THE RIGHT WAY, UFA!!!

Parabéns pela efetiva e bem vinda mudança.

ALELUIA!!! Parece que começamos a aprender, e por conta disso, parabéns ao Petrovic, que na sua volta conseguiu estancar a hemorragia artilheira da turma tupiniquim, fazendo-a atuar com o cérebro, e não com a testosterona, o suficiente para vencer uma importante partida nessa competição de tiro curtíssimo…

Um inspirado Huertas atuando em dupla armação e exercendo efetivos DPJ’s brilhou.

Uma para lá de competente dupla armação, com seus dois integrantes atuando em proximidade, e não correndo maratonas por trás de uma dura defesa montenegrina, abasteceu a não mais poder a trinca de alas pivôs sempre em deslocamentos, e o mais importante, concluindo de média e curta distâncias, com eficiência e inteligência…

Os longos arremessos foram pontuais, alguns dos quais poderiam ter sido evitados, em função da alta qualificação dos próximos a cesta, acrescidos de seguidos DPJ’s por parte dos armadores, principalmente o Huertas, extremamente feliz em seu estratégico posicionamento, que quando em dupla com o Raul elevou o nível do jogo a um excelente patamar. Benite e Yago não conseguiram acompanhar a qualidade coletivista daqueles dois, pois ambos têm características finalizadoras, um pelas bolas de três, o outro nas penetrações, sobrando o bom Georginho, que com uma presença em quadra de somente 6:37 min, pouco ou nada pode apresentar de efetivo…

Duro embate entre a ofensiva brasileira e a defesa montenegrina…

Com a saída do Raul por contusão, tornou-se necessária uma grande rotação entre os armadores, na qual o Huertas canalizou para si a maioria das ações ofensivas, sendo apoiado razoavelmente pelos outros armadores, num momento da partida em que a preferência pelo jogo interior foi determinante para o sucesso da equipe, liderada pelas ações decisivas do Caboclo, Meindl, Gui e Lucas, que se fartaram de concluir arremessos curtos, médios, e até alguns longos, dada a compressão defensiva dos montenegrinos dentro de seu garrafão, no afã de conter os alas pivôs brasileiros… 

Dura defesa brasileira, como deve ser, sempre…

Neste ponto da análise, lamentamos as ausências do Jaú e do Deodato, ambos muito bons e ativos nas tabelas, no jogo interior, e até nos longos arremessos, no caso do Deodato. Está na hora da seleção deixar de ser vitrine para determinados jogadores, que apesar de bons não o são suficientemente para uma seleção nacional, onde os doze integrantes têm de estar em patamares próximos, e não distanciados dos mesmos…

Claro, uma última análise terá de ser feita, talvez devesse ter sido a primeira, o sistema de defesa, que foi bastante eficiente nesse jogo, principalmente no perímetro interno, onde os gigantes europeus sofreram fortíssimo combate e permanente anteposição aos seus incisivos movimentos  por parte dos homens altos da seleção, fator que propiciou alguns efetivos arremessos de fora, que os mantiveram no comando do placar até o terceiro quarto, quando os brazucas o assumiram até o seu feliz final…

No Quadro a seguir temos uma boa imagem gráfica do jogo:

               Brasil    81          x            72    Montenegro

               (52%) 26/50        2              21/49 (43%)

               (40%)   6/15        3                7/23 (30%)

               (65%)  11/17       LL              9/9   (100%)

                             37         R            40

                             10         E            10

Por fim, devemos atentar para um inédito e bem vindo fator, a adoção coerente e responsável de um novo pensar o jogo, por parte da direção técnica da equipe brasileira, fazendo-a atuar convincente e preferencialmente dentro do perímetro interno, no âmago da defesa adversária, dando preferência aos mais eficientes e precisos curtos arremessos, aos médios arremessos, tornando os longos em armas pontuais pelas mãos dos verdadeiro especialistas, como o Lucas e o Meindl, e não como uma festança irresponsável aberta a todos. Se em algumas situações fomos ultrapassados com facilidade por nossos adversários em progressão de dribles e fintas, deveu-se ao fato inconteste de nossa fragilidade neste básico e importante fundamento, negligenciado desde a formação de base, porém hoje razoavelmente compensado pela entrega e dedicação daqueles poucos que o exercem com mais competência, principalmente no perímetro interno, terreno pedregoso onde as partidas são verdadeiramente ganhas, e não soltando pombos voadores não contestados e arrivistas…

Defesa bem postada, contestando, marcando na linha da bola, fator altamente positivo.

Mais adiante toparemos com a Letônia, para aí sim, nos confrontarmos com a verdade verdadeira do grande jogo, aquele bem jogado, bem pensado, e melhor ainda, levado à exaustão, pela dedicação e entrega total, atacando e defendendo, preferencial e decisivamente ao encontro de uma possível classificação olímpica, de 2 em 2, de 1 em 1 pontos, como hoje o fizeram, provando que podem ser capazes de atuar diferenciadamente da mesmice endêmica que vem caracterizando essa geração, merecedora de sistemas eficientes de jogo, criativo, ousado, proprietário.

Jogo interior, forte, inteligente, deve ser desenvolvido ao máximo…

Creio que o deuzinho cansado e enfastiado de ontem, tenha se empolgado um pouquinho, e quem sabe, torne a nos ajudar, quem sabe…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.  



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