FUNGANDO NO CANGOTE…
Paulo, Paulo, as finais começam amanhã na Arena, e o que você tem a dizer, nada, nadinha?…
Ora muito bem, vamos lá, mas sem invencionices e chutações, simplesmente projetando situações possíveis e previstas, afinal o sistema único estará presente em grande estilo, garantindo previsibilidade permanente, apresentando e assinando embaixo a mesmice endêmica de sempre…
Num aspecto do sistema único, as duas equipes terão algo em comum, a extrema importância da armação das manjadas jogadas, validadas na medida da liberdade de ação dos armadores, que é o que quase sempre acontece. Logo, numa óbvia dedução, se bem marcados, pressionados por todo o tempo possível, muito da efetividade do sistema fica comprometida, originando a quebra do mesmo, e abrindo campo para as ações individuais, mais facilmente controladas…
Então minha gente, aquela equipe que fungar no pescoço da armação com mais insistência tenderá a levar grande vantagem, e se na continuidade da pressão ela se voltar para o passe interior (o que quase nunca acontece) para um pivô marcado pela frente, terá de optar pela possibilidade restante, o passe lateral ou retroativo nas alas, que se estiverem sendo marcadas na linha da bola, anulará de vez qualquer possibilidade de jogo coletivo, restando as individualidades e suas consequências…
A questão se torna limite no caso de ambas as equipes agirem da mesma forma, tirando o máximo de segundos dos 24 possíveis a cada investida de ataque, quebrando o sistema, o principio coletivista, obrigando a improvisação, quase nunca bem sucedida pela imprecisão nos fundamentos do jogo…
Restarão então as famigeradas bolinhas, que se efetiva e teimosamente contestadas, levará fatalmente, e por ambas as equipes, ao jogo interior, obtendo considerável vantagem aquela que o fizer através o constante deslocamento transversal dos pivôs ali infiltrados, anulando em alguns momentos, uma marcação frontal (se existente). e reforçando consideravelmente o rebote ofensivo, até mesmo os resultantes daquelas falhadas bolinhas…
Mas se a armação se mantiver pressionada firmemente, como acontecerão os passes precisos interiores, estando, ou não, os pivôs marcados pela frente, como?…Talvez a saída dos mesmos para o perímetro externo se apresente como uma possibilidade, aliás bem conhecida pelos “pivôs de três”…
Como resultante dessas possibilidades, teremos uma fratura no sistema comum às duas equipes, originando daí um tipo de jogo bem conhecido, o rachão desenfreado que culmina no aventureiro “chega e chuta” ,vencendo o jogo quem acertar a última bola, depois das muitas e muitas lançadas…
Bem, este é o retrato, um tanto fiel, do que temos assistido neste NBB, e no caso dessas finais, o aperto constante e enérgico dos armadores se apresenta como a fórmula ideal para um razoável possível sucesso. Agora, com uma dupla armação de qualidade, como seria?…
Neste caso, minha gente, a fungação teria de ser dobrada, para ai sim, termos a oportunidade de assistir um jogo diferenciado, onde dois armadores ao evoluírem em constante ligação, alimentando pivôs sempre em movimento, superariam as pressões defensivas, mas o detalhamento dessas novas situações deixo à analise dos estrategistas envolvidos, infelizmente agregados a pranchetas midiáticas e constrangedoramente inúteis, além, é claro, pela reza forte ao lado da quadra… pelas bolinhas…
Amém.
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