DEBATES – O DRIBLE

No debate anterior, sobre o equilíbrio, acredito ter sido a conclusão do Prof.Gil Guadron, excelente técnico salvadorenho que vive na cidade de Chicago a muitos anos, aquela que melhor definiu a importância do equilíbrio para o jogo de basquetebol. Por isso, coloco-a como a primeira definição da série Debates, como veremos à seguir em tradução livre:

O basquetebol é um jogo de equilíbrio e rapidez, e a chamada posição do basquetebolista ( joelhos flexionados, costas retas, pés ligeiramente mais separados da largura dos ombros, etc.) deve ser praticada em união com os demais componentes do chamado jogo de pernas (posição básica, arrancadas, paradas, giros deslizamentos, etc. ) em situações as mais próximas possíveis da realidade do jogo, como na defesa, ao marcar o homem da bola, ao defender em ajuda. E no ataque, na posição de tripla ameaça, a um drible de penetração, ao dar um passe, ao estar sem a bola e deslocar-se para uma porta traseira, ou se situar numa cortina, ou corta-luz, pois a concepção tática deve estar presente. Desta maneira, os exercícios têm “sentido”, e, se está em concordância com o enfoque pedagógico do construtivismo ( aprendizagem significativa), o equilíbrio então, passa a ser parte do contexto do jogo.

No Debates de hoje, abordaremos o fundamento do Drible, colocando como ponto de partida o artigo das série “O que todo jogador deveria saber 2/10”, publicado em 24/4/2006.

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 2/10.

Quando o jogador dribla a bola,fazendo-a quicar no solo e voltando a dominá-la, acontecem alguns pequenos movimentos que detalho:1-Como a impulsão é realizada pelos dedos,ao flexioná-los em direção ao solo forçam a articulação do pulso a um movimento similar,além,é claro das articulações do braço,movimentos estes que incutem uma rotação inversa na bola,que variará de intensidade na medida que aumente a velocidade de deslocamento do jogador. 2-Ao retornar de encontro à mão essa rotação estará revertida,pois no inicio do movimento a bola ao se chocar no solo em rotação inversa mudará de rotação,já que toda força num sentido gera outra em sentido contrario de igual ou maior intensidade.3-Se o jogador não adequar a posição dos dedos na tentativa de anular a rotação para frente,perderá o controle da bola,dai a extrema necessidade de estudar e observar sempre seus comportamentos.4-Todas essas ações devem ser estabelecidas sobre o hemisfério superior da bola,pois se o fizer no inferior interferirá,e até interromperá a livre trajetória da mesma,o que caracterizará a infração dos dois dribles.5-Por esses motivos,todo jogador que na volta da bola do solo dominá-la pelo hemisfério inferior estará cometendo uma infração,além de se utilizar indevidamente da interrupção da livre trajetória para se beneficiar em uma mudança de direção com a bola paralisada em sua mão.Muitos jogadores se utilizam dessa manobra,pois não desenvolveram a técnica de domínio das rotações,e com o beneplácito de muitos juízes se beneficiam inadequadamente em ações de finta.6-Um outro fator deve ser acrescentado,o quanto a bola se mantém em contato com a mão,tanto na impulsão,quanto na recepção.É um tempo de contato que varia com a estatura do jogador,e é um dos componentes do binômio ríimo-passada,ou seja,para cada passada efetuada o jogador manterá o contato com a bola o tempo necessário às ações de impulsão e recepção,sintonizados em cada passo dado.6-Para cada jogador em particular existe uma medida uniforme para esse contato,o qual deverá ser mantido, tanto nas progressões,como nas mudanças de direção.Para que isso ocorra em ambos os movimentos,o cotovelo deverá estar sempre próximo ao corpo,o que garantirá o binômio acima exposto,tanto para o drible linear,como para o drible com mudança de direção. Muitos jogadores efetuam a mudança de direção nesse drible com o cotovelo afastado do corpo,movimento esse facilitado quando os mesmos dominam a bola pelo hemisfério inferior,fazendo com que ela se mantenha por um longo e estendido tempo em contato com a mão,quebrando o ritmo da passada e cometendo a infração de andar com a bola, tendo antes cometido os dois dribles ao interromper sua trajetória,dominando-a por baixo.Duas infrações ao mesmo tempo,e que são raramente marcadas,prejudicando seriamente seu desenvolvimento técnico,principalmente nas divisões de base.Muito bem, compreendidas essas questões,omitidas,esquecidas ou desconhecidas por muitos que se arvoram em formadores de atletas(para que perder tempo com bobagens se existem as pranchetas mágicas?),observemos algumas implicações práticas a serem utilizadas no drible.A primeira e mais importante tem muito a ver com o primeiro artigo dessa serie,ou seja,a chave do bom driblador se situa na fronteira do equilíbrio instável, território onde o domínio das rotações da bola driblada se confunde com o controle do centro de gravidade do corpo em movimentos lentos ou acelerados,à frente,atrás,para os lados nas trocas de direção,nas paradas e partidas.A segunda,quando as distâncias com o marcador(es)se torna critica e urge a criação de um espaço de fuga.Eis a chave do bom driblador,criar os espaços onde não existem.Para tal,dois movimentos se tornam trancedentais:1-O passo atrás com simultânea(simultânea mesmo!)troca de mãos e direção.É um movimento difícil,e somente possível com o cotovelo junto ao corpo e total domínio do centro de gravidade,para mantê-lo em equilíbrio instável.Jogador que se afeiçoou ao domínio da bola por baixo do hemisfério inferior da mesma e com o cotovelo afastado do corpo jamais o conseguirá,já que perderá o domínio do centro de gravidade.2- A reversão com obrigatória troca de mãos,pois se não o fizer exporá a bola ao marcador,facilitando-o na retomada.Esse movimento,mantidas as exigências do item anterior,será tão ou mais veloz,quanto maior for a velocidade em torno de um eixo imaginário projetado dentro da área da base que o jogador ocupar.Mas o que vemos comumente em nossas quadras? Jogadores,que em fase de armação de jogadas se perdem em seguidos dribles por entre as pernas,num exibicionismo barato e perigoso.Pena que a maioria dos marcadores pouco saibam sobre equilíbrio e centro de gravidade em si mesmos,quiçá dos dribladores à sua frente.Se soubessem algo atacariam a bola no momento que estivesse sendo driblada entre as pernas,pois nesses momentos ela encontrará o solo DENTRO da área da base ocupada pelo atacante tornando-o refém de uma escolha se atacado,ou a interrupção do drible,ou o retrocesso,pois estando em equilíbrio estável se torna inabilitado às mudanças de direção.Outra bobagem é a utilização do drible pelas costas visando uma mudança de direção, estando na parte central da quadra. Como se trata de um drible de grande amplitude ele fatalmente levará o jogador para um dos lados da mesma,tornando-o vulnerável a uma dobra defensiva.Trata-se de um drible para ser executado da lateral para o centro da quadra,pois dessa forma estará habilitado a uma penetração,um lançamento frontal à cesta,ou um passe.Com pudemos observar,princípios de equilíbrio e centro de gravidade estão indissoluvelmente ligados à arte do drible,fatores básicos a todo jogador que se proponha ao domínio do mesmo.Para finalizar,sugiro que à partir do drible o jogador passe a se interessar em conhecer o comportamento de um eixo,em torno do qual a bola girará toda vez que for impulsionada ao solo,e de lá retornar à sua mão,e que é denominado eixo diametral.Ele será muito importante nos artigos que se sucederão. Por ora,vamos à quadra praticar o drible como deve ser praticado.

Como esse fundamento é aquele que maiores problemas de aprendizagem apresentam em nossa realidade, haja visto as enormes deficiências técnicas de nossos armadores, acredito que deverá suscitar bons debates entre os técnicos e professores, propiciando uma positiva troca de experiências, nos aspectos didáticos e pedagógicos. Mãos à obra pessoal, o espaço está às ordens.



18 comentários

  1. Anonymous 23.10.2007

    Meu prezado Paulo:
    E um prazer intercambiar ideas com os colegas brasileiros.Obrigado por a oportunidade.
    O drible e uma faceta vital do basquete e absolutamente todos os jogadores sim importar sua estatura o posicao deben practicarlo , falando en forma geral, seran os “guards” quienes mas lo utilizen.
    Este debera sera ser utilizado con un claro objetivo en mente:
    Como la ultima opcion de la “triple amenaza” o para trasladar la pelota hacia la cancha que nuestro equipo ataca, sera utilizado:
    1- Para mejorar el angulo de pase,
    2- Para “colarse” hacia la canasta,
    3- Penetrar para atraer la atencion de un oponente obligando a la defensa a” dar ayuda y/o rotar”
    Recuerde que la pelota viaje mas veloz si va sola , si tiene que escojer,de preferencia ejecute un pase( no sostenga mucho tiempo la pelota , pues eso facilita la tarea defensiva ).
    Fundamentos generales:
    1-Mantenga siempre una vision perisferica,
    2-Debe de ser capaz de driblar tanto con la mano fuerte como con la debil,
    3-En area congestionada baje su “centro de gavedad” , mantenga la pelota cerca de su cuerpo y cerca del suelo ,y drible la pelota con fuerza,protejiendola con su cuerpo.
    4- En drible de velocidad, ejecute dribles largos y altos ( mas o menos a la altura de los hombros )al frente de su cuerpo, alternando sus manos para mejorar la velocidad .
    Gil Guadron

  2. Marival Junior 23.10.2007

    Prof. Paulo Murilo
    novamente peco emprestado o blog para divulgar os livros sobre basquetebol que tenho em minhas maos e que podems servir de exemplo para posíveis consultas pelos professores e tecnicos de basquetebol.Obrigado. Prof. Marival Junior

    5 – Basquetebol – brincando e aprendendo : da iniciação ao aperfeiçoamento Autor : Marcelo da Silva Villas Boas
    6 – Ensinando Basquetebol para jovens American Sport Education Program

    Na 3ª semana, apresentarei mais dois livros sobre basquetebol. Apresentarei apenas as capas, o título do livro e o autor, sem a sinopse, resumos ou comentários pois não é a minha preocupação em falar qual livro pode ser sofrível, ruim, bom, ótimo ou excelente, este comentário eu deixo para você leitor. Bom divertimento!!
    Prof.Marival Junior –
    basquetelondrina.blogspot.com
    blog.educacional.com.br/marival2480911

  3. Basquete Brasil 23.10.2007

    Prezado Marival,use o blog quando quiser, no entanto sugiro que,para facilitar a compra de um dos titulos por parte de um prof.interessado,seria ótimo que você incluísse o nome da editora e seu respectivo email. Um abraço,
    Paulo Murilo.

  4. Basquete Brasil 23.10.2007

    Prezado amigo Gil,obrigado a você por nos prestigiar com tão bons e precisos comentários.Todos nós só temos à lucrar com o intercâmbio,tão raros nos dias atuais.Um abração,
    Paulo.

  5. Anonymous 25.10.2007

    Meu amigo Paulo:
    O agradecido sou Eu.Todos desejamos ser melhores pais de familia , tecnicos de basquetebol etc. mais necesitamos ayuda de alguien, e seu blog e um medio ideal pra intercambiar ideas sobre o basquete.
    Permitame compartir uma experiencia: A principio nos anos 90’s Eu moraba ja en USA,asisti con mais dois tecnicos salvadorenhos na Universidade de Illinois a estagio de basquete con Theresa Grantz, ex-entrenadora no equipo olimpico de USA em Barcelona, llegamos tarde e a practica ja habia comenzado, nos tomamos o asiento nas bancadas. Alguien do corpo tecnico nos vio e falo pra Theresa , ela paro o entreno, reunio o team e as entrenadoras asistentes ,todas caminharon pra frente onde nos estabamos e com una sonrisa dijeron en espanhol “BIENVENIDOS”,logo en ingles dijo; “que agradecia que desde tan lejos alguien se interesara en conocer sobre su trabalho”,e o entreno continuo.Con esa actitud Theresa mostro sua grande humanidade ,Ela asigno a dois entrenadoras do seu corpo tecnico pra que trabalhasen con nos , por tres horas cada amanha ,tudos os dias de nossa estadia.Theresa me conto que ela lembraba que cuando comenco como entrenadora de basquete ela necesito tambem ajuda. Meus amigos tenho tanto que agradecer a tantos entrenadores que me ajudaron e continuan ajudandome a conhecer o basquete e voce, Paulo esta entre elos, cedo nos anos 70’s .
    Amigos brasileiros so comparto o poco que conhesco de nosso deporte,todos temos algo que aportar,juntos podemos . Os dejo com este mensaje do inventor del basquetebol: “Somente quero dejar iste mundo, un poquinho melhor que como o encontre”
    Perdoen meu mal portuges
    Gil Guadron
    UFRJ

  6. Jalber Rodrigues 31.10.2007

    “Driblar” ou não “Driblar” eis a questão!!!
    Na seqüência do processo de aprendizagem, pedagógicamente falando, manejo do corpo ( com forte e importante presença do equilíbrio ), manejo de bola e drible!!!
    quando começo o processo de ensino/apredizagem do drible digo aos meus alunos!!!! “- Este será um fundamento trabalhado exaustivamente, um fundamento que vocês deverão dominar e ter excelência, porém utilizarão em poucos momentos do jogo, salvo no movimento de transição defesa ataque na situação 5 contra 5.”
    Como sempre o Professor Gil Guadron e o professor Paulo comentam com muita propriedade o fundamento drible, explanando todas as suas peculiaridades.
    Acrescento, porém, o fato de que o basquete se resume para o iniciante em quicar a bola no chão e arremessa la na cesta. O aluno deve, dessa forma, ser motivado pelo professor a dominar o fundamento drible mas, usa lo somente quando necessário, como disse o professor Gil.
    O trabalho de drible deve ser feito em todos os treinos e deve ser mostrado ao aluno a importância de manter as mãos sobre a bola e o maior tempo possível ( sem cometer uma infração de andar ), sentir o contato com a bola para que possa executar as mudanças de direção ritmo, passes rápidos etc.
    Variar a forma de trabalhar o drible com contestes, estafetas, pequenos jogos, jogos adaptados são uma forma de trabalhar e motivar o aluno a trabalhar bem o drible, mas é preciso ter cuidado para que a “competição” não traga ao aluno vícios que geralmente aparecem quando o aluno tem que executar um movimento com rapidez sem te lo dominado. O feedback é impotante também nesse momento.
    Este é um fundamento que, na minha opinião devemos nos espelhar nos americanos que praticam muito e o dominam como ninguém.
    Então driblemos!!!
    Pero no mucho!!!!

  7. Fábio /SP 01.11.2007

    O drible é um fundamento que diferencia muito um atleta do outro, sendo claramente perceptível notar a aptidão natural da criança para o basquete através de uma avaliação no modo de execução do mesmo. Uma forma que gosto de utilizar para aumentar o nível de qualidade no domínio da bola é usar em exercícios bolas de tamanho reduzido, como bolinhas de tênis, ou mesmo mini-bolas de basquete, isso visa aumentar o nível de dificuldade para que, em condições “normais” haja uma facilidade em manusear a bola. Também costumo utilizar exercícios com duas bolas ao mesmo tempo, procurando desenvolver os dribles simultâneos, alternados, em alturas e velocidades diferentes, com movimentos dos braços em sentido contrário (um para frente outro para trás), entre outros…
    Falando mais taticamente agora, acredito ser fundamental estimular o drible de modo a buscar a cesta, tentando ser agressivo todo o tempo, e nos casos de se tentar uma assistência ou passe, que o atacante execute antes disso um corte driblando seu marcador direto para, ao infiltrar, servir algum parceiro livre. Existe , porém , um artigo que se somado ao movimento antes da execução do drible, facilita de sobremaneira a passar pelo marcador: a(s) finta(s), mas isso é assunto pra um próximo debate… abraços a todos

  8. Basquete Brasil 10.11.2007

    Encerro esse debate sobre o Drible,cobrando do Gil,do Jalber e do Fabio uma sintese,que a exemplo do primeiro sobre equilibrio,pudesse concluir o mesmo.Fico aguardando.Um abraço a todos,Paulo Murilo.

  9. Jalber Rodrigues 13.11.2007

    Vamos ver como fica a síntese dentro das minhas limitações de jovem técnico e professor/aprendiz:
    O drible é um fundamento que deve ser treinado à exaustão, mas deve ser usado com parcimônia, nos momentos certos. Deve ser usado na transição, na busca por melhor posicionamento para um passe, um arremesso, para a mudança do pé de pivô ou na aproximação da cesta para uma arremesso em bandeja.
    O drible na transição deve ser feito preferencialmente pelo centro da quadra, para aumentar as possibilidades de progressão e opções de passes. Deve-se evitar o término do drible próximo às linhas laterais, de fundo e meio, pois isso fará com que o driblador fique marcado por uma linha e provavelmente por uma dobra de marcação devido à limitação de espaço.
    Os dribles para melhor posicionamento e para aproximação da cesta devem ser feitos seguidos de uma posição de tripla ameaça e leitura da defesa para decisão do momento certo de driblar.
    Quanto ao treinamento do fundamento, é importante mostrar ao aluno/atleta que as mãos devem se posicionar sobre a bola com o contato nos dedos evitando a palma e com movimentos de pulso para imprimir à bola uma rotação em top spin, como no arremesso. As mudanças de direção devem ser feitas preferencialmente pela frente, com o cotovelo próximo ao corpo para facilitar o domínio do centro de gravidade e conseqüentemente do equilíbrio, deixando as mudanças por entre as pernas e por trás como recurso em casos de dificuldades, visto que esta duas últimas diminuem o equilíbrio
    treinar sempre os movimento de avanço e busca de melhor posicionamento partindo da tripla ameaça. Um drible desnecessário durante um ataque pode fazer com que o tempo de posse “passe mais rápido” por ser um movimento mais lento que o passe.
    O manejo de bola melhora o domínio da mesma e deve ser praticado sempre para auxiliar no domínio do drible.
    E por fim, treine muito os três dribles básicos do basquete: 1- em transição com a corrida em trote e o centro de gravidade um pouco abaixado; 2- drible forte na presença do marcador com o centro de gravidade baixo e corpo entre a bola e o marcador com possibilidades de avançar ou recuar e 3- drible em contra ataque com o centro de gravidade projetado à frente para aumentar a velocidade de corrida, quicando a bola à frente podendo essa chegar à altura dos ombros.
    Bom espero que tenha conseguido.
    Abraços a todos os professores e técnicos.

  10. Basquete Brasil 14.11.2007

    Prezado Jalber,melhor não poderia ficar,mas com uma pequena ressalva,para não perder o cacoete de professor,desculpe.A tripla ameaça sempre precede o drible,o passe ou o arremesso,pois iniciado um desses fundamentos a mesma deixa de existir,dando lugar ao aspecto decisório,pela opção de um dos três fundamentos que a compõe.No mais,perfeito.Um abraço,Paulo Murilo.

  11. Jalber Rodrigues 18.11.2007

    Bom professor!! nosso bom e velho português não deve ser esquecido nunca… acredito que sua ressalva tenha vindo do trecho “Os dribles para melhor posicionamento e para aproximação da cesta devem ser feitos SEGUIDOS de uma posição de tripla ameaça e leitura da defesa para decisão do momento certo de driblar.”
    O seguido não caiu bem… melhor seria precedido… foi isso?!!
    Mas não e cacoete de professor, eu vejo como competência para ver o basquete de todos os ângulo, até mesmo do bom português. E é dai que vem minha admiração pelo seu trabalho!!! Obrigado professor!!!
    abraço

  12. Basquete Brasil 18.11.2007

    Prezado Jalber,acertou.E dessa forma,com a devida e autorizada,por compreendida correção,podemos concluir o debate com sua sintese:
    O drible é um fundamento que deve ser treinado à exaustão, mas deve ser usado com parcimônia, nos momentos certos. Deve ser usado na transição, na busca por melhor posicionamento para um passe, um arremesso, para a mudança do pé de pivô ou na aproximação da cesta para uma arremesso em bandeja.
    O drible na transição deve ser feito preferencialmente pelo centro da quadra, para aumentar as possibilidades de progressão e opções de passes. Deve-se evitar o término do drible próximo às linhas laterais, de fundo e meio, pois isso fará com que o driblador fique marcado por uma linha e provavelmente por uma dobra de marcação devido à limitação de espaço.
    Os dribles para melhor posicionamento e para aproximação da cesta devem ser feitos precedidos de uma posição de tripla ameaça e leitura da defesa para decisão do momento certo de driblar.
    Quanto ao treinamento do fundamento, é importante mostrar ao aluno/atleta que as mãos devem se posicionar sobre a bola com o contato nos dedos evitando a palma e com movimentos de pulso para imprimir à bola uma rotação em top spin, como no arremesso. As mudanças de direção devem ser feitas preferencialmente pela frente, com o cotovelo próximo ao corpo para facilitar o domínio do centro de gravidade e conseqüentemente do equilíbrio, deixando as mudanças por entre as pernas e por trás como recurso em casos de dificuldades, visto que esta duas últimas diminuem o equilíbrio.
    Treinar sempre os movimentos de avanço e busca de melhor posicionamento partindo da tripla ameaça. Um drible desnecessário durante um ataque pode fazer com que o tempo de posse “passe mais rápido” por ser um movimento mais lento que o passe.
    O manejo de bola melhora o domínio da mesma e deve ser praticado sempre para auxiliar no domínio do drible.
    E por fim, treine muito os três dribles básicos do basquete: 1- em transição com a corrida em trote e o centro de gravidade um pouco abaixado; 2- drible forte na presença do marcador com o centro de gravidade baixo e corpo entre a bola e o marcador com possibilidades de avançar ou recuar e 3- drible em contra ataque com o centro de gravidade projetado à frente para aumentar a velocidade de corrida, driblando a bola à frente podendo essa chegar à altura dos ombros.

  13. prefiro não comentar!!! 20.12.2007

    Paulo Murilo Iracema, vc é um istrutor de basquet mt eficiente, mas nao é me gabando nao, eu sou melhor q vc por eu ter até + estudo q vc.
    Não te conheço mas felicidades e boas festas um ano novo repleto de alegria e paz nesse nosso estado maravilhoso q é o Rio.um Feliz natal pra vc e sua familia, e um prospero ano novo!!!

  14. Basquete Brasil 20.12.2007

    Prezado “Prefiro não comentar”,desculpe me dirigir a você dessa forma,pois além de não conhecê-lo não sei o seu nome.Assim como você, muitos são infinitamente melhores do que eu,e não só no basquetebol,apesar de ter estudado muito,mas não o suficiente,o que tento fazer até os dias de hoje.Agradeço os votos e retribuo da mesma forma.Felicidades para você e sua familia.Paulo Murilo

  15. Rosangela 26.12.2008

    Ola Paulo!
    Primeiramente parabéns pelo site; Vem contribuir para o extermínio de muita ignorância que existe em nosso pais sobre basquetebol.
    E alem disso muitos se enganam e acham que sabem tudo ou são os melhores…rsrs
    Vivo todos os dias com essa plena realidade, não que me ache melhor que ninguém, apenas tenho consciência de que todos temos que correr atrás incansavelmente de soluções e conhecimento.
    Propus-me a escrever um livro ou uma apostila sobre basquetebol e tenho feito muitas pesquisas e estudos sobre o assunto, livros, sites, cursos, depoimentos e etc.
    Li os seus artigos postados aqui e achei bem interessante.
    A minha pergunta ou duvida é o que e como me direcionar no meu livro a contribuir a formação de novos profissionais.
    Trabalho também com estagiários onde até eles estudam e obtém algum conhecimento, mas não tem o brilho que um jogador poderia ter ao ensinar e o jogador não se interessa em se aprofundar mais em estudos para se tornar um profissional de formação pq acha que já sabe tudo.
    Queria poder abranger algo de caráter significativo aos novos profissionais que ambos pudessem retirar desse livro algo que viesse a encantar os corações dessa nova geração e investisse mais em uma boa formação de atletas.
    Enfim aceito comentários e alternativas e seu conhecimento para contribuir ao meu livro.
    Mais uma vez parabéns … e boas festas!
    Aguardo resp.

  16. Basquete Brasil 27.12.2008

    Prezada Rosangela,obrigado por sua audiência e comentários.Como você tenho dois livros prontos e revisados,mas com grandes dificuldades para a edição.Fico feliz em saber do seu interesse na publicação de um, o que incentivo sobremaneira, ainda mais quando será direcionado aos jovens técnicos que se iniciam nas quadras. Mas minha cara Rosangela, muita atenção nos conteúdos quando dirigidos aos futuros técnicos, pois via de regra tendem ao esquema”Tudo sobre técnica de ataque, ou defesa, ou treinamento,etc”, quando assuntos mais específicos seriam muito mais objetivos e factíveis.Se desejar uma sugestão, escolha um tema e o desenvolva com precisão, pois se obtiver boa receptividade estará com o caminho aberto a outros temas.É essa, mais ou menos, a orientação que imprimo aqui neste blog, poucos, porém bem embasados temas, homeopatica e pacientemente desenvolvidos. Bem Rosangela, essa é a minha sugestão. Sucesso em sua empreitada…e boas festas também. Um abraço,Paulo Murilo.

  17. Douglas /DF 28.09.2010

    Gostaria de saber se há alguma recomendação ou dica quanto ao posicionamento da mão pela lateral da bola(além do cotovelo junto ao corpo), visto que principalmente em mudanças de direção e infiltrações dominar a bola por cima nem sempre é possível. Faço esta pergunta porque muitas das “carregadas de bola” são executadas por uma tentativa falha de posicionamento na parte lateral da bola o que resulta no domínio da mesmo por baixo.
    Aguardo resposta(Apesar do post ser antigo). Obrigado e continue com o ótimo trabalho.

  18. Basquete Brasil 28.09.2010

    Prezado Douglas, a dica se restringe ao posicionamento da mão acima,”e à frente” da bola,no caso da mudança de direção, pois dessa forma, a rotação reversa imprimida à bola quando de encontro ao solo e posterior volta so dominio da mão, fará com que se perca seu controle se a dominarmos somente por cima, já que a rotação reversa continuará atuando. Posicionando a mão à frente, a rotação será anulada sem que se cometa a parada ilegal da bola, e ato continuo impulsionando-a no sentido desejado, principalmente nas trocas de direção(com cnsequente troca de mãos) e nas reversões.
    Espero ter ajudado na compreensão desse dificil, porém eficiente movimento durante o drible.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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