PORQUE A QUARTA VIA?…

Porque sugiro uma quarta via com o pessoal da LNB? Porque já estão constituídos juridicamente, apoiados por clubes de relevo nacional, assim como suas respectivas federações. E mais, estão ancorados num projeto forte e bem estruturado, tendo no comando dos diversos segmentos do mesmo um pessoal historicamente atuante no cenário desportivo nacional, além do suporte sério e competente de seu mentor e líder, Kouros Monadjeni.

A candidatura à eleição da CBB anularia definitivamente dois aspectos, certamente restritores num futuro imediato, como a possibilidade sempre presente de desvios no apoio à nova liga, e o desgaste progressivo entre dois grupos com percepções político desportivas nada compatíveis.

Uma só liderança, democraticamente eleita, tornaria a CBB compatível às suas designações técnicas de provedora e desenvolvedora das divisões de base, da divulgação maciça do basquete pelo país, e pela parte administrativa e financeira junto aos poderes constituídos, permitindo à LNB livre transito nas divisões superiores, masculinas e femininas.

E quando digo divisões superiores, sugiro uma representação nas quatro regiões do país, norte, nordeste, centro oeste, e sudeste ( esta podendo ser subdividida em duas), com seus campeonatos factíveis pela redução das distâncias e pela concentração regional de patrocínios, e com seus quatro (ou cinco) representantes disputando um turno final em uma destas regiões em rodízio.

Esse projeto de Liga, seria o ponto nevrálgico na consecução dos votos daquelas federações que se acham marginalizadas, pois teriam num espaço razoável de tempo possibilidade de participação efetiva na mesma, com todas as vantagens sócio econômicas e desportivas, senão políticas, vindas no bojo do projeto, o que não é pouco em se tratando de federações amorfas e de pouca tradição, mas possuidoras do voto que define eleições.

Acredito na força destes argumentos, pois de uma só tacada seriam eliminados todos aqueles fatores que entravam o progresso do grande jogo entre nós, principalmente o fator mudança, para valer e sem retóricas, fundamentada na competência e no sadio desejo de servir a causa do basquete, como um importante veículo de educação e cultura popular.

Fatalmente, num futuro próximo, quando a LNB, por força de sua autonomia técnica e financeira se firmar no cenário desportivo nacional, seus quadros se sentirão à vontade para tentar alçar o comando da CBB, unificando seus projetos e definindo metas sem maiores empecilhos, já que apoiados pela maioria federativa.

Mas, por que não agora, já, por força dos importantes ganhos e apoios, inclusive financeiros, quando a trinca de candidatos são a certeza do stato quo continuista, pois são oriundos da mesma cepa?

O basquetebol brasileiro, o brilhante e vencedor basquetebol brasileiro almeja sair deste limbo em que foi lançado, exatamente pela turma que ai está se candidatando a comandá-lo, numa simples, absurda e inconcebível troca de nomes, bem na tradição das capitanias hereditárias, herdadas do colonialismo ainda arraigado entre nós.

Voto por voto, sai vencedor aquele com maior cacife nas mãos, não necessariamente pouco ou muito ético, que como afirmam, faz parte do jogo político eivado de promessas e certezas pessoais. E honestamente, não vejo cacife maior e mais poderoso junto ao poder federativo do que o lastro técnico, administrativo e político que consubstancia a LNB e seu projeto inovador.

Tratar-se-ia de uma aposta audaciosa e definitiva, que como toda aposta poderia ou não ser vencedora. Mas lá no fundo, bem junto à logicidade de meu raciocínio acredito que daria certo, que seria uma verdadeira barbada, a não ser que o bolo já esteja com suas fatias cortadas e distribuídas, na culminação de acertos e compromissos muito além de nossas ingênuas compreensões.

Amém.



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