O ATO FALHO…

Jogamos uma partida decisiva com 7 jogadoras, fato inédito em se tratando de uma seleção nacional, independendo de que nação for. É prova irrefutável da falta de plena confiança de seu comandante na totalidade de um plantel convocado, treinado e preparado por ele, por 3 meses, que além do mais só pode contar com duas de suas principais peças na véspera do jogo inicial. Logo, de real mesmo, só se utilizou de 5 jogadoras de uma equipe que convocou, treinou e preparou para um mundial.

E das que não atuaram, algumas titulares em jogos anteriores, ficou bem patente as dispensas diretas das mais pesadas, mais lentas, que não seriam capazes de acompanhar o ritmo frenético das oponentes nipônicas(foram situações previstas no planejamento?…).

Mesmo assim, a equipe sofreu 91 pontos, não foi capaz de acompanhar as constantes penetrações das pequenas japonesas, assim como foi incapaz de conter os arremessos de três, comum atitude em todos os jogos até aqui disputados.

Mas conseguiu fazer 93 pontos, vencendo uma partida que por pouco, muito pouco, quase perdeu.

A equipe dependeu da Érika, totalmente, pois foi a responsável pela não dilatação do placar em favor das japonesas por todo tempo em que se manteve em quadra, fazendo valer sua estatura e força física na luta pelos rebotes, mesmo errando muitas bolas embaixo da cesta. Arremessos de três que nos colocaram na prorrogação e definiram o jogo nos segundos finais, complementaram a artilharia de curtíssima distância deflagrada por um jogadora que se impôs à única brecha da equipe oriental, sua incapacidade de frear uma pivô daquela envergadura.

Preocupa-me dois pontos para o jogo de amanhã contra as donas da casa, as tchecas. Primeiro, o fator banco, agora composto por jogadoras que não contam com a integral confiança de seu técnico, que as convocou, treinou e preparou…

Segundo, a reciprocidade das que atuaram na vitoria de hoje, onde muitas das ações que se utilizavam antes de serem convocadas, treinadas e preparadas pelo técnico espanhol, voltaram a ser praticadas à sua revelia (ou conivência…), principalmente no concernente às duas jogadoras que chegaram na véspera da competição, as únicas que somente foram convocadas, já que não treinaram e nem foram preparadas pelo mesmo.

Será um jogo referência no aspecto da real existência de um comando técnico tático de fato na seleção, que a exemplo do que foi hoje constatado na prática, deixou de ser propriedade da equipe em seu todo ( 12 jogadoras de uma seleção nacional), para se constituir numa pequena capitânia de propriedade de algumas jogadoras em especial.

Aguardemos no que vai dar, pois amanhã, se não jogar com toda a equipe, num só patamar, num só ideal, e num só objetivo, corre sério risco de perder a oportunidade de provar que sua convocação, treinamento e preparação está acima de qualquer argumentação contrária, mesmo tendo agregado duas jogadoras que convocou, mas não treinou nem preparou, no ato falho mais inquisidor de seu comando.

Torçamos para que as tchecas nos permitam jogar, apesar de tudo…

Amém.



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