UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA…

Houve um dia no ano de 1963, que em pleno maracanãzinho repleto de entusiasmados torcedores, conquistávamos o bi-campeonato mundial de basquetebol, numa final empolgante contra a equipe norte-americana. E na época, 25 mil eram os lugares nas arquibancadas e cadeiras daquele mítico ginásio, em vez dos atuais 15 mil lugares limitados pelo conforto dos assentos numerados.

Foi uma conquista memorável, mas que com o passar dos anos e das péssimas administrações encasteladas na CBB caíram no esquecimento. Mas nada poderá apagar a grande conquista, aquela que marcou o destino do grande ginásio que foi construído para o segundo campeonato mundial dez anos antes, em 1953.

Recentemente, o ginásio foi remodelado para os Jogos Pan-Americanos, para servir de palco ao voleibol e ao futsal no recém findo Mundial da modalidade, com a equipe brasileira se tornando campeã. Dois títulos mundiais afastados por 45 anos de existência, mas diferenciados na forma como serão lembrados.

O grande jogador Falcão inaugurará a calçada da fama perpetuando com seus pés o título conquistado de melhor jogador da competição, merecidamente aliás, mas que deveria ser antecedido pelas mãos de alguns dos grandes campeões mundiais de 1963, que tanto honraram as cores nacionais.

Trata-se de um ato de justiça e reconhecimento , que se não viabilizado, minimizará a conquista do futsal e de seu grande jogador, já que estabelecido à margem de uma amarga e indesculpável lacuna.

Que se faça justiça.

Amém.

O VISIONÁRIO HELENO…

Hoje, num encarte de primeira página no O Globo, festejam-se os 200 anos do Banco do Brasil, onde o patrocínio aos esportes ocupa um invejável espaço no pôster que reproduz a primeira página daquele órgão de imprensa. Paralelamente a esta pomposa e muito cara divulgação na mídia, o jornal Ação, editado pela Associação dos Funcionários do BB, publica uma matéria com o ex-técnico de basquetebol Heleno Fonseca Lima, cujos trechos iniciais reproduzo aqui no blog. A matéria é assinada pela jornalista Tatiane Lopes.

-É com voz baixa e jeito simples que o aposentado do Banco do Brasil, Heleno Fonseca Lima, relembra momentos significativos em sua carreira e na trajetória da Instituição. O principal deles não faz parte da memória do Banco nem é de conhecimento de grande parte dos funcionários: a criação e a formatação da primeira campanha de marketing esportivo do Banco do Brasil, entre os anos de 1985 e 1987. “Foi o então presidente do Banco, Camillo Calazans, que autorizou a elaboração de um modelo de campanha baseada na modernização da imagem e na promoção da marca e do nome do Banco, por meio do marketing esportivo”, conta o aposentado de 67 anos.

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PENSANDO UMA VERDADEIRA ESCOLA…

Se porventura vier a existir neste pais uma Escola de Treinadores, ela somente se constituirá numa verdadeira escola se puder contar em sua organização, elaboração curricular, constituição de corpo docente, conselho administrativo e auditor, efetivos palestrantes, colaboradores e especialistas nas diversas áreas que envolvem a manutenção e controle de uma academia desportiva, personalidades que realmente se constituiram ao longo dos anos, como os verdadeiros baluartes do grande jogo entre nós, tais como: Togo Renan Soares, o inesquecível Kanela,que bem poderia dar nome à nova escola; Renato Brito Cunha, Wlamir Marques, Amauri Pasos, Ary Ventura Vidal, Edson Bispo, José Medalha, Guilherme Borges, Edwar Simões, Maria Helena Cardoso, Lais, Heleninha, Angelo da Luz, Raimundo Nonato, Vendramini, Helio Rubens, Geraldo da Conceição, Pedro Rodrigues, Valdir Pagan, Marcel, Emanuel Bonfim, Waldyr Bocardo, Walter Carvalho, e outros mais, que me perdoem, não relacionei, mas merecedores de constar em tão emérita companhia.

Como já afirmei anteriormente, uma Escola de Treinadores é coisa muito séria para ser entregue a um grupo que se encastelou politicamente na CBB, e passou a ditar regras e principios técnico-táticos que só tem nos empobrecido nos últimos 20 anos, e que de forma alguma jamais liderou qualquer tentativa de constituição de um movimento associativo entre os técnicos, que se existente e atuante, naturalmente evoluiria no sentido da criação de uma verdadeira e coerente escola, onde a experiência, o estudo, a pesquisa e o trabalho meritório a embasaria e consubstanciaria no sentido do progresso e da qualificação do nosso basquetebol.

Tudo mais que for tentado ao largo dessa realidade se constituirá em fraude e empulhação, pois as bases de uma escola sempre serão fundamentadas nas experiências passadas, somadas às conquistas do presente e às projeções para o futuro, numa corrente de conhecimentos legados através dos muitos anos de lutas,  por todos aqueles que ensinaram gerações a jogar e difundir o basquete no país.

Amém.