A QUARTA VIA…

Estamos muito próximos da data final, 31 de janeiro, para que uma nova chapa se candidate à eleição na CBB. A tão prometida e ansiada chapa composta por basqueteiros de verdade, e que estaria sendo organizada em torno do Marcos Abdalla, o Marquinhos, parece que perdeu o embalo, frente à necessária indicação de pelo menos duas federações.

Meses atrás corria por entre as cabeças pensantes do grande jogo entre nós, uma possível candidatura do ex-presidente do Minas TC, Kouros Monadjeni, que realizou duas legislaturas naquele tradicional clube mineiro, além de ser um administrador respeitado e atuante no panorama político econômico nacional, e que se transformou, com o apoio dos grandes clubes brasileiros ligados ao basquetebol, o presidente da LNB, fundada recentemente.

Claro, que com tal apoio, conseguiu da CBB a chancela para que a nova liga organizasse o próximo campeonato nacional masculino, denominado Novo Basquete Brasil, NBB. No entanto, pairou no ar dúvidas quanto às contrapartidas, que sem dúvida nenhuma, a CBB exigiu para, como num passe de mágica, abrisse mão das chaves do cofre, ainda mais com o grande patrocínio da Rede Globo envolvido no processo. Garantias nas eleições de maio com os votos fundamentais daqueles estados representados na primeira edição da Liga, já que alguns estados do norte e nordeste já se comprometeram com o grego melhor que um presente? Parece lógico que assim tenha sido o trato, o que incorporaria na comunidade mandatária o mais novo sócio, o Sr.Kouros.

Muito bem, ei-lo inserido na comunidade mais fechada e intocável do país, aquela que recebe e maneja verbas públicas sem prestação de contas, e cuja legislação garante perpetualidade em seus cargos, à margem do bom senso político. No entanto, ferindo certos preceitos enrustidos nos componentes da comunidade, apresenta um projeto enxuto, transparente e não continuista, bem de acordo com sua formação profissional e escudado nos melhores preceitos dos modernos sistemas gestores em administração, nos quais é especialista, numa flagrante anteposição ao viciado processo desportivo brasileiro. E então, mais uma vez paira etérea a pergunta que não quer se calar- Quais as contrapartidas exigidas pelo candidato a uma nova reeleição, e que tem como antagonistas dois de seus mais próximos e devotados companheiros na administração da CBB ?

Boa pergunta para uma resposta que será omitida politicamente, sem maiores pudores, já que de interesses comuns.

E se uma nova chapa se inscrevesse, sem ligações anteriores e atuais com os candidatos inscritos, à partir do momento que a grande pergunta jamais será respondida?

E se o Sr Kouros, que já tem estruturada a LNB e o NBB, com seus quadros técnicos e administrativos preenchidos e de domínio público, todos ligados historicamente ao basquete nacional, e que conta na certa com o apoio clubístico poderoso de estados como SP, RJ, MG, ES, SC, e logicamente suas respectivas federações, e mais, o apoio mais do que poderoso da Rede Globo e a manutenção do patrocínio da Eletrobrás, constituísse, num golpe de mestre, a quarta, e talvez decisiva via na corrida, que estaria mais do que ganha, rumo à CBB, sabendo que as demais federações de olho em tão poderosas possibilidades e prestígio a curto prazo, não lhe negaria o interesseiro apoio?

Olha, de uma só cajadada arrumariam a casa, e dariam um fim mais do que necessário e urgente ao estado pré falimentar em que se encontra o grande jogo entre nós.

Somente um único e, talvez decisivo óbice pudesse entravar, ou mesmo anular tão sonhada mudança. Qual óbice? Isso mesmo pessoal, a pergunta que não quer se calar, aquela ai de cima, a que pergunta qual, ou quais contrapartidas foram acertadas entre o grego melhor que um presente pela chancela incondicional ( para o público externo) à LNB, e seu Novo Basquete Brasil, cujas tentativas congêneres ligadas à NLB foram expurgadas sem dó nem piedade dois anos atrás?

Fora esse insigne ou paquidérmico detalhe, nada impede a quarta chapa, ou impede…?

Amém.



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