O PROMISSOR DESFECHO…

Faltavam 2 minutos para o fim da partida quando o Rogério teve dois lances livres para cobrar, e a diferença era de 2 pontos à favor do Paulistano. Numa prova de cansaço acentuado perdeu as duas tentativas, propiciando ao adversário num rápido contra ataque aumentar a diferença no placar. Antes, no transcorrer do terceiro quarto, o Helio foi retirado, aparentemente pelo mesmo motivo, pois vinha sendo batido seguidamente pelos armadores adversários, numa prova inconteste do extremo desgaste no jogo de véspera, quando produziu junto à sua equipe uma das mais perfeitas atuações numa partida nos últimos anos.

Mas além do cansaço, a equipe de Franca encontrou pela frente um grupo determinado na marcação e no emprego crescente da velocidade, sem contar com o domínio dos rebotes de ataque e de defesa, fator de desequilíbrio em muitos momentos das partidas que até agora disputaram.

Um outro aspecto relevante foi a adoção explicita, logo ao inicio do jogo, da dupla armação por parte da equipe da capital, sacrificando um pouco o poder de rebotes, mas ampliando em muito a velocidade ofensiva e a combatividade defensiva, levando o desfecho para os minutos finais, na contramão do jogo anterior onde perdeu por 28 pontos de diferença, e em casa.

Foi um jogo de bom nível técnico, bem dirigido por seus técnicos, ambos em busca de novos caminhos técnico táticos, já convencidos das vantagens da dupla armação e da utilização de pivôs rápidos e flexíveis, e cuja única exceção, o pivô Atílio do Paulistano, que mesmo pesadão se movimenta com razoável rapidez e prontidão nos posicionamentos de rebotes.

No entanto, uma altercação ao final do jogo quase pôs tudo a perder, quando numa provocação de torcedores postados logo atrás do banco francano levou seu técnico a empunhar uma cadeira na menção de agredi-los, no que foi providencialmente contido, numa ação que poderia ter deflagrado uma situação muito grave. Numa hora destas, deveria lembrar o experiente técnico, que nada o proíbe de se postar dentro da quadra, até mesmo embaixo da cesta, para instruir seus comandados, colocando-os longe da intervenção física de torcedores mais afoitos, a não ser que tal situação de confronto seja desejável, o que vi muitas vezes ocorrer pelas quadras do país. E os primeiros a não intervir no fato das instruções serem dadas dentro da quadra seriam os juízes, pois estariam se livrando de situações que nem sempre são benéficas ao trabalho que exercem.

Na próxima quinta feira, em Franca, e com um bom espaço de tempo para a recuperação física de ambas as equipes, teremos a grande decisão às finais do campeonato, somente desejando que transcorra no mais alto nível técnico até aqui demonstrado, e com a disciplina e correção na quadra de jogo, entre os jogadores, os técnicos e a torcida inflamada e participante da grande cidade do interior, para o bem e o progresso do nosso basquete.

Amém.



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