A ESCOLA ESPANHOLA…

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Meus deuses, como está ficando complicado escrever sobre basquetebol em nosso país, envolto que está numa espessa bruma de mediocridade, que assusta de verdade.

Fui a dois jogos do Flamengo no sábado e ontem no Tijuca, quando testemunhei duas mentiras travestidas de equipes, enfrentando o agora líder da liga, que com a volta do Marcelo alterou bastante a maneira como vinha atuando, privilegiando o jogo interior, e tornando a atuar preferencialmente no perímetro externo, e convergindo a cada jogo (17/29 de dois  e 14/27 de três contra Mogi, e 20/31 e 6/29 respectivamente contra o Ceará).

Contra Mogi, o Marcelo repetiu pela enésima vez seu repertório de dribles à esquerda e arremesso de três, assim como suas fugas nos corta luzes com a mesma finalidade, o longo arremesso de três, fora aquelas oportunidades em que nenhuma marcação lhe era oferecida, como um bônus a ser aproveitado. E foram 8/13 bolinhas que decidiram a partida, ante uma equipe de mentira, pois não defendia, não atacava, não agia coletivamente, e sequer esboçava luta, por menor que fosse. Será que a escola espanhola avalizaria tanto descalabro, que nem o calor sufocante (para as duas equipes) e a presença de uma pequena, porém furiosa torcida poderia explicar tanta fragilidade?

E o Ceará, que perdeu um jogo que poderia ter vencido, pois jogou “dentro” da defesa carioca (21/43 de dois pontos e 5/17 de três), endurecendo o jogo ante uma equipe convergente (acima mencionado), mas que na hora decisiva optou pelo jogo exterior e se deu mal.

Mas, por que tal opção nos momentos decisivos, quando mais do que nunca o jogo interior, de dois em dois, um e um pontos a levaria a vitória, senão o quase abandono de seu técnico, centrado que esteve durante toda a partida com a arbitragem, discutindo e reclamando em tudo e por tudo, comprometendo decisivamente sutis observações para detalhes vitais, principalmente nos minutos finais, quando a opção externa tomada pelos jogadores deu aos cariocas a oportunidade de contra atacarem após tentativas frustradas de indesculpáveis bolinhas, em vez de forçarem o jogo interno que os trouxeram até aquele momento de decisão.

Mas por onde andava o comandante para definir a decisiva opção, senão envolvido em um absurdo confronto com a arbitragem, naquele momento em que sua equipe mais precisava de sua postura tranqüila e segura.

Preferiu, ou não se conteve ao embate e ruiu junto com a equipe, uma equipe de mentira naquelas circunstâncias, uma triste mentira…

Amém.

 



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