O DÉCIMO TERCEIRO DIA…

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Manhã nebulosa, logo um arrefecimento na temperatura ambiente permitirá uma movimentação mais intensa no abafado ginásio. E assim foi mais um treino matinal totalmente voltado aos fundamentos, com especial relevo nos passes e arremessos de curta e media distancias.

É realmente surpreendente o poder de resistência de um mau hábito técnico adquirido, quando perante a perspectiva de mudança, por mais simples que seja, principalmente quando o arremesso é o foco da questão. A intensidade nos exercícios visando o aprimoramento de sua mecânica de execução é minimizada ante a enorme dificuldade de corrigi-la se necessário for, pela evidência de um erro técnico que inviabiliza sua precisão. Trava-se então a luta desigual entre um hábito adquirido ao longo de anos de pratica intensa, e a necessidade de corrigi-lo em algumas sessões de treinamento. E é neste exato momento que entram em cena a experiência e o conhecimento do técnico, para num processo de desconstrução substituir um hábito adquirido equivocadamente por outro devidamente corrigido. Não é fácil, mas perfeitamente possível, tornando um jogador mais seguro e confiável na arte do arremesso.

Ao final da tarde, com uma temperatura bem mais amena, treinamos intensamente reposições laterais e de fundo bola, com encadeamento no sistema ofensivo contra defesa individual e por zona, numa movimentação bastante semelhante ao jogo real, tal o empenho e dureza empregues pelos jogadores na quadra. Foi um eficiente exercício de doação e comprometimento de todos, quando agora podemos afirmar com segurança estarem abertas as possibilidades reais de um soerguimento técnico tático, consubstanciado a um elevado padrão na auto estima de toda a equipe.

Infelizmente, a uma semana do reinicio da competição, e num momento decisivo de firmarmos os novos padrões duramente adquiridos, três de nossos jogadores se deslocarão até Uberlândia para exibições gratuitas e despidas de ganhos reais de técnica, desfalcando a equipe em treinos de crucial importância para sair da situação de última colocada na liga, assim como do assistente técnico tão necessário nesses treinos, todos deslocados a convite desta mesma liga, convite este que declinei pelo compromisso assumido junto a equipe num momento tão critico por que tem passado.

Mas vamos em frente com os que aqui ficaram, numa escalada que em absoluto pretendo interromper.

Amém.



4 comentários

  1. Juvenal 20.02.2010

    Prof. boa noite. Só uma pergunta que anda me tirando o sono: 4h de treinos diários não seriam insuficientes não?

    Abraços.

  2. Basquete Brasil 20.02.2010

    Dependendo da intensidade dos mesmos, certamente que não,prezado Juvenal, ainda mais que todo um novo sistema vem sendo implantado e treinado, onde as exigências de novas movimentações ultrapassam em muito (e na intensidade)a repetição monocórdia do sistema anterior, cujas repetições por horas e horas não traziam mais nada de inovador. Quatro horas de esforço bem dividido é uma forma correta de treinamento, na medida em que a proposta técnico tática seja coerente e inovadora. Durma em paz que tudo está sendo feito com correção e competência por todos nós. Um abraço, Paulo Murilo

  3. Juvenal 21.02.2010

    Hehehehehhe…obrigado professor…era só uma dúvida de um leigo mesmo.

    Abraços

  4. Basquete Brasil 21.02.2010

    Não há de que prezado Juvenal. As dúvidas existem para serem respondidas, sempre. Um abraço, Paulo Murilo.

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