FALANDO DE SUCESSO…
Foi uma conferência cujo formalismo de uma aula inaugural transformou-se numa palestra eminentemente técnica, para técnicos jovens e veteranos, dirigentes, representantes oficiais de governo, jornalistas e professores. Vi-me de volta aos cursos que dei por todo o nosso país, anos a fio, repleto de entusiasmo, esperança e absoluta crença num futuro melhor. Em alguns momentos a voz embargou, logo substituída pelo vigor de alguém que acredita firmemente no que transmite, pois resultante de muita luta, experiências validadas no acerto e muitas derrotas, ambas assimiladas e reconhecidas como valores positivos de aprendizagem e conseqüente formulação de conceitos, prontamente divulgados para estudos e estabelecimento de melhores técnicas didático pedagógicas.
Interagi, como sempre me proponho nestas oportunidades, com um publico respeitoso e formal, mas que aos poucos foi se liberando de invisíveis hábitos comportamentais, para, como num passe de mágica, reagir de forma aberta e curiosa, indagativa e expansiva, colorindo alegremente aquele ambiente europeu.
Fiquei feliz, e me empolguei com aquela magnífica oportunidade de levar a profissionais de tantos países um pouco de minha vivência nas quadras e nas salas de aulas que freqüentei como aluno e professor por mais de 50 anos, voltado principalmente para a formação de base, para a direção de equipes, e para uma longa e profícua participação acadêmica.
E os 50 min. que me foram gentilmente delegados, transformaram-se em 90 min. nada protocolares, mas que me foram permitidos pelo interesse da platéia e pelo ardor e paixão que dediquei na transposição do muito pouco que sei, mas doado desde sempre que me foi permitido reparti-lo.
E humildemente agradeci os aplausos, o reconhecimento de uma honesta participação num Congresso Mundial de Treinadores, numa Lisboa querida e amada, representando os muitos e competentes técnicos e professores brasileiros, ao ser convidado para definir o que venha a ser um técnico de sucesso.
E de que sucesso eu falei? Dos títulos e das conquistas internacionais? Ou daquelas pequenas e sacrificadas vitórias, entremeadas de derrotas e incertezas, na realidade de professores e técnicos desassistidos, esquecidos e vulneráveis no dia a dia interminável e doloroso de sua importância estratégica em um país pródigo em negar o valor da educação de seus jovens?
De que sucesso eu falei? Creio que não preciso defini-lo.
Amém.
PS- Logo após editar a fita de vídeo publicarei o teor da palestra aqui no blog.
Paulo:
Le estoy enviando mi nuevo e-mail.
Felicitaciones por su disertacion en Lisboa. Esperare a que este disponible en su pagina para aprender de ella.
Con amistad y orgullo.
Gil
Parabens Paulo pelo sucesso de sua palstra em Lisboa. Espero poder ver o material de sua palestra. Grande abraço!
Sou técnico de ténis e estive presente na sua apresentação na conferência em Lisboa.
Primeiro queria felicita-lo pela sua excelente e apaixonada apresentação.
Segundo gostava de saber se podia enviar-lhe um trabalho que estou a desenvolver relativa a uma nova abordagem do desporto em geral e do ténis em particular. Tem haver com a qualidade e fuidez de movimento e é baseada em principios da Dança Contemporanea, e em que a relação especificidades da modalidade e caracteristicas morfologicas de cada um é fundamental.
Todas as modalidades interagem e complementam e a opinião de alguém como o Prof. com a capacidade, experiência e qualidade reconhecida era bastante importante para mim.
Abraço
Amigo Gil,obrigado mais uma vez pelos seus incentivos.Pode deixar que publicarei a palestra logo que dispuzer da mesma editada para a rede. Um abração, Paulo.
Prezado Glauco, obrigado pelos votos, e aguarde que publicarei a palestra em breve. Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Miguel, fico feliz com suas palavras de elogio, e claro, terei o maximo prazer em ler seu trabalho, ainda mais quando o mesmo aborda uma temática que prezo sobremaneira,a interação entre as modalidades desportivas, e aqui especificamente, quando seu trabalho se identifica com a Dança Contemporânea, no exato momento em que minha filha se gradua na Martha Graham Contemporary School of Dance em New York, e com a qual sempre discuti as similitudes com as didáticas e pedagogias desportivas.Aguardo seu trabalho com ansiedade.Um abraço, Paulo Murilo.
Ola Paulo, gosto muito dos seus artigos e jeito de escrever, continue assim!!!! Viva o Basketball Brasileiro.
Sou técnico e gostaria muito de poder trocar informações com vc.
obrigado e até mais.
Prezado Luis, Sua audiência me deixa feliz, pois continuo mantendo uma relação junto aos jovens que foi minha razão de viver desde sempre.Trocar informações e experiências com você será um prazer.Um abraço, Paulo Murilo.
PROFESSOR ME SOLUCIONE UMA DÚVIDA.. A ESCOLA PORTUGUESA DE BASQUETE TEM TRADIÇÃO, HÁ ALI UMA FORMA PECULIAR DE JOGAR BASQUETE. E O PÚBLICO? GOSTA DO ESPORTE? POR QUE A NÓS QUE DEPENDEMOS DA MÍDIA COBRIR ASSUNTOS ESPORTIVOS E RELATAR EM SEUS VEICULOS, NÃO FICAMOS SABENDO.
SEMPRE SOUBE DE UMA ESCOLA EUROPÉIA E SEU MODO CEREBRAL DE ARTICULAÇÃO DE JOGADAS..PORTUGAL SE ENQUADRA NESTA ESCOLA?
DESDE JÁ AGRADEÇO A ATENÇÃO. ABRAÇOS FRATERNAIS..
Prezado Alexandre,sim, Portugal tem boa tradição no basquetebol europeu, e recentemente se classificou para as quartas de final na Euroleague.Mas se tratando de uma pequena nação(onze milhões de habitantes) sempre sofreu grande concorrência num continente coalhado de grandes seleções e poderosos países.Sua vizinhança com a Espanha dotou seus técnicos, jogadores e dirigentes de informações preciosas que aos poucos vão sendo implementadas no país, num processo lento, porém eficaz, bem à moda européia, de tradições longamente estudadas e adaptadas.A população portuguesa adora esportes, principalmente aquelas modalidades de pratica mais democratica e acessível(atletismo,futebol, hoquei em patins,ginástica artistica,basquete, voleibol,handebol),já que se trata de um país de recursos econômicos não muito altos.Sendo o mais ocidental dos países europeus, sua proximidade com o continente africano, onde possuia colonias ricas e poderosas, hoje independentes, o torna, graças aos vinculos linguisticos e culturais,fator importante em seus desenvolvimentos, inclusive no âmbito desportivo.Um abraço, Paulo Murilo.