GALERIA DO HORROR II- MINISTÉRIO PREPARA “PLANO DE 10 ANOS”…

“2016 não é o objetivo final. É apenas o primeiro passo. O objetivo é transformar o esporte brasileiro”.

São palavras do secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte Ricardo Leyser, numa matéria do jornal O Globo de 30/9/11 (anexa).

Engraçado, para os demais setores da economia 2016 se afigura como o objetivo já em pleno processo de conquista, onde lucros vultosos começam a ser auferidos, desde as obras faraônicas, até os inúmeros segmentos comerciais, industriais e de serviços gerais, sem mencionar os políticos…

O esporte, que é a verdadeira finalidade de uma olimpíada fica para depois de 2016, se ficar, já que não prioritário para esse e os passados governos deste indescritivel país.

“Dentre todos os países democráticos, o Brasil é o único em que nem a direita e nem a esquerda desejam o seu povo educado. A direita o manteve ignorante desde sempre para se manter no poder, e a esquerda o quer mais ignorante ainda para usá-lo como massa de manobra para se manter no poder conquistado, pois um povo educado jamais se permitiria ser manipulado por nenhuma delas”. (Paulo Murilo em aulas de formação de professores na FE/UFRJ).

Porque investir em educação pública de boa qualidade, escolas, professores, esportes, artes, se bolsas de diversos matizes mantêm o povo controlado e submisso? Por que?

E pensar que bastariam 20% desta olímpica cornucópia financeira lançada num imenso buraco negro pela insânia e ambição de maus brasileiros, para alavancar o fator estratégico da educação de uma juventude simplesmente abandonada.

Ministério do Esporte? Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento? ONG’s dilapidando preciosos e sacrificados recursos de um povo mais sacrificado ainda? Verbas fantásticas alimentando partidos políticos? COB?

Bastaria investir parte destas inacreditaveis verbas na escola (projetam-se 23 bilhões!!), integrando o ensino curricular com o esporte, as artes, com equipamentos simples e funcionais, professores bem formados, treinados e decentemente pagos, para atingirmos a auto-suficiência de mão de obra qualificada, suporte fundamental do desenvolvimento de um país que se deseja poderoso e independente, além de nos alçarmos a uma verdadeira e autêntica condição de país olímpico. Fora disso, o criminoso absurdo que testemunhamos.

Assim como a herança do Pan Americano, 2016 retratará sem retoques o que as duas reportagens acima sugerem de forma contundente e trágica, e onde o esporte estará dando somente o seu primeiro passo, na palavra abalizada e técnica do secretario desportista (?).

Simplesmente lamentável.

Amém.

Reproduções- Clique duas vezes nas mesmas para ampliá-las.

Leitura complementar – Galeria do Horror (6/11/2010)



Deixe seu comentário