YES,TAMBÉM TEMOS UM AMERICANO…

Assisti hoje pela ESPN Brasil um bom jogo de basquetebol, entre a equipe do Minas Tênis e a do Penarol de Sunshalles, válido pela Liga das Américas, realizado naquela cidade argentina. E quando digo que foi um bom jogo, me reporto ao fato de que ambas as equipes atuaram rigorosamente dentro do padrão portenho de jogar, ou seja, desenvolvendo o jogo cadenciado e coletivista. Das equipes brasileiras atuais, a do Minas é a que mais se aproxima dessa forma de atuar, já que a de Franca retoma em grande estilo a nossa forma de jogar em velocidade controlada e técnica, sob o comando de dois armadores de qualidade, estilo esquecido de muito pelas demais equipes nacionais.

A equipe mineira também atua com dois armadores, e promove uma movimentação permanente de seus homens altos dentro do perímetro, abrindo espaços e se colocando bem para os arremessos e os rebotes próximos à cesta ofensiva. É uma equipe que vem privilegiando o treinamento prolongado e paciente, dotando seus jogadores de um bom arsenal de situações de ataque e boa defesa.

No entanto, ainda peca ao adotar um vício colonizado, que se espraiou pela maioria das equipes nacionais, de contar com jogadores americanos, como se a ausência dos mesmos descaracterizasse o conceito de equipe. E o pior, contratando jogadores de 14ª e até mais opções no quadro de preferências dos mesmos para atuarem pelas ligas internacionais. Os jogadores americanos que aportam em nosso país, com uma ou duas exceções, não são melhores que os nossos jogadores, sempre minimizados quando os pagamentos são em dólares. Esse jogador americano contratado pelo Minas é terrivelmente fraco, e incrível, no fator que sempre dominaram, os fundamentos. Não fosse ele, e a equipe do Minas teria vencido por boa margem, pois seus erros ofensivos e até defensivos quase pôs a perder o esforço maior de seus companheiros, latinos. Por muito menos, e logo ali do lado, bons jogadores argentinos e uruguaios, e muitos brasileiros esquecidos, poderiam ser contratados com evidentes vantagens, não só econômicas, como técnicas, além da maior comunicabilidade na apreciação e entendimento das orientações dos técnicos.

Mas esses mesmos técnicos parecem hipnotizados pela presença de americanos, pela oportunidade de transmitir instruções bilíngües, e que nem de longe se tocam do ridículo que as mesmas representam quando enunciadas num “ingrês” caipira e risível, e o pior, escalando os ditos craques no aeroporto, às vezes sem um único treino. E como vêm de um basquetebol oposto ao que praticamos, de saída já dicotomizam o sistema de jogo pretendido por algumas de nossas equipes, criando no seio das mesmas impasses difíceis e até impossíveis de correção. Já não é novidade assistirmos os historicamente disciplinados e obedientes jogadores ianques, discutirem e até contestarem técnicos brasileiros, em inglês, portunhol ou checheno, provando o quanto de precária liderança ainda subsiste no comando de nossas equipes.

Mesmo na equipe argentina a insurgência já se faz notar, quando o bom jogador Battle, que ostenta o salário de 30 mil dólares, quando a média salarial dos argentinos não ultrapassa os 5 mil dólares, foi acintosamente contestado por um companheiro seu de equipe, exigindo do mesmo mais empenho e dedicação, E isso na presença de seu grande público e ao vivo e á cores pela TV. Precisamos rever esse conceito de qualidade, pretensa qualidade diria melhor, pois mesmo um jogador de 30 mil dólares, é infinitamente ultrapassado pelos altos salários pagos nas 13 ligas que antecedem à sua opção sul-americana, e no país que ostenta o atual título olímpico, numa realidade oposta a de nossas equipes, por mais tradicionais que sejam. Ter na equipe um americano como prova de prestígio e alta qualidade é um engodo que somente beneficia uma pequena, porém rentável indústria de empresários, na contra-mão de nossas verdadeiras e urgentes necessidades.

Vamos aguardar a evolução dessas duas equipes, Minas e Franca, torcendo para que criem em torno de si uma aceitação técnico-tática fundamentada na dupla armação e na utilização de três homens atuando permanentemente dentro do perímetro, e que nos impressione positivamente ao testemunharmos com alegria a ação altamente positiva da marcação permanente do pivô pela frente exercida pela equipe mineira, motivo maior da anulação parcial, porém decisiva, do pivô Batlle, aquele dos 30 mil dólares, exercida pelo Maozão, que talvez não receba 1/10 avos daquela quantia, mas que provou não ser o físico avantajado o item mais decisivo à uma boa e eficiente marcação. É por aí minha gente, é por aí que renasceremos para o grande jogo.

Amém.

HUMILHANTE OMISSÃO…

Esse cara realmente é demais, um mestre na arte sutil de não dizer nada com nada, dentro da maior seriedade, e até acredito, ser fiador de suas próprias abstrações. Numa entrevista ao Bruno Doro do portal UOL, afirma – “Não tem por que ficar falando em nomes agora. Ele será apresentado no dia 22 e vai começar a trabalhar logo em seguida”, ao ser perguntado sobre o nome do novo técnico da seleção brasileira. Mas ao final da matéria declara que o time só ficará junto por um mês, antes do Pré-Olímpico Mundial, na Grécia, entre 14 e 20 de julho.

Ora, se o novo técnico estrangeiro somente trabalhará com a equipe no mês de junho,o que fará de janeiro até lá? Observará jogadores que poderão integrar uma equipe que todos, inclusive ele, já sabem de cor, e que dificilmente serão substituídos, já que essa turma européia em nada difere da maioria esmagadora dos técnicos, daqui e lá de fora, na manutenção e obtenção de nomes consagrados, mesmo fora de forma? Ou, o que duvido muito, estabelecerá uma nova política convocatória, premiando e apoiando aqueles jogadores que realmente se encontrarem no ápice da forma, independendo se tenham ou não um nome estelar? Acredito, se bem conheço a turma lá de fora, e o grego melhor que um presente também conhece, que a máxima “seguro morreu de velho” será o bordão dessa seleção, quando muito para dividir e justificar um bem possível fracasso no Pré. Logo, cardeais, delfin, e seus súditos prestimosos formarão a esquadra de combate brasileira, com talvez duas insignificantes ausências, a daquele jogador que se negou a entrar num jogo da seleção, e daquele outro que não soube guardar o segredo mafioso de seus pares que se insurgiram contra a comissão técnica numa reunião de secreta traição.

E de tão seguro em sua decisão, afirma – “Não tem motivo nenhum para ele não aceitar nossa proposta. Todos sabem que o plantel do Brasil é um dos mais fortes do mundo e pode ir para as Olimpíadas. Apenas 12 seleções vão para os Jogos e ele não vai treinar sua seleção, então será uma honra treinar o Brasil no Pré-Olímpico.” Pelo visto, e segundo sua própria afirmação, não deve ter sido muito fácil convencer o mago estrangeiro, mas nada que um bom talão de cheques não resolva, afinal, a dotação da CBB advinda do COB, é de mais de 1 milhão de reais, a quinta maior dentre todas as modalidades, mesmo sem ainda ter se classificado para os Jogos. Prestígio junto ao poder discricionário é isso aí. E ainda duvidam de sua permanência por ainda um longo tempo na CBB. A Federação do Rio de Janeiro que o diga, dizimada que foi sua opositora direção, agora dentro “dos conformes” cebebianos.

Mas nosso candente grego ainda confessa – “Foi uma decisão difícil. Eu defendo tudo o que é do Brasil (Meus deuses, seu helenismo ainda influi…). Os técnicos brasileiros são bons, mas a seleção precisava de alguém com experiência internacional e que não tenha mais nada na cabeça neste período.” Um técnico estrangeiro que não tenha mais nada na cabeça neste período? Brilhante, simplesmente formidável, e ainda por cima muitíssimo bem pago em nome desse instigante vazio.

Engraçado esse nosso presidente, que respondendo a uma pergunta do técnico Walter Carvalho, que é membro da FIBA , trabalhando a muitos anos no exterior, do por que não aproveitamento seu em alguma seleção nacional, ouviu ser exatamente esse o motivo de seu não aproveitamento, estar radicado no exterior! Incoerência é isto aí, com todas as letras. E o Roese que é assistente técnico em universidade americana, o Evaldo Poli, radicado na Europa, tendo sido inclusive presidente da Associação de Técnicos de Portugal? E quantos mais outros existirão, todos brasileiros, todos muito bons? Mas não, o bode expiatório tem de ser estrangeiro, pois ficará mais fácil justificar um possível fracasso, e a peso de muitos euros. Proteção ao produto nacional ? Não, sairia barato demais, e ainda mais em reais. Vitoria ou fiasco em euros é mais rentável, é o investimento na experiência internacional, aquela que não garante a classificação, mas conota competência e superioridade à gentalha tupiniquim, que ainda bate palmas condescendente. Sentimento colonizado age dessa forma, pois duvido, e afirmo com a mais absoluta certeza, de que se existisse entre nós técnicos um poder associativo e unitário, grego nenhum no mundo nos esfregaria na cara tanta pusilanimidade, tanta falta de patriotismo e caráter. Nossa sem-vergonhice merece um grego de tais dimensões, assim como merece a dor pungente de ver e constatar o quanto de humilhação teremos de digerir pela desunião e pela omissão. Que os deuses nos protejam para, quem sabe, Londres 2012.

Amém.

O ANO QUE SE ANUNCIA…

O ano se inicia sem grandes novidades, aliás, nenhuma novidade, prenunciando a mesmice administrativa, assim como a técnica clonada e cristalizada na quase totalidade das equipes brasileiras, em todos os níveis e categorias. E o jogo inicial para mim, Flamengo e Lageado, abrindo o Campeonato Nacional, corroborou o já esperado estado de clonagem explícita aceita por todas as equipes, num espetáculo sem surpresas e esperanças de algo inovador, de algo inspirador. O que se viu foram duas equipes atuando de forma idêntica, pachorrenta e repetitiva, vencendo obviamente aquela que possuía os melhores jogadores nas posições de 1 a 5, conforme os padrões já conhecidos e aceitos como dogma.

No entanto, assistindo o jogo Franca e Araraquara pela série classificatória do Campeonato Paulista, pudemos constatar que a equipe francana continua a utilizar o agora bem mais entrosado sistema de jogo que a fez se diferenciar das demais equipes brasileiras nos campeonatos do ano passado, com a utilização eficaz de dois armadores fora do perímetro, dois alas e um pivô se revezando no perímetro interno, não guardando posicionamentos fixos, objetivando abrir espaços propícios às penetrações, e efetivos e bem equilibrados arremessos de três pontos executados por especialistas nos mesmos, sem abrir mão dos de média e curtas distâncias. Defensivamente continua a empregar a tática antecipativa, como eméritos conhecedores do sistema pétreo e único utilizado por seus adversários, não fosse ela mesma, a equipe francana, utilizadora do mesmo por longos anos, qualificando-a as interceptações por pleno conhecimento de causa, numa engenharia reversa e inteligentemente bem tramada e melhor executada.

Por outro lado, o comentarista técnico da ESPN Brasil, não se cansou de mencionar ser a equipe de Franca “aquela que foge dos esquemas tradicionais, naturais, ao contrário do resto do mundo”, e que “trabalha do fundo para cima, e que as demais trabalham de cima para o fundo”, enfocando o regime de passes e deslocamentos que a diferenciam das demais. Segundo ele, esse tipo de sistema técnico-tático” privilegia a individualidade e não o coletivismo”, se constituindo num fator restritivo na elaboração estrutural da equipe.

Acredito firmemente ser a tentativa da equipe de Franca muitíssimo válida dentro da atual realidade do basquetebol brasileiro, que já esboça essa nova tendência, haja vista a equipe do Minas Tênis, seguidora do mesmo princípio, e que já acumula ótimos resultados alcançados nas últimas competições de que participou. Essas duas equipes poderão desencadear novas concepções técnico-táticas, bastando que as desenvolvam sem medos e arrependimentos, adequando-as a seus jogadores, que só terão a lucrar tecnicamente, pois serão obrigados a uma melhora nos fundamentos do jogo, sem os quais inviabilizarão tão ansiados progressos.

No ano em que disputaremos uma tênue classificação olímpica, ensaiamos ainda que timidamente, algo de realmente novo (se recordarmos os últimos e tenebrosos 20 anos…), algo salutar e que promete resgatar o gosto do drible, da finta e do arremesso eficiente e estatisticamente mais efetivo, o de dois pontos, por todos aqueles jogadores, veteranos ou não, no pleno reconhecimento de que ainda muito podem aprender e apreender com a pratica dos fundamentos, que foram expurgados e esquecidos em nome de falsos “especialistas” nos três pontos, não poupando nem determinados pivôs na aventura além do perímetro.

Que me perdoe o formidável jogador, hoje comentarista, mas precisamos tentar algo de diferente, exclusivo, brilhante e autêntico, algo que ele mesmo nos brindava em sua época de craque maior, diferente dos demais, exclusivo e letal. E não será um técnico estrangeiro e especializado no sistema único de jogo, aquele que nos tirará da mesmice e do marasmo técnico-tático que nos afundou no poço em que nos encontramos, e sim um dos nossos com coragem, discernimento, conhecimento e extremo bom senso para inovar e esgrimir com o futuro, sem medos nem preconceitos. Temos bons técnicos entre nós, ótimos técnicos, mas que precisam ser incentivados a romper com essa atroz realidade, exatamente para ser diferente do resto do mundo, como o fomos no passado.

Amém.

DEBATES – REBOTES

Discutamos agora um fundamento que é bastante preterido entre nós, e que deverá ser esmiuçado diligentemente, pois seu ensino, difícil ensino aliás, é preterido sistematicamente por apresentar limitações didáticas e estudos pertinentes ao mesmo, como um “patinho feio” dentre os demais fundamentos. O rebote é tão subestimado entre nós, que o tri-campeão da Liga Nacional, o Probst, jamais é lembrado para as seleções nacionais, nem para treinar, sempre preterido por nomes e legendas que atuam fora do país. Na semana passada ele foi o maior reboteiro em um torneio internacional na Holanda, disputando os jogos pelo clube de Assis. Assim como nos arremessos longos, o reboteiro deve possuir um alto grau de controle e percepção posicional na relação tempo-espaço, constituindo-se numa habilidade não muito comum à maioria dos jogadores, e por isso mesmo, passível de aproveitamento integral e decisivo para qualquer equipe, que possa contar com tal habilidade, seleção brasileira inclusive.

Inicio o debate republicando o artigo O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 8/10, publicado em junho de 2006 aqui no blog

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 8/10.

Que três são as condições para um bom rebote:colocação,domínio tempo-espaço e transposição de velocidade horizontal em vertical.Os dois primeiros pontos são básicos nos rebotes diretamente embaixo das cestas,e o terceiro ponto,quando são executados em deslocamento.Colocação é a alma de todo e qualquer rebote,seja defensivo ou ofensivo.Em ambos uma conduta se torna transcendental,a de que toda e qualquer movimentação na busca do melhor posicionamento deve ser realizada em contato,ou o mais próximo possível,do corpo do oponente,atitude que afasta em grande parte a possibilidade de obstrução defensiva.Mesmo estando de costas para o defensor,o giro em torno e em contato com seu corpo possibilita a ocupação de espaços vitais,numa ação antecipativa de grande vantagem.Se essa técnica for empregada por atacantes e defensores,levará vantagem posicional aquele que mais se aproximar do oponente nas ações de mudança de direção ou giro em torno do mesmo.E todas estas ações sendo realizadas sem a perda da visão da bola,por um segundo sequer.Trava-se uma luta de movimentos rápidos e inteligentes,em espaços mínimos,mas determinados.Com a conquista do espaço pretendido pela antevisão direcional do ressalto da bola de encontro ao aro da cesta,ou mesmo da tabela,uma exigência altamente técnica vem a seguir,o domínio tempo-espaço.Trata-se de uma maior ou menor percepção da trajetória estabelecida pela bola após os ressaltos acima descritos.São fatores diferenciados de jogador para jogador,onde alguns calculam com grande dose de precisão o tempo necessário para a captura da bola,saltando e conseguindo-a no ponto mais alto do ressalto.Outros se antecipam àquele ponto,conquistando-a sem saltar em seu máximo.O conhecimento antecipado dessas qualidades entre os oponentes caracterizam e definem estratégias de ação,que se bem direcionadas auferem grandes vantagens em um jogo.Uma forma efetiva de treinamento de rebotes somente necessita de um tosco tampão de madeira para o aro,e uma ou duas cadeiras.Se postando atrás das cadeiras alinhadas lado a lado,o técnico lança a bola na cesta,que por estar tampada oferecerá uma infinidade de trajetórias,ao mesmo tempo em que o jogador finta ou gira em torno das mesmas posicionando-se para o rebote. Mais adiante,o mesmo exercício realizado em duplas,trincas,quadras e quintetos,levará a todos a um salutar e evolutivo aprendizado dos rebotes.No entanto,um terceiro fator deverá ser incluído no preparo,a transposição de velocidade horizontal em vertical,principalmente para os alas que se lançam para os rebotes vindo de posições afastadas da cesta,e que em muitas oportunidades cometem faltas pessoais nas projeções ao corpo dos oponentes.Transformar a velocidade horizontal de que vêm possuídos em velocidade vertical,na qual as projeções referidas transformam-se em faltas pessoais,exige treinamentos especiais.Dois exercícios,por serem acessíveis a qualquer equipe,podem ser praticados.O primeiro,é a corrida de encontro a uma parede,que deverá estar protegida por um colchonete de baixo custo,próxima a qual o jogador deverá,num movimento seqüencial estancar e saltar, numa progressão que deverá se iniciar aos 90cm,progredindo aos 80,70,até o limite de 50cm.da mesma. O segundo, idêntico ao primeiro,substituído-se a parede por uma rede de voleibol,onde a transposição poderá ser realizada a menos de 50cm,no qual o jogador poderá atingir e desenvolver ao máximo tal habilidade.Um jogador treinado nas fintas e giros em contato com o corpo do oponente,capaz de otimizar seus saltos e evitar projeções horizontais,é um jogador que realmente domina a arte dos rebotes,ofensivos e defensivos,tornando-se realmente efetivo para sua equipe.E se seu técnico negligenciar tal treinamento,munindo-se de um pequeno tampão de madeira,duas cadeiras,um colchonete,e mesmo uma corda atada entre dois postes,e contando com um colega que lance a bola a cesta,todo e qualquer jogador poderá melhorar muito sua qualificação reboteira.Não custa nada tentar, quando muito como um exercício de inteligência e imaginação.Mãos à obra.

Vamos pessoal, estão com a palavra! Esse fundamento merece toda a sua atenção.

2007 – PERDAS E RETROCESSO…

Foi mais um ano de perdas e acentuado retrocesso, numa sucessão de erros, tanto administrativos, como técnico-táticos, sem precedentes na história do nosso basquete. E não só no basquete, como também na educação de nosso povo, em todos os níveis de escolaridade, deixando-o à mercê da manipulação política disfarçadamente envolta em planos e bolsas de todos os tipos e matizes, mas desqualificando com salários vis aqueles únicos que poderiam reverter tão trágico quadro, os professores. È um plano diabólico e muito bem orquestrado, por todos aqueles que não irão permitir a existência de um povo educado e culturalmente rico, fatores que inviabilizariam seus planos de domínio político-econômico absoluto. E o esporte tem muito a ver com toda essa colocação, pois capitaliza o interesse da juventude brasileira, que por conta dessa disposição natural se vê afastada de sua prática nas escolas, local ideal e natural para seu completo desenvolvimento.

E o basquetebol não poderia ser diferente, em sua luta desigual e penosa em busca de um soerguimento cada vez mais longínquo, pela absoluta falta de projetos e planejamentos feitos e organizados por gente capaz e estudiosa, afastada do foco das decisões por uma administração central absolutamente incapaz e profundamente incompetente, encastelada no poder decisório à custa de eleições regateadas e loteadas entre os votos federativos, mas tendo como respaldo o processo democrático do voto em assembléias, mesmo caracterizado por forte e ciclópico corporativismo, ações estas fragmentadas e inócuas no frágil campo oposicionista, se é que ele existe de verdade.

Por estas e outras razões de somenos importância, é que destaco alguns pontos que tornaram esse ano que chega ao fim, como um ano de perdas e acentuado retrocesso, senão vejamos:

Desde muitos anos tenho lutado pela existência de cursos de mestrado e doutorado no âmbito da Educação Física, tendo cursado o primeiro organizado pela EEF/USP em 1976. Anos mais tarde fui concretizar meu doutoramento na UTL/FMH em Lisboa em 1992. Em ambos propugnei por temas e linhas de pesquisa voltadas ao desporto prático, ao movimento e ação desportiva, em busca de uma didática voltada ao gestual, às técnicas fundamentais, ao movimento e desenvolvimento tático, e a busca e criação de equipamentos de baixo custo que viabilizassem aquelas linhas de pesquisa. Foi exatamente esse o plano de estudos que apresentei ao curso de mestrado da UERJ, sendo rejeitado, em nome de filosofias, fisiologias, psicologias e históricos, assuntos muito mais palatáveis do que pesquisas experimentais. E vieram os cursos da Gama Filho e da Castelo Branco, todos voltados às linhas de pesquisas similares àquela, não fossem muitos dos professores comuns a todas. Com a falência do mestrado da UFRJ, ficou o Rio de Janeiro atrelado a uma repetição acadêmica beirando à unanimidade, sem um estudo experimental no campo prático desportivo sequer. Na semana que passou, o mestrado e doutorado da Castelo Branco foi fechado pelo MEC, com o seguinte diagnóstico- Numa escala de 1 a 7 – Nota 1, com linhas de pesquisa e estrutura curricular fracas e caso documentado de dois plágios em dissertações envolvendo professores e alunos do mestrado em ciência da motricidade humana ( O Globo, pag.9 de 22/12/2007 ). O CEG da UFRJ já autorizou o novo mestrado da EEFD para 2009, e adivinhem qual a linha mestra de pesquisas? Isso mesmo, fisiologia ! Como poderemos melhorar nossos quadros técnicos desportivos com tais linhas? Basquetebol então, nem pensar…

Tive a honra de ser convidado pelo editor do blog Rebote, o Rodrigo Alves, para votar na personalidade do ano no basquetebol. Repeti o voto do ano passado, com a seguinte justificativa :

Por transcender a grandeza do jogo. Por se situar acima de qualquer analise e julgamento crítico. Pela imagem e presença infalível e quase dogmática. Pela reinvenção sistemática e longeva de si e de seus acólitos, sob a proteção da incapacidade de seus oponentes e até detratores, de se unirem em torno de um projeto que o substitua, reelejo, sem um pingo de dúvida, o grego melhor que um presente como o destaque desse, dos passados e futuros anos, até que uma brisa oscule e afaste a sem-vergonhice de nossas caras, assistentes privilegiadas e inermes de sua absurda presença.

E a procissão helênica prossegue sua via magnífica, agora na companhia de um catalão salvador. Bem os merecemos…

Finalmente, e para fechar envergonhado tão triste ano, recomendo o artigo From Brasilia, que tantos comentários suscitou, pois representa em toda sua grandeza, o estágio falimentar e obscuro em que se encontra o grande jogo entre nós, outrora magnífico e orgulhoso de suas conquistas e posição de ponta no mundo, apontado pela FIBA como a quarta força mundial no século XX.

No entanto, estou convicto de que podemos reverter tão triste quadro, bastando que acreditemos na força do trabalho conjunto de todo aquele desportista que ama verdadeiramente o basquetebol, que deve a ele muito de sua formação cidadã e desportiva, e que em seu estagio e influencia pessoal atual em muito poderá ajudá-lo em seu soerguimento, bastando jogar em equipe, como aprenderam no passado, dentro da quadra, lutando, vencendo e perdendo, mas nunca se entregando, e muito menos desistindo.

INOCENTES AGRESSÕES…

Faltam sete segundos para o término do jogo, e o Flamengo perde para o Boca Juniors por um ponto. O técnico rubro-negro pede um tempo, que ao ser solicitado entre o primeiro e segundo lance-livre cobrado pela equipe argentina, fará com que a reposição do lateral se faça no meio da quadra, dando margem a um ataque mais elaborado e em tempo hábil a uma conclusão de dois pontos, mais segura e objetiva. Usando a prancheta que pouco se utiliza ( o que é muito bom…), o técnico Paulo Chupeta traça uma diretriz técnica baseada na jogada tradicional e quase sempre eficiente conhecida como “trenzinho”, ou seja, os jogadores postados em fila transversal à cesta, se deslocam em direções divergentes para um passe quase sempre seguro motivado pelo elemento surpresa nos deslocamentos. Em um ponto foi enfático, ao prever que toda a carga defensiva seria postada no jogador Marcelo, o mais eficiente jogador ofensivo até aquele momento. Menciona ainda que o mesmo recue em direção ao campo defensivo abrindo a defesa prevista, pois arrastaria com ele o peso do adversário, deixando seu irmão Duda mais livre para tentar uma bandeja, como bem frisou , sabendo ser necessário somente dois pontos para vencer a partida.

Todos a postos, bola não mão do jogador que a reporá em jogo, quando, inadvertidamente, num comportamento individualista o Marcelo corre em direção ao passador recebendo a bola já com dois adversários a cercá-lo no campo de ataque, deixando de lado as instruções do técnico que ordenara que ele fizesse o trajeto inverso, para abrir espaços necessários às penetrações visando tão somente os dois pontos. Como os espaços se fecharam a um passe seguro, nosso habilidosíssimo jogador progride à cesta exercendo seu frágil drible de mão esquerda, que foi o lado que seus inteligentes marcadores cederam a ele, que penetra no garrafão, já agora cercado por quatro adversários, que ao pressentirem o arremesso curto, trocado pela bandeja inexeqüível, exercem o bloqueio à meia altura abafando o movimento, não restando ao Marcelo senão o salto espalhafatoso sem o domínio da bola em suas mãos, sugerindo falta pessoal, não marcada pelos três juízes atentos àquela que seria a última jogada da partida.

Terminado o jogo, um dos juízes (por que não os três?…), é assediado pelo nosso brilhante e obediente ala-armador, ou armador-ala ( até hoje em dúvida…), que com seus dois metros de altura vocifera em sua direção pela falta inexistente não marcada. O juiz dá dois, três passos atrás, quando cercado estanca, e num movimento de liberação empurra o agressor verbal para sair daquele cerco absurdo, e que poderia se transformar em uma armadilha de desforo físico. Foi uma reação de defesa natural sob coação, mas foi o bastante para que os demais jogadores vissem sua reação como um ato agressivo, passível de desforra. Daí para diante foi uma sucessão de exemplos de como não se devem portar numa quadra desportiva, jogadores e dirigentes, que num passe de mágica responsabilizaram a arbitragem por um erro técnico-tático de seu jogador mais emblemático, que quis capitalizar para si o ônus da vitoria, e não foi humilde o suficiente (e creio que pelo peso de seus anos como luminar jamais o reconhecerá) para admitir a falha cometida.

A pincelada final foi dada pelo bom armador Fred que em seu depoimento mencionou que o culpado de tudo foi o juiz que empurrou seu colega, ação proibida, segundo ele, dizendo que “nenhum juiz pode por as mãos em um jogador”. Quer dizer que um juiz, cercado

agressivamente por jogadores, impossibilitado de se movimentar, agredido verbalmente, ameaçado fisicamente, não pode exercer seu direito humano e inalienável de sair daquela perigosa situação abrindo espaços com seus braços? Como reagiria o mesmo Fred se a situação fosse inversa?

No entanto, ninguém naquele ginásio se preocupou com a opinião do técnico Paulo Chupeta, que até agora deve estar lastimando a desobediência explícita de seu jogador, que adora discursar em seus pedidos de tempo, quanto a uma diretriz técnico-tática combinada por todos, e acredito que anteriormente treinada ( já que tanto falam em jogadas para situações especiais…), e que foi solenemente desprezada pelo astro de sua equipe, num comportamento nada incomum ao mesmo, até mesmo em seleções nacionais.

Logo mais, as quatro equipes, todas na mesma situação classificatória decidirão que sai e quem fica na competição, e espero que o manto da humildade baixe por sobre alguns jogadores tidos e havidos como os expoentes do atual basquetebol brasileiro, a fim de que evoluamos firmemente em direção ao soerguimento do grande jogo entre nós, começando pelo reconhecimento de suas falhas e limitações, e pela necessidade de mais trabalho fundamental e bom-senso coletivista.

Amém.

FELIZ NATAL E BOAS FESTAS.

Muito se tem dito e escrito sobre o basquetebol brasileiro, principalmente nos veículos postados na internet, onde ainda se pode encontrar pessoas interessadas no progresso da modalidade, pessoas com larga experiência dentro e fora das quadras, pessoas que não contando com apoio das grandes mídias conseguem manter esses canais de informação abertos às discussões, aos debates e ao acesso de novas técnicas, e até alguma informação sobre bibliografia especializada.

No entanto, muitos destes importantes veículos se orientam ao basquetebol lá de fora, principalmente na cobertura da NBA, no momento estratégico em que todos os esforços deveriam estar concentrados no nosso tão abandonado basquetebol, num esvair de talentosos cronistas e analistas, canalizados que estão ao dia a dia daquela liga. Uma pena, pois nunca na história de nosso basquetebol necessitamos tanto de apoio, informação, discussão e tomadas de posição, no intuito de lograrmos a retomada do nosso verdadeiro lugar no concerto dos grandes, dos lideres do basquetebol internacional, do qual fazíamos parte num passado recente.

E para todos aqueles que dedicam a maior parte de seu tempo às coisas e mundanices da grande liga americana, sugiro como régio presente de natal acessar o endereço a seguir, no qual o maior de todos os profissionais que atuaram na mesma, dá o seu depoimento esclarecedor e vivenciado por quase duas décadas, e em cinco capítulos.

http://video.on.nytimes.com/?fr_story=2d1501c9bfcb295816a52b9674ea719c336e2262

Como constataram após as cinco aulas, podemos afirmar que os caminhos do basquetebol americano estarão sempre bem aplainados, não só pela exuberante quantidade de praticantes muito bem orientados, como na qualificação de grande parte de seus professores, técnicos , dirigentes e mídia especializada, todos unidos para o progresso de seu basquetebol, e que independem de comentários e sugestões exógenas.

Por outro lado, o nosso dia a dia ainda se permite testemunhos como o apresentado a seguir – http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Basquete/0,,MUL213298-4433,00.html , o que demonstra o quanto ainda temos de doloroso caminho a percorrer, numa realidade absurda, mas reversível, na medida em que todos participem do grande esforço de soerguimento do grande jogo entre nós.

Para tanto, conclamo a todos, professores, técnicos, jogadores, dirigentes, mídia de todos os segmentos, desportistas, poderes constituídos, para num esforço que se sabe longo e pedregoso, salvemos nosso amado basquetebol, para que numa época de natal e festas, num futuro não tão distante assim, possamos publicar e divulgar depoimentos sinceros e objetivos como o do Karin, e varrermos definitivamente do nosso caminho depoimentos vazios e pretensiosos de alienígenas vindos de um buraco negro impreciso e vazio de idéias.

Apesar de todos os pesares, desejo a todos um Feliz Natal, e um ano de 2008 repleto de realizações, saúde e muito bem recompensados trabalhos.

Amém.

UM PRESENTE GILIPOLLA…

Palavras do grego melhor que um presente ao programa esportivo da Sportv: “O técnico da seleção brasileira será um europeu, com um único e exclusivo motivo, que é levar a nossa equipe a classificar para a Olimpíada de Pequim. Esse treinador, além de trazer um pouco dos segredos do basquete europeu, não virá aqui para mudar a nossa maneira de jogar. O que ele vai fazer é implantar uma filosofia de jogo, um pouco mais de domínio de jogo que necessitamos em alguns momentos. Eu não tenho medo, primeiro por que vamos classificar, segundo, por que o presidente não é marcado por ir ou não às Olimpíadas. O presidente é marcado, pesado e avaliado por tudo que ele faz pelo basquetebol”.

Sabias e proféticas palavras, onde nas entrelinhas podemos vislumbrar algumas perolas da enganação crônica que acometeu essa administração caótica, e que raciocina segundo a premissa de que tudo sabe e domina do grande jogo, e que de nada valem e valerão quaisquer argumentos, por mais técnicos e embasados que sejam, para mover um milímetro sequer desse posicionamento que prima pela incoerência e até pela irresponsabilidade.

Ora, se o tal técnico, que segundo uma afirmação jornalística do conceituado site BBHeart, é o famigerado e controverso espanhol Manoel Comas, que já transitou pela quase totalidade dos clubes espanhóis, e alcunhado de “El Xerife”, bem poderemos imaginar qual a sua filosofia de trabalho, bastando nos reportarmos a uma matéria em um jornal espanhol (http://www.eldiariomontanes.es/prensa/20070219/deportes/manuel-comas-tilda-jugadores_20070219.html), para nos preocuparmos desde já pelo “pouco dos segredos do basquete europeu” que nos irá brindar, e pela afirmativa do presidente da CBB de que “ele não virá para mudar nossa maneira de jogar”. Lendo a reportagem espanhola, rotular seus próprios jogadores, publicamente, de “gilipollas” ( tontos, idiotas, estúpidos, cretinos, segundo o Dicionário Michaelis), já aufere um belo cartão de visitas para quem não mudará nossa maneira de jogar, e nos deixa curiosos se tentasse o contrário e não fosse, por exemplo, bem entendido e obedecido, de como alcunharia nossos craques? “Gilipollas”, poderia até ser e não dar em nada pelo desconhecimento da língua pela maioria, mas e o Spliter, aceitaria? E o grande Delfin, o Alex, o Guilherme, só para mencionar os cardeais, esqueci o Marcelo. Teria o Comas de escolher um termo mais conhecido, em português mesmo, como por exemplo…

Talvez ele nos ofereça um pouco mais de domínio de jogo que necessitamos em alguns momentos, os decisivos, aqueles que só são vencidos através da integração de princípios e cumplicidade moral e técnica entre jogadores e técnico, sem alcunhas e rótulos, aqueles mesmos que o transformaram no “xerife”, comandando um bando de “gilipollas”, para a gloria e êxtase do grego melhor que um presente, e sendo regiamente remunerado pelo dinheiro público de nossos impostos.

E no fim de tudo permanece uma indagação- Se não é para mudar nada em nossa forma de jogar, se é para trazer um pouco dos segredos do basquete europeu e com a incumbência de nos classificar para Pequim apesar de tanta economia de objetivos, afinal, o que vem fazer aqui? Desconfio que é para evitar o aparecimento de um NAF, segundo sua ótica racista, tão criticada e condenada pela imprensa de seu próprio país.

Qui venga el toro, desculpe, “El Xerife gilipolla”.

Amém.

A LIÇÃO RUBRO-NEGRA.

E o híbrido Campeonato Carioca chegou ao final, insosso , inodoro, impessoal, inglório, injusto para com o estado que desde sempre amou o grande jogo. Creio ser desnecessário analisar, comentar tecnicamente os dois jogos finais, a partir do momento que em nada representaram às tradições cariocas, com as camisas históricas de alguns de seus mais representativos clubes servindo de coletes de treinos para equipes sem um quinto das tradições dos mesmos, numa apropriação indébita perpetrada por indivíduos que se lixam para a importância que esses clubes representam para todos aqueles que vêem no esporte um horizonte de esperanças em dias melhores, na valorização de seus jovens e nas oportunidades de vida que os guiarão vida a fora, e não se espelhando no péssimo exemplo de desamor aos seus mais recônditos valores, pela preservação das tradições representadas por suas gloriosas cores e símbolos. Vislumbrar com esforço uma minúscula cruz de malta perdida em um uniforme descaracterizado, um uniforme tricolor trajados por jogadores visivelmente constrangidos com a situação, pesa muito no imaginário de quem realmente conhece e presa a importância social desses clubes, que não deveriam ser usados de forma tão canhestra e vil.

Por tudo isso, é que devemos prestar as maiores homenagens ao CR Flamengo, que se manteve íntegro perante sua história de glorias e conquistas, jamais traindo o legado sempre lembrado do grande Togo Renan Soares, o Kanela, e dos grandes campeões que tantas e tantas glórias cobriram a camisa rubro-negra, que não foi e continua sendo propriedade daqueles que a defenderam e a defenderão por todo o sempre, não sendo jamais conotada de moeda de troca entre maus políticos travestidos de desportistas.

Que a experiência fajuta que ontem terminou não seja repetida no futuro, pois incorreremos no erro maior, aquele que deflagra o fim inexorável de um ciclo, de uma tradição, e que acena para o perigo definitivo da exclusão e do desaparecimento do basquetebol como um bem a ser mantido e preservado, e não como balcão de aluguel daqueles que almejam o prestigio, mesmo que fugaz, de representarem um papel imerecido e fictício. Mas há quem se passe a esse papel, sempre existirão, são e fazem parte da história do relacionamento humano, para os quais vale o que compram ou escambam, nunca o que conquistam, pois conquistas são para os trouxas, os incautos, os bem-intencionados, figuras anacrônicas num mundo consumista e imediatista.

Fico e opto pela grandeza do desporto, como educação e instrumento confiável na antevisão da vida, com seu aprendizado revelador nas derrotas e no prazer fugaz das vitorias, motivos mais do que suficientes para mantê-lo presente e vivo em nossas vidas, e não permitindo que seja desvirtuado por quem dele somente requer a gloria interesseira e lucrativa.

Parabéns a equipe do CR Flamengo pelo seu brilhante papel de defensor honrado do basquetebol carioca, clube que tive a honra de trabalhar como técnico em duas ocasiões, o que muito me enriqueceu cultural e esportivamente.

Amém.

PRESCRIPTION…


GRANDES DEFINIÇÕES

“O presidente é avaliado e analisado por tudo que ele faz pelo basquetebol”.

Gerasime Bosikis