O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 5/10.

O que venha a ser uma finta,para que,e quando executá-la.De princípio deve estabelecer e compreender algumas particularidades inerentes às fintas,com e sem a posse da bola.Em ambas,os principios que descrevemos no primeiro artigo dessa série-O Equilibrio-se tornam fundamentais.Recordando o principal deles,que define a finta como a arte de sobrepujar o adversário sob,ou estando em equilibrio instável,podemos estabelecer de pronto uma regra,simples,porém decisiva-Ao mudar de direção,girar em torno de si ou do adversário,regatear,oscilar,manear,ou alterar gradual,repentina ou sequencialmente sua velocidade de deslocamento,estando o mais permanentemente possivel em equilibrio instável,você se colocará também permanentemente um tempo a frente de seu marcador,fator que definirá o sucesso ou insucesso de sua tentativa em fintar-.Essa relação tempo-espaço,por ser crítica,só se definirá sob o maior ou menor dominio que você venha a desenvolver sobre seu centro de gravidade,projetando-o por sobre um dos limites da área ocupada por você na quadra,de tal forma que qualquer das atitudes acima descritas possam ser utilizadas um instante a frente de seu marcador,destinando ao mesmo uma contra-reação,jamais antecipativa.Essa é a chave dos bons fintadores,estabelecer o controle de suas ações ofensivas de fintas o mais próximo possível do adversário,e estando em equilibrio instável pelo mais longo tempo
que possa suportar.FINTAS SEM A BOLA-Armadores,alas e pivôs se utilizam das mesmas fintas sem a bola,ou sejam:Mudanças bruscas de direção;Rotação em torno do marcador;Alteração rítmica nos deslocamentos lineares ou elípticos.Em todas elas,a
proximidade ao corpo do marcador no momento da ação é o fator predominante,estando
em equilíbrio instável.FINTAS COM A BOLA-Os mesmos comportamentos das fintas sem a bola,mas com dois decisivos novos itens,a concomitante proteção à bola,e a necessidade premente para a obtenção de espaço suficiente para a passagem simultânea
atacante-bola pelo marcador.Em outras palavras,trata-se da criação de espaço onde ele
praticamente não existe,principalmente nas trocas de direção.Se as execuções dessas trocas forem efetuadas em equilibrio estável,o marcador ganhará um tempo a mais para sua atuação defensiva,já que antecipativa,pois o atacante em equilibrio estável terá
de se situar em instável para executar a finta,ofertando o tempo necessário ao defensor.Todos esses comportamentos se situam em frações de segundo,daí a formidável
importância do controle do centro de gravidade.Mais uma vez voltando ao primeiro artigo da série,proponho um novo exercício situado por sobre a experiência que encerra o mesmo:Na posição de equilibrio estável,percorra com o fio de prumo toda a extensão da área ocupada e delimitada pelos seus pés,entrando e saindo da mesma,parando em equilibrio instável,lentamente,de olhos abertos e fechados,mas agregando algo novo,uma bola sendo driblada,e aos poucos vá descobrindo o que pode ser realizado sob o dominio de seu CG.Vale à pena tentar,e principalmente descobrir
a arte da finta.No entanto,em momento algum durante o drible,impulsione ou recepcione
a bola dominando-a abaixo de seu hemisfério superior, não interrompendo sua livre
trajetória,no que seria a infração de 2 dribles,já que por um curto,porém decisivo
momento a mesma seria obstruida.Outrossim,o manejo permanente sobre o hemisfério
superior da bola,dará condições à mão impulsionadora de poder exercer um domínio
chave no ato de driblar,o controle,por projeção, de seu centro de gravidade,que em conjunção ao controle do CG em seu corpo completará e exequibilizará a ação de finta.
As dificuldades na coordenação de dois movimentos díspares entre si,ao terem em comum
a necessidade de serem controlados através o dominio de seus CG’s,desafiará sua habilidade e perseverança,num exercício contínuo de dedicação e descobertas.Mãos à
obra,e bons treinos.



5 comentários

  1. Pablo 12.05.2006

    Olá poderia me informar se o basquete modificou alguma regra para favorecer a transmição na televisão, ou para torna-lo mais agradável para o público?
    E outra a NBA tem regras diferentes não é? seria para manter o “basquete” arte?

    Obrigado

  2. Basquete Brasil 13.05.2006

    Caro Pablo,a NBA adaptou muitas de suas regras para beneficiar as transmissões da TV,ampliando,por exemplo, 4 dos pedidos de tempo para 2 minutos,a fim de ampliar os comerciais.Quanto ao basquetebol”arte”mencionado por você,a NBA restringe ao máximo as ajudas sobre o atacante que penetra,tornando o jogo numa sucessão de jogadas 1×1.As regras da FIBA são mais conservadoras,mantendo o espirito original das regras.

  3. Basquete Brasil 25.11.2007

    Como já afirmei anteriormente,não publico comentários apócrifos e insultuosos,por considerá-los covardes,pusilânimes e anti-democráticos. Paulo Murilo.

  4. Pedro Gustavo 19.09.2009

    Professor, ainda nao estou conseguindo compreender o conceito de equilíbrio instavel e estavel. O senhor poderia explicar isso de uma forma mais simples compreensão ?
    obrigado, Pedro Gustavo

  5. Basquete Brasil 19.09.2009

    Prezado Pedro,não copreender de pronto tal conceito não é prerrogativa só sua, pois a maioria dos jovens iniciantes também encontram grandes dificuldades em entendê-lo.
    Primeiro, indo ao primeiro artigo dessa série( O que todo jogador deveria saber 1/10-Digite esse titulo no espaço Buscar Conteúdo no site), tente recriar o exemplo dado com o fio de prumo preso ao cós do calção(escolha um curto, ou use uma sunga de praia, que seria melhor, desenhe a área ocupada por você no solo com um giz, conforme explicado no artigo, e inicie seus movimentos sempre projetando o contra peso do prumo bem em cima de qualquer bordo desenhado no solo. Percorra toda a borda da area com o prumo, e dessa forma você poderá aquilatar o que seja estar em equilibrio instável por todo o tempo que quiser. Nas fintas, esse posicionamento do centro de gravidade é a chave do sucesso, pois você estará sempre um estágio adiante de seu marcador posicionado em equilibrio estável, ou seja, com o centro de gravidade projetado para o interior da base ocupada, obrigando-o, no caso de tentar interceptá-lo, a deslocar o CG para a borda da base, um estágio atrás de sua posição instável. Pronto, o resto é exercicio puro e prática constante. Espero ter ajudado. Um abraço, e sucesso. Paulo Murilo.

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