PATÉTICA TEIMOSIA

De um lado um técnico profundamente observador e explorando ao máximo as potencialidades de seus jogadores,acessorado por um assistente contido e maduro,que mesmo do alto de seu prestigio soube se manter nos limites de sua função.Do outro,quatro técnicos “afinados e uníssonos”, escondendo uma verdade que salta aos olhos de quem conhece algo sobre o jogo,suas profundas divergências técnico-táticas,demonstradas pela insistência de se manifestarem e influenciarem aquele que deveria ser o técnico de verdade,e que por força de uma infeliz afirmação sua de que a melhor posição em uma comissão técnica era a de assistente,pois quem quebrava a cara era o técnico,criou a comissão onde todos são técnicos,com os mesmos direitos e influências,como que se penitenciando da infeliz e antiética declaração,e que só provocou o maior dos erros em liderança esportiva,a divisão de comando.Uma divisão que obstrue o raciocínio calcado e fundamentado em convicções pessoais,assumidamente pessoais,as quais terão de ser avalisadas pelo(s)assistente(s),pois comando não pode nem deve ser dividido ou fracionado.Falou e afirmou o que não devia,tentou um remendo político e quebrou todos os principios de hierarquia,que é a base de qualquer organização minimamente constituida.O resultado
ai está,não pela derrota em si,mas pela mais absoluta falta de coerência tática e estratégica.No momento em que duas equipes que se utilizam de sistemas semelhantes ,
com a armação entregue a um unico jogador,e uma delas se distancia 20 pontos,seria
uma ação sabia fazer entrar um segundo armador,que ao aumentarem a qualidade dos dribles e dos passes teriam mais chances de administrarem a diferença,além de reforçarem o sistema defensivo com o aumento de velocidade e marcação mais próxima e
instigante.Essa atitude so foi tomada nas prorrogações,lançando os jogadores em situações extremas,quando poderiam ter entrado preferencialmente desde o inicio do jogo.O que se viu foi um festival de erros táticos e decisões equivocadas,que nem o sofisticado laptop pode prever,e nem as reuniões de 24 horas conseguiram dirimir.A equipe brasileira,mesmo desfalcada de homens altos,que muitos analistas preferiam que fossem do tipo trombador,mas que dentro de nossas caracteristicas deveriam ser rapidos e flexiveis,como o Spliter,e de que dispomos em nossas equipes e que sequer foram selecionados,soube,e muito bem, explorar sua velocidade para se distanciar no placard,mas como já mencionei,deixou de fazer entrar um segundo armador ,o que daria uma segurança maior a equipe,ao manterem a bola sob um dominio mais técnico e efetivo,e que melhoraria a produção daqueles jogadores mais pontuadores,tanto fora como dentro do perimetro.Mas teimosia é coisa muito séria,ainda mais quando o quarteto das 24 horas se decide,pela enésima vez,pelo passing game desenfreado e
terrivelmente coreografado.E são nesses momentos que divergem nos comandos,nas concepções,já que declararam anteriormente que têm “visões diferntes”dos problemas,
mas que dão um jeito de se entenderem.Pelo que temos visto ainda não se entenderam,e
não serão reuniões de 24 horas que resolverão tais divergências,pois se afinados fossem não necessitariam de tais e tão demoradas reuniões para traçarem um plano de ação.Na verdade,se o comando fosse assumido de fato por quem deveria fazê-lo,tais monumentais perda de tempo jamais seriam realizadas.Um velho e sábio professor com quem trabalhei e muito aprendi na UFRJ sempre dizia:Se uma administração não deseja resolver uma questão,nomeia uma comissão.E é exatamente isso que está ocorrendo com nosso malfadado,porém amado basquetebol.Temos bons e corajosos jogadores,mas estamos enredados em uma teia de atrazo e incompetência que doi só de pensar,quiçá assistir.
Temos que vencer um de dois jogos que faltam,e sugiro que em vez de ficarem acordados
por 24 horas se calem e se coloquem em seus devidos lugares e deixem aquele que deveria ser o unico técnico trabalhar,quebrando a cara ou não,pois duvido que que queiram quebrar em conjunto,afinal…