DISCUTIR, CONTESTAR, COMO?…
Prezados basqueteiros, jornalistas, dirigentes, jogadores, técnicos, entusiastas (?), pergunto, a todos, como ser possível discordar, lutar, contra essa turma ai de cima, como?
Primeiro, jamais permitirão que qualquer “dúvida” sobre gestão de confederações seja discutida, fiscalizada,quiçá, penalizada, às vésperas das grandes “conquistas” nacionais, o mundial e as olimpíadas, quando toda a entourage está prestes a se locupletar economicamente com a megalomania longamente planejada, distribuída, corrompida, consolidada.
Como esperar de qualquer um deles coerência, lisura, transparência, ligados e irmanados pelo código do silêncio, do afastamento e desligamento do clamor público, seguros de suas inamovíveis posições, garantidas por partidos políticos, votos de cabresto de uma corriola mancomunada com a visão das benesses, mordomias, voltadas à manutenção da elite auto promovida, antidemocrática, pusilânime, como?
Segundo, no caso do basquetebol, jamais permitirão que volte a se tornar o segundo esporte no gosto do brasileiro, desde que nos primórdios da ditadura militar, era a única modalidade coletiva que não contava com o domínio e conhecimento técnico dos militares, fugindo à sua influência direta e interesseira, fator que catapultou o futebol e o voleibol para um controle que privilegiou-os, inclusive, aos grandes patrocínios, como o da troca do Banco do Brasil do basquetebol para o vôlei, dotando-o da infra-estrutura econômica necessária ao seu desenvolvimento técnico, hoje uma realidade incontestável, mas que feriu o grande jogo de morte, fazendo-o vitima, daí para diante, das péssimas e políticas administrações, que o levaram ao estagio pré falimentar em que se encontra, e que se mantêm pelos altos interesses em nada mudar, deixando-o nas mãos de despreparados, aspones e chupins do poder, o que bem explica a liberação de verbas oficiais que os mantêm e manterão pelo tempo que quiserem, como figurantes, jamais protagonistas desse execrável circo em que transformaram o esporte e a educação do país.
Terceiro, todo esse imbróglio, tende a afastar a percepção do real problema que mantêm o basquetebol na situação de fraqueza técnica atual que “deve” ser mantida e patrocinada, a desunião e proposital afastamento dos técnicos junto à causa primordial para seu sustentável soerguimento, o trabalho na base, nas escolas de educação física, onde urge a revisão das cargas horárias nos desportos, hoje minimizadas e trocadas por disciplinas paramédicas, justificando o precário preparo dos futuros professores e técnicos no processo de ensino e aprendizagem dos mesmos, aspecto lapidar e conceitual, que somente se tornará factível a partir do momento que essa união se materialize, num trabalho realmente difícil, mas não impossível de ser alcançado.
Política, políticos e politiqueiros sempre (?) estarão por perto, infames, criminosos, mas que graças aos deuses, não formam, ensinam e treinam os jovens na modalidade, mas que tudo fazem para atrapalhar e retardar todo um processo, é bem verdade, mas que podem ser energicamente confrontados através o trabalho associativo daqueles que realmente fazem o grande jogo acontecer, os professores, os técnicos, principalmente nas escolas, onde os crefs da vida jamais deveriam poder se imiscuir…
Unam-se e trabalhem juntos, todos, e não uma minoria elitista, para a sobrevivência e resgate do grande jogo, ou simplesmente o vejam morrer tragado pela discórdia, pelo abandono, pelo apadrinhamento e pela ação entre amigos. O basquetebol merece um destino melhor.
Amém.
Fotos – Divulgação CBB, Globoesporte. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Leitura obrigatória – Bala na cesta
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Uma palavra reflete isso: CORPORATIVISMO.
Uma vergonha, mas isso está em todas as esferas, é uma doença. Torço para ver o dia em que isso acabe.
Sim, uma doença, e como tal deve ser tratada antes que se torne irreversível, prezado José. É o que tento desde sempre, e continuarei tentando, discutindo, escrevendo, perseverando, lutando com as armas, muito pequenas que possuo, a fé imensurável no destino do grande jogo, seu potencial junto aos jovens, auxiliando-os em sua formação cidadã, permitindo a alguns a almejada competição no alto nível, e para todos que o conheceram e praticaram as lembranças de uma experiência única, de amizade e companheirismo, do que venha a ser participar de uma equipe, em suas alegrias e tristezas, numa autêntica avant première de suas vidas.
Um abraço, Paulo Murilo.
Mas para que o status quo permaneça inalterado, têm o aval da tropa
de choque de um conglomerado midiático que habita o Congresso e
sabota e faz engavetar sistematicamente, PLs e PECs que
modernizariam nosso esporte e nossa legislação esportiva.
Torço para que os fatos dos últimos dias sejam o início da queda
deste Império.
G. e vc a gente não quer te vêr mais por aqui!
Também torço, prezado Alex, só não entendi a última linha de seu comentário…
Paulo Murilo.
Bom dia professor, gostaria de saber se o Sr leu a entrevista do Sr. Rafa Monclova, tec do Cajasol Sevilla no site Territorio LNB/NBB? O Sr Rafa fala muito de um assunto que o Sr sempre defende aqui, que é o apuramento da tecnica individual na formação dos nossos jogadores em detrimento da massificação de jogadas. Interessante a visão de um tecnico espanhol e dá pra ver a diferença de mentalidade.
Professor Paulo,
Acredito que o senhor certamente irá escrever algum artigo sobre a entrevista dada pelo Rafa Monclova, publicada no Território LNB (http://lnb.com.br/territorio/entrevista-exclusiva-com-rafa-monclova/). Muito interessante a opinião do técnico espanhol, que enfatizou bastante a importância do aprimoramento da técnica/tática individual para a formação de bons jogadores.
Um abraço,
Lucas Diego.
Prezados Antonio e Lucas, seus comentários ilustram o artigo hoje publicado. Obrigado. Um abraço aos dois. Paulo Murilo.