O (VERDADEIRO) MOTO CONTÍNUO…

Bem pessoal, agora que começam a pairar por sobre o mundo do grande jogo as nuvens carregadas e sombrias de um novo “seis por meia dúzia ao inverso”, custa nada voltarmos um pouquinho atrás para alguns artigos aqui publicados, e inclusive sugerindo uma quarta (hoje seria uma terceira) via para a sucessão na CBB, no estratégico momento em que se inicia mais um ciclo olímpico, muito mais importante para nós, já que os próximos Jogos serão realizados no Rio de Janeiro. Para que não nos esqueçamos de nossas responsabilidades frente a omissões imperdoáveis, decisivas e possivelmente definitivas, ai vai recapitulada toda uma sombria e velada novela, que nos ameaça com um devastador replay. Leiamos e nos conscientizemos que tudo o que advirá daqui para frente é de única e exclusiva responsabilidade dos basqueteiros desse país, pelo menos aqueles que se definem como tal.

Vamo lá então:

 

CRONOLOGIA DO ESQUECIMENTO (OU, RECORDANDO)…

sexta-feira, 19 de novembro de 2010 por Paulo Murilo

 

Pululam na rede comentários anônimos e raros não anônimos sobre as estripulias da administração central do nosso basquete, suas audaciosas manipulações, conluios políticos e parceiramentos excusos, além, muito além de um continuísmo para lá de escancarado, antiético e espúrio.

E os clamores se avolumam em cobranças ante a passividade consentida de federações e seus dirigentes, como se novidade fosse, apontando para a passividade e omissão da imprensa oficial e blogueira, como se todos fossem cúmplices do que ai está, cristalizado, ciclopicamente concretado, indelevelmente incólume.

Mas não é bem assim caros e camuflados críticos, ávidos em enumerar situações e comportamentos “agora descobertos e proclamados” em suas inéditas conclusões, esquecendo que da aceitação à constatação de um fato histórico, um tênue e capilar fio condutor tem de ser levado em prioritária consideração, o pleno conhecimento de seus antecedentes.

E são estes antecedentes, interesseiramente(?) omitidos e escondidos pelos que hoje cobram ações e atitudes, que passo a cronologicamente refrescar seus humores e cobranças, antítese de como sempre se comportaram, sob a proteção velada e pusilânime do anonimato.

Lembremos então:

GREG, CHAK & CARL… (12/11/08)

A ACLAMAÇÃO… (21/11/08)

EMERGINDO DAS TREVAS…(26/11/08)

GREG, CHAK & CARL II…(28/11/08)

A LUTA POSSÍVEL…(9/12/08)

RETORNANDO…(13/12/08)

O ÁS DE MANGA…(16/12/08)

A QUARTA VIA…(14/01/09)

PORQUE A QUARTA VIA?…(18/11/09)

SABE?…(25/01/09)

TROMBETEANDO O DESFECHO…(28/01/09)

RÉQUIEM PARA UMA ELEIÇÃO…(01/02/09)

MERITOCRACIA…(06/03/09)

GREG, CHAK & CARL, A FARSA…(14/04/09)

O PROFISSIONALISMO…(16/04/09)

MESMICE INC, LTDA…(19/04/09)

O CARA…(21/04/09)

É HOJE QUE…(04/05/09)

O PRIMEIRO DIA…(05/05/09)

E não ousem e nem venham mencionar posicionamentos lastreados pelas pérfidas e covardes sombras do anonimato, pois dezenove deles( entre muitos) ai estão acima, devida e lidimamente assinados por mim. Porque não fazem o mesmo, não assumem a luta aberta? O basquete, o nosso triste e mal tratado basquete, agradeceria suas embasadas, comprometidas e responsáveis adesões, se reais e seriamente o são.

Amém.

Foto – A ideal terceira via ante um retorno devastador. Clique na mesma para ampliá-la.



13 comentários

  1. Renato 14.08.2012

    Caro Professor,

    o Fábio Balassiano, nos últimos dois anos, publicou no blog análises sobre a situação financeira da CBB. O link para a última delas está aqui:

    http://balanacesta.blogosfera.uol.com.br/2012/05/11/a-analise-dos-especialistas-sobre-o-balanco-financeiro-de-2011-da-confederacao/

    O Renato que assina a segunda análise no post do Balassiano sou eu.

    Lembro este assunto porque pelo que pude ver nos dois últimos balanços da entidade, a CBB tem se endividado a taxas de juros muito altas e, na minha opinião, perigosamente além da sua capacidade.

    O que quero dizer com isso é que as chances de um próximo presidente – o que será eleito agora ou o seguinte – ter de administrar uma situação de insolvência são altas. Para que isso aconteça, basta que o patrocínio da Eletrobrás (R$ 12MM em 2011) diminua ou seja retirado.

    Isto posto, tenho de dizer que até não acharia ruim que esta mesma “turma” que administra a CBB continue lá, porque na hora da falência não teriam a quem culpar senão a si próprios.

    Seria muito triste ver um grupo gestor diferente, com ideias novas, aportar na Confederação e ver toda a possibilidade de exercer seu trabalho impedida pela herança de descontrole financeiro da administração atual.

    – Renato

  2. Basquete Brasil 14.08.2012

    Li as matérias, o que reforçou mais ainda meu ponto de vista de que, de forma definitiva temos que tentar dar um basta nessa aventura sem heróis, onde os mal feitos pululam e se alastram sem limites.Dentro de quatro anos teremos em nosso país a maior de todas as competições, e o que temos na base desportiva? Rigorosamente nada, mas as grandes empreiteiras, as enormes holdings voltadas aos transportes, segurança, hoteis, aeroportos, e sei lá mais quantas se refestelam desde já com verbas estratosféricas, nada deixando de realmente planejado e implantado no desenvolvimento do esporte junto aos jovens do país, somado a uma educação integral e de boa qualidade. Panis et circenses, parece ser a ordem a ser seguida, como vem sendo desde sempre, pois um povo educado não tem vez em um país de corruptos, megalomaniacos e criminosos comuns.
    O microcosmo da CBB bem reflete esse estágio do nosso infeliz desporto, onde o mérito cedeu, cede e sempre cederá lugar aos apaniguados, incompetentes e acobertados, que viabilizam a continuidade do que ai está e continuará estando, até o momento em que sobrepujemos nossa omissão e permissiva condescendência a tanta roubalheira. Sinto calafrios só de pensar o que nos espera em 2016 se nada for radicalmente refeito e reconstruido à luz do mérito e da competência.
    Um abraço, prezado Renato. Paulo Murilo.

  3. Rodolpho 15.08.2012

    Professor, quem o senhor acha que está preparado (em todos os sentidos) para presidir a CBB?

    Abraço!

  4. Basquete Brasil 15.08.2012

    Como o presidente Kouros não pode se recandidatar na LNB, por força de seu estatuto, seria o nome mais indicado ao posto, pois representaria a unificação de pensamento e ação junto ao processo de soerguimento do basquete brasileiro, trazendo para a função sua experiência gestora de grande administrador que é, assim como um quadro de profissionais realmente competente para orientar a CBB à sua verdadeira destinação, a formação de base e as seleções nacionais. Com uma LNB estruturada nas competições do alto rendimento, uma CBB voltada às bases em tudo e por tudo complementaria o grande projeto do soerguimento acima descrito. Dificuldades com as federações votantes no processo? Sem dúvida, mas valeria a pena a tentativa em prol da salvação da modalidade, hoje tão combalida e pré falimentar. Acredito que com uma liderança desse nivel, nomes realmente importantes do basquete brasileiro fossem chamados para compor quadros técnicos qualificados, coerentes, e acima de tudo competentes. Mesmo assim, sabem todos aqueles que entendem de verdade o grande jogo, ser um tanto tarde uma impactante participação em 2016, mas as bases para 2020 seriam lançadas com correção e segurança.
    Esse seria o meu voto, prezado Rodolpho, mesmo à revelia do grande desportista, mas opinar em prol de algo tão vital e importante ainda é permitido num estado democrático e livre.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  5. Paulo A 16.08.2012

    Paulo,

    o nome do Marcel seria uma boa indicação? Pelo que acompanho ele também luta pela modernização da gestão do nosso basquete.

  6. Douglas Gaiga 16.08.2012

    Paulo A,
    O Marcel, pelo seu discurso, desencantou-se do basquete. É candidato a algum cargo público, deputado eu acho, na cidade de Jundiaí-SP, onde reside atualmente.

    Abraços!

  7. Rodolpho 16.08.2012

    Marcel é médico e candidato a vereador em Jundiaí. E faz muito bem. Ele finalmente percebeu que dar murro em ponta de faca não resolveria o problema do basquete.

  8. Basquete Brasil 17.08.2012

    Para presidir a CBB não, prezado Paulo Almada, mas para dirigir uma equipe no NBB sim, já que sempre propôs fugir da mesmice endêmica que corroe o nosso basquete. O Marcel tem o direito de fazê-lo, frente a tantos técnicos travestidos de estrategistas que ai estão.
    Um abraço Paulo Murilo.

  9. Rodolpho 17.08.2012

    Marcel é uma grande defensor (e realmente expert) do Triple Post Offense. Gostaria muito de vê-lo com tempo e estrutura pra demonstrar isso no NBB. Seria uma grata surpresa.

    Pelo estilo Paulo Murilo de ver o jogo e lidar com a mesmice, Marcel sofre a mesma discriminação. Uma pena.

  10. Basquete Brasil 18.08.2012

    Também gostaria, prezado Rodolpho, mesmo, pois poderiamos apreciar algo de diferente frente a esse marasmo doentio protagonizado pelo sistema único com seus punhos,polegares…e midiáticas pranchetas.
    Quanto a discriminação que sofremos, um pequeno reparo, é medo mesmo, e dos grandes…Amém.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  11. Lucas 19.08.2012

    Caro Professor,

    Estava lendo sua tese de doutoramento (disponível no site da UTL – FMH), mas infelizmente o material está incompleto (estão contidas apenas algumas páginas). Haveria a possibilidade de o senhor publicar o documento completo aqui, no seu blog?

    Lucas Diego.

  12. Basquete Brasil 19.08.2012

    Prezado Lucas, tentarei publicar em PDF logo que puder. Tenha um pouco de paciência. Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Lucas 20.08.2012

    Sem problemas, caro Professor. Aguardo a publicação do documento em questão.
    Um abraço, Lucas Diego.

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