UM EXCELENTE QUESTIONAMENTO…

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Queria fechar o ano desfazendo alguns mal entendidos referentes a comentários nem sempre otimistas aqui feitos, e que suscitou uma pergunta a mim feita por um leitor, via email, guardando sua identidade, conforme norma estabelecida desde a criação desse humilde blog nove anos atrás, assim formulada – “Paulo, por que tanta critica negativa relacionada ao nosso basquete, técnicos, jogadores, sistemas enfim, por que?”

Bem, para responder um questionamento tão sério e instigante como esse, me reportarei a alguns jogos da semana que passou, os últimos desse ano, nos quais abordarei os por quês solicitados. Vamos lá então:

Comecemos pelo jogo entre o Bauru e o Flamengo, equipes fortes pelo padrão NBB, mas que nos fornece alguns pontos discutíveis, a começar por seus sistemas de jogo dentro do padrão comum a todas as equipes da liga.

Ambas se utilizam da dupla armação, não mais em esporádicos momentos, mas permanentemente, utilizando um estratagema, também comum às demais equipes, quando um dos armadores substitui um dos alas, dotando-as de maior maneabilidade técnica nos fundamentos, aumentando em muito sua eficiência ofensiva, taticamente atreladas a jogadas formatadas e padronizadas, com controle direto de seus técnicos, todos ardorosos adeptos do globalizado sistema único que tanto nos tem asfixiado desde sempre, notadamente quanto aos importantes fatores espontaneidade e criatividade por parte dos verdadeiros protagonistas do jogo, os jogadores…

Porém, e ironicamente, tanto controle de fora para dentro da quadra sofre com uma contrapartida de dentro para fora, com um grande numero de jogadores tomando as rédeas de pormenores influentes no destino de muitos jogos, como a não observância das “jogadas” propostas, e sendo o maior deles o estabelecimento do reinado das bolinhas, que vem num crescendo de tal ordem, que convergências entre médios e curtos arremessos se chocam em numero com os de longa distância, numa distorção cada vez, e progressivamente, mais presente nos jogos, como nesse onde a equipe de Bauru arremessou 16/31 bolas de dois pontos e 12/35 de três, tendo ainda consignado 26/31 nos lances livres, com seu adversário, o Flamengo conseguido 22/38 nos dois, 9/27 nos três e 25/28 nos lances livres, vencendo porque de certa forma privilegiou um pouco mais o jogo interior, com conversões mais precisas, arremessando oito bolas a menos de longa distância, fator que decretou sua vitoria.

A questão que se apresenta então é a desobediência, ou disfarçada cumplicidade entre jogadores e técnicos, onde limites são omitidos, aceitos ou compartilhados, numa parceria às avessas, pela qual a aceitação será proporcional ao fator de “caírem ou não” as tais bolinhas, ou com mais propriedade, os famosos e onipresentes “detalhes”…

Indo um pouco mais além, e tomando dois dos jogos da rodada somente por seus números, o que tivemos?

– São José, que vem evoluindo aos poucos sob novo e competente comando, perde um jogo em seus domínios convergindo fortemente, mesmo tendo jogadores internos de excelente nível (arremessou 13/32 de dois pontos e 7/30 de três) desperdiçando 23 ataques em bolinhas, situação bastante corriqueira com o técnico anterior, enquanto seu oponente, o Ceará, privilegiou o jogo interno (24/43 de dois e 7/22 de três) e venceu uma partida com 27 erros de fundamentos (13/14 respectivamente), num dos óbices que nos atrasam sobremaneira quando o assunto são os fundamentos do jogo.

– Num outro jogo, Liga Sorocabana e Brasília, esta venceu na prorrogação a última colocada no campeonato levando 83 pontos, a maioria dentro de seu perímetro (19/41 nos dois e 10/28 nos três, e 17/26 nos lances livres), demonstrando terríveis falhas defensivas naquele terreno próximo à cesta, e mesmo assim chegou a vitória convergindo 15/29 nos dois e 14/32 nos três, numa claríssima demonstração de que seu técnico, apologista do jogo controlado e cadenciado, de forte defesa e de arremessos bem selecionados, definitivamente cedeu suas crenças técnicas à realidade de uma equipe pioneira e intransigente defensora do reinado das bolinhas…

– Finalmente, Limeira e Macaé fecharam o ano com um jogo muito igual, vencido pelo primeiro numa falha mais do que anunciada de fundamentos, quando o Duda não soube marcar (naquele caso cercar, ou tourear) o armador Jackson, que deveria ter sido vigiado por seu conterrâneo Jamaal, ou mesmo o Fred tão habilidosos quanto o mesmo. O Duda reconheceu seu erro no final, mas ninguém se referiu ao técnico e seu assistente que é técnico de seleções de base da CBB, ante a falha gritante de comando “estratégico”…

Então, podemos fechar essa pequena análise, questionando algo que se tornou dogmático no âmbito da maioria dos técnicos da elite, o conceito arraigado de que jogadores adultos têm mais que se estruturarem dentro do sistema único de jogo, em suas jogadas cifradas e monocórdias, em vez de perderem precioso tempo de coletivos e rachões para se exercitarem longamente nos fundamentos, pois afinal de contas, se não derem vazão às quimeras e sonhadoras projeções dos estrategistas com suas midiáticas pranchetas e caras e bocas televisivas que os dirigem, basta pegar um telefone, contatar um dos agentes sempre disponíveis, com seus vídeos e discutíveis relatórios estatísticos, para substituí-los drasticamente, nativos ou estrangeiros, pois, definitivamente, ficam fora de quaisquer questionamentos estudar, pesquisar, planificar, treinar e aplicar algum novo conceito de jogo, de sistema, de estratégia que fuja do principio dogmático que os mantêm presos ao corporativismo em que vivem, com raríssimas exceções, que por assim serem, poucas ou quase impossíveis oportunidades terão para modificar o que aí está, inclusive os estrangeiros, que mais cedo do que se supõe pulam para dentro do cordão dos que manipulam “filosoficamente” nosso infeliz basquetebol…

Se mudássemos um pouquinho esse cenário, poderíamos ter maiores chances para 2016, melhor ainda, 2020, porém, face à força dessa famiglia, temo que não lá chegaremos à tempo…

Logo, prezado missivista, não se trata de falar bem ou mal do nosso basquetebol, mas sim reportar aquelas falhas que possam ser dirimidas pelo estudo, planejamento e trabalho, muito trabalho, sempre privilegiando o inusitado, a criatividade, e principalmente a negação da mesmice endêmica que se instalou entre nós.

Porém, como incurável otimista que sou, torço para que volte a imperar o bom senso e o mérito entre nós, assim como desejo a todos, que bem sei não serem muitos, um Feliz Natal e um próximo ano repleto de esperanças em dias melhores.

Amém.

Fotos- Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



8 comentários

  1. Gil Guadron 24.12.2013

    UM PAPO SOBRE O BASQUETE . El ATAQUE.

    Existen diferentes teorias, enfoques o filosofias de ataque , pero no es tanto cual usted utiliza, sino que tan bien sus jugadores lo ejecutan.

    EMis grandes La tecnica individual ( el dominio de los fundamentos ) es determinante ; es la base para construir un equipo . Aprender a jugar con y sin la pelota , conocer donde colocarse en el momento determinado etc.

    La tactica es la aplicacion de la tecnica o los fundamentos del basquetbol; hablamos de la lectura del juego.

    ” No importa lo que usted juega , lo importante es como su equipo lo ejecuta en la cancha ” John Wooden

    Cuatro conceptos del ataque .

    1 – Seleccion de tiro :

    Cada jugador debe comprender cuales son los tiros que debe de tomar . jamas debe tomar un tiro por el simple hecho de estar desmarcado… pues la defensa lo dejo sin marca por una enorme razon : usted no es considerado un buen tirador !!!!. No tire simplemente por tirar. Pasele la pelota a quien puede tirar !!!

    No todos los jugadores tienen la misma seleccion de tiro

    ” Hemos tenido jugadores a quienes no les permitimos que tiren. Les permitiremos tirar hasta que en los entrenos nos demuestren que pueden tirar con efectividad ” Bob Knight.

    2 – Maneje la pelota sin cometer errores :

    La posesion de la pelota es importantisima, y su buen manejo nos permite tomar un tiro de alto porcentaje, tomado por quienes deben tirar.

    3 – Muevese sin la pelota :

    Usted anota la canasta sin la pelota, pues al moverse constantemente se hace dificil de marcar, y eso lo lleva a desmarcarse, pero al recibir la pelota usted tiene — un solo Segundo para tirar –.

    Acostumbrese a llegar a la posicion de recibir la pelota sin los brazos extendidos hacia la pelota, rodillas flexionadas, cadera baja, el pie de apoyo fijo.; recibe la pelota y tira .

    4 – Ayudele a un compañero a quedar desmarcado:

    Coloque pantallas, tanto contra la defense personal como contra la zonal

  2. Gil Guadron 24.12.2013

    FE DE ERRATA .

    1 — Segundo parrafo : EMis grandes — no lo tome en cuenta.

    2 — En el numeral 3 — Segundo parrafo; debe leers : Acostumbrese a llegar a la posicion de recibir la pelota CON LOS BRAZOS EXTENDIDOS HACIA LA PELOTA ..

    Mil disculpas.

    Gil

  3. Gil Guadron 24.12.2013

    O ATAQUE, UM PAPO… , continuacion.

    Refuerze los fundamentos , recuerdeles a los jugadores ejecutar fintas de pase, de cambiar de velocidad cuando se desmarcan, de ofrecer las palmas de sus manos como — blancos — para que les pasen la pelota etc.

    El principal objetivo del ataque en el basquetbol es hacerle llegar la pelota al jugador atacante mas cercano a la canasta .

    la razon es simple , los equipos tienen aproximadamente el mismo numero de posesion de pelota por partido , el equipo que toma los mejores tiros usualmente ganara el partido, pues es mas facil encestar desde tres metros que de seis ; por lo que el equipo trata de hacerle llegar la pelota al atacante mas cerca del aro. Y ese es el objetivo del pase.

    El problema es que muchos jugadores tiran al aro en cada oportunidad que tienen , olvidandose de que la mayoria de los tiros los deben tomar quienes ” encestan la pelota “, es decir los excelentes tiradores.

    ” El tiro no es de igual oportunidades para todos los jugadores , tiran quienes encestan la pelota ‘ Bob Knight

    Un Viejo adagio defensive dice :” Que te derrote el peor canastero “. Significa que marcaran agresivamente a los mejores canasteros, y el defensivo sobre el atacante menos diestro en el tiro, — flotara — en ayuda sobre los buenos tiradores . Es decir jugar a los porcentajes, si tira un mal tirador el daño sera menor.

    Los mejores tiradores, encestan cinco o seis canastas de diez tiros que toman. Y encestan con esa enorme efectividad porque entrenan constantemente largas horas y en los partidos son cuidadosos en los tiros que toman.

    Solamente tiran cuando estan desmarcados y estan en su rango de tiro .

    Entonces :

    Practique para desarrollar sus destrezas de tiro, luego aprenda a conocer cuales son los — buenos tiros — para usted, y aprender cuando los debe tomar.

    La clave para desarrollar buenos habitos de tiro es practicar con la misma excelente mecanica una y otra vez, e inicie — encestando — de cerca, luego de mediano rango, y hasta que logra tener efectividad en dichos rangos entonces tira de ” tres ” puntos, pero siempre con la misma excelente tecnica que cuando intenta tiros de dos puntos.

    Cuando tire busque elevar el arco de tiro, tire hacia arriba . Cada jugador debe encontrar su arco optimo

    Entonces tire cuando :

    1 – Esta en su rango de tiro,

    2 – Esta desmarcado,

    3 – Esta balanceado, y

    4 – Ninguno de sus compañeros de equipo esta en major posicion de tiro que usted.

    Al escoger sus sistema de ataque debe considerer tanto las fortalezas como las debilidades de sus equipo .

    A — Contra la defense personal : si atacara una defense personal considere los corte y pantallas como la forma primaria de sus ataque.

    Las pantallas causaran — mismatches o diferencia en estatura y habilidad de las que el ataque puede tomar provecho.

    Los cortes constantes pondran en problemas a la defensa, dificultandoles el defender en ayuda y recobre .

    B — Contra defensas de zona : Considere que todas las defensas zonales actuales son de ” Match – Up “, de enfrentamientos o emparejamientos.

    Su equipo necesitara atacar los espacios entre los defensas utilizando dribles de penetracion, o dribbles de entrar y salir , dribbles de estirar el area defensiva de un defensor ejm. obligar a un guard a bajar hasta el area correspondiente a un forward, lo que dejaria despejada la posicion del guard para ser llenada por un atacante que se desplaza a esa area abandonada , quien recibe el pase del driblador.

    Entonces considere :

    1 – Distancia . Unos cuatro metros entre sus jugadores atacantes para evitar que un defensor marque al dos de ellos.

    2 – Movimiento constante . Los cuatro jugadores sin la pelota Deben moverse constantemente ; cortando hacia la pelota, cortando para colocar pantallas, cortando para utilizarlas, o para reemplazarse a ellos mismos.

    3 – Seleccion de tiro : El objeto del ataque es lograr que un jugador tenga un tiro de alto porcentaje.

    4 – Ball reversal . Cuando la pelota es pasada de un lado hacia el otro de la cancha . Esto hace que la defense de mueva y abrir espacios entre ella.

    5 – Tenga paciencia . Obligue a que la defense juege defensa . No tome un tiro a los seis segundos de una posecion, al menos que este desmarcado y bajo el aro rival !!!

    6 – Mantenga un balance tanto dentro como en el perimetro . Los mejores equipos encestan tanto dentro como dentro, eso obliga a la defense a desplazarse constantemente.

    Si concentra su defense en el interior le encestaran desde afuera, si marca afuera le encesta desde dentro del area.

    7 – Tenga un juego fuerte de transicion . Cuando juega defensa y se lanza al ataque lo llamare rompimiento primario , dele la pelota a quien va adelante de usted. Si la defensa se recupara e impide el rompimiento primario, continue con el secundario, es decir cuando los cinco defensas todavia no estan debidamente posicionados, pero de preferncia buscando el pase hacia el area pintada, o un tiro de media distancia.

    No logro nada de lo anterior, vaya a su ataque primario de cinco contra cinco.

    8 – El drible . Solo utilizelo para mejorar el angulo de pase , para ” meterse , dividir, penetrar ” entre dos jugadores.

    — JAMAS MATE EL DRIBLE , es preferible pasar la pelota cuando esta todavia viva, cuando usted esta todavia driblando.

    Continuaremos en proxima oportunidad.

    Con respetos.

    Gil Guadron

  4. Basquete Brasil 24.12.2013

    Aí Gil, sempre um belo presente para os novos técnicos, que espero merecedores de tão bem colocados padrões de qualidade e conhecimento.
    Um abração, Paulo.

  5. Reny Simão 25.12.2013

    Professor

    Um Feliz Natal e os votos de um exuberante Ano Novo!

    Continuo acompanhando atentamente seus ótimos artigos.

    Grande abraço,

  6. Basquete Brasil 25.12.2013

    Feliz Natal e um venturoso 2014 para você também Reny. Agradeço sua amabilidade e competente audiência que muito me sensibiliza.
    Um abração, Paulo.

  7. Henrique Lima 30.12.2013

    Feliz 2014 Professor, uma vez que o Natal passou.

    Que o próximo seja ótimo para o senhor e claro que o basquetebol melhore.

    Porém, este último pedido tem sido feito nos últimos vinte anos pelo menos e não tem adiantado.

    Abração !

  8. Basquete Brasil 31.12.2013

    Muito obrigado Henrique, é uma honra tê-lo aqui como constante leitor e firme comentarista. Desejo a você um 2014 repleto de realizações, mesmo que pouco reconhecidas e valorizadas, importando muito mais a qualidade e a seriedade das mesmas, pois esta é a nossa função maior junto aos jovens desse enorme e injusto país. Lutemos então, sempre.
    Um abraço, Paulo.

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