SUGIRO…

Sugiro que o novo diretor técnico reúna no auditório da CBB aqueles mais representativos basqueteiros brasileiros, desde técnicos, a grandes jogadores e jogadoras, alguns reconhecidos estudiosos, professores, jornalistas, e por que não, dirigentes com efetivas participações no progresso do nosso basquetebol.

E como primeiro assunto da pauta, que se permitam substituir o nome daquele local, de James Nasmith para Togo Renan Soares, a fim de que as bênçãos do grande técnico recaiam por sobre todos aqueles que ali se reunirem para traçar os destinos do grande jogo.

E daí em diante que submetam a discussões, estudos, sugestões e formulação de objetivos a seguinte pauta:

– Organizar cinco pequenas comissões que estabeleceriam em uma capital de cada uma das cinco zonas brasileiras, uma reunião do mesmo teor a fim de que toda a comunidade brasileira envolvida com o basquete pudesse ser ouvida e prestigiada em suas idéias e soluções regionais.

– discutir a melhor maneira de serem criadas, apoiadas e divulgadas nessas mesmas regiões, associações de técnicos que trabalhariam em conjunto com as federações, porém mantendo suas autonomias, e cujas ações, trabalhos técnicos e científicos pudessem se integrar a uma rede de informações virtuais baseada na CBB, como um banco de dados da memória técnica do basquetebol.

– Deliberar em caráter de projeto a criação de uma escola de treinadores, inicialmente instalada na região sudeste, de responsabilidade pedagógica da associação de técnicos desta região, e que, em conjunto com a CBB pudesse estender sua atuação às demais regiões num prazo razoável.

– Estudar a possibilidade de serem instalados centros de excelência em treinamento em cada uma das cinco regiões, através convênios com entidades civis e governamentais que já possuam instalações construídas ( SESI, SENAC, Forças armadas, etc.) para o desenvolvimento dos talentos a eles encaminhados visando nossas futuras seleções de base, e ainda servindo de preparação e estágios dos futuros técnicos de divisões de formação em clubes e escolas.

– Reformular o sistema estatístico vigente em busca de um outro que realmente viabilize uma coleta de dados universal, abrangendo todas as categorias de todos os campeonatos realizados no país, e que possa ser utilizado por todos em seus estudos e para auxiliar as convocações para as seleções regionais e nacionais, tendo em foco a performance aferida por dados de coeficientes de produção para cada segmento de jogadores, e não por dados percentuais.

– Criar os seguintes sub departamentos com funções especificas e determinantes, a saber- Sub Departamento de apoio técnico às federações; Sub Departamento de apoio técnico aos campeonatos brasileiros de base; Sub Departamento de apoio técnico às seleções nacionais de base; Sub Departamento de apoio técnico às seleções adultas, e Sub Departamento de apoio e estudos sobre regras e  arbitragem.

– Estabelecer as competências de cada Sub Departamento, acordando os mesmos aos objetivos traçados, após discutidos, do Departamento Técnico.

– Discutir a melhor formula de estender às associações de técnicos regionais, e futura associação nacional, associação dos jogadores, a formulação do código de ética que determinará o comportamento e envolvimento da comunidade do basquete nacional.

– Discutir quais projetos e ações técnicas já em andamento deverão ser mantidos, reestruturados, adaptados ou desabilitados.

– Discutir e formular critérios emergenciais no intuito de alavancar o basquetebol do estagio de estagnação em que se encontra, enquanto não tomarem corpo as soluções que estarão sendo implementadas de acordo com as resoluções sugeridas por todos, aceitas e viabilizadas pela direção técnica, na medida das disponibilidades econômicas e de pessoal qualificado.

– Finalmente, fazer percorrer pelo país todas as sugestões, discussões e estudos desenvolvidos nessas reuniões, de forma virtual e transparente, como o primeiro documento da interminável serie que se sucederá, visando a democratização da informação para todos aqueles que se juntarem no esforço de resgate do nosso basquetebol.

Claro que muito ainda deveria ser discutido e desenvolvido, mas para uma primeira ação tais medidas em muito auxiliariam na implantação de um verdadeiro e eficiente Departamento Técnico.

Seria formidável que em paralelo a estas sugestões outras viessem a ser divulgadas, pois discutindo-as de forma democrática é que poderemos arregimentar e envolver toda uma comunidade afastada coercitivamente nos últimos 20 anos.

Quem sabe pudessemos todos alcançar o tão sonhado soerguimento?

Amém.



1 comentário

  1. Basquete Brasil 16.08.2009

    Como é triste o deserto de idéias e ausência de comentários a uma proposta de discussão honesta, sincera e profundamente técnica, mesmo que discordantes. Como é triste. Paulo Murilo.

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