TÉCNICOS POR ATACADO…


Se porventura um técnico atuante e experiente tiver que estar presente ao Curso de Certificação Nível III em São Paulo, para em 4 dias (7 a 10 de julho) poder ter acesso a uma das carteiras que o tornem um técnico daquele nível, e sem a qual não poderá exercer a orientação de uma equipe adulta, numa ação didático pedagógica impar no universo do ensino, pela concentração de conteúdos de tal ordem extraordinários, que reduz a tão poucos dias o que qualquer técnico desportivo leva anos, décadas para aprender, tornou-se claro para mim a necessidade de analisar tão revolucionário programa, constituído de onze temas, os quais passo a enumerar e discutir:
– A importância da formação dos treinadores.
Este é um tema realmente importante para um curso de administradores, ou gerentes, ou mais propriamente para um público leigo nos assuntos desportivos, nunca para os técnicos, já que os mesmos, inseridos no contexto, sabem e conhecem de sobra a importância e liderança resultantes de sua formação. Logo, nada a somar para esse nível. Mas em se tratando de técnicos nível I, seria um assunto aceitável. Com tão escassos dias de curso, obviedades deveriam ser descartadas em prol de assuntos realmente relevantes.
– Gestão e marketing esportivo.
Por que motivo(s) tal tema tenha de ser desenvolvido em um curso de formação de técnicos de 4 dias, quando uma vasta bibliografia sobre o assunto está à disposição dos mesmos em qualquer biblioteca ou livraria? Não creio que tais assuntos repassados superficialmente somem algo que realmente beneficie a formação técnico tática de um treinador de alto nível.
– Justiça desportiva.
Parece que muita gente quer deixar sua marca na fase inaugural da ENTB/CBB, não importando o que fale, discurse ou comunique, na medida que ponha seu lacre na ata de fundação de uma escola pioneira.
– Aspectos táticos: conceitos ofensivos e defensivos.
Eis um assunto realmente importante, pena que tais conceitos divaguem por sobre um só existente, o sistema único de jogo, desenvolvido e implantado em todo território nacional, em todas as categorias e faixas etárias a mais de 20 anos, no plano ofensivo. No defensivo, o que dizer, quando um sistema ofensivo único reina por duas décadas sem anteposições? Ou se negam a admitir que se conceitos defensivos eficientes tivessem sido desenvolvidos o tal sistema único de jogo não teria sido sistematicamente mudado? E o que justificar quando professamos a ditadura dos arremessos de três pontos, exatamente pela inexistência dos tais “conceitos”?
– Filosofias de jogo.
É de arrepiar quando vemos uma escola mencionar para estudos “filosofias de jogo”. Por que não sistemas, conceitos, estratégias, táticas de jogo? Filosofia? Seria mais interessante que incentivassem os técnicos no esclarecimento etimológico da palavra filosofia, pois muitos males entendidos seriam corrigidos. Uma leitura rápida em um dicionário bastaria.
– Valorização da profissão e do profissional.
Obviedade é isso ai, menos para os crefs da vida. Meus deuses, e ao custo de 800 reais!
– Tecnologia no basquete.
E lá vai a turma da estatística dar o seu recado para os desinformados do nível III. Haja sacrifício por uma prosaica carteira…
– Terminologia do basquete.
Anos atrás um grande professor de educação física, Otavio Fanalli editou um libreto com as terminologias mais comuns na educação física e nos desportos. Por que não um libreto, ou apostila com os termos basquetebolisticos pura e simplesmente? Sobraria tempo para o basquete de 4 dias.
– Preparação física.
Ridículo, se todos são professores experientes, ou não são? Se são técnicos largamente experientes, ou não são? Ou terão de ser “provisionados”?
– Formação de jogadores da base ao adulto.
É o típico tema para os técnicos de nível I, não para os de nível III, largamente formados e informados na temática da formação de base da
modalidade, pela qual, obrigatoriamente passaram em suas longas formações, ou não?
– Disciplina tática.
É o aspecto que justifica a presença de todos no curso, não só a disciplina tática, mas a técnica e a de vida, logo, não discutida por ser mais do que óbvia.
Concluindo, somente o quarto tema daria por si só assunto para os 4 dias do curso, com suas variáveis e diversidades, todas do mais alto interesse de técnicos de alto nível, mas somente possível se realmente professássemos conceitos e sistemas diversificados, e não um só, absoluto e imutável, e ai tenho de reconhecer, sobrariam muitas horas nos 4 dias propostos, e talvez seja esta a justificativa da presença dos temas definidos no programa, e que acima discuti.
Mas uma analise bem superficial constata uma particularidade sobejamente conhecida por todo professor e técnico experiente, a de que a formulação temática do curso segue a norma estabelecida pelo Confef em seus cursos para provisionados, onde o preparo de leigos para uma tarefa de transcendental importância para o processo educacional da juventude brasileira prima pela falta de bom senso, numa primeira ação de conquista, para agora evoluir de encontro aos licenciados e aos técnicos mais experientes, amparados por leis que antecederam a fundação de tão arrogantes e nefastos conselhos, e cujo curso de formação de treinadores parece ser uma jóia preciosa em seus desígnios de poder absoluto sobre a indústria do corpo, para a qual são os avalistas e banqueiros.
E que outra justificativa daria a ENTB quando na ficha de inscrição para o curso consta o item CREF (nº do registro) e sua validade?
Por prever e antecipar exatamente tudo isso que vem ocorrendo, é que me insurgi técnica e hierarquicamente contra a indicação de um preparador físico para coordenador da escola de treinadores, sabedor dos reais motivos para tal escolha. Agora que todos vocês já sabem, optem admitir, ou não. De minha parte emiti desde sempre um brado de indignação, e continuarei a lutar e me indignar para garantir o direito constitucional de continuar a ser o que sempre fui, um professor e técnico, por formação acadêmica e nas quadras desse imenso país, a mais de 50 anos, e não formado, provisionado e certificado em 4 dias.
Mas, se não restar mais nenhum recurso que me garanta, por direitos adquiridos, a direção de uma equipe adulta, e dependendo da ajuda finaceira da equipe do Saldanha da Gama, da qual sou o técnico, para fazer frente aos gastos de passagens, estadia, alimentação em São Paulo, e o tal “investimento” exigido pela ENTB/CBB, serei obrigado a comparecer ao tal curso, onde sentado por 4 dias, ouvindo palestrantes, estarei sendo devidamente atualizado e certificado, e por que não, reiniciado na carreira de técnico de basquetebol. Seria cômico, se não fosse absolutamente trágico.
Mas, se for este o preço que terei de pagar para poder enfrentá-los numa quadra, o farei, e quem sabe…
Com a palavra a Liga Nacional de Basquetebol – LNB, a qual não deveria por sua chancela a tão evidentes distorções.
Amém.

PS – Sugestivo o logotipo da ENTB/CBB, onde se destaca altaneira e absoluta…uma prancheta! Coerência é isso aí…

CERTIFICAÇÃO(OU PROVISIONAMENTO?)…


“ A comunidade do basquetebol está em festa. A Escola Nacional de Treinadores de Basquetebol, ENTB, uma antiga reinvidicação dos técnicos de basquetebol do nosso país, finalmente saiu do papel e é uma realidade. Sei que muitos técnicos ainda questionam a forma como a ENTB foi criada mas era preciso criá-la, não importando como. A partir da sua criação, com certeza, muita coisa terá que ser corrigida mas isso se tornará mais fácil. O importante é que teremos a partir de agora uma entidade que norteará todo o trabalho dos profissionais envolvidos com o esporte da bola laranja” (…).
(Trecho da matéria publicada pelo Prof. Byra Bello no seu blog Lance Livre em 19/6/2010).
Mais do que nunca mantenho minha posição contra a forma de como foi criada a Escola, e “o não importando como” mencionado pelo autor da matéria demonstra, sendo ele um dos componentes fundadores da mesma, a falibilidade da argumentação que a sustenta, ao largo da afirmação de que “o importante é que teremos a partir de agora uma entidade que norteará todo o trabalho dos profissionais envolvidos com o esporte da bola laranja”.
O “não importando como”, permitiu que a coordenação da Escola escorregasse para as mãos de um crefiano preparador físico, justificando um aparte do técnico Jorge Guerra durante o Congresso de Treinadores, quando de uma comunicação do técnico Aloísio Ferreira sobre a realização do Curso de Certificação Nível III, de que para o futuro somente os formados em educação física registrados nos crefs poderiam exercer a profissão, esquecendo que a massa crítica, sustentáculo do Confef e dos crefs estaduais se escuda nas centenas de “provisionados” , aqueles sem formação superior, e em muitos casos, sem formação secundária, autorizados pelos mesmos, ai incluindo técnicos desportivos, das lutas ao futebol, inclusive de seleções nacionais, atualizados e formatados em cursos pagos de qualidade inferior, os “provisionados”. E que são os mesmos que agora se arvoram no pseudo direito de formulação dos conteúdos programáticos das disciplinas de cursos superiores de educação física, na ingerência nos concursos públicos para professores de formação superior, nos municipios e estados, e por que não, no controle de formação de técnicos desportivos, onde a ENTB se encaixaria como uma luva.( É oportuno referendar ter sido esta a única comunicação extra programa durante toda a realização do excelente congresso dos técnicos).
O reconhecimento de que “a partir da sua criação, com certeza, muita coisa terá de ser corrigida, mas isso se tornará mais fácil”, incorre num erro fatal de previsão, o fato de que a partir de agora nada será corrigido, principalmente se tais correções forem de encontro a interesses solidamente estabelecidos, por se tratar de um mercado restrito e altamente rentável, pelo menos à luz de nossa realidade economico desportiva.
E pensar que tudo isso deveria ter sido o produto maior de uma associação nacional de treinadores, onde a hierarquia e o mérito pautariam uma verdadeira escola, e não um pastiche de interesses e inversões de valores. E foi durante aquela comunicação sobre o curso da ENTB durante o Congresso de Técnicos, que inquiri o porque de não ter sido escolhido o nível I ( técnicos de iniciação dos 9 aos 14 anos) para dar partida à escola, por serem os mais carentes de conhecimentos, tendo como resposta de que tal curso teria de ser realizado nas férias de fim de ano, já que a clientela seria basicamente formada pelos professores de educação física, numa suposição pública de que o mesmo se estenderia por um ou dois meses, e tal foi minha surpresa ao constatar de que o curso para o nível III será realizado em 3 dias de julho, quando todos aqueles novos técnicos, os mais carentes estarão também usufruindo suas férias de meio de ano, fato que anula a versão da coordenação da escola.
E nessa cornucópia de valores equivocados nos deparamos com as qualificações de “carteira definitiva” e “carteira provisória”, onde se encaixarão os técnicos da elite do basquete nacional, os de nível III após o curso de 3 dias em São Paulo ao custo de R$ 800,00 por participação, ao largo daqueles poucos, bem sei, altamente qualificados acadêmica e tecnicamente, que por principio constitucional se graduaram através os anos em cursos superiores nacionais e internacionais, nas quadras e ginásios, por décadas de trabalho profícuo, que terão de ser “provisionados” com suas carteiras definitivas ou provisórias, exigência esta fundamentada em que leis federais?
Senão vejamos o caso do professor Paulo Murilo:
-Licenciado em Educação Física pela EEFD/UFRJ em 1962
-Especialização em Basquetebol no Curso de Técnica Desportiva da EEFD/UFRJ em 1963.
-Registro de Técnico de Basquetebol no CND/MEC, em 1965.
-Técnico Emérito da FBERJ.
-Estágio Técnico de basquetebol em Universidades Americanas após concurso público qualificatório promovido pelo Dep.de Estado Americano e CBB, em 1967.
-Professor de Cursos de Atualização de Basquetebol do DED/MEC em vários estados brasileiros.
-Idealizador e fundador das duas primeiras associações de técnicos do país, a ANATEBA (1971), e a BRASTEBA(1975).
-Coordenador e Professor do Curso de Técnica de Basquetebol da UERJ em 1985.
-Graduação em Jornalismo Audiovisual pela ECO/UFRJ em 1975.
-Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela PUC/RJ em 1976.
-Coordenador das disciplinas de Didática e Prática de Ensino da FE/UFRJ por 27 anos.
-Coordenador do Laboratório de Tecnologia do Ensino da FE/UFRJ por 10 anos.
-Sub coordenador do Departamento de Educação Física da UFF por 9 anos.
-Doutorado em Ciências do Desporto na FMH/UTL de Lisboa em 1992 com a tese “Estudo sobre um efetivo controle da direção do lançamento com uma das mãos no basquetebol”.
-Técnico de basquetebol de equipes infantis, infanto juvenis , juvenis e de primeira divisão, masculinas e femininas por mais de 45 anos.
-Editor e fundador do blog Basquete Brasil(www.paulomurilo.com), com mais de 750 artigos técnicos, táticos e didáticos, voltados aos jovens técnicos, jogadores e entusiastas do país, desde 2005.
-Atual técnico do CR Saldanha da Gama na LNB.
São cursos, estágios e qualificações amparadas em leis federais, auferindo direitos adquiridos em entidades de ensino superior nacionais e internacionais, assim como um vastíssimo campo de experiências, estudos, pesquisas e trabalhos teóricos e práticos, em décadas de dedicação à causa da educação e do desporto pátrio.
Sei que são poucos aqueles que ainda resistem ao tempo, trabalhando e produzindo, mas eles ai estão, não como participantes de direito e mérito na formação de uma escola, mas prestes a serem nivelados àqueles que iniciam suas caminhadas, prestes a terem, ou não, o direito de continuarem seus trabalhos arduamente conquistados, representado por uma crefiana carteira de provisionado, disfarçada em definitiva ou provisória, justo e lídimo prêmio punitivo às suas ainda resistentes teimosias, aquelas que propugnam a valorização do mérito e da hierarquia, fatores fulcrais e determinantes de uma verdadeira, generalista e democrática Escola Nacional de Treinadores, de que modalidade for.
Torço para que a LNB, com suas reais propostas de progresso para o basquetebol, atente para tais distorções emanadas da CBB, a qual está vinculada a ENTB. Nunca será tarde para correções de rumo, assim espero.
Amém.

Fotos da comunicação técnica do Prof.Paulo Murilo no Congresso de Técnicos da LNB.
OBS-Clique nas fotos para ampliá-las.

UMA AULA DO GIL…

Mais uma preciosa colaboração do Gil, em sua incansável procura pelo basquetebol que sonhamos.

Paulo;Reciba nuestras mas efusivas muestras de amistad.Le adjunto en
“attachment” tres traducciones al Español de trabajos de Wooden,
estan publicados en la pagina web del –Club del Entrenador–, en la
pagina de la Federacion Española de Baloncesto.Se las envio en funcion de
las opiniones vertidas por jovenes entrenadores brasileiros queriendo saber
mas de Wooden.Por favor lealas y valore su publicacion en su tan
prestigiada pagina.Un enorme abrazo.Gil

RED DE EXPERIENCIAS
El MÉTODO WOODEN: “El Mejor Maestro del Siglo XX”

13/02/2010

En 1976 Ronald Tharp y Ronald Gallimore dos profesores de psicología de las Universidades de California en Santa Cruz y Los Ángeles realizaron un estudio sobre la relación y comunicación del mítico entrenador John Wooden con sus jugadores. Clasificaron las acciones de John Wooden en los entrenamientos realizados durante la temporada 1974-1975 en el cual UCLA ganó su décimo campeonato de la NCAA. Casi 30 años después los investigadores volvieron a analizar los resultados de dicho estudio combinándolo con entrevistas posteriores con el propio Wooden y sus jugadores. Hoy nos proporcionan una información de inestimable valor para entrenadores de baloncesto de cualquier nivel.

Por Tim Fanning* (jugador del CB Castellbisbal Copa Catalunya y entrenador del equipo junior)

¿La clave de su éxito?
La intensidad, economía y eficacia de sus entrenamientos.

Bill Walton, mítico pivot entrenado por Wooden, afirmó: “Los entrenamientos en UCLA eran eléctricos, intensos, exigentes… con Wooden por la línea de banda como un tigre enjaulado dando instrucciones, con refuerzos positivos y una máxima: ‘ser rápido pero sin prisa’… Pero llegaba el partido y entonces no exigía actuar con rapidez. Los partidos parecían transcurrir a un ritmo más lento. Yo pensaba: ’¿Por qué tanta diferencia de velocidad en los partidos y en los entrenamientos?” Los resultados de UCLA eran evidentes.

Es muy importante este detalle: los entrenamientos eran más rápidos y exigentes que los partidos. Cada entrenador tiene una forma de ser diferente y no todos somos “tigres enjaulados” pero todos podemos tener el objetivo de crear un entreno más exigente que un partido.

¿Cuánto tiempo hablas con tus jugadores?

El que posiblemente fuera el mejor maestro de baloncesto en la historia no hablaba casi nunca más de 20 segundos seguidos a sus jugadores durante los entrenamientos. Con tantas observaciones, simplemente no había lecturas. No quería parar el ritmo del entrenamiento.

Recuerdo los efectos negativos como jugador cuando he tenido un entrenador que paraba el entrenamiento durante uno o dos minutos para dar una larga explicación. Cuando volvíamos a jugar la mayoría de los jugadores del equipo tenían la cara perdida y la competitividad y energía que había antes de parar ya no existía. Wooden casi nunca hacía eso. Daba el mensaje que quería transmitir rápidamente y ¡a seguir!

Cada entrenador debe pensar bien no solamente el tiempo que hablará sino también el contenido del mensaje. El estudio de Tharp and Galimore desvela que el 65% de las intervenciones de Wooden durante el entrenamiento contenían instrucciones concretas. No hablaba por hablar ni decía solo lo que un jugador hacía mal. Casi siempre decía cómo se debía hacer correctamente. Los investigadores clasificaron casi 2.500 acciones de Wooden y más del 75% de las veces en que hablaba incluía en su mensaje instrucciones sobre cómo hacer algo correctamente. Eran intervenciones muy cortas pero concretas y específicas. Creo que si no hablas mucho, cuando lo haces y dices algo concreto, la gente te hará más caso.

En el C.B. Castellbisbal, club donde ejerzo de entrenador y de jugador, hay un entrenador que se hizo una prueba a si mismo durante un entrenamiento. Su ayudante tenía la misión de medir el tiempo en el que él hablaría durante la sesión. Él pensaba que en los 70 minutos que duró la sesión había intervenido alrededor de unos 10 minutos y el resultado real era que había hablado durante ¡30 minutos!

Creo que como entrenadores cometemos el error de ir hablando durante el entrenamiento sin darnos cuenta. Pensando que así hacemos mejor nuestro trabajo, que así explicamos mejor las cosas a nuestros jugadores. Según el ejemplo Wooden debemos intentar decir lo que queremos de la manera más corta posible y luego, si el jugador repite el error, nosotros debemos hacer las correcciones. Sobre todo, cuando el tiempo en pista es muy limitado, es importante que los entrenadores reflexionemos y pensemos bien qué decir y cuánto tiempo emplear en ello.

La información dirigida a la acción y no al actor

Los investigadores del estudio querían saber como un “master teacher” como John Wooden utilizaba refuerzos y castigos durante sus sesiones. La sorpresa llegó con el resultado ya que Wooden sólo elogiaba un 6% de las veces que hablaba y censuraba también un minúsculo 6%. Wooden no dirigía sus comentarios para calificar el trabajo sino para proporcionar información a sus jugadores.

En una entrevista realizada a Wooden, cuando le preguntaron sobre la falta estímulos positivos a sus jugadores, el entrenador contestó: “Siempre he creído que fijar la atención de los jugadores en puntos específicos, en ayudar a los jugadores a cumplir el objetivo en un ambiente intenso y exigente es el enfoque positivo.

“La información que recibí en sus correcciones era lo que más necesitaba. Esa información era la que estimulaba al cambio. Si la mayoría de los comentarios hubieran sido refuerzos positivos (‘muy bien’) o negativos (‘lo haces mal’), hubiera recibido sólo una evaluación, no una solución. Las correcciones en forma de información no me atacaban como persona. La información iba dirigida a la acción y no al actor.”

Si proponemos soluciones y correcciones específicas estamos trabajando para formar mejores jugadores de baloncesto. Si el entrenador tiene comentario sobre la acción y no el actor no hay discriminación. Y eso en mi opinión evita conflicto ya que en la relación entre jugador-entrenador o estudiante-profesor puede haber un nivel de discriminación. Cada entrenador (y persona) tiene gente que le gusta más y le gusta menos y estos sentimientos nos afectan en nuestras acciones. Si somos capaces de dirigir el mensaje sobre las acciones y no quien hizo la acción ayudaremos mucho en crear un ambiente de mucho mejor aprendizaje.

Un Wooden, el Sándwich de la corrección

Wooden, sin embargo, tampoco olvidaba incluir en la información el fallo que sucede. Sus correcciones solían contener tres partes:

1. Decir o demostrar como hacer la acción correctamente (M+)
2. Decir o demostrar como acababan de hacerla (mal) (M-)
3. Repetir o demostrar como hacerlo bien (M+)

Los investigadores clasificaron esta secuencia (M+,M-,M+) como un “Wooden” y lo hizo casi un 10% de las veces que hablaba. Los “Woodens” fueron legendarios y nadie que los vivió los olvidó.

Decían los investigadores que sus intervenciones rara vez superaban los 3 segundos, pero eran de tal calidad que dejaban una imagen en la memoria de los jugadores como un dibujo. Wooden presentaba la información en tal manera que los jugadores no pueden olvidarlo. Cualquier educador que pueda presentar información en una manera que sus estudiantes recuerden para siempre ha hecho un trabajo muy grande.

En el colegio tuve el mismo entrenador que entrenaba a Jason Kidd y no recuerdo todas las cosas tácticas que hacíamos pero sí un día en que no veníamos preparados para trabajar en defensa. El coach hizo su propia versión del Wooden, detuvo el entrenamiento para mostrar cómo estábamos defendiendo, luego se animó a un nivel que andaba al borde de la locura y se puso en posición defensiva con una cara e intensidad inolvidable. Nadie hubiese querido ser el jugador defendido. Nos dijo que tenemos que defender como un pitbulls que no ha comido varios días y la pelota es un trozo de carne. Hasta hoy, cuando pienso de la intensidad necesaria para defender correctamente pienso de ese coach que hizo un Wooden.

Planificar al detalle

John Wooden confesó que sus métodos de trabajo cambiaron cuando un día decidió ir a ver un entrenamiento de Frank Leahy, el entrenador de Fútbol Americano en la Universidad de Notre Dame. Wooden dijo que jamás había visto algo más organizado en su vida. Jugadores alternando ejercicios con una coordinación perfecta. El entrenamiento comenzó y acabó a tiempo.

Antes creía que las cosas que hacía John Wooden era debido a su personalidad y porque era un líder muy único. Seguro que era único pero más que en su forma de ser o personalidad (que también) creo que John Wooden marcó la diferencia en los detalles de su preparación. Después de leer sobre John Wooden y leer también sobre el entrenador actual de F.C. Barcelona, deduzco que los entrenadores con más éxito no tienen una fórmula mágica, simplemente trabajan mucho más que los demás. Son capaces de prestar atención al detalle más pequeño e intentar planear y controlar todos los aspectos influyentes en el entrenamiento.

Como anécdota cabe recordar que los entrenamientos de Wooden empezaban cada día a las 14:59 y acababan a las 16:59, ¡en punto! Wooden tenía el entreno planeado hasta el más mínimo detalle. Quizás muchos entrenadores no pueden empezar justamente a la hora de entreno porque tienen que esperar que acabe el equipo anterior pero cada entrenador de baloncesto puede tener un plan completo para el entrenamiento con objetivos y los ejercicios adecuados para cumplir estos objetivos.

Personalmente esta temporada tengo el objetivo de hacer libro con la planificación de cada entrenamiento. La verdad es que las primeras semanas costaba mucho, sobre todo con respecto al tiempo dedicado a algún ejercicio. Pero tomé notas sobre como había ido el entrenamiento y qué ejercicios necesitaban más o menos tiempo y ahora estas notas y este libro son partes integrales de la preparación del equipo. Planificar los entrenamientos y archivarlos en un lugar donde lo puedes consultar es una situación “Win-Win” en el hecho de que no puede tener efectos negativos, lo único que va a pasar es que los entrenamientos irán mejor, el equipo entrenará mejor y tú mejorarás como entrenador.

La importancia del trabajo individualizado

Wooden no sólo preparaba los entrenamientos pensando sólo en el grupo. También los preparaba para el individuo. Wooden entendía muy bien que cada jugador es diferente y no era recomendable trabajar con todos igual. Y para saber cómo sacar el máximo de cada uno de ellos Wooden estudiaba y analizaba, desde el aspecto personal y deportivo, cada jugador para entender qué les motivaba y cómo podía controlarlos mejor. “Los mismos sistemas no funcionarán con cada equipo. Depende de los componentes y para hacer un equipo tienes que conocer las personas con que estas trabajando.”

Los investigadores pensaban inicialmente que los “Wooden’s” o instrucciones del entrenador (M+,M-,M+) eran improvisadas. No era así. Al igual que planificaba analizaba los entrenamientos de cada jugador, Wooden también anticipaba los errores que cometerían y preparaba acciones para corregirlos. Preparaba hasta las palabras que diría a un jugador cuando cometiera un error específico. Este aspecto tiene mucho sentido porque los jugadores normalmente cometen los mismos errores muchas veces. Si como entrenador puedes anticipar los errores y prevés la manera de corregirlos estás preparado para en un instante y en una manera efectiva corregir sin parar el ritmo del entrenamiento.

Los comentarios de John Wooden durante un entrenamiento eran tan concisos que parecían ser el resultado de una persona capaz de reaccionar con inteligencia en el momento pero en realidad la economía y eficacia de sus comentarios de los equipos imbatibles de UCLA eran el resultado de una minuciosa planificación. Para un entrenamiento de dos horas, Wooden planificaba con sus ayudantes por la mañana dos horas o más. Tenía libros con los entrenamientos de años anteriores y miraba lo que hizo el equipo en la misma fecha en los años anteriores. Todos sabían qué ejercicio iba a pasar y en qué momento. Los jugadores iban corriendo de ejercicio a ejercicio, perfectamente coordinados, juntos o por separado. Por cierto, no había agua y no tampoco había sillas en la pista…

Creo que hay dos maneras de pensar en los entrenadores. Una es que los jugadores tienen que adaptarse a estilo del entrenador. Otra es que el entrenador tiene que adaptarse al equipo que tiene.

Estoy convencido que los entrenadores que son capaces de adaptarse son los que duran más y son más efectivos. Esto no significa hacer lo que quieren tus jugadores ni mucho menos. Significa estar abierto a modificar cosas para adaptar a los jugadores y estudiar los jugadores con el entendimiento de que la clave de resolver el puzzle que es un equipo de basket es entender cada pieza. Si Bobby Knight leyera esto probablemente me tiraría una silla pero hay más entrenadores como Wooden, como por ejemplo Coach K’s (Duke) y Dean Smith que cambiaban sus estilos cada año basándose en sus jugadores que entrenador “estilo militar” como Bobby Knight.

Wooden tenía esta mentalidad de planificar, evaluar, modificar. Afirmaba: “Si consigues que tu equipo mejore poco a poco cada día acabará consiguiendo grandes cambios. No sucederá ni mañana, ni el día siguiente pero finalmente habrás dado un gran paso. No busques la mejora rápida. Busca pequeñas mejoras cada día. Es la única manera que suceda esa mejoría, y cuando sucede, es duradera.”

Cuando no estaba en la temporada Wooden hizo proyectos sobre diferentes aspectos del baloncesto (rebote, contraataque, etc). Aparte de investigar en bibliotecas se entrevistó personalmente con entrenadores y jugadores de éxito de todos los deportes para buscar aspectos para incorporar en su programa en UCLA. Su filosofía se basaba en la investigación constante. Como entrenadores o personas creo que esta filosofía de aprendizaje continuo nos guiará al éxito.

Wooden afirmaba que “todos somos profesores. Sea en una clase o para tus hijos o tus sobrinos”. Lideraba con el modelo del ejemplo. Y lo mejor de Wooden no tuvo nada que ver ni con los campeonatos que ganó con UCLA ni con los numerosos jugadores que fueron de UCLA a la NBA. Tuvo en la calidad humana su mejor virtud.

John Wooden entendió la responsabilidad que conllevaba ser una persona pública. “Nada escrito y dicho puede enseñar a nuestros jóvenes más que los hechos, los ejemplos”. En realidad hay pocos entrenadores que pueden usar su propia vida como ejemplo pero el mítico Wooden trasciende las líneas de la pista y se convierte en un maestro incomparable, creando no sólo excelentes jugadores de basket sino también excelentes personas. Para Coach Wooden “la vida era una clase de una escuela.”

*Tim Fanning es jugador del CB Castellbisbal Copa Catalunya y entrenador del equipo junior.

Amigos, eis um exemplo maior da arte de ensinar e treinar o grande jogo.
Amém.

Gil Guadron em sua aula na EEFD/UFRJ, quando de sua visita ao Brasil.

O CONGRESSO…


Este foi o texto que enviei à LNB, com um relato conciso sobre o 1º Congresso de Técnicos de Alto Nível, realizado em São Paulo.
Prezado Claudio Mortari Jr., atendendo a sua solicitação para uma análise do Congresso de Técnicos, encaminho sucintas observações sobre o mesmo, de forma prática e objetiva.
Inicialmente devo me congratular com a LNB por tão importante evento, que espero seja oportunizado mais vezes, pois os resultados positivos em muito superariam as dificuldades em organizá-los. O Basquetebol estará no caminho de seu soerguimento com ações deste calibre, na medida em que:
– Sejam estes encontros liberados a um publico de técnicos como assistentes, sem intervenções, onde terão a oportunidade de aprender com os mais experientes, com aqueles que dirigem as equipes mais representativas, com aqueles que servirão de balizamento para sua evolução no vasto campo da técnica desportiva.
– Que os resultados destes encontros, na forma de relatórios ou depoimentos sejam viabilizados aos técnicos de todo o país, como fonte de estudo e pesquisa.
– E que estes encontros percorram os estados representados pelas equipes da Liga, como um fator de divulgação e popularização da mesma.
Foi um encontro bastante positivo, onde opiniões divergentes puderam ser discutidas de forma direta e profundamente honesta. Problemas estruturais das equipes, e mesmo da nossa realidade desportiva, foram analisados com muita precisão por todos os presentes, através bem escolhidos temas, numa amplitude elogiável e que deixou uma certeza de que ainda poderia ter ido mais além, não fossem as duas palestras sobre psicologia e preparação física ( nitidamente fora do contexto do congresso, em que pese suas excelentes apresentações), com suas 4 horas de duração, tempo esse que possibilitaria a extensão das discussões técnicas, motivação básica do encontro.
Apontar uma ou outra intervenção não seria justo, já que todos participaram de forma objetiva e altamente profissional, fator realçado nas intervenções quando da palestra do técnico Ruben Magnano, enriquecendo o debate e suas ótimas conclusões.
Sem dúvida alguma, a premência de tempo encurtou assuntos relevantes e de importância vital para a modalidade, numa perda de conteúdo que não deverá ser repetida em próximos encontros, assim espero.
Todos os participantes, sem exceções, foram brilhantes em suas apresentações e intervenções, cunhando um ambiente altamente sadio, onde uma ou outra incompatibilidade pessoal ou funcional, se desvaneceu pela ambiência pacífica, amistosa, e profundamente voltada ao progresso do basquetebol.
Por todos estes ingredientes de alto nível, parabenizo a todos, técnicos, assessores e dirigentes da LNB pelo grande passo dado ao encontro de sua maioridade técnica e funcional.
Paulo Murilo Alves Iracema – Técnico do Saldanha da Gama.

OBS- Clique nas fotos para ampliá-las duplamente.

PREOCUPAÇÕES…

Preocupa-me a herança do NBB2, principalmente na forma de jogar das equipes intervenientes, da limitação e alto grau de previsibilidade técnico tática das mesmas pelo uso indiscriminado e absoluto do sistema único de jogo, onde a maioria de suas ações são voltadas ao preparo e a consequente execução dos arremessos de 3 pontos.
Preocupa-me o elevadíssimo número de erros de fundamentos, acusados sistematicamente na maioria das partidas do campeonato, sendo que nos playoffs finais atingiram cifras alarmantes.
Preocupa-me a fragilidade defensiva da maioria das equipes, principalmente na anteposição aos arremessos de 3 pontos, e à marcação dos pivôs, sempre por trás, jamais à frente, como deveria ser.
Preocupa-me o fato de uma defesa centenária por zona, a 2-3, ainda se constituir um terror para equipes de alta competição, numa desoladora perspectiva do quanto ainda temos de evoluir em termos de fundamentos de drible, fintas e passes, ou seja, o bê a bá do grande jogo.
Preocupa-me a tendência cada vez mais presente de uma homogeneização e padronização deste sistema único nas divisões de base do país, limitando perigosamente a criatividade e espontaneidade de nossos jovens.
Preocupa-me o avanço maciço de alguns profissionais, e outros nem tanto, de outras áreas, na formação destes jovens, com um conhecimento canhestro do jogo, e apresentando propostas incompatíveis à evolução natural dos mesmos, tanto no aspecto bio psíquico, como no social e cultural.
Preocupa-me a não organização das associações de técnicos, fundamentais ao desenvolvimento da modalidade em todos os sentidos, principalmente no político, social e profissional, bases de uma profissão reconhecida e respeitada.
Preocupa-me que pela ausência das associações, outras categorias envolvidas no esporte se apossem de núcleos técnicos específicos, para coordenarem e implantarem cursos e escolas para os quais não têm competência e formação, se situando única e exclusivamente pelo poder político vigente.
Preocupa-me a passividade e aceitação de técnicos a essa situação ambígua e constrangedora, tornando-se possíveis cúmplices de uma anomalia inadmissível.
Preocupa-me a seleção, ou seleções, entregues a estrangeiros que convocam jogadores que se negaram a defender o país dentro de competições internacionais, claro, por não se tratar dos países deles, e que se verão ante jogadores que lideram grupos fechados, e que em muitos casos, não costumam seguir instruções que não forem de seu agrado, como temos assistido no campeonato nacional.
Preocupa-me a divulgação do basquete voltada aos jovens, com sua maioria quase absoluta impossibilitada ante a TV aberta, pois somente canais a cabo o divulgam, assim como a precariedade na popularização do mesmo nos núcleos escolares, e mesmo clubísticos, a muito abandonados à própria sorte.
Preocupa-me que o poder de novas idéias, de novos rumos técnico táticos, fundamentados na pratica maciça dos fundamentos e da plena utilização da criatividade e do livre pensar, seja minimizado pela ausência de divulgação quase unânime, pela mesmice e pela mediocridade de um sistema único e avassalador, implantado no âmago de nossa juventude, ávida de conhecimentos e sonhos, por interesses que não os nossos, brasileiros, e outrora campeões mundiais e medalhistas olímpicos.
Enfim, preocupa-me a impossibilidade ao êxito e a um futuro inspirador, tolhido que estamos pela mais absoluta ausência de bom senso, responsabilidade cívica e amor ao grande jogo, naquele ponto que o torna imbatível no concerto das demais modalidades, sua concepção instigante e de permanente evolução.
E com estas preocupações me dirijo amanhã ao Congresso dos Técnicos da LNB em São Paulo, para o qual fui convidado como técnico do Saldanha da Gama, onde no calor dos debates, dos temas, das apresentações e das bem vindas discussões possamos manter vivas as esperanças de encontrarmos o caminho perdido nas trilhas dos últimos 20 anos, de desmandos e de imperdoáveis omissões. E honestamente espero que assim seja.
Amém.

JOHN WOODEN…


Hoje dou primazia a um texto enviado pelo Gil Guadron sobre o grande mestre John Wooden ontem falecido aos 99 anos de gloriosa vida.

John Wooden, murio ayer.
Considerado el mejor entrenador que jamas haya existido, el ex-entrenador de la Universidad de Los Angeles ( UCLA ) murio ayer.
Coach Wooden fue un extraordinario filosofo, un educador , y por supuesto un extraordinario entrenador de basquetbol,gano 10 campeonatos Universitarios en NCAA .
Alguna vez le preguntaron si estaba orgulloso de que un gran numero de jugadores de la UCLA, estuvieran pre-seleccionados al equipo olimpico de USA y el respondio : ” que de lo que realmente estaba orgulloso era de la cantidad de profesores, abogados,doctores y otro tipo de profesionales en que la inmensa mayoria de sus ex-jugadores se habian convertido, pues a UCLA se llegaba a estudiar. Que el basquetbol deberia de ser una escuela para la vida, mas alla del deporte”.
Tuve la oportunidad de aprender de el, alla temprano en los 70’s, cuando aun yo vivia en El Salvador.Posteriormente viviendo ya en USA asistiendo a sus Clinicas en mi ciudad adoptiva, Chicago.
A los jovenes entrenadores les recomiendo leer del Coach Wooden :
– Practical Modern Basketball –, originalmente publicado en 1966, con ediciones posteriores. Es un libro clasico que deberia ser obligatorio en la biblioteca de todo entrenador, tan valido ayer como tan valido hoy.
– John Wooden’s UCLA OFFENSE , este libro incluye un DVD –, publicado el 2006.
Ambas obras estan escritas en Ingles.
– La Piramide del Exito — en Idiona Español. Editorial Peniel, Buenos Aires, Argentina. Posee un concepto filosofico tipico del gran maestro que fue.
Les dejo con estos pensamientos del Coach Wooden:
“Este mas preocupado con su caracter, con su personalidad que con su reputacion, porque es su caracter quien usted realmente es , mientras que su reputacion es apenas lo que otros piensan de usted”.
” Usted no a tenido el dia perfecto sino no a hecho algo por alguien, que lo mas seguro es que jamas se lo agradecera”.
” Todo lo que le pido es que ponga el maximo de su esfuerzo, y eso solo usted lo sabra , de tal manera que al finalizar el partido, y al margen del resultado, usted debe tener su frente en alto “.
Rezo una plegaria por Coach Wooden, de quien aprendi no solo basquetbol, a enriquecerme como ser humano , a ser mejor entrenador de basquetbol.
Descanse en paz , maestro.
Gil Guadron.

Faço das palavras do Gil as minhas também.
Amém.

ME DEI UM TEMPO…

Me dei um tempo, precisava muito, não por cansaço físico, mas porque necessitava me situar com rigor ante a reviravolta que dei assumindo a direção de uma equipe da LNB, e numa situação de alto risco técnico, já que última classificada e muito depreciada.
Substituir o blog pela equipe não seria algo que desejava, já que profundamente arraigado aos princípios que nortearam a criação do mesmo, a luta pelo soerguimento do basquete em nossa terra, sob todos os aspectos, do político ao técnico tático, e sempre primando pelo respeito e a ética.
Foi então que resolvi postar o dia a dia do preparo da equipe, num trabalho que encontrou respostas positivas no seio dos jovens técnicos, e de todos aqueles que amam o grande jogo.
No entanto, nossa participação se encerrou, após 49 dias de muito sacrifício, perdas, derrotas e vitórias inquestionáveis e redentoras, mas não suficientes para nos afastar da última colocação na Liga.
Mas algumas conquistas foram determinantes, principalmente a utilização de sistemas ofensivos e defensivos diferenciados dos restantes membros participantes do NBB2, e que comprovaram serem eficientes, apesar do pouco tempo de treinamento. Muitos desejaram ver jogos da equipe em vídeos, aficionados e mesmo jornalistas, aos quais ofereci dois exemplos no blog( e que me custaram imensas preocupações e trabalho), aceitos e elogiados pelos primeiros, e decididamente omitidos pela maioria dos segundos, os mesmos que ansiavam assisti-los.
E o mutismo dessa imprensa altamente especializada tem uma explicação que prima pela simplicidade, não tinha, a grande maioria, a menor idéia do que assistiram ( se é que o fizeram…), já que profunda e irremediavelmente engessada e compromissada com o sistema único e divino de jogo utilizado em nosso país, calcado e colonizado pelo éden sagrado e desejado por todos, o World Championship basketball da NBA, pelo qual muitos são pagos e patrocinados ( o DraftBrasil foi o único site interessado no assunto).
E como o Eurobasket, aos poucos vem perdendo sua independência técnico tática por força do trator financeiro da matriz americana, haja vista a última final vencida pelo Barcelona, com um basquete cópia fidedigna do sistema único, inclusive nas interpretações arbitrais, antecipamos o que ocorrerá no próximo Mundial onde o reino dos jogadores 1, 2, 3, 4 e 5 ainda fluirá majestoso por um longo tempo, imutável.
Não atoa os argentinos subverteram a ordem olímpica e mundial a bem pouco tempo, mas aos poucos foram sendo engolfados pelo sistema único, fruto da mais bem urdida campanha publicitária de que se tem notícia na história do esporte, cujo peso político econômico não tem paralelo nos tempos modernos, juntamente com a religião mundial do futebol.
Estamos vivendo a decisão do NBB2, com jogos que raiam ao inconcebível, onde somente nos três últimos do play off final 201 arremessos de três foram tentados, ou 603 pontos possíveis, numa impossibilidade técnica de vê-los convertidos, numa média de 67 por jogo, furtando do mesmo o mais primário sistema coletivo, o principio de equipe, o principio do jogo. E todos, assim como as demais equipes da Liga, utilizando o sistema único.
Ainda conceituamos jogos de baixíssima qualidade, como exemplos de técnica apurada, numa proposital confusão onde se misturam emoção e agressividade, mas tudo em nome da preservação do status quo, onde jogadores, técnicos e muitos jornalistas se aliam para o bem comum, o monopólio do mercado de trabalho, no qual um sistema único, padronizado e de conhecimento de todos, garante as trocas de equipes e de regiões, viabilizando curtos espaços para treinamentos e pré temporadas, pela similitude de ações, e mesmo de sinalizações de jogadas, numa cumplicidade que raia ao absurdo.
E o público ignaro, aceitando e difundindo tais princípios, promove seus preferidos dentro das posições de 1 a 5, estratificadas pela rigidez do sistema, onde o 1 é o armador, o 2 é o armador arremessador, o 3 é o ala, o 4 é o ala-pivô, e o 5 é o pivô ( última classificação dos narradores da sportv), variando na votação para os melhores do anos da LNB que classifica os jogadores em 1 o armador, 2 o ala-armador, 3 o ala, 4 o ala-pivô e 5 o pivô.
E quando a LNB me contatou para que eu designasse os melhores da minha equipe, a fim de que os mesmos pudessem ser votados pelos demais técnicos para os melhores do ano, designei-os como 2 armadores e 3 pivôs móveis, ou se quisessem, 3 alas-pivôs, o que deixou meu interlocutor embaraçado, já que fora do padrão, do sistema único, no qual, tenho a certeza, ele encaixou os jogadores que designei.
E veio a convocação para o Mundial, onde a discussão inicial e monocórdia é de que o Huertas é o 1, e seu reserva o Valter, e que o Alex e o Marcelo são 2, e que o Guilherme é o 3, o Spliter 4 e o Nenê 5. E o Varejão? Ah, esse será um ótimo 6, seguindo o bonde do “padrão mundial”.
Mas se o exemplo fugaz do meu humilde Saldanha merecesse um mínimo de estudo e consideração por parte dos “entendidos”, assim poderia jogar a base da seleção, com Huertas e Valter de armadores puros, e Spliter, Varejão e Nenê de pivôs móveis, não fosse o Nenê em sua origem pré-engorda um ala poderoso e atlético (Aliás, essa era uma das intenções do Moncho, em entrevista na TV logo em sua chegada). Vejam e analisem os vídeos que postei e tentem visualizar o óbvio, uma forma sugerida de jogo diferenciado, e que adaptado, ou na forma apresentada, tumultuaria profundamente as equipes adversárias, também engessadas e viciadas num sistema altamente previsível, por ser único.
Mas Paulo, e aqueles que só sabem( ou pensam saber…)arremessar de três, como ficariam? No banco, ou em casa, vendo que é perfeitamente possível vencer jogos e campeonatos de 2 em 2, com a maior precisão dos arremessos de curta e media distâncias, onde os de três se constituiriam num recurso pontual, e não a base de uma equipe, como se transformou o basquete brasileiro, e agora o internacional também.
E muito mais grave do que os acontecimentos extra jogo no Nilson Nelson de Brasília, onde a não permissão de qualquer público dentro da quadra em momento algum, antes ou depois dos jogos, evitaria o espetáculo hediondo a que todos assistimos ( onde não absolvo alguns jogadores do Flamengo em agressões gratuitas, pois deveriam estar nos vestiários, ato contínuo ao término de uma partida nervosa e agressiva, numa ação de comando, inexistente na equipe, mas que poderá beneficiá-la numa bem provável inversão de mando de campo, no caso de uma quinta partida…), é o fato inquestionável de que transformamos o grande jogo, numa competição absurda e irracional de arremessos de três, demonstrando e exemplificando aos jovens ser esse o caminho a ser seguido, onde os fundamentos deixam de ter importância na medida em que de 10 tentativas de 3, se converta uma ou duas bolas, pois se assim todos se comportam, a começar pelas estrelas(?), por que então não tentar?
Mas lá no Saldanha, se obtiver os patrocínios prometidos, garanto que nada disso ocorrerá, mesmo que sozinhos neste grande e imensurável deserto de idéias e coragem para enfrentar novos caminhos e concepções, rompendo as ditaduras de um sistema único e dos arremessos de três.
Amém.