EMERGINDO DAS TREVAS…
E o Chak saiu das trevas, assumiu a sua candidatura à presidência da CBB em maio próximo, também assumindo os compromissos já largamente expostos no site apócrifo Hora de Reconstruir. E desde já conta com importantes apoios, inclusive na imprensa blogueira e sites na internet.
Se antepõe a seu mentor e incentivador, com o qual traçou os anos negros de nosso basquetebol, inclusive em sua pasta ocupada na CBB, a de relações exteriores. Quando contestado na presidência da FPB, onde acumulava o cargo com o da CBB, rompeu teatralmente com o grego melhor que um presente a fim de “demonstrar” sua independência e insatisfação com desmandos confederativos, mas não antes de ajudar a implodir a NLB, inclusive pela TV, hoje plataforma de sua candidatura, onde promete apoiar a formação das ligas profissionais de clubes, além de afirmar que é visceralmente contra o continuísmo e defende, como compromisso expresso promover a alternância de poder com apenas uma reeleição. Para quem já está no terceiro mandato na FPB, soa meio estranho tal promessa. Mas há quem acredite e endosse seu magnânimo “compromisso”.
Mas num ponto é coerente, ao afirmar que irá respeitar e envolver as federações na aprovação de projetos e programas, exatamente como o atual presidente, que sempre se utilizou deste estratagema camuflado em ações de alta relevância técnica, para dar continuidade às benesses e mordomias garantidoras dos nevrálgicos votos, já que os projetos e programas raramente sairam do papel, mas as benesses e mordomias jamais deixaram de ser distribuídas.
Prevejo uma simples troca de seis por meia dúzia, como já é de conhecimento público, de manutenção de poder e propriedade das chaves do cofre, de continuísmo político longamente planejado e executado com maestria, onde um revezamento de comando sempre será bem vindo em nome da manutenção e continuidade do status quo. Pelo pregresso currículo do postulante, não acredito em uma única linha de seu projeto, bastando para tanto nos reportarmos às suas atitudes centristas, principalmente contra as ligas, as opiniões discordantes deletadas em seu anônimo blog de lançamento, em concordância comportamental com seu mentor, o helênico e poderoso presidente da CBB.
Ainda mantenho as esperanças que venha a surgir uma chapa de verdadeiros basqueteiros, que mesmo vindo a ser derrotados pela baixeza e mixórdia política de um grande numero de federações comprometidas com a atual e decadente situação do basquete, tenha a oportunidade de expor algo realmente progressista e de alto valor técnico e político, pois gente realmente capacitada existe no seio do grande jogo, faltando somente aquele rasgo de coragem e determinação que os caracterizavam quando em ação pelas quadras e ginásios deste imenso e belo país. E como torço para que esse milagre aconteça, rogando aos deuses uma nesga de esperança e melhores dias.
Amém.
Amém, Professor, Amém. é necessário o fim desse continuísmo disfarçado de democracia, que não é uma exclusividade do basquete, mas uma prática triste em toda nossa política. A revolução só será feita pelo povo – no nosso caso, pelos jogadores, técnicos e pessoas que fazem o basquete. não é somente hora de reconstruir, como disse o tal fórum do Chakmati; é hora de acordar.
Mas como acordar ante as leis eleitorais em vigor prezado Adriano?Leis que garantem a perpetuação em cargos,na medida em que benesses e mordomias são distribuidas pelas federações,que em nenhum momento pensam em abrir mãos das mesmas?E mesmo aquelas poucas discordantes se vêem obliteradas pela realidade mafiosa da maioria? Como,Adriano, subverter tal situação democraticamente,senão pela tentativa de uma disputa perdida no nascedouro,mas capaz de mostrar ao mundo quão podre se encontra o atual basquete nacional? Que venha uma chapa de basqueteiros,mesmo sabedora da impossibilidade de vencer,mas pujante em idéias e projetos simples e efetivos,como arautos de um futuro possivel na proporção direta dos reais interesses da modalidade, e quem sabe,algo de novo poderá ser estabelecido,prometido e tornado realidade, pois as leis probabilisticas às vezes pregam boas peças em situações aparentemente irremovíveis.Torço para que isso possa se tornar realidae, que uma chapa deste nivel saia do estador de torpor em que se encontra o grande jogo entre nós.Um abraço,
Paulo Murilo.