SOMOS MERECEDORES?…
Êita grande jogo, maximizado por uns, minimizado por outros, entre os quais podemos nos incluir sem margem a enganos, erros, estes incidindo decisivamente em nossa indigitada, mal convocada, e equivocadamente treinada e escalada seleção…
Por que afirmo tudo isso, por que? Bem, vencem jogos aqueles que erram menos, é um conceito universal, seja a modalidade esportiva que for. No entanto, nada justifica o erro, os erros anunciados, por conhecidos, enraizados, escancarados à vista de todos, principalmente àqueles que privam na intimidade sutil, ou não, dos fundamentos do jogo…
Fundamentos, principio que rege as estruturas do grande jogo, sejam as individuais como as coletivas, sem os quais nenhum sistema de jogo se torna exequível, mesmo que os mesmos sejam comuns a maioria das equipes, definindo os melhores, os vencedores, exatamente pela similitude dos mesmos…
É onde falhamos, erramos teimosamente, ao instituirmos a falácia de que jogadores adultos, selecionáveis, medalhados, não necessitam se exercitar, ai sim, prezados analistas, “exaustivamente” na prática diária e sistematicamente dos mesmos, mergulhando fundo para o domínio do instrumental “básico e fundamental” para exercer sua profissão, pois antes de serem jogadores, são profissionais, onde o pleno domínio da bola e de seu corpo define os melhores…
Falhamos tática e repetidamente por isso, ano após ano, sem que nada seja feito para dirimir os nefastos defeitos que nos derrotam no alto nível, o que reflete estruturalmente na formação de base, que deveria se espelhar em exemplos mais concretos e educativos da turma de cima, condição exigida para sua evolução, para a evolução do grande jogo entre nós…
Foi o diferencial que influiu, e vem influenciando nessa magna competição, na qual temos visto e testemunhado a definitiva igualdade na habilidade e domínio dos fundamentos entre todos os jogadores, altos, médios e baixos, armadores, alas e pivôs, sendo esses os que mais evoluíram, conquistando sua alforria das amarras impostas por décadas aos “cincões, pivozões”, incluindo-os definitivamente no almejado e duramente perseguido coletivismo, onde a fluidez somente se faz presente com sua efetiva participação e inclusão tática…
Nesse ponto faz-se presente a formidável indagação que tanto nos prejudica – Onde, quando e como perdemos jogos decisivos?…
Convocando politicamente quem não merece, treinando sistemas que dependem do domínio técnico individual de cada jogador da equipe, e não de uns poucos, e o mais enfático, escalando aqueles que, sabidamente, erram repetidamente, ao enfrentarem adversários que independem dessas decisivas limitações…
E sob este cenário é que fracassamos, onde a teimosa autofágia dos arremessos arrivistas de três impõe uma estética suicida, onde pivosões abdicam de seu poder reboteador e intimidador para vir duelar fora do perímetro nas bolinhas que, competentemente contestadas, não podem cair, e até mesmo não o sendo, não caem também, por não serem os especialistas que pensam contritamente ser, e o pior, incentivados por aqueles que deveriam prezar o bom senso em sua orientação técnica…
Nossos adversários, altos, ágeis, rápidos e flexíveis, independendo de seu posicionamento e função dentro da quadra, nos vencem por tudo ai em cima explanado, pois são senhores dos fundamentos do jogo, dotando-os do pleno domínio de seu instrumental básico de trabalho, os fundamentos individuais e coletivos, teimosa e criminosamente esquecidos, omitidos por aqueles que consideram a prancheta e suas midiáticas derivações como o objetivo final de suas intervenções, e por tudo isso é que perdemos, e continuaremos a perder, até o momento que mudem suas colonizadas percepções do grande jogo, pequenino para eles, lastimavelmente…
Mudarão para daqui a alguns minutos (são 13:42hs agora desse sábado decisivo), ou continuarão sua saga de submeterem essa mal treinada, convocada e escalada equipe a mais um vexame? Espero e torço para que não, e que os deuses iluminados pelo glorioso sol desse sábado, nos ofereça uma derradeira chance, imerecida, ou não…
Amém.
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sabias palavras…..perfeita analise…….o Brasil da Espanha porque o Paul Gasol cansou de errar lances livres….em jogos de alto nivel faz muita diferença…ainda mais contra uma seleção que complica jogos que lhe estão favoraveis nas retas finais das partidas, com erros individuais, em detrimento ao coletivo, ganhamos, mas fizemos de tudo para perder, ocorre uma apagão nos finais dos jogos do time brasileiro, em todos os jogos até agora. observo que todas as seleção tem renovação, a nossa não, nem no masculino, tampouco no feminino, cuja campanha foi ridicula, mas esperada, alguns jogadores poderiam ter uma chance….como Bruno Caclobo, sei lá será temos outros……tivemos azar do Varejão e do Spliter se lesionarem, infelizmente para mim, não classicaremos nem no masculino.. no feminino já era previsto…….agora uma pergunta, dessa seleção, se o senhor fosse tecnico, quantos desses jogadores o senhor levaria, sem nomes, apenas numeros….não vejo também tanta quantidade e qualidade……enfim…triste situação a nossa……o futuro que nos aguarda e sombrio…
Não somos!
Embora sob o comando do Magnano a seleção tenha diminuido
consideravelmente (percentualmente) o “Three-Point Ball”, o nosso
basquete está defasado 20 – 30 anos.
Ainda se pratica por aqui o basquete que se praticava na década
de 80 – início da década de 90: o basquetebol baseado em jump
shots.
Ao passo que as equipes européias de ponta (vou me ater às que
derivaram da extinta Iugoslávia e da extinta União Soviética)
praticam o que os americanos chamam de easy basket:
O basquete baseado no jogo interno com pick and rolls e
give-and-gos com os pivôs (principalmente), deixando-os em
condições de fazer a cesta fácil (a bandeja).
Até porque é uma coisa lógica que ainda não percebeu-se na
escola brasileira de basquete:
É (muito) mais fácil (o percentual da bola cair) através da cesta
fácil do que através de um arremesso de média ou longa distância.
Como para a escola brasileira de basquete a ficha ainda não caiu,
sugiro que se assista videos das seleções da Sérvia, da Croácia,
da Eslovênia e da Lituânia e façam o levantamento (ESTATÍSTICO)
se o basquetebol eslavo e o báltico se baseia no easy basket,
conforme os movimentos ofensivos que citei acima, ou no
basquetebol baseado em jump shots e chutes do perímetro, como é
o praticado no por aqui.
A continuar como está, prezado Fabiano, põe sombrio nisso, o que pode se tornar apavorante, um caminho sem volta, exigindo que a comunidade que realmente ama e preza o grande jogo reaja a altura contra essa empulhação institucionalizada. Não é possível que tudo isso continue, impune e intocável.
Um abraço, Paulo Murilo.
Sim, prezado Alex, realmente não merecemos, infelizmente. Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Fabiano, me perdoe não ter respondido o seu questionamento, esquecimento fruto do cansaço de fim de noite após longas horas de Arena na Barra. Quais jogadores levaria dos que ai estão? Todos aqueles que preenchessem os critérios exigidos para pertencerem a uma seleção nacional, e num ponto importante posso garantir que, em hipótese alguma, atravessaria oceanos para pajear jogadores, fossem eles quem fossem, numa atitude subalterna impensável, e que jamais aceitaria ter ao lado papagaios de pirata travestidos de assistentes, e preparadores físicos que pensam ser os pilares que embasam uma equipe. Simplesmente lideraria uma equipe em torno de objetivos bem planejados, estudados e aceitos por todos, indistintamente, como sempre fiz em toda minha vida administrativa, acadêmica e desportiva.
Obrigado por sua audiência, que muito soma neste humilde espaço.
Um abraço, Paulo Murilo.