QUESTIONANDO (PRA VARIAR)…

 

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– Questionamento 1 – Num jogo em que a seleção feminina venceu por mais de 100 pontos a inexpressiva equipe dominicana, que acuada em seu perímetro defensivo interno, deixava o externo às moscas, propiciando o espantoso número de 51 arremessos de 3 pontos (foram 39/61 de 2), com acerto de 20, porquê não explorar ao máximo o jogo interior, aproveitando aquela forçada concentração defensiva, para treinar as pivôs em situações reais de jogo, visando os futuros embates que terão de enfrentar, em vez de desperdiçar tempo com ataques personalistas e até certo ponto exibicionistas? Estratégica é a projeção de um futuro vencedor fundamentado em ações objetivas do presente, e não a utilização de uma ineficaz e midiática artilharia, que ao ser contestada contra equipes mais categorizadas desnudará a imperícia de um jogo interno carente de confrontos reais, ou não?

 

– Questionamento 2 – A quinze dias dos jogos da Taça Intercontinental contra a equipe do Olympiacos da Grécia, a equipe do Pinheiros estabeleceu o inacreditável número de 7/44 arremessos de 3 pontos contra a equipe do Jacareí, que somados aos 6/27 da mesma perfizeram 13/71 bolinhas em um jogo do  campeonato paulista, e ainda somados aos 42 erros de fundamentos, onde nem o simples fato de ser a equipe lanterna da competição justificaria tal descalabro, a não ser que a equipe da capital tenha estabelecido ser esta uma das armas para tentar vencer a forte equipe grega, principalmente em seu perímetro interno defensivo, onde a exemplo das equipes que disputaram o Eurobasket, apresentaram defesas muito fortes e eficientes, não só dentro, como no entorno do perímetro, fator que será largamente utilizado contra a tradicional enxurrada de arremessos de fora, perpetrada por uma equipe frágil no jogo próximo a tabela. Então, como se comportará a equipe paulista nessa competição, jogando preferencialmente dentro ou fora do perímetro? Prevalecerá o reinado das bolinhas? E se não caírem por contestadas, como estrategicamente se comportará?

 

– Questionamento 3 – Terminada a grande competição européia, o que dizer sobre a escolha da seleção com dois armadores e três homens altos que jogaram enfiados no perímetro interno com velocidade e habilidades incomuns, e somente se utilizando dos longos arremessos através seus especialistas, e mesmo assim servidos com passes oriundos de dentro para fora do perímetro? E de que forma razoável poderemos aceitar e entender que o “chega e chuta” já se tornou um anacronismo absurdo e indesculpável através a insistência de jogadores pseudo especialistas, e técnicos indesculpavelmente permissivos com os mesmos?

 

– Questionamento 4 – (…) “- O Zanon precisa estar bem fisicamente, com o sono em dia e energia para contagiar e comandar o time ao lado da quadra, enquanto eu sou a pessoa que dá todas as informações para ele, sou o banco de dados. Passo as características de cada jogadora adversária, se são boas de infiltração ou arremesso, se defendem ou marcam bem. O basquete é um esporte que te consome muito. O treinador precisa estar envolvido no jogo e ter uma pessoa do seu lado que vê o jogo sem aquela emoção. Eu o ajudo nos treinos, faço planejamentos, com relatórios, filmagens e edições dos jogos do Brasil e dos nossos adversários. Além disso, também faço um trabalho individualizado com as atletas. Se alguma jogadora está com uma deficiência nos treinos, a gente faz uma filmagem, um trabalho na quadra de correção e de visualização. Tentamos corrigir o problema dos arremessos, por exemplo.(…)

(Trecho da matéria publicada no Globo Esporte por Carol Fontes em 23/9/13)

 

Bem, como vemos, cabe ao técnico dormir bem para poder comandar a equipe ao lado da quadra (prerrogativa de estrategista…), e o restante do trabalho é feito pelo diligente assistente desprovido de emoções, responsável pelos planejamentos, e pelo trabalho individualizado com as jogadoras. Pena que, ao contrario do que afirma, ainda não conseguiu corrigir nem arremessos, e muito menos os fundamentos das mesmas, quem sabe, pelo fato de editar filmes, ou de dormir pouco…

Que tal ter um assistente assim?

Palavra, comigo não dava nem para a saída, pois comando não se divide, quando muito se delega com parcimônia, dependendo do que realmente sabe e domina, e não o que propagandeia…Mas, o que faz o outro assistente?

Amém?

Fotos – Reproduções da TV e Divulgação FIBA.  Clique nas mesmas para ampliá-las.



2 comentários

  1. Henrique Lima 01.10.2013

    Professor, onde tem o contato do super auxiliar ? rsrsrs

    Com um auxiliar deste, só resta mesmo ao Zanon CONTAGIAR (ele é palhaço agora, tem que contagiar ?) enquanto o banco de dados humano trás as informações.

    Dessa forma, acho que nem precisa do técnico mais.

    Um abraço !

  2. Basquete Brasil 01.10.2013

    Mas não esqueça Henrique, essa é a norma que implantaram no país, cabendo ao técnico somente a “estratégia”, e olhe lá…
    Por causa dessa triste realidade, jogador se transforma em técnico, ENTB distribui “carteirinhas”endossadas pelos Crefs da vida, dirigentes montam as equipes orientados pelos agentes, e a mídia especializada bate palmas para as enterradas e os tocos.Quando a coisa “apelta” um pouco contratam estrangeiros, para mais adiante descobrirem que são tão “estrategistas” como os nossos…
    Enfim, ser técnico de verdade passou a ser velharia ultrapassada, obsoleta, mas, dia virá em que a enganação não mais vingará, e quem sabe, aqueles poucos que restarem ditem o verdadeiro caminho a ser seguido.
    Um abraço, Henrique. Paulo.

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