A VITÓRIA DA CONVERGÊNCIA (OU A DERROCADA DEFENSIVA)…

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Assisti aos dois jogos, fiz muitas reproduções fotográficas da TV, mas somente me deu vontade de veicular quatro imagens, que não mostram jogadas dentro ou fora dos perímetros, que não mostram a derrocada defensiva de equipes consideradas (?) de elite, dirigidas por técnicos de mais alto nível ainda, segundo os analistas e comentaristas, nem tampouco as enterradas magistrais e os tocos, que segundo eles mesmos definem a essência do grande jogo…

Mas, nenhum deles, durante as transmissões, e certamente nos comentários de logo mais, dirão algo que possa explicar os dados que constam na frieza estatística que estampo nesse artigo, onde as duas equipes vencedoras convergiram acintosamente perante pastiches defensivos, vergonhosos, comprometedores, na permissividade de seus técnicos ante tanta mediocridade,. sem falar na fraqueza de seus comandos ante jogadores que simplesmente os ignoravam solenemente, fosse qual fosse o idioma que falassem, sem que se comunicassem, ajustassem ou mesmo aceitassem um mínimo de coerência coletiva, de comprometimento técnico, e acima de tudo, tático.

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Então, para que tantas gargalhadas jubilosas por uma vitória que em tudo e por tudo negava sua propalada virtude de estrategista do jogo pensado, calculista, metódico e cirúrgico que o envolve numa aura de intocabilidade, agora despida pelo fato de, assim como seu conterrâneo na seleção nacional, aceitar o nosso vício fundamentado na inestancável hemorragia de três, superando as conclusões de dois, rendendo-se a uma realidade que mais adiante, frente a equipes decididas a contestá-la, cobrarão com juros tanta incoerência?

No segundo jogo então, com o vencedor também convergindo frente a uma equipe que numa dianteira de vinte e dois pontos, conseguidos em sua maior parte no jogo interno, se deixa violar seguidamente lá de fora, sem contestá-los e abdicando de sua maior arma, o jogo coletivo interior, para ao final tentar penetrar uma equipe renascida, perdendo bolas infantis e arremessos longos, frutos do abandono coletivista que a manteve na dianteira por tantos pontos, como ser possível?

Quando em duas semifinais decisivas de um campeonato dessa envergadura, os dois classificados à final o conseguem convergindo em seus números de arremessos, algo transcende à realidade dos mesmos, o fato inconteste de que numa modalidade de defesa e ataque constantes e permanentes como nessa, um dos fatores mencionados inexiste, ou é abandonado, numa resolução dentro da quadra, de fora, ou de ambos os segmentos que compõe uma equipe, inclusa a ação defensiva exterior, que com sua ausência deflagra o flagelo maior, o reinado das bolinhas, que é a solução mais fácil, já que descompromissada com complexas movimentações  de técnica individual.

Logo, risos de um lado, raiva do outro, vibração de um e decepção estampada, são produtos de jogos de basquetebol bem jogados, mas que não foi o que vimos e testemunhamos nessa noite de quarta feira…de cinzas.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 



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