UMA QUESTÃO DE FILOSOFIA (?)…

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Enfim, um jogo em que uma das equipes defende com eficiência, dentro e fora do perímetro, contra um adversário atuando com três armadores, e um dos pivôs vindo armar em alguns ataques, numa contradição difícil de aceitar, mesmo em se tratando de uma equipe com uma filosofia de jogo tão anunciada por seu técnico, cobrando, inclusive, sua pratica a seus jogadores.

Mas algo não batia bem quanto à declarada filosofia (“Não sai da filosofia que a gente está acostumado a fazer…”), pois estava sendo colocada como sistema de jogo, quando o correto seria defini-la como deveria – fi.lo.so.fi.a sf. 1. Estudo que visa ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua inteireza. 2. Pensamento de filósofo(s), ou obra que o contêm. 3. Razão, sabedoria. (Aurélio – O Dicionário da Língua Portuguesa)

Ou seja, nada de semelhante que se defina como filosofia.

O que vimos foi uma equipe que simplesmente não exercia seu direito e dever de defender seus perímetros, frente à outra que o fez com a mais absoluta competência, inclusive, lançando mão de uma das mais efetivas armas de desarme ofensivo interior que uma equipe bem treinada pode estabelecer, a marcação frontal dos pivôs adversários, com o Alexandre exercendo essa função com maestria, cortando o suprimento de passes interiores de uma equipe que atuava com três armadores de ofício, inclusive com dois que pertenceram à sua equipe. Esse foi o detalhe mais importante para a anulação do ataque interior de Limeira, que desde o início viu um de seus mais efetivos pivôs, o Teichmann subir para a armação (?) em varias ocasiões, somado ao combate contestatório dos longos arremessos de seu adversário (4/12 de três pontos) frente a seus 11/26 com liberdade constante.

Mesmo num jogo com altíssimo número de erros de fundamentos (26 no total), pudemos apreciar algo de absolutamente novo, e que pode se tornar uma eficiente alternativa ao ataque rubro- negro, o fato de vermos o Marcelo conseguir 5/5 de eficiência nos curtos e médios lançamentos, contra 2/6 nos longos, contabilizando 4 pontos a mais nos mesmos, além de cooperar em muito nas assistências e jogo interior junto a seus eficientes pivôs.

No mais, a se lastimar a exposição midiática e contraproducente de um árbitro, muito preocupado em diálogos irônicos e nada condizentes a sua função, que segundo a tradição torna o condutor de um jogo mais eficiente quanto menos apareça, e que no caso, torna-se constrangedor…

Acredito que aos poucos iremos nos encontrar com uma forma mais técnica de vermos, analisarmos e treinarmos basquetebol, onde as firulas midiáticas têm de ceder espaço ao conhecimento pleno e responsável de uma modalidade que não é para qualquer um, de uma modalidade única em sua essência padrão, a de ser um grande, o grande jogo.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e visualizar suas legendas)



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