FAZENDO PENSAR…

  • ike 08.01.2012 (2 weeks ago) ·

Blah, Blah, Blah.
Ah… DUPLA ARMAÇÃO!!

Sério? só isso q tu tens a dizer sobre Basquete… que triste.

De vez enquando recebo comentários como o acima, sobre o artigo A Dupla (E Eficiente) Armação do Uberlândia, e claro, convenientemente respondido, mas que desperta em mim uma imensa curiosidade sobre a extensão do conhecimento da dupla armação por parte de todos aqueles que acompanham o grande jogo, sejam jogadores, técnicos, dirigentes, cronistas, torcedores.

Numa abordagem inicial podemos afirmar com bastante acerto que, sob o domínio formatado e padronizado quase absoluto do sistema único de jogo, falar em dupla armação se torna uma pregação num deserto de idéias e uma peregrinação numa abrasiva e inóspita terra de ninguém, apesar de ser um sistema de jogo a longo tempo conhecido (?).

Curiosamente, em 1/8/2010, o Blog DraftBrasil, em um de seus fóruns discutiu a dupla armação- Um pouco de táticas e umas reflexões, antecipando em dois anos o que hoje se discute timidamente sobre o assunto, e o fez se baseando na experiência diferenciada da equipe do Saldanha da Gama no NBB2, e o mais emblemático e profético, sugerindo sua utilização em equipes da NBA!

No ano passado, a equipe do Dallas se sagrou campeã da grande liga jogando declaradamente sob dupla armação e pivôs móveis, e nessa temporada mais equipes ensaiam jogar dessa forma, numa clara e instigante mudança de rumos táticos, na esteira do pedido do Coach K após o último Mundial, onde, subvertendo o sistema NBA, venceu a competição em dupla armação e alas pivôs de grande mobilidade, quando pediu aos técnicos universitários do seu país que investissem nessa forma de jogar, a fim de se aproximarem do basquete FIBA.

Por aqui, ainda jogamos no sistema único, com algumas equipes se utilizando de dois armadores, com um deles substituindo um dos alas, mantendo a sistematização usual, e somente a equipe de Uberlândia ousando ainda timidamente uma autêntica dupla armação e uma trinca de homens altos se deslocando permanentemente dentro do perímetro, mais ainda valorizando, como as demais equipes, os arremessos de três, em vez dos mais seguros e eficientes arremessos de dois pontos.

Mas algo animador deve ser enfatizado, e vem da própria LNB através seu blog Território LNB, ao publicarem várias seleções das rodadas do NBB4 e das finais da LDO na formação de dois armadores e três pivôs, numa iniciativa louvável de ver o grande jogo um pouco além do sistema único (diagramas acima).

No entanto, a viciosa fragilidade defensiva do perímetro externo, indús quase que automaticamente aos longos arremessos, independendo se jogarem com um, dois ou mais armadores, numa demonstração tácita de que entre nós a “bolinha”ainda reinará absoluta por um longo tempo, a não ser que…

A não ser que caiamos na realidade de que se não mudarmos drasticamente nossa formação de base, em todos os sentidos, de forma absoluta, não chegaremos a 2016 minimamente preparados para uma competição do calibre de uma Olimpíada, e em nossa terra, de nada valendo se nossos “craques” complementares em equipes de fora formem uma seleção meia bomba, e o mais importante, que nossos técnicos (ou estrategistas)de elite evoluam da mesmice endêmica que nos estrangula técnica e taticamente.desde sempre.

Amém.

PS-Clique nas diagramas para ampliá-los.



6 comentários

  1. Gil Guadron 20.01.2012

    Con el mayor de los respetos:

    En mi curso de especializacion en basquetbol en la Escuela Superior de Educacion Fisca de El Salvador , hace mas de 40 años, cuyo catedratico fue el prof. japones Hiroshi Tanaka teniamos como uno de los libro de texto las colecciones de “basketball Clinics”, ( el Ingles constituia parte del estudio curricular ).

    En ellos aprendi que todo inicia con el dominio de los fundamentos, y a partir de alli , el entrenador debe de estudiar absolutamente todas las formas o estrategias de hacer funcionar de acuerdo a las caracteristicas de sus jugadores las diversas formaciones ofensivas — geograficas, valga la palabra — : 2 – 3 ; 3 – 2 ; 1 – 4 abajo, 1 – 4 arriba etc.

    Como entrenadores debemos de ser permeables,progresar con el deporte, y estoy mas que seguro, despues de estudiar con los maestros Bob Knight, Theresa Greantz, Doug Bruno,Coach “K” , y demas grandes maestros, que debemos de ser creativos.Pensar fuera de la caja, donde comodamente nos ubicamos.

    Y en este aspecto bien particular, Paulo es un pensador independiente, marcando el camino hacia el progreso.

    Es lamentable que mi entrañable amigo, un verdadero maestro del basquetbol brasileño como lo es Paulo Murilo, y lo demostro entrenando al Saldanha, sea tan tristemente — marginado –.

    Paulo Murilo deberia de ser un de los maestros estelares de los Cursos de formacion de Entrenadores.

    Un Doctor en las Ciencias del Ddeporte, no puede ser tristemente marginalizado.

    Estamos hablamos de un Doctor que demostro en la practica su filosofia,y los mas importante, que funciona en la practica.

    Paulo que comparte como todo buen profesor su sabiduria, merece el mayor de los respetos de los entrenadores brasileños.

    Convoquenlo como catedratico de los cursos de formacion de Entrenadores. Nadie mejor que el.

    De alguien que quiere enormemente el basquetbol Brasileiro.

    Prof. Gil Ovidio Guadron Herrera.

  2. Basquete Brasil 22.01.2012

    Obrigado Gil, muito obrigado, de coração.
    Um abraço amigo e fraterno, Paulo.

  3. washington jovem 23.01.2012

    Professor,

    Engraçado que, quando começamos a utilizar essa forma de jogo, todos dos demais times riam da nossa cara, e diziam “Que maneira de jogar é essa”. Hoje vemos varias equipes utilizando esse sistema a exemplo temos o Uberlândia que até então vinha utilizando sistematicamente em todos os jogos, bastou mudar a forma de jogar e perderam para o Franca como vimos no ultimo jogo. Mas ainda continuam pecando quanto aos arremessos precipitados de três pontos.

  4. Basquete Brasil 23.01.2012

    Tem razão Washigton, riram até cairem ante nós, inclusive o campeão. Não esqueça que o coração daquele sistema era a dupla armação competente e corajosa, onde bons e técnicos jogadores ditavam os rumos do jogo, no caso do Muñoz, do Rafael e do João na nossa equipe, e agora do Collun e do Valter no Uberlândia. O Valter não jogou contra Franca, e o muito jovem Coelho ainda não tem argumentos e bagagem técnica para desempenhar o papel do grande jogador. Por isso o Uberlândia perdeu, e só por isso, mesmo com o exagêro nos arremessos de três. No mais, que continuem rindo, pois ri melhor quem ri por último. Um abração, Paulo.

  5. Aparecida Lemos 27.01.2012

    Belo artigo professor,

    gostaria de esclarecer uma dúvida,
    ao arremessar e der Air Ball, um arremesso que erra tanto o aro como a tabela, se eu correndo conseguir pegar a bola de novo, tenho que segurá-la e passá-la ou posso sair jogando.

  6. Basquete Brasil 30.01.2012

    Obrigado prezada Aparecida. Quanto à sua dúvida, confesso qua a tenho também, pois desde que milito no basquete, após uma tentativa de arremesso onde nem a tabela e o aro fossem tocados, o jogador que o efetuou não poderia retomar a bola, pois cometeria a infração de dois dribles se saisse jogando. recentemente assisti em um jogo feminino uma ação idêntica e a arbitragem deixou a jogada prosseguir, gerando em mim uma grande dúvida. Prometo me inteirar sobre tal item da regra, e voltarei a abordar o assunto.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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