com um dos gestores da Liga durante o 1º Encontro dos Técnicos da LNB em Campinas após o NBB2, quando fui sutilmente instado a deixar de editar o Basquete Brasil que, na opinião dele não se coadunava com a função de técnico atuante, num equivoco brutal, pois foram os 49 artigos (e aqui o primeiro deles) que postei no dia a dia daquela inesquecível experiência midiática, um dos motivos de ali me encontrar, junto aos demais técnicos, para discutir o grande jogo e sua divulgação junto ao tão esquecido publico entusiasta do mesmo.

Claro que jamais aceitaria aquela sugestão, como não aceitei, mantendo o blog, ampliando-o nas discussões de caráter educacional, assim como discutindo política desportiva, cobrando dos poderes o sempre ausente apoio às causas da educação de qualidade, direito inalienável do cidadão (hoje, graças aos deuses, cobrado em praça pública pela juventude do país…)

E nestas discussões questionei veemente e indignadamente os descaminhos que apontavam para o acumulo de equívocos que se desdobravam em nome do esporte dito de alto nível, em detrimento da formação de base nas escolas e clubes do país, culminando com a terrível aventura olímpica, sorvedouro de sacrificadas divisas direcionadas aos ávidos bolsos daqueles que nem de longe se interessam por educação e cultura de um pobre povo, e sim os vultosos lucros que poderiam advir da ignorância do mesmo, mantido propositalmente à margem do processo educativo, facilitando a consecução da hábil manobra.

Também mantive o cunho critico à mesmice endêmica que nos tem dominado no aspecto técnico tático, discutindo, e até desafiando nossos técnicos para que mudassem seus posicionamentos, dirigindo-os a uma evolução formativa e competitiva de maior alcance, de maior desenvoltura.

Claro que desagradei a grande maioria, mas nem tanto quanto a determinados políticos, que inclusive tentaram me desqualificar, mesmo nos comentários do blog, tendo recebido as respostas que julguei merecedores.

E nesse ponto é que pude estabelecer as pontes de interesses contrariados, ligando as técnicas inovadoras do jogo que propunha, e a manutenção das criticas ao modelo político administrativo existente no cenário desportivo nacional, em contrafação a de alguns políticos, poderosos por manipularem grandes verbas governamentais, sempre almejadas por confederações e federações desportivas, em seus projetos milionários e de distribuição muito bem escalonada junto aos espertos e oportunistas de plantão, em troca de obrigatórias contrapartidas, entre as quais meu afastamento compulsório das quadras, com certeza…

Então, quando vi estampada no site da LNB, a foto da homenagem à personalidade do ano no basquetebol, dirigida ao político que de uma tacada destinou 14 milhões de reais a uma falida CBB, (aqui descrita no magnifico artigo do Fabio Balassiano no seu blog Bala na Cesta), garantindo a continuidade da terrível administração da mesma, assim como destinou mais alguns milhões para a LNB manter a LDB em função por mais três anos, porém mantida escondida numa remota cidade de Minas Gerais, sem imagens, mesmo pela internet, somente (in) visível através gélidas estatísticas, (que, aliás, mostram logo na primeira rodada o absurdo número de 155  erros de fundamentos nos cinco jogos realizados, com a media incrível de 31 pj, mostrando com precisão que em matéria de fundamentos as equipes estão muito mal treinadas e preparadas, principalmente quando na porta de entrada da elite do grande jogo, onde errar dessa forma é absolutamente inadmissível, numa realidade em que, sem dúvida alguma, pulularão pranchetas a granel, focadas na padronização e formatação do sistema único, pelas  mãos de  “estrategistas” de primeira viagem,  é que entendi a origem do veto, para o degredo injusto, cruel, pois tira de mim o direito ao trabalho, para o qual sou altamente qualificado, e no qual tanto poderia ajudar no soerguimento do grande jogo, numa ação pusilânime, covarde enfim.

Mas daqui desse cantinho, dessa humilde trincheira, onde corporativismo mafioso nenhum pode me atingir, continuarei a trabalhar pelo grande jogo, já anunciando a continuidade da Oficina de Aprimoramento do Ensino de Basquetebol na última semana de julho (de 26 a 28), que realizarei no inédito formato de receber em minha casa até três técnicos que se interessem em participar de um  prolongado fim de semana (de sexta a domingo), onde, como o ocorrido na primeira Oficina, mergulharemos fundo nas entranhas desse magnífico e complexo jogo, com somente um horário fixo a cada dia, o de começar, já podendo contar com um mini ginásio em minha residência, que fez muita falta na primeira Oficina, e que pretendo repetir, se interesse houver, a cada mês. No próximo artigo detalharei a Oficina.

Bem, creio que respondido o email do leitor, posso dar por encerrada essa discussão, face aos esclarecimentos dados, e certamente compreendidos, mas nunca aceitos por mim. Vida que segue…

Amém.

Foto – Divulgação LNB.  A personalidade do ano no basquetebol…

ME DANDO UM TEMPO…

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Me dei um tempo, desculpem, mas era preciso, não por cansaço, e sim para pensar melhor o blog, o basquete, a continuidade de um trabalho que desde sempre foi uns dos meus objetivos de vida, e que necessita de uma repaginação, de um caminho menos rude e ingrato, e que de certa forma premie um esforço muito grande em concretizá-lo desde seu nascedouro oito anos atrás, não com reconhecimentos ou honrarias, e sim com saúde, discernimento e bom senso para sua continuação.. Nesses dias de afastamento, colaborei intensamente com o III Congresso Brasileiro de Dança Moderna, organizado e dirigido por minha filha, Andrea, professora, bailarina e coreógrafa, que foi um retumbante sucesso na área artística do estado, assim como recebi a visita de meu filho caçula, João David, artista radicado na Irlanda com sua banda Late Train, aos quais dediquei todo o meu tempo de pai saudoso e orgulhoso, mais saudoso ainda ao deixá-los no Galeão de volta às suas vidas profissionais no exterior, onde também se encontra o André Luis, o terceiro filho artista na área do Web Design da firma americana Novica.

            Sozinho então pude brindar os belos fins de tarde observados de minha varanda, e comemorar o levante de nossos jovens nas ruas das capitais, reivindicando melhorias e apoio na educação, na saúde e na segurança, bandeiras que sempre defendi aqui (aqui e aqui) e em muitos outros artigos nesse humilde blog, como que prevendo um dia em que o país não mais engoliria as mentiras e engodos de uma turma que tem em mente um projeto político que somente encontraria obstáculos frente a um povo educado, bem cuidado e seguro em sua faina de patriótico e profícuo trabalho, mas que necessitará postar sua luta balizado em propostas e projetos bem encaminhados sob lideranças honestas e tecnicamente bem preparadas.

Enfim, e aos poucos, os jovens saem à luta na fantástica tentativa de melhorar um país enorme e injusto, buscando apoio à educação de qualidade, à saúde digna e obrigatória, a melhores transportes e à segurança de todos, num belo e candente exemplo de nacionalidade e amadurecimento.

E num momento em que se desnudam os brutais desvios de verbas públicas em estádios e na organização de competições megalômanas e antipatrióticas, voltadas integralmente à riqueza de uma minoria oportunista disfarçada sob o manto do desporto, uma pergunta paira no ar, direta, incisiva – O que os Nusman’s têm a dizer, ou justificar, tão enigmaticamente calados e devidamente forrados que estão?

Amém.

Fotos – Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

           

           

MERCADÕES…

DSC_0044Tenho me preocupado em grande com os “mercadões” de técnicos e jogadores para a próxima temporada do NBB, me reportando aos tradicionais brechós de utensílios e roupas usadas, tão tradicionais nessa terra tupiniquim.

E não são sem propósito tais lembranças, pois o que vemos é o velho e carcomido travestido de pouco usado, quase novo, com pequenos reparos, recondicionado, etc e tal…

Terminam campeonatos e a novela desanda em capítulos mais do que óbvios e redundantes, quando jogadores são manipulados por agentes e empresários, de comum acordo com dirigentes e donos de equipes, num carrossel de interesses, onde suas formações passam ao largo dos técnicos, também alguns  em rodízio, que as recebem formadas de 1 a 5, faltando somente administrar os rachões de praxe, azeitar as jogadas chifres abaixo e acima, camisas, cabeças, 23, além de adquirir abastecidas canetas pilots e uma reluzente e midiática prancheta.

Com tudo em cima, comissões formadas, algumas recheadas de aspones que só servem para ajudar na pressão às arbitragens, desandam nos discursos proféticos e promissores, sabendo de antemão que a utilização arbitrária do sistema único por todos os envolvidos no sistema somente beneficiará aquelas equipes que contarem com os pretensos melhores jogadores dentro da mesmice endêmica de 1 a 5, mas que garantirá, por mais uma temporada, o emprego de toda a comunidade envolvida e previamente escalonada à revelia daqueles que deveriam liderar as escolhas, os técnicos, que se recolhem frente a uma realidade absurda, garantindo as escolhas de outrem, e se mantendo mais como administradores de segunda do que técnicos de verdade, independentes e prioritários nas mesmas.

Tem mais, com nuestros hermanos, que subjugados por uma crise econômica feroz, veem no mercado brasileiro boas oportunidades de trabalho, assim como americanos de décima quinta opção nas ligas internacionais, que aqui aportam como estrelas de primeira linha, que absolutamente não o são, para gáudio das eternas viúvas da NBA.

E com o circo armado, ante o lamentável  esquecimento de muitos  jogadores pátrios, alguns dos quais superiores a “nomões marqueteados”, e mesmo de jovens realmente promissores, todos órfãos de um melhor e mais atento preparo técnico e encaixe em outros sistemas de jogo além do indefectível sistema único, ficam marginalizados e desestimulados, muitos dos quais abandonam as quadras, num desperdício imperdoável e desalentador para o grande jogo.

Quanto ao aspecto tático e sistêmico, a mediocridade  que nos tem mantido atrelados ao sistema único de jogo, fio condutor de toda a situação acima descrita, tende, mais do que nunca, a se manter incólume em seu absolutismo castrador, e a prova contundente foram os números apresentados no jogo final entre Flamengo e Uberlândia, no qual a equipe carioca praticamente convergiu com 22/29 nos arremessos de dois pontos e 6/26 nos de três, contra 14/36 e 11/27 respectivamente dos mineiros, numa prova cabal do não estancamento da hemorragia dos três pontos, largamente presente na esmagadora maioria das equipes participantes, anunciando a manutenção postural das mesmas nessa competição, e óbvia continuidade para as próximas, pois se por um lado evoluíram um pouco no jogo interior e numa muito tênue tentativa de dupla armação, por outro, mantiveram a frouxidão defensiva fora do perímetro, permitindo a manutenção do reinado das bolinhas, como num recado incisivo de que sua continuidade será mantida sob o beneplácito de jogadores, técnicos e o incentivo midiático, sob a justificativa de que tal comportamento técnico (?) em conjunto com as enterradas, impulsionam a modalidade junto aos torcedores, ávidos pelas emoções advindas desse estilo de praticar o grande jogo, num erro colossal e irresponsável, principalmente no que concerne às competições internacionais, e ao péssimo exemplo dado aos jovens que se iniciam no jogo.

Finalmente, posso asseverar que o desafio que lancei aos técnicos para que buscassem novas formas de jogar e atuar não encontrou receptividade na prática, provando que a cristalização da mesmice endêmica é no fundo a base que mantêm o status quo responsável pelo sólido corporativismo vigente, confortável mantenedor de empregos, posições e trocas pós temporadas, unindo todos os envolvidos no processo em torno do interesse maior, deixar tudo como está, sem atropelos e divergências, num compadrio que elimina toda e qualquer tentativa de mudança, mesmo que  para melhor, dispensando a trabalhosa, porém benéfica, reestruturação do pensar basquetebol como deve ser pensado, ainda a tempo de enfrentarmos o grande e definitivo desafio para 2016, principalmente na formação de base, a fim de aliviar o constrangimento colossal que nos poderá alcançar se não mudarmos urgente e estrategicamente de rumo.

Em tempo, sugiro uma passada nesse vídeo, onde o prazer de assistir um basquete diferenciado (originando meu desafio) se junta a um resultado alentador no sentido coletivista, ofensivo e defensivamente falando, assim como uma magnifica performance individual do jogador Muñoz (28 pontos), sem que abdicasse em nenhum momento da liderança dividida pela dupla armação, num exemplo tácito e definitivo da real possibilidade de jogarmos o grande jogo de forma diferenciada do dominante  sistema único, ou “basquete internacional”, ou mesmo, o “basquete FIBA”, como é rotulado. Vale a pena assistirmos e nos deliciarmos com a prestação técnico tática de jogadores nada midiáticos, porém plenos de conhecimento do grande jogo e da forma mais precisa e bela de jogá-lo nos idos do NBB2.  Fico imaginando, divertido,  como reagiriam os globais ao narrá-lo e comentá-lo…

Amém.

Foto – Divulgação da LNB. Clique na mesma para ampliá-la.

Foto – O grande e lúcido armador Muñoz.

 

 

 

RESCALDO DE UMA FESTA…

Um bom artigo do Fabio Balassiano no seu Bala na Cesta de ontem, faz um balanço do que foi o NBB5, sua importância, suas conquistas, e sua dimensão no cenário desportivo brasileiro, assim como, análises das equipes, jogadores e técnicos que se destacaram na competição.

Pouco a acrescentar, mas algo a ser lembrado sempre, e muitas vezes esquecido, acredito que por sua juventude, alinhada a da maioria de seus colegas blogueiros, o fator técnico tático calcado na longa experimentação e aplicação prática de gerações anteriores de técnicos que muito acrescentaram ao desenvolvimento do basquetebol em nosso país, como numa bibliografia quase sempre negligenciada, e algumas vezes inexistente por não mencionada por utentes de seus ensinamentos, roteiros e vivências reais, como se a realidade técnica e tática atual independesse do que já foi feito, como se existisse a partir do momento em que analistas e técnicos descobriram o grande jogo em suas vidas.

E quando rememoram feitos passados e reutilizados no presente, privilegiam o que vem de fora, das esferas americanas, européias, argentinas, esquecendo que aqui mesmo, berço de um bicampeonato mundial e três medalhas olímpicas, muitos técnicos inovaram em seu árduo mister de fazer acontecer um jogo quase sempre desprestigiado e negligenciado pela mais completa ausência de uma política desportiva nacional, voltada à formação e a divulgação do grande jogo.

Agora mesmo, está acontecendo uma pequena revolução na forma de jogar e atuar no âmago da LNB, com algumas de suas franquias reorientando seus sistemas de jogo, suas táticas, mas ainda pecando muito no ensino de suas técnicas do jogo individual e coletivo, como a utilização inteligente da dupla armação, do jogo interior através a utilização de pivôs móveis, ágeis, atléticos e muito velozes interagindo com seus armadores dentro do perímetro, tentando defender o perímetro externo com mais assiduidade e combatividade calcada no treinamento especifico e correto em fazê-lo, ensaiando ainda timidamente uma defesa frontal dos pivôs adversários, sugerindo ainda que muito distante, a troca consciente dos arriscados, inconseqüentes e imprecisos arremessos de três pelos de dois pontos, equilibrados, precisos e decisivos num sério jogo de basquetebol, numa projeção do que poderá vir a acontecer de progresso em nossa maneira de ver, sentir, ler, pesquisar e estudar fórmulas mais práticas de jogo, levando-o ao processo mais difícil, mas não impossível de ser atingido, sua simplificação, sua síntese técnico tática, somente alcançada por quem e por aqueles que realmente conhecem o grande jogo.

Mas essas conquistas não estão nascendo agora, como na vitória do Flamengo no NBB5, ou como na ascensão de uma jovem equipe como a de Franca, como no ainda inseguro, porém promissor Bauru, ou mesmo pelos oscilantes Uberlândia, São José e Paulistano, que são as equipes prestes a se desvincularem do sistema único, a partir do momento em que se descobrirem capazes de tão grande e icônico salto, rumo a uma realmente nova forma de jogar.

Como tudo na vida tem um princípio, uma raiz, uma razão de ser e acontecer, seguindo o inexorável ritmo da evolução, do aprimoramento e da sedimentação, novos ares terão de ser profundamente inspirados, alimentando o conhecimento, a história, respeitando o antecedente, a origem, as raízes.

Desde sempre respeitei e reverenciei os clássicos e míticos mestres que me inspiraram, orientaram e ensinaram o caminho das pedras, do estudo, da pesquisa, do conhecimento enfim, aos quais permanentemente menciono e retransmito suas heranças, suas lembranças, suas vidas.

Ao me retirar da Arena no sábado, sem antes não deixar de cumprimentar o Domenici da LNB, caminhei sozinho até meu carro, deixando para trás o burburinho, a festa e as comemorações de mais um campeão do NBB, mas convicto de ter cumprido a humilde missão de, na teoria e na prática, ter mostrado com ações e fatos ser possível inovar sobre algo tão antigo como o basquetebol, com pinceladas sutis sobre uma dupla armação, um jogo mais dinâmico dentro do perímetro, sobre uma defesa linha da bola com flutuação lateralizada, permitindo uma eficiente defesa frontal ao pivô adversário, sobre o mais absoluto distanciamento  das arbitragens, sobre o comedido e calmo comportamento ao lado de uma quadra, sobre o convencimento de que dois arremessos de dois pontos geram mais eficiência e precisão do que um midiático de três, sobre a enganosa perda de  tempo praticando enterradas e não arremessos DPJ, os que ganham jogos, e finalmente reconhecer nos que me antecederam o cerne imorredouro que guindou o basquete ao patamar que hoje ostenta, o grande, grandíssimo jogo.

E lá fora da grande Arena, me entristeci, não por lá não estar comemorando, não, e sim por me ser vetada a possibilidade de poder participar do jogo de minha vida, que segue, dessa humilde trincheira, reverenciando os que merecem, de verdade.

Amém.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAOLYMPUS DIGITAL CAMERAFotos – Teoria defensiva da Linha da Bola com flutuação lateralizada e Pratica dos Fundamentos do jogo (Equipe do Saldanha da Gama – NBB2)Clique nas mesmas duas vezes para ampliá-las.

A ARENA DO FLAMENGO…

DSCN1832Estamos em plena arena, repleta de rubro negros, absolutamente convencidos de que daqui a um pouco se tornarão campeões nacionais, independendo de quem esteja do lado contrário, A chegada e o credenciamento foram tranqüilos, mas uma surpresa me aguardava, o wi-fi não funcionava, logo hoje que estava preparado para mais um pequeno salto, redigir e publicar um artigo na cena do grande jogo. Mesmo assim, logo que chegar em casa, aqui perto, o colocarei no ar, com certeza.
Entrando na área reservada a imprensa, me vejo cumprimentado pelo Lauria do Basketeria, que me me faz uma pergunta incisiva – Quem ganha hoje Paulo?
Minha resposta foi breve – Como já publiquei, vence quem souber jogar melhor “ lá dentro” , em velocidade e com dois ou mais homens participando da batalha interna. Uberlândia tem melhores pivôs e bons armadores. Flamengo tem um jogo exterior comparável, mas um contra ataque mais eficaz. Logo, o domínio da tabela defensiva é primordial, assim como a busca incessante pelos rebotes ofensivos, importantes para uma segunda chance num mesmo ataque. Enfim, vence quem apostar suas fichas no jogo perto das cestas, atacando ou defendendo. Ah, um outro fator importante, a massa torcedora e inflamada dos cariocas, apesar de não conotá-lo como decisivo, pela larga experiência dos jogadores da equipe mineira,
Então, vamos ao jogo, mas antes uma sugestão aos organizadores da Liga, que tal musica brasileira popular, alegre e descontraída, tão ao gosto dos cariocas,e não um batidão irritante e sem propósito?
Inicialmente vejo a equipe do Flamengo mais tensa, e os mineiros mais relaxados, fazendo jus a maior experiência de seus principais jogadores, prenunciando um confronto onde o controle emocional ditará os contornos do jogo, principalmente no aspecto defensivo.
Começa o jogo, e os rubro negros optam declaradamente pelo jogo interno, com o Caio jogando de costas para a cesta, e o Marcos e o Kojo abastecendo-o bastante. Como é marcado por trás facilita em muito seu trabalho.
Terminado o primeiro quarto o que vemos: Nos 2 pontos o Uberlândia conseguiu um pobre 1/12 , e nos 3, 4/7 numa clara opção pelo jogo externo, ao passo que os cariocas com seus 7/13 e 0/5 respectivamente, pelo interno, com defesas fortes, principalmente por parte dos mineiros nas contestações aos lançamentos de 3 dos cariocas. Em compensação, no jogo interno, ante uma defesa clássica por trás ao pivô Caio, priorizaram jogar “lá dentro”, como deve ser, além dos 7/8 nos lances livres, contra 1/2 dos mineiros.
No segundo quarto continua a ineficiência dos arremessos de três dos cariocas (0/7), compensados em parte com seus 5/7 nos dois onde as opções táticas iniciais se mantêm intocadas.
E vem um terceiro quarto onde a equipe rubro negra resolve retornar às bolinhas, ante uma defesa negligenciada dos mineiros, “apostando” nos erros, no que se deram mal,pois sofreram um 5/6 devastador, contra 1/7 de sua própria lavra. No jogo interior mais ou menos que se equivaleram.
No quarto final se intensifica o jogo interior do Flamengo, forçando a defesa mineira para dentro de seu garrafão, quando por alguns momentos optou por uma zona pontual, logo desfeita pela eficiência das bolinhas externas que encontravam espaço suficiente para serem concretizadas, inclusive chegando ao exagero contumaz (6/26, contra 11/27 dos mineiros).  Nos dois minuto s finais ficou bem claro que a opção rubro negra pelo jogo majoritário na cozinha do seu grande adversário se fez profundamente mais eficiente, ante um bom time mineiro que escolheu as contumazes bolinhas, vindo, por mais uma vez,  comprovar que de 2 em 2  se constroem bons placares, grandes vitórias, valorizando o arremesso mais eficiente e preciso, destinando as bolinhas para aqueles poucos especialistas, e não os midiáticos de plantão. Enterradas? Muito poucas, e que pouco influíram no resultado final.
Afinal de contas, o grande jogo precisa se reencontrar, e nada melhor que perante as 16364 pessoas que entupiram a grande arena, construída para o desporto e não para convescotes  e shows perdidos nesse longínquo recanto do Rio.
Esperemos que o espetáculo de hoje tenha provado que o esporte, em particular o grande jogo, tenha retornado aos inesquecíveis momentos do Maracanãzinho, onde fomos bi campeões mundiais, onde se encontra o verdadeiro templo do basquete brasileiro, que me desculpem a turma do vôlei e a de Franca, e que agora delega à Arena como digna sucessora.
Em tempo, a brilhante aula de defesa linear ante arremessadores de distancia, como a executada por Uberlândia, pena que resolvessem apostar no  erro dos também longos arremessos dos rubro negros nos  quartos finais, perdendo o jogo.
Parabéns a equipe do Flamengo que jogou de forma correta sem ser empolgante, sem firulas e espetáculos pirotécnicos para a torcida, jogando sério , dentro do perímetro e mostrando aos mais jovens que se iniciam que “enterradas” e bolinhas irresponsáveis têm de encontrar seu destino inexorável, o lixo, e nada mais. E mais um adendo, quando no terceiro quarto o Marcos solto na linha de três dispara seu petardo para baixo, nas mãos do Caio para uma bandeja, vi que  naquele momento o Flamengo sedimentava o caminho para a vitória.
Bem, até segunda ordem, o maltratado e explorado Rio de Janeiro volta a ser a capital do basquete, como nunca deveria ter sido esquecida.
Agora parto par o Centro Coreográfico do Rio de Janeiro na Tijuca , para acompanhar minha filha que coordena o III Congresso Brasileiro de Dança Moderna, onde dirige, coreografa e dança como a grande mestra que é.
Até a próxima decisão leitores. Saio feliz por constatar que aos poucos reencontramos o nosso verdadeiro modo de jogar e atuar, com responsabilidade, eficiência,  dupla armação, jogo interior e exterior quando possível, mostrando nosso verdadeiro estilo a tanto esquecido.
Amém.

Foto-Arena festiva.