UMA CHAVE PARA DOIS COFRES

A NLB está afundando com a deserção de vários e importantes clubes,que se bandeiam para as hostes da CBB,a começar por Franca,aliado de primeira linha do idealista Oscar.São estas as noticias que se espalham pelos sites e colunas que cobrem o basquetebol nacional.O grande enfrentamento CBBxNBL parece que não acontecerá,pelo menos quanto à qualidade técnica de seus aguardados campeonatos.E o que esperavam os criadores da NBL?Que a CBB entregasse a chave do cofre facilmente?Do que viveriam daí por diante?Por acaso imaginaram que tal transferência de poder econômico fosse abdicado sem luta?Com quem pensavam que estavam lidando?Com amadores idealistas?Não minha gente,não se brinca com raposas felpudas,a não ser que estejam mais treinados e ressabiados do que elas,o que jamais estiveram.E a turma que de saída apoiou “integralmente” a bandeira emancipatória,mas que ficou descaradamente em cima do muro,ao sentir qual lado lhes daria mais vantagens,bandeou-se sem maiores cerimônias para o colo do grego melhor que um presente.E ele só fez baloiçar a chave do cofre,com a sutileza de uma raposa astuta e solidamente vivida.Mas essa chave mágica detinha um outro e decisivo poder,o de abrir um outro cofre,tão ou mais atraente e poderoso quanto, o do fascinio exercido pelas seleções nacionais,que atrae
a midia e garante o suprimento do cofre antes disputado.Nosso país,ao não exercer a
politica de massificação desportiva,destina seus parcos recursos às seleções nacionais,para que estas sirvam de exemplo a ser seguido pela juventude,o que geralmente não ocorre,exatamente pela ausência de insumos orçamentários para seu desenvolvimento.Então,como num circulo perverso e odioso,as verbas,geralmente estatais são alocadas às seleções,que passam a ser os alvos a serem conquistados.E
nessa luta pelo poder,as vaidades,tanto de dirigentes,como de potenciais técnicos se
exarcebam,em níveis que beiram o absurdo,e onde o mérito jamais é levado em consideração,e sim o valor do QI,ou seja,o Quem Indica,ou é forçado a indicar. Claro que tais exemplos de abnegação,pois todos apregoam em alto som exercerem “cargos de sacrificio”,geram atitudes similares nos atletas,pois o exemplo vem de cima,e como tal deve,e pode ser imitado.E o que vemos e testemunhamos são jogadores trocarem de equipes da NLB para as da CBB,a fim de garantirem bons contratos por estarem na seleção nacional,ou de apregoarem a instauração de um grupo fechado àqueles que não
se enquadrarem aos designeos do grupo.São técnicos já em preparação e aquecimento para deslancharem o Tapetebol,assim como outros que de posse de um microfone destilam criticas e odes ao que fariam,mas que na prática cometem os mesmos erros,e até piores
daqueles que criticam.E é nesse jogo de patrióticos interesses que se perpetua o dono
inconteste da chave que abre ou fecha os dois cofres ,o que detem o poder econômico,e o que manipula as vaidades,as mesquinharias e as incompetências daquelas mesmas figuras que nos lançaram ladeira abaixo no cenário internacional dos últimos vinte anos.Para o grego melhor que um presente não interessam novas técnicas,bons técnicos
dirigentes capazes,políticas de pratica massiva.Não interessa ligas,pequenas,grandes
ou enormes e ambiciosas como a NLB,que lá no fundo,bem no fundo da questão sempre
esteve de olho naquele chaveirinho preso no cinto do grego,que jamais se desfaria de
seu próprio presente,a chave para dois cofres.Como humilde sugestão,me reporto aos artigos que tenho escrito nesse também humilde blog,que a Associaçao Brasileira de
Federações de Basquetebol,hoje composta de 9 Federações,as que se opuseram ao atual presidente da CBB nas últimas eleições,trabalhe ardua,tecnica e administrativamente
no intúito de terem em seu meio mais 5 federações,que é a única fórmula democrática
para conquistarem o comando do basquetebol brasileiro,e que comecem pela Federação
Paulista,com o Oscar como presidente,um homem que sufragou 5 milhões de votos para
senador da república,e que foi abandonado em seu sonho pela NLB por um dirigente,um dos que se encastelaram em cima do muro,e que hoje é senador sem um único voto sequer.Se querem mudar o basquetebol no Brasil,conquistem o poder de fazê-lo,assim como aqueles que lá estão o fizeram.O resto é,bem,é o resto.
Em tempo-Tapetebol-A arte de puxar o tapete dos pés de um inimigo,ou de um colega de profissão.



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