A ARTE DE LER O GRANDE JOGO…
Pouco a se dizer, muito a se pensar, cuidadosa e racionalmente, afinal é a equipe três vezes campeã nacional, e praticamente com a mesma base de jogadores. Logo, experiência e vivência de quadra não falta à mesma, sob qualquer enfoque que submetamos analisá-la.
Desde o inicio do jogo, constatou-se um fator altamente restritivo na armação da equipe, unitária no meu ponto de vista com o Nezinho, dupla até na descrição do narrador da TV, quando mencionou o Alex como um segundo armador, tarefa na qual não ostenta o menor pendor, dada às suas características de explosivo finalizador. Talvez sua habilidade defensiva, característica dos armadores, mas fiquemos somente nisso.
Com a dispensa do trator Lucas, sua taboa ficou nas mãos de um Guilherme pouco saltador, um Marcio pesadão e um Ronald inexperiente, avultando os problemas de fora do perímetro antes discutido, onde somente o Arthur, com sua inata velocidade amalgama aqueles dois setores da equipe.
Logo, faz-se necessário ter na equipe um par de bons jogadores, um armador de alta competência na leitura de jogo, e um pivô que una velocidade e explosão, gerando o ansiado equilíbrio ora em falta, já que o Isaac ainda tem muito o que aprender. E mais, que pudesse realmente jogar em dupla armação aproveitando a sua já comprovada mobilidade ofensiva no entra e sai do perímetro, dividindo um pouco a voracidade dos tiros de meta do Nezinho, disfarçados de arremessos de três, e ampliando as contestações aos longos arremessos de seus adversários fora do mesmo.
Não sou, nem tenho propensões a empresário ou agente, mas fico surpreso quando vejo que ao final das contratações pelas equipes do NBB jogadores como o armador Muñoz e o pivô André, ambos da Metodista, que fizeram um campeonato paulista irrepreensível fora da Liga, além de ver preteridos jogadores como o Rafinha, Jesus e Roberto por americanos de baixa qualidade, pelo simples fato de conotarem um falso e enganoso “prestigio” às equipes contratantes, fico realmente pasmo, pois além dos que aqui menciono, muitos outros são esquecidos, mas não a tal ponto da equipe campeã nacional ter a solução de suas pendências aqui mesmo no país, mas não exequibilizadas.
Acredito firmemente que os dois jogadores mencionados inicialmente atenderiam com sobras a equipe candanga, pois leitores de jogo com a habilidade e inteligência tática de um Muñoz, temos muito, mais muito poucos aqui no país, assim como a eficiência e coletivismo de um sempre sub avaliado André, que com seus 2.8 m de estatura dinâmica e veloz, em muito auxiliaria a equipe do planalto central, ou qualquer outra que precisasse otimizar sua forma de jogar.
Enfim, problemas sérios advirão para a equipe de Brasília, se não forem preenchidas com qualidade e precisão as brechas expostas em sua estrutura de jogo.
Quanto aos argentinos, fizeram o de sempre quando jogam contra nós, contestando os arremessos, errando poucos fundamentos, e por conseguinte, otimizando o mesmo sistema único utilizado também por nós. Nada de novo.
Amém.
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