PROJETANDO…

 

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Está perto, muito perto de iniciar a Copa na Espanha, com as equipes mais categorizadas em final de preparação para uma competição onde paradigmas deverão ser ultrapassados, principalmente quanto ao indefectível sistema único, sendo vencido pelo jogo livre, intuitivo, lógico, e formalmente definido pelo absoluto domínio dos fundamentos do jogo, que aliados ao poder físico e atlético, à velocidade, e à fluidez permanente e incansável de todos os jogadores envolvidos, decretarão o fim de uma era de um jogo setorizado, voltado aos duelos 1 x 1, dos mastodontes lentos e previsíveis, do imobilismo tático, e quem sabe e pelo qual torço enfaticamente, pelo decisivo decréscimo da ditadura de fora para dentro das quadras, centradas no exibicionismo desenfreado de divas estrategistas com suas midiáticas pranchetas grafando nadas colossais e indecifráveis hieróglifos, em nome de uma auto importância mais imposta do que real, fictícia e equivocada. Aliás, alguém viu prancheta nas mãos do grande técnico americano?

Dentro de nossa rinha, uma equipe com a mais do que anunciada, pois sedimentada, rotação de oito jogadores, já que os quatro restantes jamais deveriam lá estar, frente a fragilidade técnica e física de que são possuidores, mas lobisticamente fortes e poderosos, deixando pela estrada outros jogadores mais qualificados, principalmente quanto aos sistemas adotados pelo hermano, voltados para a defesa forte e intenso jogo interior, que ainda fica a dever, em parte pelo pouco entrosamento entre armador (es) e os homens altos dentro do perímetro, prejudicando em muito a tão desejada fluidez ofensiva.

Mas esse é o carma que teremos de enfrentar, onde os maiores adversários não serão nossos oponentes, e sim nós mesmos, por vícios adquiridos em anos de incúria e falsas lideranças. Mesmo assim, e quem sabe, algum milagre possa vir a ocorrer, apesar de particularmente não acreditar que ocorra, infelizmente…

Mas Paulo, nada sobre o jogo contra o Irã? Mas que jogo cara, ainda mais contra um bando de neófitos em torno de uma montanha carente dos mínimos requisitos técnicos para atuar nesse nível, concedendo a ilusão, ou o ouro dos tolos, pela diferença de 40 pontos no placar, a uma seleção profundamente equivocada? Foi um rachão que amam de montão, só isso…

Por essas razões oremos aos deuses, torcendo para que estejam de bom humor, senão…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV.Clique nas mesmas para ampliá-la.

 



13 comentários

  1. sergio barreto gomes 26.08.2014

    Realmente há jogadores que estão na Espanha que não possuem nível técnico para jogar numa seleção brasileira.
    Todavia, acho que, salvo um ou outro nome,é o que temos de melhor.
    Tem gente iludida achando que Marcos Toledo , ex-jogador do Mogi, deveria estar lá. Este jogador não consegue nem mesmo se destacar em um campeonato pobre como o NBB e, assim,não poderia figurar numa seleção brasileira.
    Infelizmente não temos nada de melhor e promessas são apenas promessas,não podendo ser testadas em um mundial.

  2. Josue Lima Guerra Filho 26.08.2014

    Srs Boa tarde!

    Penso que o problema todo dessa seleção (embora torça por um bom desempenho), foi a convocação por um todo.

    Alguns nomes já não deveria estar mais servindo a seleção e outros nomes já deveria estar figurando faz tempo dentro de um processo de renovação e ou ciclo que nunca foi feito e que me preocupa muito se irá ser feito pós Mundial e visando as Olimpiadas 2016.

    Eu nem levaria a equipe a esse Mundial dispendendo um valor exorbitante que não tínhamos os cofres da CBB. Investiria numa formação de uma nova seleção trabalhando os talentos que temos (sim temos talentos!) que necessitam de alguém que os prepare para assumir e ou dar um passo tão grande que é o selecionado nacional.

    Jefferson Campos, Fab Melo, Raul e entre eles Marcos Toledo seriam bons nomes que se melhores preparados fariam um bom trabalho nos dias de hoje.

    Marcos Toledo eu o destaco pela grande evolução que teve desde que retornou ao Brasil e hoje atuando no Pinheiros e sendo treinado por Marcel, tem evoluído muito mais, sendo um dos principais jogadores da equipe.

    Cheguei a conclusão que não se trata dos talentos e promessas e sim de quem está a frente na direção e liderança. O aprendizado é constante, e aquele quem lidera nunca deve esperar por nada pronto, mastigado e sim fazer com que aqueles que estiverem e enquanto estiverem sob seu comando, evoluir sempre, mas o que notamos é a máxima da seleção natural e do serve e não serve.

    O reflexo disso? Vemos equipes padronizadas e pré-fabricadas, trabalhando ao máximo de uma forma igual para economizar em ensino, num engessamento absurdo que nos restringe as novas e diferentes possibilidades e nos nivela por baixo, nos impede de crescer e enxergar novos e potenciais talentos que fogem a regra e aos olhos daqueles que só sabem dirigir (quer tudo pronto) em detrimento daqueles que sabem ensinar (os que formam).

    Seleção também deveria ser uma fase de formação principalmente por ter nessa proposta um desenvolvimento sustentável falando em ciclos.

    Abs

    Josue

  3. sergio barreto gomes 26.08.2014

    Josue

    Respeito a sua opinião, mas contra fatos e dados não há argumentos.Estes jogadores que você sugere não são destaques nem nos seus times, muito menos no Brasil. Não reunem a condição mínima para jogar na seleção e, se fossem convocados, não iriam acrescentar absolutamente nada. São jogadores de segunda categoria, mesmo no cenário Brasileiro. Nenhum deles jogaria nem no Bauru e nem no Flamengo, como vão jogar na seleção.

  4. Josue Lima Guerra Filho 27.08.2014

    Sr. Sergio

    Bom dia!

    Utilizar Bauru e Flamengo como parâmetro também não remete muitas possibilidades de avaliações.

    O que condeno é que a falta de um trabalho de transição Base x Seleção Adulta faz com que esses talentos (todos com experiencia internacional), se percam.

    Não há um projeto que visa monitorar os atletas que saem do Brasil e ingressam em equipes internacionais. Um olheiro, um assessor ou qualquer outro profissional correlato que fica encarregado de acompanhar esses talentos, ai uma pergunta:

    Se as equipes principalmente Universidades Norte Americanas (celeiro de talentos) e nos últimos anos o Basquete Europeu, conseguiram/conseguem enxergar talentos como os supracitados, por que nós não conseguimos? Ou simplesmente condenamos suas carreiras por uma fase?

    Bruno Caboclo mal se formou, fora para a NBA e já acham que este deveria estar na seleção. Será que faremos com ele o que estamos fazendo com outros e tantos outros que sofreram com a falta de ciclo e transição nos selecionados nacionais?

    Creio que a falta de planejamento e o medo de ousar nos impede de enxergar as verdadeiras potencialidades que temos no que tange material humano.

    Pensamentos imediatistas e sempre visando favorecer poucos em detrimento de muitos nos leva a condenar atletas que precisam somente de um pouco mais de atenção e principalmente oportunidades e julgo ser incoerente dizermos que tal atleta não daria certo sem que este tenha tido ao menos uma oportunidade de servir a seleção.

    Penso que é o momento de buscar alternativas, recrutar profissionais (técnicos de verdade) para trabalhar com os talentos espalhados por todo Brasil, formar seleções regionais e destas tirar os melhores jogadores, somando com aqueles que tenham um acompanhamento externo.

    Defendo Marcos Toledo principalmente pelo o que pode oferecer e o quanto cresceu e desenvolveu, no Pinheiros e nas mãos e cérebro de Marcel, irá crescer ainda mais pois é visível nos jogos a autonomia e a confiança que ganhou, bem como é visível também a otimização de suas capacidades físicas e qualidades motoras.

    É uma pena não vê-lo na seleção e ter que assistir Marcelinho Machado e Giovanonni e seus jogos previsíveis no ataque e ineficientes na defesa.

  5. sergio barreto gomes 27.08.2014

    Josue

    Primeiro ponto a ser destacado é que um mundial não é lugar de promover renovação do elenco. Este processo é tarefa para ser planejada pelo menos no médio prazo.
    Além disso, precisamos preparar jogadoresm que tenham idade máxima circundando os 23 anos. Marcos Toledo não é o caso , porque já tem 28 anos e pouco irá evoluir. Se ainda não é um jogador de bom nível para jogar na seleção, como realmente não é, podemos esquecê-lo.

  6. Josue Lima Guerra Filho 27.08.2014

    Sergio

    Se o pensamento atual é o do imediatismo poderíamos considerar principalmente por oferecer a seleção muito mais que M. Machado que está lá por nome e Giovanonni que ainda não entendi o porque de estar lá, principalmente pós lesão. Mas…

    Tínhamos a seleção de Sub-23 que treinou no Sírio e depois se perdeu no vento. Desse selecionado somente GEGE, Benite, Felício e Raul foram lembrados e aproveitados nas seleções.

    Um exemplo é o nosso Sub-18 e a campanha lamentável da ultima competição que disputaram.

    O mais triste é saber que essa geração:

    Arthur Casimiro Barros
    Raul Togni Neto
    Davi Rosseto de Oliveira
    Bruno Irigoyen
    Cristiano Silva Felício
    Durval Alves Prado Cunha
    Felipe André Vezaro
    Felipe Taddei
    Lucas Fernandes Mariano
    Leonardo Simões Meindl
    Gabriel Darin Aguirre
    Lucas Riva Amarante Nogueira
    Erick Rodrigues Camilo
    Leonardo Simões Meindl

    Esses atletas praticamente fizeram parte do Selecionado Sub-23 que treinou no Sírio e que se treinados e mantidos desde 2010 ano do ultimo mundial Sub-19, hoje estariam muito bem preparados se não para o Mundial, pelo menos pensando em Olimpíadas em 2016, onde penso, que estaríamos dando um passo para trás para poder dar 10 para frente. Soma-se a esse grupo Fab Melo e outros tantos dessa geração que nem oportunidade tiveram.

    Mas seguimos assim e nos resta a torcer pela seleção do jeito que lá esta na Espanha. Penso que se alcançarmos a mesma colocação do ultimo mundial será titulo pois pensar em medalhar jogando como estamos é ser otimista demais e prefiro pensar com os pés no chão.

    Em suma, o maior titulo para mim seria a RENOVAÇÃO do elenco!

  7. Basquete Brasil 27.08.2014

    Pessoal, que o debate se estenda durante o Mundial, sempre pautado pelo bom senso e educação lapidar. Fico feliz em manter um espaço para discussões de alto nível, responsável e assinado. É isso ai prezados Sergio e Josue, ficando na torcida que outros mais se somem com idéias, e principalmente, sugestões. Um abraço.
    Paulo Murilo.

  8. Leandro Areco 30.08.2014

    Marcos Toledo deveria estar aí sim!!! Jogou muito pelo Mogi no ultimo NBB. Acho também que teria lugar para o Jonathan Tavernari…

    Puxa como queria saber qual os doze que o Prof. Paulo Murilo levaria…

  9. Basquete Brasil 30.08.2014

    Olha Leandro, num hipotético exercício técnico, primeiro convocaria aqueles jogadores que atendessem, por suas qualificações iniciais a proposta que defendo, ou seja, atuar em dupla armação e jogar com três homens altos, fortes, ágeis e rápidos dentro do perímetro, para no minimo treinarem basquetebol por 40 dias, e não serem submetidos a testes de aptidão física e psicológica, musculação em excesso, e experimentos “científicos”. Fundamentos individuais e coletivos, seriam as prioridades, e preparo tático suas consequências. Então, isso visto e acordado, seriam esses 16 jogadores que convocaria: Huertas, Luz, Fisher, Rafinha, Leo Mendel, Lucas Mariano, Marcos, Bruno, Nenê, Spliter, Varejão, Felicio, Cipolini, Murilo, Bebê e Rafael. Dai seria formado o núcleo externo com seis armadores e alas que também seriam treinados para as duas funções, e o interno, com seis homens com as características acima apontadas. Simples assim. Ah, em tempo, a miscigenação entre experientes veteranos e novos estaria garantida, já que urgentemente necessária. Pronto Leandro, pergunta respondida…

  10. Leo Areco 30.08.2014

    Puxa Prof. muito obrigado, curiosidade saciada!!! rsrs. Leandrinho, Alex, Guilherme, Raulzinho e Machado fora exatamente como penso!!!
    Gostei de ver o Rafa Luz na sua lista, quem seria esse Bruno? e Rafinha? Rafael é o Hettsheimeir isso? Bem lembrado o Cipolini também…

  11. Fábio/SP 30.08.2014

    Prof. Paulo!

    Somente agora li este comentário do senhor com sua hipotética escalação da seleção brasileira, muito interessante.

    Ficam algumas perguntas específicas relacionadas ao sistema de treino e divisão dos “módulos” de jogadores… 6 armadores divididos em duplas, mas… Lucas Mariano e Marquinhos (pelas suas características) jogariam dentro do perímetro? Somando a eles quantos dos pivôs? Mais 4? (Varejão, Nenê, Splitter e mais um).

    E os 4 armadores de ofício teriam a adição de quais dois? Lucas Mendeil e o próprio Marquinhos para ter opções altas de armadores?

    Enfim, fiquei curioso pela divisão…

    E mais:

    – jogaria com Nenê, Splitter e Varejão ao mesmo tempo (mesmo sem nenhum dos 3 ter um bom arremesso de média distância, ainda que o Nenê tenha melhorado nesse quesito)?

    – E mais, quais critérios adotaria para as substituições, já pré-classificaria combinando qualidades diferentes dos atletas?

    – Em caso da opção por uma defesa zona alternativa, qual seria a preferência para essas características (2 homens baixos e 3 altos?) A clássica 2-3?

    Abção,

  12. Basquete Brasil 01.09.2014

    Prezado Leo, o Bruno em questão é o Caboclo, e o Rafinha é um dos armadores do São José, um ótimo, forte e jovem jogador bastante subestimado, assim como muitos outros no país.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Basquete Brasil 01.09.2014

    Fabio, boas questões essas apresentadas por você, e que tentarei responder.
    -Com a totalidade da equipe submetida a cargas exaustivas de fundamentos individuais e coletivos, num piscar de olhos saberíamos quem é quem na armação, alas e pivôs, e as inúmeras possibilidades de adaptações, ou mesmo correções nas diversas posições, orientando a todos a uma maior diversidade de funções, muitas vezes esquecidas e subavaliadas por muitos técnicos.
    -Definindo os dois setores, armadores mais alas armadores, e pivôs e alas pivôs, o trabalho a seguir é o de compatibilizar e entrosá-los nos devidos e complementares perímetros, num exercício comum de comunicação e ações interdependentes.
    -Com estes fragmentos bem compreendidos e aceitos por todos, a fluidez ofensiva poderá ser alcançada com mais clareza e objetividade, através uma leitura de jogo acurada e inteligente.
    Pronto Fábio, essa é a estratégia de treinamento e preparação de uma equipe de alto nivel, e não só de alto nível, para uma séria competição.’
    Nomes por posição? Serão definidos no transcorrer do trabalho, e não aprioristicamente como o fazem os “estrategistas”.
    Um abraço Fabio. Paulo.

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