DIA DA EDUCAÇÃO…

Ontem foi o Dia da Educação, algo ainda impensável em nosso injusto e desigual país. Forças ocultas e não tão ocultas assim omitem do cardápio de direitos da juventude brasileira o acesso à educação de qualidade, como deserdados de um direito inalienável ao cidadão do futuro, a grande reserva de trabalho alijada da saudável e estratégica luta pela sobrevivência digna e justa. Para os donos das capitanias hereditárias do país, povo educado é obstáculo às suas ambições de poder absoluto e inquestionável, e que, por razões de manutenção do status quo o mantém ignaro e manobrável. E na crista do processo, a figura do professor tem de ser mantida no fosso da subserviência, da coisificação profissional, da desqualificação técnica, como garantia de que o criminoso processo seja mantido e administrado.

Mesmo assim, esse imenso e rico país ainda teima em produzir poucas, bem sei, mas eficientes ilhas de excelência, numa precária, porém corajosa investida contra tão absurda política, nas quais vicejam pesquisas e trabalhos acadêmicos de valor inquestionável. E esses grandes professores são os responsáveis pela manutenção de esperanças em dias melhores, de governos melhores, de escolas melhores.

O desporto, pela sua importância social e formativa de caráteres , de cidadania e de nacionalidade, muito ainda tem de ser desenvolvido e implantado nas escolas, como um dos elementos básicos no todo educacional, tendo a liderá-lo professores e técnicos bem formados e bem remunerados, dois fatores indissociáveis para o sucesso de suas ações educativas.

Mas não basta formar e remunerar bem professores e técnicos, sem que os mesmos não atinjam alguns índices qualitativos, índices estes que me motivaram a publicar um artigo que reproduzo a seguir.

20 Janeiro 2006

CONDIÇÕES BÁSICAS

Fazendo uma boa faxina no escritório, encontro uma pasta com antigas transparências que utilizava em cursos de basquetebol pelo Brasil afora. Folheando-as, encontro uma em particular, que era a base de qualquer dos cursos que ministrei.Com dez itens,servia de roteiro para longas e proveitosas interações com os técnicos com quem dialogava. Reli-a, e nunca me senti tão inserido no presente como através suas já quase apagadas linhas, que faço questão de transcrever, emitindo alguns comentários entre as mesmas,que definiam um roteiro sobre as condições básicas para o exercício de uma arte,ser técnico de basquetebol.Eis as condições: CONHECIMENTOS SÓLIDOS E DOMÍNIO COMPROVADO NO ENSINO DOS FUNDAMENTOS. Trata-se de um conceito básico, pois põe por terra a falsa idéia de que existem aqueles que preparam jogadores, ensinando-os pelos caminhos sacrificados e demorados dos fundamentos, com aqueles que se dizem estrategistas,e somente orientam os jogadores através de táticas e sistemas de jogo pré-estabelecidos,dando pouca atenção aos fundamentos.São os que se dizem responsáveis pela utilização máxima dos talentos e conhecimentos que os mesmos pensam ter sobre o jogo.Mas a verdade é que somente aqueles que dominam a arte de ensinar correta e dinamicamente os fundamentos podem traçar comportamentos táticos e estratégicos pelo conhecimento que têm de seus jogadores,conhecimento este que se manifesta no dia a dia da aprendizagem individual,em seus detalhes,ínfimos detalhes,mas que se transformam na mais eficiente das armas,o conhecimento integral da proposta técnica,ao saber executá-la pelo domínio dos fundamentos. AMPLOS CONHECIMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS ATIVIDADES. Planejar é preciso, e quanto mais detalhadas forem as etapas a serem percorridas, maior será a integração técnico-jogador na busca de um objetivo comum,a melhora de todos nos fundamentos,sem distinção nas posições que ocupem,concorrendo dessa forma para a constituição do espírito de equipe que é a maior meta a ser atingida.Planejamento linear,enxuto,mas abundante em criatividade e esforço comum,é a chave para o estabelecimento de sistemas de jogo também enxutos e providos de opções e soluções perfeitamente ao alcance de todos que participarem de seu desenvolvimento prático. DOMÍNIO CONSCIENTE SOBRE TÁTICAS E PRINCÍPIOS ESTRATÉGICOS. Se treinadas por jogadores preparados para exeqüibilizá-las, nas mais variadas, difíceis e imprevistas situações,pois se tratam de enfrentamentos quase corpo a corpo com os adversários,a plena consciência das ações e atitudes a serem tomadas,só serão possíveis pelo total domínio das mesmas, conseguido pelo treinamento,também consciente,dos fundamentos. As estratégias são estabelecidas fundamentadas nesses conhecimentos, tanto do técnico, como dos jogadores.É a antítese das pranchetas,que vêm sendo usadas amiúde,na substituição absurda dos princípios acima enumerados. MENTE SENSÍVEL AO ESTUDO E A PESQUISA.Estudar sempre, principal e decisivamente o que já foi produzido até os dias atuais,fator que embasará o presente e projetará o futuro,em qualquer das manifestações do homem.É a base da pesquisa,qualquer pesquisa, seja de campo,de laboratório,experimental ou não.Conhecer a riqueza do homem, pelo que já produziu e criou é a chave do conhecimento na busca de soluções atuais e para o amanhã. Pesquisa desportiva,apesar de pouco difundida entre nós,é fundamental para o preparo de melhores técnicos. BONS CONHECIMENTOS DE PREPARAÇÃO FÍSICA. Mesmo sem ser um expert, o técnico com bons e sólidos conhecimentos nessa área poderá orientar os preparadores físicos para os objetivos que deseja alcançar,não permitindo,por exemplo,que jogadores sejam submetidos a preparações que fujam de determinados padrões,fator que poderá comprometer decisivamente os mesmos. ESTUDOS BEM FUNDAMENTADOS SOBRE ASPECTOS PSICOLÓGICOS, SOCIOLÓGICOS E ECONÔMICOS DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA.Cultura abrangente é um valioso fator para o técnico de basquetebol,pois o insere no âmago de questões que de uma forma,ou de outra,influenciarão decisivamente o seu trabalho social,técnico e professoral,em qualquer região do país em que se encontre ATITUDE ÉTICA E LISURA COMPORTAMENTAL.São dois princípios indivisíveis na postura de qualquer técnico desportivo.Sem os mesmos se torna inexeqüível a função de líder e de exemplo a ser seguido e respeitado SER HUMILDE E RECEPTIVO. Ouvir sempre e muito,falar pouco e agir com presteza e conhecimento pleno da ação a ser tomada.Reconhecer o erro e corrigi-lo sem receios. Goethe ensinava:”Não tenho medo de me desdizer, porque não me envergonho de raciocinar”. POSSUIR UM FORTE CONCEITO DE PATRIOTISMO.Precisamos aprender a administrar nossa pobreza e nossas carências. É uma atitude de salutar patriotismo reconhecer tais limitações, e tentar, das melhores formas possíveis reverter tais realidades em algo de que possamos nos orgulhar.A criatividade humana não tem limites quando sabemos o que queremos e nos preparamos com lucidez e bom senso para conquistá-las.Isso é patriotismo. TER VOCAÇÃO E TALENTO..

Mesmo perante tantas injustiças na formação de uma realidade educacional, na ausência de uma verdadeira e patriótica política cultural e esportiva, mesmo assim não devemos nos descuidar da formação técnica de bom nível, sabedoramente mal remunerada e propositalmente submetida ao sub-empreguismo, dedicando o escasso tempo na procura e no incentivo daqueles que corajosamente teimam em ingressar no magistério. Por isso, o último item do artigo independe de comentários e explicações, pois seus dois componentes fecham a questão.

Amém.

DECISÃO EM CORRIENTES…

A equipe está classificada para a final em Corrientes, num jogo que apresentou ao seu final uma preocupante diferença de 7 pontos, quando havia chegado aos 22 pontos com relativa tranqüilidade. Devemos lembrar que muito além da importância anotadora dos irmãos Machado, a dominância dos rebotes ofensivos determinou a vitoria rubro-negra, ofertando a seus efetivos atacantes um sem número de segundas e até terceiras oportunidades em um mesmo ataque, quando em falhas de arremessos, e que não foram poucas. Some-se a este aspecto, a ausência, por contusão, de seu segundo armador, Fred, que quando atua em dupla com o Hélio transforma a equipe do Flamengo num real e poderoso competidor, dada a capacidade criadora da dupla, tanto ofensiva, como defensivamente, aumentando em muito as possibilidades de arremessos equilibrados de três pontos por parte dos irmãos, e também fazendo crescer a produtividade dos móveis pivôs, onde até o aparentemente lento Coloneze se vê bem acionado pela velocidade imprimida na armação das jogadas. Somente armadores ambidestros no domínio dos dribles são capazes de tal mobilidade, responsável pelo acionamento continuo dos demais jogadores.

O outro fator determinante foi a agressividade defensiva na linha da bola, propiciando inúmeras interceptações, principalmente por parte do Duda, quebrando a armação argentina, onde seu melhor jogador, Montechia, ao cometer 2 faltas pessoais e 1 técnica antes dos 5 minutos de partida, comprometeu decisivamente o ataque de sua equipe, facilitando a ação defensiva da equipe carioca.

Com a equipe muito desfalcada pelas faltas pessoais e bastante cansada, os argentinos, graças à sua maneira acadêmica e compassada forma de atuar, conseguiu diminuir bastante a diferença no placar, demonstrando um alto grau de treinamento e disciplina tática, onde seus dois americanos demonstravam uma assimilação técnico-tática não muito comum, em se tratando de jogadores advindos de um basquete diametralmente oposto na forma de atuar. Isso demonstra a força de organização e parâmetros técnicos que distingue o basquete argentino como um dos líderes mundiais na modalidade.

Preocupa-nos o fato da equipe do Flamengo não ser capaz de manter um ritmo cadenciado por todo o tempo de jogo, oscilando muito, principalmente quando atua com um único armador, pois suas três opções de alas-armadores, Marcelo, Duda e Fernando, por suas próprias características pontuadoras quebram contumasmente toda e qualquer tentativa de ataque armado e paciente. Daí a importância vital dos dois armadores no jogo em terras argentinas, onde a pressão será enorme, e a qualidade a ser destacada será a do paciente e perseverante controle no ritmo de jogo, da defesa corajosa e permanentemente atenta, e da manutenção do até agora grande trunfo da equipe, o poderoso e decisivo domínio dos rebotes, principalmente os ofensivos, sem os quais os bons pontuadores rubro-negros não teriam o grande numero de possíveis tentativas em seus arremessos de longa distância.

Finalmente, quando no primeiro ataque da equipe do Flamengo já se pronunciava uma carga negativa de agressividade por parte do Marcelo, num entrevero com os argentinos, podemos aquilatar o cenário que será descortinado no jogo em Corrientes, onde o aspecto “decisão” pontuará todo o transcorrer nervoso e agressivo na quadra de jogo, e onde aquele grupo que for capaz de manter a qualquer custo o controle mental e técnico, sem dúvida terá percorrido mais da metade do caminho ao encontro da vitoria final.

A equipe do Flamengo tem condições reais de vitoria, na medida em que se comprometer com o filão condutor para alcançá-la, a frieza determinante dos grandes campeões, aquela que não oblitera o raciocínio, e que canaliza as emoções para depois da luta, da vitoria. Que sejam lúcidos e felizes.

Amém.

SUSPENSO NO AR…

Nos anos setenta, como técnico da primeira divisão do Olaria, fomos jogar contra a equipe do Botafogo no Maracanãnzinho pelo Campeonato Carioca. Durante o aquecimento, o Washington, nosso melhor arremessador de longa distância, que na época não contavam três pontos, se dirigiu a mim e confidenciou: “Paulo, é como arremessar em um aro suspenso no nada”. Seu arremesso preferido era das laterais da quadra, onde os referenciais em torno do aro são importantes, senão decisivos, para um perfeito enquadramento e dosagem de força e trajetória, principalmente quando executados numa fração de segundos. Fui lá aferir e constatei serem corretas as observações do jogador, ficando em minha retina a imagem daquele solitário aro flutuando no nada. Esse aspecto pode explicar as melhores performances dos grandes arremessadores quando frontais a cesta, pois a tabela , mesmo sendo transparente, conota um razoável referencial inserido dentro daquela vastidão, onde as bancadas se situam a no mínimo 30 metros de distância.

Outro fator determinante para arremessos naquela situação de quadra é a trajetória elevada, necessária às pequenas compensações direcionais em profundidade relativas ao aro, mais accessíveis, tendo a tabela como referencial, além de facilitar muito os rebotes ofensivos em arremessos falhos, pela alta projeção dos mesmos após o toque no aro, dando tempo para melhores posicionamentos.

Essas colocações explicam com boa margem de acerto a excelente performance do jogador Marcelo do Flamengo, cujas características de arremessos com elevada trajetória, e tentados majoritariamente de frente para a cesta, contrastaram com as seguidas falhas do jogador Martinez da equipe argentina, com seus arremessos rasantes e oblíquos à tabela, única referencia tangencial à quadra.

Mas não somente isto, outro fator importante na vitoria rubro-negra foi a determinação defensiva, principalmente fora do perímetro, obstando penetrações dos armadores e arremessos livres de três pontos, como também o cadenciamento dos ataques visando o jogo interior, onde seus pivôs se movimentavam com bastante presteza, originando espaços por onde as penetrações de fora para dentro do perímetro se tornaram constantes, além de propiciarem espaços preciosos para os arremessos equilibrados de três pontos, principalmente os do Marcelo.

Contrastando com algumas opiniões que defendiam a realização destes jogos decisivos no ginásio do Tijuca, onde a presença próxima da torcida exerceria uma pressão psicológica maior no adversário, creio ter sido a escolha do Maracanãnzinho muito mais determinante tecnicamente, mesmo sabedor de que a finalidade da escolha teve como motivação prioritária a maior presença de público, sem levar em consideração se o aro ficava, ou não, “suspenso no nada”.

No jogo de logo mais, decisivo para o Flamengo, a contusão na mão do armador Fred, mais do que nunca destacará a responsabilidade do Helio, que deve ser protegido ao máximo das faltas pessoais, pois como único armador remanescente, armador de verdade, colocará a equipe brasileira perante o real perigo de se ver pressionada se ao Marcelo e/ou ao Duda couber o papel de armador(es)da equipe, talvez a única chance dos argentinos de equilibrarem o jogo ante a realidade inquestionável da debilidade técnica daqueles dois jogadores nos fundamentos de drible e de fintas , a não ser que os argentinos, ainda desambientados com as particularidades exigidas para os arremessos em alvos dissociados de referencias a que não estão acostumados, errem, como erraram bastante no jogo de ontem, propiciando aos pivôs brasileiros o domínio dos rebotes defensivos, desencadeadores dos contra-ataques decisivos, nos quais os dois irmãos são eméritos complementadores.

No mais, devemos torcer para que a equipe do Flamengo consiga essas tão bem vindas vitórias, que sem dúvida nenhuma injetariam uma grande dose de otimismo e esperança ao nosso combalido e desprestigiado basquetebol.

Amém.

CRITÉRIOS…

Fala-se muito em que condições o voleibol brasileiro atingiu os altos parâmetros de qualidade que o tornaram líder no mundo, das categorias de base até as seleções principais, num processo evolutivo ímpar na modalidade. Bons dirigentes e excelentes técnicos? Planejamento de alto nível e estratégias adequadas à nossa realidade? Inovações técnicas e bem planificadas campanhas publicitárias? Efetivo aproveitamento de mídia na cola das conquistas de alto nível em competições internacionais, ante a aridez de resultados nas demais modalidades, com uma ou outra exceção de praxe? Boas e efetivas administrações federativas, alinhadas ao projeto confederativo? Ou simplesmente a implantação de critérios de qualidade em todas as valências interrogativas acima descritas?

Creio não, tenho a certeza de que a correta e objetiva adoção de critérios de qualidade foi o motor impulsionador do grande sucesso do vôlei em nosso país, tão carente de bom senso administrativo e objetivos que primam pela excelência e pelo planejamento altamente técnico e responsável. E esses critérios estabeleceram um modus atuanti em todos os escalões, administrativos, gerenciais, publicitários e, principalmente técnicos. Enxutos, claros, coerentes, e por tudo isso, entendíveis e irrecorríveis.

“Os critérios adotados para a convocação eram estar bem fisicamente, ser titular no seu clube e estar junto à seleção quando convocadas.”

Com esse correto e coerente critério, o técnico da seleção feminina que disputará as próximas Olimpíadas, deu como encerradas as divagações em torno da convocação de uma jogadora afastada das competições, e sua disposição de retornar à equipe, ao largo das disposições contidas no critério adotado pela CBV.

“Lamento, mas não seria justo com as jogadoras que participaram de toda a preparaçãol(…)”. definiu o técnico.

Imediatamente, ante tais e tão importantes fatos, a imagem inversa do que vem ocorrendo, desde longa data, se faz presente na realidade do nosso basquetebol. Imagino o quanto de erros teriam sido evitados se tais critérios tivessem sido aplicados em convocações recém passadas , onde jogadores inabilitados em seus três componentes tomaram lugar de outros perfeitamente sintonizados com os mesmos? Um, dois, três, ou a maioria, para os quais o simples fato de atuarem no exterior já os qualificavam para a seleção? Quantas injustiças, aspecto enfatizado pelo técnico da seleção de vôlei, poderiam ter sido evitadas, injetando otimismo na busca de melhorias técnicas entre os que aqui atuavam?

Perguntas, perguntas, e quantas mais poderiam ser feitas, cujas respostas só poderiam, ou mesmo, poderão ser respondidas se fundamentadas em critérios de qualidade, estabelecidos à priori, como La Régle de Jeux , base de todo grupamento organizado em torno de um ideal, de uma meta a ser arduamente alcançada.

Agora mesmo, na presença real de um Pré-Olímpico que definirá nossa participação, perdemo-nos em discussões de quem deveriam ser convocados, quando já estamos cansados de saber quem eles são, donos do pedaço, proprietários de suas capitanias hereditárias, todos discursando opiniões e deliberações, a maioria deles com pouquíssima participação em suas equipes estrangeiras, conseqüentemente com sérias limitações físicas e de ritmo de jogo, e pendentes de liberação para os treinamentos junto à seleção. Exatamente os critérios restritivos que conotaram e conotam qualidade às seleções de vôlei quando das convocações e organização de suas equipes vencedoras.

Duas concepções díspares, dois destinos diferentes, nos quais podemos identificar a variável que os tornam básica e radicalmente opostos, a existência de critérios, onde comando e comandados obedecem a uma hierarquia que jamais poderá ser rompida, sustentáculo que é para a formação de equipes, verdadeiras e fortes equipes, e não remendo de vaidades e personalidades equivocadas.

Amém.

PROTEGIDA SUBSERVIÊNCIA…

Ginásio cheio numa manhã de sábado, final da liga feminina de voleibol, ambiente festivo e colorido, famílias inteiras presentes, 11 mil não pagantes, já que subvencionados por uma confederação rica, poderosa e determinante na política desportiva do país, fruto de seus resultados marcantes nas competições internacionais, Olimpíadas em particular, resultados merecidos, que fique bem claro.

No agora rebatizado templo do voleibol brasileiro, que desde a sua construção para sediar o Campeonato Mundial de Basquetebol de 1953, e onde dez anos depois nos sagramos bi-campeões mundiais, e que sempre foi a casa dos grandes espetáculos do nosso basquetebol, hoje impera absoluto o voleibol, destinando hipoteticamente a arena multiuso da Barra da Tijuca, construída para os Jogos Pan-Americanos, como a substituta do outrora templo do basquetebol brasileiro. Mas, o que vemos acontecer através a frieza empresarial dos mandantes esportivos do país, é a transformação da grande arena em palco de shows, igrejas e sabe lá mais o que, terceirizada a um grupo francês a preço de banana, e renegada em sua gestão pelo COB, que assumiu as duas outras grandes obras vizinhas, o parque aquático e o velódromo, que são atividades esportivas não competitivas com o grande voleibol, cujos dirigentes, muitos egressos de suas fileiras, comandam e influenciam politicamente o desporto nacional.

Houve uma época, não tão distante assim, onde o basquete, o vôlei e o futsal disputavam arduamente os espaços nas quadras brasileiras, não só nos clubes, nas escolas, nas faculdades, nos próprios municipais e estaduais, numa luta de disponibilidades e horários, que aos poucos se transformou em verdadeira luta pela sobrevivência, principalmente pelo crescimento desproporcional do futsal ávido pela posse do terreno, que até aquele momento era dividido pelo basquete e o vôlei, duas modalidades de ensino altamente complexo, ao contrário do futsal com seu apelo popular e de fácil aprendizado. As quadras tinham as mesmas medidas, e pisos, que se não de estrutura ideal, mas que atendiam as necessidades daquelas atividades. Pouco a pouco o futsal foi se impondo, levando ao declínio a pratica do basquete, que ao contrario do vôlei não tinha as praias e as ruas de recreio como alternativa de pratica. Incontáveis espaços foram se rendendo ao futsal, fossem públicos ou particulares, levando, principalmente o basquete à derrocada e a participação cada vez menor dos jovens. Se vigorassem naquela época as medidas hoje consideradas oficiais para uma quadra de futsal, parecidas com a do Handebol, muito dos prejuízos sofridos pelo basquete teriam sido evitados, já que atuariam em espaços diferenciados. Por outro lado, as medidas bem menores de uma quadra de vôlei, permitiu que colégios, clubes e pequenas associações de bairro mantivessem o interesse do mesmo junto aos jovens, inclusive pelo equipamento e o espaço accessíveis à sua pratica.

E o vôlei se estruturou, se aperfeiçoou e estabeleceu padrões de excelência através dirigentes e técnicos comprometidos com o sucesso e o denotado trabalho, construindo uma estrutura em tudo particular, com pisos específicos para as grandes competições, e um centro preparatório dos mais avançados do mundo, enquanto o basquete, patinando em sua estrutura desgastada ante a avalanche do futsal, não soube, e não teve a audácia do vôlei, no sentido de inovações e busca da qualidade. Ao contrário, centrou sua atividade política no paternalismo e no centrismo de um grupo voltado aos seus interesses particulares, através o continuísmo administrativo calcado na troca de favores e benesses.

Pobre basquete, destituído do seu templo ( só falta a troca do nome de Gilberto Cardoso …), despejado da grande arena da Barra, onde o grego melhor que um presente na final do basquete feminino do Pan sequer foi convidado para a entrega das medalhas pelo COB, comandado por voleibolistas, que em hipótese alguma desejam o soerguimento do basquete, antigo concorrente a segundo esporte no gosto do brasileiro. E como numa prova de supremacia, submete o helênico dirigente à entrega do troféu de terceiro lugar na liga de vôlei, no seu antigo terreiro, a uma equipe paulista que também participa dos campeonatos de basquete. Todo sorridente, faz a entrega protocolar, sem sequer aquilatar o desprestígio de que se faz vítima, para gáudio daqueles que o suplantaram na lábia e na certeza da inamovível posição conquistada, que se manterá incólume e livre de uma nada desejável concorrência, enquanto o mesmo se mantiver no comando da CBB.

Infelizmente, a realidade política tem um peso descomunal na promoção desportiva no país, e o voleibol a tem sob controle, a ponto de abrir mão de 11 mil ingressos em uma final de impacto nacional, televisionada em canais privados e abertos, numa prova inconteste de poder e absoluta certeza da inquebrantável posição conquistada. E na sombra rasteira de todo esse poder gravita uma administração subjugada e mantida a salvo de suas nem sempre saudáveis ações políticas e administrativas, pelo poder que não o deseja sequer próximo do nível alcançado a muito custo. Raposas felpudas se entendem, e sabem muito bem manter a hierarquia da matilha, principio básico na sobrevivência do grupo.

Amém.

INDESEJADO DESFECHO…

Tudo se encaminhava para um bom desfecho, já que a equipe do Flamengo, acertando em cheio sua escalação inicial com dois autênticos armadores e três homens altos dispostos a brigarem pelos rebotes nas duas tabelas, jogando no aproveitamento dos 24 segundos de posse de bola, fazendo com que a equipe argentina se desdobrasse além do previsto para concluir seus ataques, e mais, encontrando pela frente uma dupla de armadores dinâmica no ataque e aplicada na defesa, se viram tolhidos no que têm de melhor, a movimentação ininterrupta e conjunta de homens e bola, que os habilita a arremessos livres e precisos. E por conta dessa disposição inicial, a equipe brasileira comandou as ações e o placar no primeiro tempo de jogo, no qual se utilizou de seis jogadores afinados e dispostos a levarem a vitória.

Terceiro quarto se inicia, e o que vemos? Duas substituições absolutamente desnecessárias, que nem a já difundida e inexplicável obrigatoriedade de rotações, implantada muito mais pela necessidade de fazer jogar determinados e valorizados jogadores, do que por necessidade técnica, quebra a homogeneidade da equipe apresentada no primeiro tempo, numa sucessão de arremessos de três pontos fora do aro, de penetrações solitárias e desequilibradas de um pivô cercado e sem apoio dos companheiros, de jogadas lateralizadas e inócuas por falta de coordenação coletiva, tudo isso culminando em sucessivos contra-ataques argentinos que rapidamente desfizeram a vantagem do primeiro tempo, e ainda impuseram 12 pontos à frente, antes do término do quarto.

Com a volta do armador e do pivô esquecidos no banco no terceiro quarto, a equipe conseguiu reencontrar um pouco do bom entrosamento dos dois quartos iniciais, mas já era tarde demais, e a derrota se fez presente inexorável. Nada adiantou o esforço abnegado e corajoso do Fred e do Helio na armação, assim como a luta desigual do Alirio, Amiel e Coloneze com os fortes americanos da equipe argentina, ao deixarem escapar uma vitoria possível, que manteria a equipe rubro-negra com boas chances de êxito na competição.

Infelizmente, certos conceitos técnicos, suficientes para os padrões de nossos campeonatos internos, não alcançam nem de longe os padrões internacionais, onde o sucesso de suas equipes sempre passa pelo aproveitamento integral de seus jogadores mais habilidosos e competentes na articulação dos sistemas de jogo, mesmo que não sejam aqueles apontados como as estrelas da companhia, geralmente pela mídia jornalística menos informada.

Urge uma reformulação de certos conceitos de qualidade, onde fundamentos bem executados e arremessos frutos de uma ação conjunta e coordenada, não cedam lugar a exibições de cunho personalista voltado ao culto de pseudo craques da bola laranja.

Torçamos para que a equipe do Flamengo reencontre na próxima terça-feira no Rio, a produção técnica apresentada no primeiro tempo do jogo de hoje, única forma viável e inteligente de enfrentar um basquetebol argentino organizado e coerente em sua forma de jogar, quando prioriza a prática e a qualidade dos fundamentos como pré-requisito aos sistemas técnico-táticos que usarão em suas equipes, fator primordial de seu sucesso , em todos os níveis, e faixas etárias.

Amém.

OS PSEUDOS…

Confusão formada, jogador mais influente da equipe excluído e automaticamente suspenso para a segunda partida, equipe nervosa e agressiva junto a arbitragem, técnicos brasileiros pseudamente revoltados, dirigentes também brasileiros dando carteiradas e fotografando as cenas absurdas, jogador paraguaio-argentino com um sorriso insuspeito insuflando a torcida, numa comunhão de valores historicamente inverossímil, e no fundo, em off, a torcida aos brados , compassados – Argentina, Argentina, Argentina… E todos nós, na distância televisiva, achatados nas poltronas sem ação ante tanta estupidez, despreparo e falta de vergonha na cara, desculpe, com uma tocante exceção, a figura imponente de um jogador que foi até lá para simplesmente jogar basquetebol, Alírio.

A equipe do Flamengo inicia o jogo com um armador e dois pseudo armadores responsáveis pelas ações ofensivas e coordenação defensiva, mas com um indisfarçável detalhe, já que dois deles ( os pseudos…)sob a mínima pressão defensiva se perdem em lateralidades, pois não são dribladores ambidestros, e fracos nas fintas de 1 x 1, e mais, absolutamente não tem atitude defensiva, permitindo que nos cruzamentos entre os dois armadores argentinos fora do perímetro a recuperação se faça por trás do companheiro, e não entre ele e o atacante, atitude técnica que, além de evitar a troca, mantém o mesmo sob vigilância a curta distância, evitando os arremessos de três. Mas estes são detalhes ínfimos para os que se consideram o máximo.

E foi exatamente no momento em que a equipe brasileira, tendo em quadra os seus dois armadores verdadeiros, exercia uma reação no placar, quando acertou a sua defesa e atacava com mais opções, é que os luminares rubro-negros iniciaram o projeto – Cuidado, vocês vão ter que jogar no Maracanãnzinho! Ouviram bem? Na nossa casa, onde o buraco é mais embaixo!! –

Acontece, que antes de desencadearem o projeto coercitivo, esqueceram que duas partidas teriam de ser jogadas no cercado do vizinho, onde o buraco não fica embaixo, e sim a 3.05 metros de altura, e no qual eles acertam com precisão cirúrgica de quem entende do riscado, e de projetos…

Hoje jogarão a segunda partida, na qual, pela ausência de um dos pseudo armadores, se verão obrigados a jogar, mais do que nunca, em rígido conjunto, onde as ações de armação de jogadas e precisão defensiva se farão de extrema necessidade, se transformando em um campo fértil de criatividade e técnica apurada nos fundamentos, principalmente os de drible, fintas e passes no ataque, e agressividade na defesa, aspectos intrínsecos a armadores de formação.

Se uma vitória não for alcançada no périplo pelas terras argentinas, mesmo que, por força coercitiva, ou não, da torcida rubro-negra que deverá lotar o Maracanãnzinho, duas vitórias serão insuficientes, pois a decisão será levada de volta para o sul, onde, como já se viu, os buracos ficam em cima, ao alcance dos melhores jogadores, da melhor equipe.

Estrategicamente falando o Flamengo foi uma lástima na Argentina, apesar de técnico-taticamente ter alguma condição de enfrentamento, claro, se privilegiasse os jogadores mais adequados às situações reais de jogo, e não às falsas premissas que teimosamente muitos ainda defendem, como a notória ascendência fundamentada em nomes, codinomes e pseudas qualidades, garantidoras de espaços e capitanias hereditárias, vícios exemplificados de cima para baixo, desde seleções e comissões técnicas, passando ao largo do comando central e inamovível, foco de todo um processo de declínio e total ausência de legitimidade. Uma pena.

Amém.

UM LEMBRETE ÀS VIUVAS…

Semana animada essa no ambiente basquetebolístico, com o grande Oscar provocando os iniciados e os calejados com afirmações tipo – “Os nossos jogadores são coadjuvantes na NBA (…). (…) Eles não decidem o fim do jogo, e a seleção brasileira só vai ser boa quando tiver jogador que decide”. Certo ou errado, tocou nos brios da turma que vê na NBA todo um projeto de vida, todo um sonho a ser vivenciado e tornado real através jogadores patrícios, representantes dos anseios quiméricos da referida turma. Os dólares, a projeção estelar, o showbiz, são apelos fortes demais para não serem desejados, mesmo que por delegação de um sonho. E logo ele, do alto de sua decisão de negar participação na grande liga, em função prioritária de vestir a camiseta 14 da seleção brasileira, o grande Oscar, autor do supremo crime de negar a materialização do grande sonho dos que hoje renegam sua escolha patriótica, vem a público externar uma opinião na contramão de seus detratores? Apesar dos pesares , de opiniões passionais, de rompantes desequilibrados, de impaciência política, de decisões intempestivas, esse grande jogador traçou seu destino com precisão milimétrica, viveu uma realidade, e não um sonho delegado por quem não mereceria materializá-lo, a classe deslumbrada que nega sua origem terceiro-mundista, e que não perdoa quem discorde de suas quimeras, envoltas na idioma do LeBron e do Odon, só para lembrar dos gatões.

E como se tornou lei para essa turma, de que o basquete somente toma forma definitiva de uma arte, se praticada pelos deuses do norte, um contra ponto estalou no âmago das consciências esclarecidas daquela região mágica, numa matéria publicada pelo portal UOL nessa terça-feira, sob o titulo – Técnicos querem nova postura na seleção de basquete dos EUA.

-O “fracasso” em competições recentes, como o bronze no Jogos de Atenas-2004, provocou uma série de reflexões sobre a seleção norte-americana de basquete. Para o técnico Mike Krzyzewski, uma mudança de comportamento será fundamental para que a equipe recupere o prestígio e o sucesso nas Olimpíadas de Pequim-, foi o primeiro parágrafo da matéria. “Eu acho que nos últimos anos, nós fomos arrogantes sobre o jogo, sobre aquilo que chamávamos de nosso jogo”,opinou o treinador. “Não é o nosso jogo, é o jogo mundial, e nós temos que jogar um jogo diferente quando estamos em partidas internacionais”.

É o relato de um dos mais prestigiados técnicos universitários, e atual técnico da seleção, e que encontra apoio em um de seus assistentes, Jerry Colangelo, do Phoenix Suns, que entende que a distância entre o “dream team” e outras seleções acabou quando a NBA abriu as portas para a entrada, em massa, de atletas de outros países.

“Eu costumo dizer que o basquete é o mais coletivo dos esportes. Quanto mais você joga com os outros, mais você melhora. Ficou provado nas Olimpíadas de 2004 que um bom time pode bater um time de estrelas”.

Como podemos atestar pelos relatos acima, nossos irmãos do norte estão em plena vigência de um plano de modificações profundas, em busca de um encurtamento que os separam do basquete jogado pelo resto do mundo, aquele que a média dos americanos faz questão de desconhecer, mas que no último campeonato universitário deu as primeiras e decisivas mostras de que tudo farão para que as próximas gerações retomem seu lugar no concerto das nações. E o Colangelo arrematou : “Nós pedimos a eles (os jogadores) que se comprometam a jogar pelo seu país, não apenas a jogar”, revelou. “Nos dois últimos anos, nós vimos nosso projeto se desenvolver a tal ponto que, não importa se é o LeBron James, o Kobe Bryant, o Jason Kidd ou qualquer outro jogador no time, todos eles se sentem parte de uma equipe”.

O Oscar tomou essa decisão duas décadas atrás, perdendo a oportunidade, apesar de convidado, de jogar na NBA. Hoje, as grandes estrelas americanas, com sua participação garantida na grande liga, iniciam um comprometimento junto a seleção de seu país, sem antes se submeterem a um novo tipo de atitude técnico-tática, que em breve se esprairá por todo o basquete jogado em seu país, na tentativa de rivalizar com o restante do mundo, tendência esta já adotada no último campeonato da NCAA, que em breve se verá forçada a admitir as regras internacionais, último óbice às suas pretensões de soerguimento internacional.

Enquanto isso, aqui na tropicália, as viúvas do basquete pasteurizado da NBA, reinvidicam uma pseuda supremacia técnico-tatica do mesmo perante e para nossa realidade, com o fervor dos colonizados culturais, escravos das enterradas tribais nem sempre politicamente corretas. A grande ironia, é que a contra ofensiva a essa tendência que os levaram a derrotas contundentes, parte deles mesmos, num mea culpa pranteado e constrangedor, diria até humilde.

Seria muito bom que nossos jogadores assumissem a seleção quando convocados, para, a exemplo dos americanos, serem solicitados a jogarem pelo país, e não somente jogar, e não transformarem a seleção em vitrine de projeção e oportunidade de grandes contratos. Esses são os pontos que lastreiam o posicionamento do Oscar, quando confrontado pela realidade de nossa seleção, e que os mais ferrenhos de seus opositores ousam negar, muito mais agora com o depoimento dos técnicos da seleção americana.

Certo, errado, controvertido, emocional, passional, não importa sua condição de ex-jogador, e sim, que no assunto seleção brasileira ele está com carradas de razão quando localiza a ausência de liderança dentro e fora da quadra, como o grande problema a ser enfrentado, principalmente por aqueles que teimam em utilizar a seleção como vitrine para seus inflados egos, jogadores e não jogadores.

Amém.

SISTEMAS – ESTRATÉGIAS…

Retomamos a série Sistemas, que tanto interesse despertou entre os técnicos, com debates intensos e altamente produtivos. O tema proposto é o da estratégia, assim definida no Dicionário Aurélio :

Estratégia sf.(…) 2. Arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos.

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VERDADEIROS OU PSEUDO ARMADORES?

E a equipe do Flamengo conseguiu ir a final do Sul-Americano, brilhantemente aliás, vencendo a excelente equipe do Boca Juniors de forma convincente, apesar da enorme dúvida que se estabeleceu, ao retroceder taticamente perante sua ação demolidora de véspera, quando venceu o mesmo adversário por quase 30 pontos de diferença. Isto porque, utilizando-se de dois armadores puros, como o Fred e o Hélio, levou de roldão a forte defesa do Boca, sedimentada pela boa técnica nos dribles e nas fintas dos dois, que inclusive, deram uma enorme contribuição, por conta de sua velocidade e visão periférica, ao ampliar e exeqüibilizar um sistema defensivo eficiente e fora do corriqueiro padrão empregado pelas demais equipes brasileiras, ou seja, a defesa linha da bola, que se empregada em toda a sua potencialidade, principalmente na marcação permanente dos pivôs adversários pela frente, teria atingido sua eficiência máxima. Mas, para uma primeira etapa na utilização da mesma, saíram-se bem os jogadores rubro-negros, que pelo seu esforço e dedicação mereceriam ser instruídos, treinados e incentivados à defesa dos pivôs da forma correta, pela frente.

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