O REINADO DAS “BOLINHAS” VII (OLÍMPICAS)…

Creio que as imagens falam por si mesmas, pois um simples passar de olhos sobre as mesmas diluem quaisquer dúvidas que pudessem pairar sobre a insana, teimosa e burra hemorragia ainda presente sobre certas cabecinhas laureadas com uma convocação olímpica, esclarecendo os porquês de 4 pontos num quarto inicial na mais importante competição mundial, e o pior, contra uma seleção que sem muitas opções técnicas “resolve pagar para ver” o quanto de precisão ostentamos inverídica e pretensiosamente nas mãos de mais pretensiosos ainda “especialistas” na difícil arte dos longos arremessos.

Inacreditável que uma seleção com tantos potentes e habilidosos alas pivôs (que pela velocidade e agilidade não podem ser classificados de pivosões, cincões ou algo lamentavelmente correlato…), sejam boicotados por jogadores que se pretendem “decisivos” numa competição desse porte.

Observem bem as fotos (as três primeiras de uma mesma sequência), os posicionamentos, os espaços, as possíveis opções, com um “olho” no cronômetro gigantesco acima da tabela, some os tempos, dividam por 10 (número das tentativas que aqui reporto) e espantosamente obterão uma média de 8.4” de sobras de tempo para um ataque articulado, analisado, lido e inteligentemente concluído. Mas não, “confiamos no nosso taco”, afinal de contas somos os gun shooters desse torneiozinho menor, ou não?

NÃO, não são e nunca serão, pois se em 22 tentativas “livres de marcação” só concluem duas, onde se encontra a tal “especialização, ONDE? (Ah, hoje não caíram, mas amanhã cairão…)

Infelizmente não pude registrar as 12 tentativas restantes, mas que não seriam diferentes dessas que ai estão, límpidas, verdadeiras e lamentavelmente esclarecedoras sobre a realidade do quanto nos momentos sem volta o excelente técnico argentino se vê pendurado na broxa e exerce sua incredulidade declarando no pós quase desastre – “Creio nunca ter visto uma equipe fazer 4 pontos num quarto em competições desse nível…”

Pois foi o que ocorreu, e se repetir, adeus…

Logo, urge uma intervenção mais enérgica, impositiva mesmo, pois o tempo corre inexorável, e a equipe necessita utilizar seu ponto ofensivo mais forte centrado num poderoso jogo interior, melhorando sua defesa nos corta luzes, contestando o perímetro externo, otimizando o posicionamento nos rebotes, e basicamente, optando pelos arremessos mais seguros e precisos, os de media e curta distância, reservando os de longa àqueles momentos em que possam ser concretizados opcionalmente, e não como prioritários, retirando as grandes oportunidades de nosso poderoso jogo interior.

Mais um detalhe e fundamental aspecto presente nas fotos, o vazio de possibilidades de rebotes ofensivos nas tentativas de três assinaladas, demonstrando de forma incontestável a pobreza de leitura de jogo que nos assalta desde sempre, desde que implantamos o principio de “quem matar a última vence o jogo”.

Mas Paulo, e o restante do jogo, afinal, não venceram?

Bem, com um começo como aquele, qualquer equipe por menor que seja sua qualidade, se agiganta, pois presentes de natal antes do tempo não podem ser desprezados, mesmo que uma vitoria alivie tal possibilidade, mas que materializará uma derrota ante um adversário mais estruturado, e que esteja vacinado contra hemorragias infecciosas que ostentamos ainda sem cura aparente, aquela que pensamos debelada, mas que reaparece em toda sua gloriosa morbidez quando menos esperamos, mas que no fundo, alimentamos.

Corrigindo (?) essa crônica deficiência, creio que daríamos um belo e positivo passo de encontro a resultados realmente convincentes, e o mesmo deveria ser o da obediência irrestrita e comprometida ao principio básico que rege e solidifica uma equipe de verdade, a união de todos em torno de um ideal, um sistema, um comandante, de forma humilde e ética.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

Em Tempo – Recordando, se trocássemos metade das bolas perdidas de três, aproveitando 70% das mesmas em dois pontos, teríamos vencido de 20!!

 



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