O REINO DAS “BOLINHAS” X…

Pela terceira vez consecutiva a equipe do Pinheiros converge em seus arremessos, com 14/28 de três e 14/23 de dois, sempre para mais nas bolinhas de três, e vence os jogos, empata a série, e provavelmente a vencerá, claro, convergindo cada vez mais, ante a incrível incapacidade defensiva fora do perímetro da equipe de Limeira. Mais incrível ainda a sequência de três arremessos do jovem Lucas no quarto final, recolocando sua equipe num jogo quase definido, tendo entrado exatamente para isso, arremessar de três, e sem contestações…

Acompanhei o jogo pela internet, no jogada a jogada, mas creio que o técnico Magnano o tenha assistido ao vivo, afinal a Copa América está às portas de sua realização, e um jogo onde possíveis convocados estavam presentes se torna obrigação para quem os vai julgar, menos quanto aos fundamentos de defesa, desconhecidos e ausentes para a maioria deles.

Pensando melhor, que bananosa está metido o diligente e competente argentino, frente à realidade de uma endêmica hemorragia que se estabelece a cada ano que passa, imune a qualquer tentativa de estancá-la por parte dos técnicos que ai estão, corporativados com tal situação, deixando para ele o terrível impasse, que se por um lado o empurra para a aceitação pura e simples, por outro o desafia a controlá-la na direção de um basquete mais próximo da forma como deve ser jogado, e …defendido.

Agora, se você vai a um ginásio assistir uma saraivada de 56 bolas de três (11/28 e 14/28), sabendo que na próxima provavelmente o número poderá ser bem maior, aprova e aplaude o que vê, corroborado pela mídia exultante, concordes na “grande qualidade” do que testemunharam, temo pelo grande jogo, e temo mais ainda com a possibilidade de que o nosso selecionador aprove também, pela irredutível institucionalização do reinado das bolinhas.

Mas como tenho afirmado constantemente, há os que gostam, e como…

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.



2 comentários

  1. José 25.04.2013

    Olá Professor, também acompanhei pela internet, mas só o final do jogo. Estava 85 a 80 para Limeira e restando poucos segundos. Pensei comigo, a única chance de perderem seria a mesma que vi em outras oportunidades, ou seja, o Diego tentar levar a bola até o ataque e perder, coisa já aconteceu no jogo de nº 2, mas como a vantagem era grande não pesou.
    Digo isso porque notei o treinador tirar o atleta no final de alguns jogos importantes no ano passado e não entendia o motivo, nada contra o rapaz, mas deve ter algum trabalho para se fazer com ele.
    Depois vi em um site (Basketeria) que foi exatamente isso que aconteceu, perderam 3 posses de bola em 30 seg (2 com o Diego), pode isso?
    Agora estou com o senhor, provavelmente dê Pinheiros e suas bolas e 3.

  2. Basquete Brasil 25.04.2013

    Prezado José, como não assisti o jogo, fiquei impossibilitado de comentar sobre erros de fundamentos e suas implicações práticas, inclusive da forma que foram cometidos, me situando somente nas tentativas de arremessos de três (obviamente desmarcados)do Lucas, que foram decisivos, ao contrário dos tentados pela equipe de Limeira, num momento em que atenuar o ritmo de jogo, e optar pelo jogo de 2 em 2 seria a estratégia mais indicada. No entanto, quiseram emular a artilharia de bolinhas do Pinheiros, e se deram muito mal. Ironicamente não foram bolas de 3 ou de 2 que definiram a partida, e sim dois singelos lances livres do Shamell…
    Coisas do nosso estabanado e irresponsável modo de jogar o grande jogo. Quem sabe um dia aprendamos a jogá-lo.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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