O COLETIVISMO CAPENGA…
Chego ao Maracanãzinho depois de 12 anos de ausência, cruzo na entrada com o Bial que me cumprimenta e menciona o mar de gente que nos lembrava os tempos antigos, lá mesmo, no atual “Templo do volei”, que um dia foi o do basquete…
Ficou bonito e confortável, ficando eu e meu filho prontos para o espetáculo prometido…
Que não aconteceu, e o pior, por pouco não terminava em derrota para uma desfalcada e muito nova equipe argentina, que se perdeu ironicamente pela ação intempestiva de seu mais veterano e graduado jogador, o Nocioni, que a poucos minutos do término do quarto final, propiciou seis lances livres seguidos do Leandro (converteu 5) motivados por duas técnicas suas, além da falta pessoal. Estabelecida a diferença crucial, bastou a equipe nacional administrar o ritmo para vencer o confronto, que…
Meus deuses, ainda vai custar muito para ocorrer um arremedo de coletivismo, principalmente por parte da turma que atua no perímetro externo, totalmente comprometida pelo individualismo (e sem a fundamentação exigida pelo mesmo), e equivocada na leitura e escolha dos arremessos mais precisos, quase sempre optando pelas bolinhas, que não caíram como desejavam (foram 3/18)…
Dentro do perímetro, perdemos a enorme e rara chance de fazer deslanchar efetiva e decisivamente os bons pivôs que temos, e inclusive preparar aqueles mais novos (como fizeram os hermanos) num confronto bastante intenso e duro, mesmo com a ausência do Scola, por dois e contundentes motivos. Um, pelo individualismo exacerbado do Larry, Leandro e Raul, tendo somente o Huertas como foco das poucas assistências dadas aos pivôs, vide as inúmeras vezes em que os mesmos ocupavam a armação bem fora de suas posições no interior do perímetro, para eles mesmos “armarem” situações de ataque. Por outro lado, a trinca de alas, Marcelo, Marcos e Alex, se esbaldou na chutação de fora, quando poderia, ao penetrar mais fundo, propiciar arremessos mais precisos e assistir os pivôs com mais frequência.
Mas para tanto, obrigatoriamente deveria haver uma movimentação de todos, assíncrona ou sincronicamente agindo, obrigando o permanente deslocamento dos defensores argentinos, o que propiciaria espaços mesmo na zona pretensamente congestionada do garrafão, e não alguns se situarem estaticamente como assistentes privilegiados ou corners players, muito em moda hoje em dia, para aqueles que se consideram especialistas nos longos arremessos, e que na realidade não o são, além de não dominarem o drible e as fintas em progressão, o que talvez explique suas opções em sempre se situarem bem lá fora. O pior, é termos jogadores que assim agem com mais de 2 metros, que poderiam ser valiosos nos rebotes ofensivos, além, é claro, de converterem preciosos 2 pontos de cada vez se assim os tentassem, pois de 2 em 2 poderiam esticar o placar, e não se perderem em 15 tentativas de suados ataques aventurando-se nas famigeradas bolinhas…
Somemos a tudo isso, as inúmeras perdas de curtos arremessos por parte, principalmente do Spliter, pelo fato de finalizar suas tentativas com erros de direcionamento motivados por sua falha empunhadura, fator que o diferencia de seu companheiro no Spurs, o Duncan, perfeitamente alinhado no domínio do eixo diametral da bola no momento final que a lança a cesta. O pior, é não vermos dentre os 14 membros do batalhão altamente especializado nas minúcias do grande jogo que envolve a seleção, um sequer que corrija tal deficiência, que aliás é de razoavelmente fácil solução…
E poderíamos ir muito mais além nessa análise, mas prefiro que aqueles poucos que prestigiam esse humilde blog, percorram com aguçado interesse as imagens que virão a seguir, as quais mostram muito do que ainda precisamos conquistar para regressarmos a elite do basquete internacional, começando com um melhor critério nas convocações, pois alguns que lá estão irão comprometer seriamente o desenvolvimento da equipe, exatamente pelo seu comprometimento com a mesmice endêmica que nos tem assaltado desde sempre, sustentada muito mais pelos seus nomes, do que pelo real dominio técnico, a começar pelos fundamentos do grande jogo…
Torço enormemente para estar enganado, mas desconfio que não…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e terem acesso às legendas.
Ola Prof. Paulo,
Coloquei meus comentarios sobre o Jogo da selecao na coluna errada.
Minhas observacoes sobre os amistosos do Brasil no RJ. abaixo:
Ataque:
1. O Brasil produziu um volume de jogo muito abaixo do que sera necessario para ganhar jogos contra-equipes de ponta no mundial. O aproveitamento de arremesso por posse de bola deixou muito a desejar.
2. O Brasil passou a ser um time de meia-quadra – de 5-contra-5. Transicao quase que inexistente.
3. Falta um ‘finisher” jogador ala que termine o contra-ataque.
4. Jogadas de maior eficiencia – sempre comecam com um passe para esquerda e termina com um passe para o pivo, na posicao de pivo de baixo no lado direito – altamente previsivel e marcavel. Especialmete se o pivo for marcado pela frente ou contra um pivo de porte fisico similar.
5. Acredito que toda jogada de situacao especial deveria ser considerada como uma oportunidade de cesta. O Brasil faz pouco proveito desta situacao de jogo e isto numa competicao de alto-nivel e uma falha grave.
6. Sobre a equipe que iniciou: Osjogadores nao se complementam. Falta um jogador vertical na ala, de altura, porte fisico e caracteristicas para tal.
Defesa:
1. O Brasil pouco muda a pegada defensiva. Acredito que por ser amistoso, talvez nao testamos o que poderemos fazer no mundial. Porem o retrospecto deste equipe sob a direcao deste tecnico e de pouca mudanca e alternancia na pegada defensiva.
Nao digo marcar quadra-toda ou ¾ da quadra, etc. Mas como marcar jogadores de uma forma diferente como: cortar a linha do passe de alguns, negando o passe, marcar pivo pela frente em certas situacoes, contestar arremesso, flutuacao mais acentuada, forcar a bola para o lado que nao fovorece o ataque, minimizar o numero de toques do cestinha adversario, como fazer a dobra e com quem, etc. (ou seja marcacao combinada)?
2. Nao existe um padrao na posicao basica do jogador de defesa principalmente o jogador que marca a bola. Qual e o nosso conceito defensivo? Forcar a bola para fundo ou para o centro. O “stance’ de nossos jogadores nao e consistente e mistura conceitos.
3. Continuamos nao marcar o corte para a cesta do atacante sem a posse de bola – sem “bump and jam” nao tomando a frente do mesmo. Sempre reagindo tardiamente ao corte.
4. Nao forcamos o adversario a outras opcoes ofensivas pois sempre reagimos ao que o ataque faz. O fato de a Argentina ter anotado poucos pontos nao justifica a falta de conceito e os erros descritos acima.
Em suma, o Brasil nao esta jogando dentro de um padrao Brasileiro, com um ritmo de jogo brasileiro e de acordo com as caracteristicas de nossos jogadores. Estamos jogando como uma equipe do leste Europeu ou da China. Equipe lenta, alta, pesada e altamente previsivel.
Confesso que fico contente com a vitoria porem o que o Brasil apresentou nao foi diferente do que observamos em competicoes anteriores.
Confesso que em alguns momentos gostava mais do ritmo de jogo da equipe nacional em outras competicoes e nao a forma que o Brasil joou nestes 2 amistosos no Rio.
Oi Walter, muito bom ter você de volta aos comentários, perfeitos e complementando os artigos publicados, enriquecendo-os sobremaneira, e dando aos leitores uma imagem mais precisa dos mesmos.
Obrigado por tudo, esperando que seu projeto ai nos Estados Unidos esteja implantado e obtendo o sucesso que você merece.
Um abração, Paulo.
Srs
Boa Tarde!
Muito obrigado Walter pela grandiosa lição! Assim como o Prof. Paulo Murilo e também ao Sr. Gil o qual o admiro e respeito sem o conhecer (uma pena) tenho aprendido muito aqui no Blog.
Meus comentários a cerca do Triangular tem a mesma leitura porém com uma riqueza de detalhes técnicos muito aquém da mencionada por Walter.
A dependência dos Especialistas nos três pontos me incomoda muito pois o aproveitamento não será o mesmo do NBB, nunca será! No mundial sabedores de como o Brasil se comporta em quadra, os treinadores já irão ter trabalhado algo para dificultar as ações externas que por ai resume-se a arremessos dos 3 pts. Se não tivemos um trabalho de infiltração, DPJ (tão mencionado por aqui), Pick and Roll com passe para definição do Pivo (passe alto e não picado, feijão com arroz), o jogo de Low Post, enquanto marcarem zonal principalmente 2-3 colocar um Pivo Distribuidor usando e abusando de High Low e principalmente com Marquinhos trabalhar com Mismatch (no jogo contra Argentina ele poderia fazer muitos pontos no Low Post já que era marcado por um jogador menor).
Na defesa ajustar ou incentivar o trabalho de closeout (faltou muito isso), as rotações sonolentas, como sempre e até mesmo igual ao NBB com exceção dos NBA e Huertas por inumeras vezes os demais, marcavam com os braços baixos, sem preocupação nenhuma com a postura de quem defende a bola (Magnano sempre enfatizou pressão no homem com a bola). O uso de algumas Traps principalmente quando o Hemman recebia a bola na linha dos 3 pts (arremessou várias sem oposição nenhuma), poderia dar um tom mais agressivo a defesa brasileira.
Uma coisa que me entristece muito é como os comentaristas principalmente da Sportv comentam o jogo. Num otimismo exacerbado mostram uma seleção que não condiz com que dizem. Isso não contribui em nada pois os consumidores do basquete conhecem e sabem que não é verdade o que dizem.
Precisamos urgentemente sair das garras da Globo. Nosso basquete está impedido de crescer e digo mais estaria muito mais valorado se tivessemos a liberdade de buscar novas emissoras inclusive de TV Aberta.
Não estão fazendo NADA para promover nosso selecionado quando precisamos de novos ídolos. Em tempos, nem o nome do Oscar que foi Hall da Fama (e nada por aqui) está tendo peso dado o desleixo da CBB com nossa história e nossos valores.
Ficar copiando táticas e estratégias da Escola Americana somente não irá nos fazer evoluir. Creio que além disso, devemos começar a respeitar e utilizar mais nossa história.
Somos Bi-Mundiais e nos esquecemos disso.
Lamentável.
Abs
Josue
Excelentes comentários Josue, provando ser altamente possível o debate técnico na rede, sem anonimatos pretensiosos e muitas vezes agressivos e mal educados. O grande jogo agradece essa realidade plausível e incentivadora pela busca do melhor posicionamento, fruto do contraditório e do livre pensar. Obrigado por sua sempre bem vinda colaboração a esse humilde blog. Um abraço, Paulo Murilo.
Ola Josue,
Adorei os seus comentarios tecnicos e agradeco as suas palavras carinhosas.
Em relacao ao que voce comentou gostaria de acrescentar o seguinte:
1. Especialista de 3 pontos – Na minha opiniao especialista de 3 pontos e aquele que consegue manter um alto-nivel de aproveitamento da linha de tres em todos os jogos que participa. Nosso selecionado nao possui tal jogador.
2. Em relacao a forma que nossos pivos serao marcados – acredito que a melhor tatica para uma possivel dobra na marcacao de nosso pivo de baixo seria: 1)colocar um bom arremessador do lado do pivo de baixo e um outro bom arremessador do lado oposto 2)Posicionar o segundo pivo acima da linha de lance livre. Isto evitaria a dobra vindo do lado oposto da bola e do lado da bola. O posicionamento do segundo pico acima da linha do lance livre iria dificultar a dobra do nosso pivo de baixo sendo executada por um outro pivo.
2.1 Os bloqueios para os nossos pivos nao podem ser somente horizontais – tem que ser tambem diagonais e verticais. estes bloqueios tem que ser entre jogadores 3e4, 2e4, 2e5, 3e5. Para forcar a troca e consequentemente podermos ttirar vantagem de mismatches como mencionado por voce. Porem o que eu mais vejo e bloqueio entre o 1e5 – isto e um crime, nossos armadores sao muito fracos fisicamente para tal funcao.
2.2 Penso que uma excelente formacao ofensiva, especialmente contra a marcacao invidual poderia ser 4 abertos (3 perimetors + 1 pivo) e 1 pivo (dentro do garrafao). Seia o que chamamos nos EUA de 4-out-1-in.
Esta e a razao pela qual eu acho que o Varejao deveria iniciar o jogo no lugar do Nene ou do Splitter. Pois o Varejao tem habilidade para jogar off-the-dribble (2 dribles away from the basket) e o Nene durante o playoff da NBA mostrou ter arremesso bom e consistente da linha do lance livre, do elbow e ate de fora do garrafao..
3. Em relacao a defesa – sou adepto a traps e a utilizacao de defesas combinadas. Nossa selecao poderia mudar a pegada defensiva varias vezes durante o jogo – forcando os adversarios a terem que se ajustar constantemente durante a competicao e nao jogar da mesma forma os 40 minutos so alternando entre zona e individual. Nossa defesa tem como um dos objetivos controlar o ritmo de jogo e minimizar o aproveitamento e tempo de posse de bola dos adversarios. Infelizmente nao vejo tal filosofia sendo adotada pelo nosso selecionado. Acabamos marcando de uma forma previsivel e da mesma forma que eles estao acostumados a treinar…Quantas equipes treinam contra triangle-and-2, Box-and-one, e traps multiplas em varias posicoes da quadra? Jogando desta forma estariamos forcando o adversario a jogar fora de seu ritmo e “comfort zone”.
4. Em relacao aos comentarios da midia – Eles estao fazendo o papel deles de marketing. Porem em caso de insucesso, teremos que arcar com um alto preco! Sera que o sucesso para eles seria chegar a final, ou ganhar o campeonato? Jogar bem mas perder de pouco?
Este selecionado com mais atencao a detalhes tem condicoes para tal, porem os detalhes ate o momento tem sido um fator que nos mantem em um nivel abaixo das slecoes de ponta!
5. Em relacao a jogar de uma forma brasileira. Acho que com o passar dos anos estamos mais distantes de um ritmo de jogo e de uma filosofia nossa, brasileira, que venha se adequar, as caracterisitcas de nossos jogadores e nao copiar filosofias de outros paises.
Josue. Muito obrigado novamente pelo carinho. Espero que nossos comentarios sejam absorvidos de uma forma positiva e nao negativa.
O meu objetivo e o de poder contribuir participando de uma discussao de alto-nivel como esta.
Ate breve.
LA FILOSOFIA DEL ENTRENADOR
Josue , Muy agradecido por sus conceptos.
El funcionamiento de su equipo refleja plenamente su filosofia como entrenador,( lo que sus jugadores ejecutan en la cancha ), y es un reflejo de manera como usted entrena, como usted orienta el aprendizaje de sus jugadores.
El entrenador o professor de basquetbol es exactamente eso, un professor que debe dominar el contenido curricular ( tipos de defensas, ataques, transiciones , etc. ), y utilizar las ciencias pedagogicas para orientar el aprendizaje.
— usted juega tal como entrena —
A mi juicio al tratar de construir su filosofofia basquetbolistica se encontrara con preguntas eternas tales como :
1 – Establezco mi esquema de juego , o lo adapto a las caracteristicas de mis jugadores ?
2 – Juego una sola defense o utilize varias para sorprender al rival ?
3 – En mi ataque de media cancha utilizo el juego libre , jugadas establecidas , o ambas ?
3 – En sus entrenos prepara al equipo para ” situaciones especiales ” como por ejm. estamos perdiendo por 5 pts y
faltan 25 seg. y nosotros tenemos la pelota. Estamos arriba por 1 pt. y faltan 45 seg. etc.
4 – Como lidiar con las situaciones emocionales de los jugadores , como mejorar la comunicacion etc.
Con mis equipos fue bien simple :
Mi defensa fue individual en ayuda y recobre en 1/4 de cancha , tomando al driblador tan pronto este cruzara hacia nuestra cancha defensive….
Y todos mis equipos jugaban este tipo de defensa, pues en mi filosofia es major aprender una cosa mas que bien, que muchas mal aprendidas !!!.
Le marcaba de preferencia la mano debil, o si eso no era possible utilizabamos una defense de contencion tratando que girara para protejer la pelota , tantas veces como fuera necesario; esto provoca que pierda contacto visual con los demas compañeros de ataque, limitando su eficienci como ‘playmaker ‘.
Tratabamos de guiarlo hacia una de las lineas laterales para definir , defensivamente el lado de la pelota y el lado de ayuda.
Entonces , generalmente si el pase era dirijido hacia un lateral, eso nos favorecia pues ahi deseabamos tener la pelota, pues ofensivamente se tienen limitadas oportunidades de pase o drible.
Mi defensa agresiva fue mi ataque.. salida rapida ( transicion ofensiva ) , sino encestamos inmediatamente vamos al — rompimiento secundario —, no hay canasta vamos a nuestro ataque de 1/4 de cancha , utilizando ” el motion ”
Pero obligando a la defensa rival a marcar defensa… con la intencion de — darles la oportunidad de que nos cometan faltas personales —.
Mis grandes influencias cuando entrene : mi maestro Bob Knight , Dean Smith , John Wooden etc.
No diriji como ellos, ni por cerca… pero construi mi propio – coctel —
Le sugiero que usted evalue constantemente su enfoque de como entrenar, enriquecer su filosofia como entrenador… en donde el cochar de manera positiva debe ser su marco de referencia.
Y la pagina de Paulo es una excelente referencia.
Seguiremos conversando.
Mis respetos.
Gil
Srs
Boa tarde!
Com muita alegria e sem demagogia alguma eu vos agradeço pelas aulas. Walter que agora sei que é o Roese o qual acompanho (pouco por não ter mais informações acerca disponíveis no Brasil o que é uma pena pois o admiro muito)e inclusive estive numa clinica em Santa Catarina onde fora um dos palestrantes tenho tudo memorizado o que engrandeceu meus estudos e praticas. O Sr. não deveria desligar-se do nosso selecionado Nacional Juvenil, não vejo outro nome que se encaixa e identifica tão bem e que os conceitos explanados acima cairiam como uma luva principalmente com a quantidade de bons jogadores que vem surgindo.
Levo adiante que as marcações ditas por aqui como especiais mas que nos EUA são muito mais usuais deveriam ser ensinadas e trabalhadas principalmente desde a base. E até saio do enfoque seleção fazendo uma releitura da proposta de Walter para nosso atual selecionado Juvenil que poderia ser muito mais forte taticamente tanto na defesa quanto no ataque.
Nessa ultima Copa America fomos muito previsíveis taticamente principalmente com uma abertura excessiva de nossos pivos na linha dos 3pts em detrimento do jogo interno e também do trabalho de Mismatches que seriam muito favoráveis onde imagino por exemplo e dentro das opções 3e4, 2e4, 2e5, 3e5 mencionadas por Walter, onde vejo pro exemplo um bloqueio na lateral com Tulio Silva e Lucas Colimerio ou um bloqueio Pick and Pop de Lucas Sweirt com Colimério logo que Sweirt abriria para um arremesso de media distancia ou longa distancia com Colimério seguindo em direção a cesta posicionando para receber um passe em High Low caso Sweirt não executasse o arremesso, dentre inumeras possibilidades de jogadas internas o que facilitaria o tão exercitado ataque de arremessos longos.
Essas trocas advindas de bloqueios funcionariam muito bem pois nossos alas e pivos eram altos e com grande mobilidade, mas que se ve nos videos são preferencia por jogo exterior principalmente em arremessos muitas vezes após 2,3 trocas de passes somente.
Eu penso muitos nesse trabalho associado ao trabalho de passing game ou até mesmo trabalhando com motion offense dado a mobilidade dos atletas que sofrem por jogar em sistemas fechados e jogadas com movimentação pre-determinada que atrapalham suas leituras e interpretações do jogo enquanto seleção.
Na defesa trabalhar com variações defensivas por aqui será uma das propostas que quero utilizar. Sou amante de defesa. Sonho em empregar por aqui defesas sufocantes como a de Rick Pitino, Jim Boehein cito essas dentre várias que possuem a mesma metodologia mas a aplicabilidade é que é equivocada, não há releitura e nem tradução o que há é meramente a reprodução.
Por aqui Paco Garcia trouxe uma proposta de defesa diferente trabalhando basicamente o posicionamento correto e controlando a agressividade. A rotação muito bacana e a disciplina e empatia entre treinador e atletas era visível nos pedidos de tempo onde podíamos identificar quem comandava e era comandado.
Está ocorrendo timidamente com Magnano o que nos gera gasto de tempo pois corrijam-me por favor se estiver errado, mas penso que a falta de disciplina que nos clubes é mais latente e como que culturalmente carrega-se para a seleção e não conseguimos falar a mesma língua.
4 In 1 out ou quatro abertos por aqui seria uma ótima pedida principalmente tivessemos como outro Ala-Pivo Marcos Toledo na seleção que a exemplo de Varejão também é ótimo longe da cesta sem contar que é um excelente defensor, Cipolini e Murilo seriam mais duas opções muito boas para essa função teriamos uma equipe com um forte ataque recheado de opções e uma defesa muito interessante dao a mobilidade e condição fisica desses atçetas que destacaram no ultimo NBB.
Fico por aqui ancioso por novas lições pois a busca é constante. Sr. Roese por favor não nos deixe faltar seus comentários/lições, pois acrescidas as do Prof Paulo Murilo e Gil sei que não terei tanta qualidade de aprendizado e construção do meu conhecimento o qual desejo muito em breve professorar nas quadras a fora.
Abs
Josue
Ola Josue
Sou Walter Carvalho
e nao Walter Roese
Oi Josue
Meu nome e Walter Carvalho
e nao Walter Roese
Perdoa-me a gafe Sr. Walter Carvalho…
A leitura me lembrou e muito o Roese, mas de qualquer forma é um prazer imenso conhecer mais um grande sabio do nosso basquete!
Desculpa-me novamente.
Abs
Excelentes comentários…realmente acendeu a luz amarela para a seleção..tomará que neste Torneio da Argentina o time esteja melhor encaixado senão preocupa muito para o mundial…basquete fraco e descomprometido..Abraço Professor!!
Que belo debate, pena que acabou…
Um abraço a todos, e parabéns.
Paulo Murilo.