PEQUENAS SUTILEZAS…
Fechando o playoff, um grande jogo, disputado com muita energia e determinação por ambas as equipes, jogando dentro do perímetro de forma eficiente, e contestando os longos arremessos, propiciaram um dos mais equilibrados jogos desse playoff, que pendeu ao final para a equipe mais experiente e rodada do Bauru, mas que fez da jovem equipe de Franca uma real promessa, com bons valores individuais e um senso de equipe elogiável.
Os números do jogo atestam o equilíbrio e a qualidade apresentada por ambas as equipes, que arremessaram 38/77 bolas de dois (21/38 para Bauru e 17/39 para Franca), e 17/40 de três (7/19 e 10/21 respectivamente), sem os costumeiros arroubos dos três incrustado no modo de jogar da maioria de nossas equipes, demonstrando que de dois em dois podemos estabelecer bons e mais precisos placares, sem o desperdício de tempo e esforço pelo emprego desvairado dos longos arremessos de três.
Agora que ficaram conhecidas as quatro semifinalistas do NBB5, podemos estabelecer uns pequenos comentários sobre as mesmas, principalmente no aspecto tático, que diferem um pouco entre elas, mas o suficiente para definir seus passos no duro torneio que se avizinha.
Tentemos um pequeno esquema comparativo:
Onde: DA – Dupla armação
JI – Jogo interior
JE – Jogo exterior
PL – Pivôs lentos
PR – Pivôs rápidos
SJI – Sistema de jogo contra defesa individual
SJZ – Sistema de jogo contra zona
SJP – Sistema de jogo polivalente
JT – Jogo de transição
RED- Relativa estabilidade defensiva
São características naturais das equipes, mas que poderiam sofrer adaptações na medida em que avançasse a competição, mas que denotaria mudanças significativas na forma de jogar e atuar, e principalmente no modo como defendem, o que duvido que pudesse acontecer no atual estagio do basquete no país, onde a grande maioria dos técnicos se acorrentam em torno de um sistema de jogo padronizado e formatado desde sempre, para nossa infelicidade.
Pelo pequeno quadro comparativo acima podemos prever alguns comportamentos ofensivos, e até defensivos, na medida em que as equipes se defrontem, não só com sua realidade, mas basicamente com a de seus oponentes, numa troca de experiências que pode definir o vencedor ao final. Pena que nenhuma delas tenha em seu poder um sistema de jogo polivalente, que propiciaria um salto gigantesco nos conceitos técnicos e táticos do grande jogo em nosso país, apesar da discordância do grande Wlamir Marques. Mas isso é outra história…
Amém.
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