PADRONIZAÇÕES…
Desde que recebi a noticia da derrota do Brasil para Angola, dada pelo Bernard logo após minha participação no Fórum dos Jogos da Lusofonia em Lisboa, onde a jovem equipe brasileira se classificou na quarta posição, até o retumbante fracasso de nossas jogadoras no Mundial Sub-19, passando pelo vexame de se submeter a uma imposição da FIBA para que nosso basquete se fizesse representar obrigatoriamente no Super Four na Argentina, com gripe epidêmica grassando ao redor, que só robustece em meu entendimento que o continuísmo gregoriano já são favas mais do que contadas, explicitando um acordo inter pares, onde até o cargo de Assessor de Relações Internacionais volveu a seu ocupante naquela catastrófica gestão, o imponderável Chak.
E nossas seleções de base continuarão a ser PADRONIZADAS, assim mesmo, em maiúsculas, como alguns analistas, assim mesmo, em minúsculas, teimam em admitir como o caminho a ser trilhado, em continuidade ao projeto instalado pela administração anterior comandada pelos Greg, Carl e Chak, o mesmo daí de cima, avalizando um departamento técnico absurdo, equivocado e profundamente fora da realidade.
E quando afirmo fora da realidade, oriento toda minha indignação a todos aqueles, dentro e fora das quadras, que preconizam padronizações no preparo de nossos jovens, onde sorrateiramente as impõem no plano técnico tático, exclusivamente, pois é o que pensam dominar, omitindo a dos fundamentos, pedra lapidar das nações dominantes da modalidade, base de seu progresso técnico avassalador, capacitando-os no domínio de novos sistemas, de sempre imprevisíveis táticas, e de estratégias bem direcionadas.
Nossos técnicos de elite, colonizados pelo sistema único de jogo (entenda-se sistema NBA…), muitos dos quais tem formação pífia no aspecto didático pedagógico das bases do jogo, mas pertencem a um formidável lobbie de interesses econômicos e políticos, com extensão na mídia, simplesmente capitalizaram o jogo sob o ângulo técnico tático, com a desculpa defendida por muitos analistas de que se dedicassem tempo para a correção dos fundamentos a equipe não teria tempo hábil para ser preparada para as competições. Trata-se de uma sempre oportuna desculpa de quem nada entende de fundamentos, de seus princípios e estruturas em ambos os aspectos, individual e coletivo, mas tentam convencer aos menos entendidos de que todo seu “poder estratégico” está contido nas jogadas, ai sim, padronizadas, e suas inefáveis pranchetas.
Conceitua-se cada vez mais no cerne do nosso infeliz basquetebol a panacéia da padronização técnico tática, proposta de quem se apropriou ladina e politicamente do grande jogo, inflados e propostos por poderosos QI’s, e não pelo árduo e pedregoso caminho do mérito, da conquista através o estudo, a pesquisa, a prática e o conhecimento, bases indissociáveis do progresso humano.
E o progresso de uma modalidade esportiva passa obrigatoriamente pelos fundamentos da mesma, sem os quais nenhum sistema, nenhuma jogada , nenhuma improvisação se tornam factíveis e reais, restando o desvario de uma plêiade de falsos, pretensiosos e arrogantes mensageiros do nada, os mesmos que nos tem levado ao estágio em que nos encontramos, escudados e blindados por defensores advogando o que não sabem, não entendem, e por isso mesmo levianamente imputáveis por suas ações, a maioria absolutamente crente de que o basquete nasceu no dia em que vieram ao mundo, oportuno motivo que os levam a não se interessarem por aqueles que realmente conhecem o grande jogo, por serem velhos, simplesmente velhos, mas que guardam dois princípios ininteligíveis para eles, o da sabedoria e do bom senso.
Pensemos todos nós quando defendermos padronizações, para não desvirtuarmos suas reais conceituações, hierarquizando-as como devem ser, e não à serviço de interesses pessoais, muito pessoais.
Peço aos deuses que velem por nossas seleções de base, oportunizando-as com verdadeiros e sábios mestres, que jamais cometeriam o pecado indesculpável de padronizações técnicas e comportamentais, ao valorizarem suas habilidades e talentos através a pratica exaustiva dos fundamentos, e não de sistemas anacrônicos, estúpidos e perdedores.
Amém.
Paulo:
Mil gracias por permitirme participar en su pagina.
Como siempre sus planteos muy interesantes y cuestionadores.
Los llamados sistemas de juego, no son otra cosa mas que una ejecucion coordinada de una secuencia de fundamentos ejm: vision perisferica, pases, dribles, balance, equilibrio, percepciones ,deslizamientos, paradas y arranques, etc.
Su tarea como entrenador la realiza en el entreno, ese es su salon de estudio, pues ahi es donde usted ejecuta su tarea Psicopedagogica buscando el aprendizaje de sus jugadores.
El partido entonces es la evaluacion de su tarea como entrenador, y en esencia pertenece a los jugadores.
En cada entreno sin interesar el momento de la temporada debe trabajar los fundamentos del basquetbol, aplicados a posibles situaciones que se puedan dar en el partido .
Cada jugador debe estar solidamente fundamentado, pues en el basquetbol de ataque lo que buscamos es que el equipo tome tiros de alto porcentaje, y este es determinado de manera individual por el entrenador durante el trascurso de los entrenos.
Cada jugador debe saber cual es “su tiro de alto porcentaje” y solo tomar ese tipo de tiro en los partidos.
Existen varias posiciones tacticas sobre el como enfrentar un partido:
1- Inicia con una jugada pre-establecida. Si el eqipo no logra tomar un tiro de alto porcentaje , el equipo ” juega libre “, buscando el enceste . Ya faltan algunos segundos y nada funciono vamos de nuevo a una jugada pre-establecida.
2- Iniciamos utilizando el llamado “juego libre” luego vamos a una jugada pre-establecida.
3- Al margen de lo que suceda en el partido “Todo esta pre-establecido”.
4- “Juego libre “. Los jugadores son quienes estan en la cancha y son quienes estan en mejor posicion de tomar las desiciones tacticas que consideren necesaria, las adecuadas a la situacion. El entreno se convierte en un –reflejo– de lo que puede suceder en el partido.
Colega entrenador, cual es su opcion favorita ?. Tiene otra ?
Con el mayor de los respetos.
Gil
Gil,como já discutimos inúmeras vezes, sempre optei pelo jogo livre em torno de uma disposição tática inicial, exaustivamente treinada e confrontada defensivamente nos treinamentos, ou seja, sempre procurei orientar a defesa para agir contra o que planejei ofensivamente, antecedendo as ações que nossos adversários declaradamente tomarão, numa avant première do jogo em si.À partir dessa situação planejada e treinada, o jogo livre fluirá pelo conhecimento antecipativo das possíveis ações do adversário, e onde o preparo aprimorado nos fundamentos encontrarão o campo propício para o desenvolvimento responsável de todos os jogadores, naqueles momentos em que estão frente às dificuldades inerentes aos jogos, e onde o técnico somente participará em ajudas e sugestões pontuais, pois seu trabalho de peso foi aquele desenvolvido nos treinos.Creio que em tese propugnamos os mesmos princípios, tão antagônicos aos da maciça maioria dos técnicos do meu país.Mas um dia acordarão. Um abração Gil. Paulo.
U
Uma lição do fracasso no Lusofonia é que o Brasil não pode mandar qualquer equipe para enfrentar Portugal e Angola, esses países cada vez vem crescendo mais e isso é ótimo para o Basquete, principalmente Angola que passou a obter bons resultados internacionais.
Concordo com você David, pois o vexame foi terrível.Paulo Murilo.