O SEXTO DIA…
No treino pela manhã, um completo circuito a ser percorrido em duplas, foi montado tendo em vista a pratica dos fundamentos de drible, passes e defesa, oferecendo a mim toda uma gama de observações personalizadas , onde a constatação de qualquer erro de execução era prontamente corrigido, dando aos jogadores uma sensação de apoio e atenção praticamente individualizada.
Esse método de avaliação imediata, propicia uma correção que será tão mais rápida quanto menor for o espaço entre a diagnose e a mesma, num processo eficaz e progressivo na homogeneização da equipe quanto ao domínio correto dos fundamentos básicos, fator primordial para a consecução de um sistema de jogo, seja lá o que for empregue por qualquer equipe de qualidade.
O grande e profundo trabalho a ser desenvolvido nesta fase é da efetiva conscientização dos jogadores pela necessidade da pratica e treinamento dos fundamentos, pois muitos deles se auto definem como excludentes de um processo que pseudamente dominam, considerando-o para iniciantes tão somente, constituindo-se num erro que onera a equipe em seu todo, pela deficiência técnica na execução do fator responsável pela viabilidade de um sistema, os fundamentos do grande jogo.
No treino da tarde, foi apresentado à equipe o primeiro fragmento de um sistema baseado em dupla armação, na forma de um exercício entre dois, e depois três jogadores, ainda sem marcação, mas sendo exigida toda uma preocupação concernente aos movimentos coordenados na formulação e execução dos mesmos, através a consciente leitura de todas as partes que os compõem. A somatória de todos os fragmentos transformados em exercícios práticos e minuciosamente estudados é que comporão o cerne do futuro sistema, tornando-o exeqüível pelo pleno conhecimento e domínio de suas particularidades.
Exercícios de rebotes e de contra ataques complementaram uma pratica altamente compensatória, mesmo sob o domínio suado e sacrificado de todos que compõem essa dedicada equipe.
Mudanças de atitude e disposição estarão sendo modificadas com o desenrolar dos treinos, originando na equipe um maior sentido técnico tático, como produto direto do esforço de todos. E assim será.
Amém.
A PALAVRA É… “INSTIGANTE”.
DEVO DIZER, PROFESSOR, QUE ME SINTO DENTRO DE SEUS TREINOS!
A CADA PALAVRA, A CADA COMENTÁRIO. POR VEZES REPRENDENDO AQUELES QUE SE DEFINEM CONHECEDORES DE TODA TÉCNICA – DE UMA FORMA EDUCADA E COMPREENSIVA! VEJO COMO ESTÁ SENDO OS TREINOS, MESMO SEM VER.
SERIA MUITO SE LHE PEDISSE PARA COMENTAR COMO ESTÁ A RECEPÇÃO FRENTE AOS TREINOS DIFERENCIADOS! OS ATLETAS ESTÃO RESISTENTES OU JÁ “ABRAÇARAM A CAUSA”, ELES TÊM FALADO QUE PARECE TREINO DE INICIANTES OU VIRAM COMO UMA OPORTUNIDADE DE MELHORIA TÉCNICA?
UMA ULTIMA DÚVIDA. COMO O SENHOR MONTOU SEU CORPO TÉCNICO? QUEM LHE AJUDA E DE QUE FORMA? HÁ AQUELE TÉCNICO DE ATAQUE E OUTRO DE DEFESA? HÁ AQUELE QUE REFORÇE CONCEITOS TÉCNICOS MAIS INDIVIDUALIZADOS – COMO OS REBOTES A 180º PARA PIVÔS? PODEMOS, ATÉ MESMO, ENSINAR PARA TODOS, MAS COBRAR COM ENFAZE FRENTE A RESULTADOS EM UMA COMPETIÇÃO SOMENTE DE ALGUNS, CONCORDA?
MAIS UMA VEZ ME ALONGUEI NAS PALAVRAS, PERDÃO E ABRAÇOS..
Estamos todos com o senhor, professor.
E agradeço ao atendimento das sugestões! 😀
Abraços, e bom trabalho.
Olá Paulo, vejo que já começou o trabalho junto com o time. Eu iria lhe fazer as mesmas perguntas que Alexandre Miranda fez! Queria saber se o time esta aceitando os treinos!
Grande Abraço!
Prezados Alexandre e Glauco, apesar de algumas articulações enferrujadas e doloridas pelo desgaste em sete décadas, tenho consciência de estar passando uma eficiente mensagem de técnica, tática e otimismo a um grupo experiente, de bons jogadores, e que aos poucos, homeopaticamente, vão recebendo e aceitando uma proposta que muda quase radicalmente suas concepções de jogo, atreladas que estão ao sistema único de jogo, com suas jogadas pré determinadas e marcadas pela pachorrenta mesmice. Resistências haverão, como estão havendo, com certeza, mas procuro no âmago de cada um aquela quase extinta chama da curiosidade, das pequenas ambições, das descobertas, das incertas certezas, da busca de um sólido objetivo que valha a pena lutar, da sempre fugaz esperança, dos sonhos que nunca morrem, mesmo que aparentemente irrealizáveis, da fé em dias melhores.
Não montei um corpo técnico já que estabelecido, composto de um assistente, um preparador fisico, um fisioterapeuta, um médico e um pequeno grupo de apoio às necessidades dos jogadores.
Constatei serem competentes e bastante profissionais. E quanto a assistentes especificos e especiais, sempre abri mão desses penduricalhos, pois não abro mão do comando, cuja responsabilidade não deve ser distribuida numa ação entre amigos.
Enfim, a partida foi dada, e o desafio estabelecido. Um abraço aos dois. Paulo Murilo.
Prezado Diego,muito obrigado pelo apoio, e quanto às sugestões, nada a agradecer. Um abraço, Paulo Murilo.