DOIS LANCES DECISIVOS…

Nos finais dos terceiro e quarto períodos do jogo, aconteceram as duas jogadas que definiram a partida, ambas no aspecto técnico, mas somente uma delas influindo no aspecto tático, a do ferimento no supercílio do Probst nos dois minutos finais do terceiro quarto. A outra, e espetacular jogada por parte do Alex, bloqueando uma bandeja do Lewis, que aos 37 anos ainda demonstra ser incapaz de fintar um adversário que se lança para um bloqueio naquelas circunstâncias, ação esta que o próprio Alex fez questão de mencionar ao repórter que o entrevistou ao fim da partida. Foi uma jogada cinematográfica, e profundamente importante naquele final ainda indefinido do jogo.

Mas a outra, sim, alterou profundamente o destino da equipe francana, pois vinha sendo o Probst o único homem alto de sua equipe a fazer frente ao forte bloqueio candango, jogando de frente para a cesta, capitalizando bons e efetivos rebotes, e se saindo muito bem na defesa, ao contrário de seus companheiros que não conseguiam se antepor ao jogo interno de Brasila, que contou com um Guilherme imparável nos arremessos de media distância, vide a madura opção de ambas as equipes priorizando o jogo interno, a marcação pesada e intensa do perímetro externo, a tal ponto que  Franca atingindo 7/22 tentativas de 3 pontos,e 21/41 nas de 2, não conseguiu superar Brasília, que mesmo com um baixo rendimento nos arremessos de 3 (2/19), ter praticamente se igualado nas de 2 ( 22/35), teve nos Lances livres (30/32) contra 12/20 de Franca o grande diferencial do jogo, provando mais uma vez que sua escolha na reta final do forte jogo interior, foi a mais acertada.

Mas neste ponto da análise, algo fica em suspenso, o fato de que Franca agiu correlatamente, equilibrando as ações, até que naqueles dois minutos finais de um terceiro quarto que vinha tênuemente liderando, perdeu seu mais importante homem alto, numa “infelicidade de jogo”, ao ver rompido seu supercílio a um toque do Tischer, propiciando a volta do domínio das tabelas para a equipe da capital.

Claro que a continuidade do Probst na quadra naquela altura do jogo, pouco poderia nos afiançar que o resultado teria sido diferente, mas não podemos negar a hipótese de que o fiel da balança poderia ter pendido para a sua equipe, pois numa decisão daquele nível, onde vários e sutis fatores podem influenciar resultados, a contusão do bom ala pivô francano deve ser levada em alta conta.

Para o jogo decisivo de hoje, se mantidas as estratégias e comportamentos até agora estabelecidos, de defesa solida no perímetro externo, ausência de tentativas apressadas ou forçadas de 3 pontos, e poderoso jogo interior, priorizando os arremessos de curta e médias distâncias, poderemos ter um final de campeonato que reforce os votos de que algo possa vir a ser modificado em nossa maneira trágica de jogar o grande jogo, ao priorizar a aventura e a irresponsabilidade ao jogo coletivo. Torçamos para que evoluamos com técnica, tática, e acima de tudo, inteligência.

Amém.

Foto- LSB



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